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UNIDADE 3 – SEÇÃO 2

DIREITO, NORMAS E HERMENÊUTICA JURÍDICA. FONTES E PRINCÍPIOS DO DIREITO –


Direito, Justiça, Ciência e Sociedade

Em todo o seu texto (inclusive nos boxes e tabelas), utilize fonte Arial 11 pt, com espaçamento 1,5,
justificado. No caso de títulos e legendas, sugere-se o alinhamento centralizado. Para citações
diretas com mais de 3 linhas, faça um recuo de 4 cm e use fonte 10 pt. É importante respeitar essa
formatação para que possamos controlar o limite de páginas de cada item. Utilize o software
MathType (instale a versão 6.9) para todos os símbolos, fórmulas, subscritos e sobrescritos,
conforme manual de utilização
(https://kroton-my.sharepoint.com/:b:/g/personal/andreza_chacon_kroton_com_br/EWVgWHgmnkxLm1lbZGD-
bxsBe-HVAxnTLkQB20J7iMcuug?e=g71Mqe ).

Informações da disciplina

Nome da disciplina
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

Carga horária

60 horas.

Autor
DANILO VALDIR VIEIRA ROSSI .

Competências da disciplina
Muito além da memorização de conhecimentos, o objetivo do material didático é promover o
desenvolvimento das competências exigidas pelo mercado de trabalho. Portanto, o aluno deve ser
capaz de mobilizar o conhecimento em seu contexto profissional, demonstrando habilidades,
atitudes e valores

Conhecer e relacionar a evolução histórica aos fundamentos teóricos gerais do Direito.


Possibilitar reflexão sobre a formação do Direito e de seus operadores enquanto construções sociais,
enfatizando seu papel contemporâneo.
Conhecer a relação entre o Direito, a Justiça, a Ciência e a Sociedade, expondo as fontes do direito, as
teorias da norma jurídica e do ordenamento jurídico, demonstrando ainda a aplicação da hermenêutica
às normas, de maneira a integrá-las ao ordenamento jurídico
Conhecer a relação entre o Direito, a Justiça, a Ciência e a Sociedade, expondo as fontes do direito, as

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teorias da norma jurídica e do ordenamento jurídico, demonstrando ainda a aplicação da hermenêutica
às normas, de maneira a integrá-las ao ordenamento jurídico... .

Soft Skills desenvolvidas na disciplina


As habilidades atitudinais, ou soft skills, a serem desenvolvidas através do material didático,
especialmente por meio das situações-problema construídas, são: Análise e resolução de
problemas, Criatividade e inovação, Flexibilidade e adaptação, Planejamento e organização,
Relacionamento interpessoal e gestão de conflitos.

Preencha aqui TODAS as atitudes da disciplina, conforme constam no BSC.

Resultado de aprendizagem da unidade


O resultado de aprendizagem demonstra o desenvolvimento das competências, das habilidades,
atitudes e valores após os estudos da seção. A seção deve ser construída de modo que tal
resultado seja atingido.

Compreender a teoria da norma e do ordenamento jurídico. Compreender e saber analisar as fontes do


direito, da legislação, da doutrina, da jurisprudência e da terminologia jurídica.

Informações da seção
Conteúdos da seção
Direito Positivo - Direito Objetivo - Direito Subjetivo - Fato Social - Fato Jurídico - Common Law - Civil Law
- Ciência e Filosofia do Direito - Justiça .

Palavras-chave da seção
Direito Positivo – Fato Jurídico – Common Law - Civil Law – Filosofia do Direito - Justiça.

Orientações didático-pedagógicas (para o professor)

1. Elenque os objetivos de aprendizagem da seção (no máximo 3).


2. Dê sugestões de atividades, abordagens e estratégias para o professor conduzir a aula. Evite
expressões imperativas, pois o professor definirá a melhor estratégia para sua realidade docente.
3. Proponha atividades baseadas em metodologias ativas, nas quais o estudante está no centro do
processo de ensino e aprendizagem. Evite sugestões do tipo: mostre, explique. Proponha
dinâmicas, debates, estudos de caso, situações-problema, trabalhos em grupo ou individuais.

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4. Em caso de indicação de vídeos ou textos para a atividade, seja específico, trazendo o link para
o vídeo ou para o livro da BV indicando o trecho a ser utilizado.
5. Estimule o professor a apresentar situações profissionais atuais e aderentes à realidade regional
e ao mercado de trabalho.
Observação: Este item pode ser estruturado em forma de texto ou em tópicos, entre 8 e 15 linhas.
ATENÇÃO: direcione a linguagem ao professor, pois este item NÃO estará disponível ao aluno.
Asasasasas

Caro professor, nessa unidade os nossos alunos deverão estar aptos a compreender a
diferença entre direito objetivo e direito subjetivo, fatos jurídicos e fatos sociais, common law e
civil law, além de iniciá-los no universo da filosofia do direito, instigando-os ao aprofundamento
nessa disciplina que é tão importante para a compreensão da ciência jurídica.
Ao tratarmos dos conteúdos da presente seção, podemos atrair a atenção e o interesse,
fazendo-os pensar na realidade jurídica presente em diversos filmes internacionais, para que
possamos confrontar as características que diferenciam o direito em diferentes sistemas
jurídicos, como a common law e a civil law.
Pode ser sugerido que tragam da memória algum filme específico, ou que seja apresentado em
sala ou que assistam em casa algum filme ou trecho de filme que seja específico da realidade
da common law para que os alunos possam debater em grupos o que acreditam ser situações
similares ou diversas da realidade jurídica da civil law.

NÃO PODE FALTAR – Praticar para aprender – Parte 1

1. Parágrafo de abertura da seção: estabeleça um diálogo com o aluno para introduzir o conteúdo
da seção. Recorra ao conhecimento de mundo do aluno e a questões atuais e relevantes.
2. Demonstre a relevância do tema em termos de suas aplicações práticas, em especial no
mercado de trabalho.
3. Finalize com uma mensagem motivacional, justificando o porquê de o aluno estudar os
conteúdos da seção.
ATENÇÃO:
1. Direcione a linguagem para o aluno, pois o Praticar para aprender estará disponível no livro
didático.
2. O texto finalizado será formado pelo Praticar para aprender partes 1 e 2, pois a descrição da
Situação problema será inserida entre a apresentação da seção e a frase motivadora.
(Escrever 1 página)
Asasasasas

Caro aluno, vamos iniciar a segunda seção da unidade três, com conteúdos importantíssimos
para a sua formação. Estudaremos o que vem a ser o direito positivo ou positivado, e também
diferenciaremos o direito objetivo do direito subjetivo.

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Adiante, faremos a distinção entre fatos sociais e os fatos jurídicos e abordaremos quais são as
consequências que dela decorrem. Abordaremos de forma breve, mas instigante, o mundo dos
sistemas jurídicos traçando paralelos entre os sistemas da common law e o da civil law.
E, por fim, mas não menos importante, discorreremos sobre importantíssimo tema, que pode,
inclusive, ser abordados em disciplina própria: a filosofia do direito, que trata de questões
centrais à ciência jurídica, como o conceito da justiça.

Agora procure um lugar tranquilo, e vamos navegar pelas águas profundas da ciência jurídica,
preparado?

NÃO PODE FALTAR – Desenvolvimento dos conteúdos da seção

1. Apresente o conteúdo, alinhando teoria e prática por meio de exemplos e aplicações e


promovendo o desenvolvimento de competências e habilidades.
2. Aborde os conceitos fundamentais, de acordo com o que consta no BSC, explorando todos os
conteúdos granulares destacados para a seção. Os conhecimentos necessários para a resolução
da SP e das questões avaliativas do livro devem estar presentes aqui.
3. Evite uma linguagem excessivamente técnica e impessoal, fria ou distante, típica de textos
acadêmicos. Evite também uma informalidade excessiva com gírias, regionalismos, e outras
expressões típicas das interações orais. Aproxime o aluno, mantendo uma linguagem adequada
para ambientes profissionais. Veja alguns exemplos: você irá conhecer/aprender/desenvolver...;
você já pensou que... etc.
4. Seja cauteloso com o uso de citações diretas. Elas são importantes quando queremos
apresentar um conceito fundamental para a área e enriquecer o texto, porém não devem tomar
muito espaço, afinal, você é o autor deste material, logo, é o seu texto que deve se destacar.
5. Tenha cautela também no uso de imagens, verificando se ela tem licença gratuita para não ferir
os direitos autorais. Caso opte por banco de imagens, utilize o Shutterstock
(https://www.shutterstock.com) ou bancos gratuitos da internet, como o Wikimedia Commons,
Pixabay e freepik. Imagens de livros devem ter citação direta com página. Envie por e-mail, em
uma pasta compactada todas as imagens, diagramas e SmartArts utilizados, junto com os arquivos
da seção.
6. Os itens pedagógicos Assimile, Reflita, Exemplificando são obrigatórios, e devem ser
distribuídos ao longo do texto, não necessariamente na ordem em que aparecem aqui no template,
conforme as orientações específicas para cada um. Além dos três citados, você pode criar também
os itens opcionais Vocabulário, Atenção, Lembre-se, Dica.
7. Não cite a situação-problema da seção: ela deverá ser apresentada no Praticar para aprender e
resolvida no bloco “Foco no Mercado de Trabalho”.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Não pode faltar estará no livro didático.
(Escrever entre 6 e 7 páginas)

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Asasasasas

O conceito de direito positivo deriva de uma corrente filosófica que conceituou, em termos
amplos, o positivismo. Essa corrente filosófica, fundada por Auguste Comte, nos informa que o
conhecimento sobre determinado assunto surge a partir da sistematização dos fenômenos
existentes no mundo conhecido, através da razão e da lógica. (LACERDA, 2002)
Quando aplicado à ciência jurídica, o positivismo nos leva a uma contraposição entre o direito
positivo e o direito natural (ou jusnaturalismo). Isso porque, em tempos passados, acreditava-se
no direito como algo dado ao ser humano pela própria natureza, ou através mesmo de um ser
divino. Fala-se, nesse contexto, de direitos tido como naturais, pertencentes a todos os seres
humanos, como, por exemplo, o direito à vida, o direito à liberdade, e o direito ao pensamento.
Esses direitos possuiriam seu fundamento em critérios tais quais a racionalidade, a justiça, a
igualdade, ou o bom senso. (BOBBIO, 2006)
Dessa forma, direitos naturais são aqueles que existem per si, sem a necessidade de sua
criação pelo homem, pois decorrem da própria natureza humana e da relação social entre os
seres. Não haveria, portanto, nenhum ato de vontade necessário à sua criação. Dentre os
filósofos que estudam o direito natural podemos citar Jean-Jacques Rousseau, Tomás de
Aquino, Thomas Hobbes, John Locke.
Em linhas gerais, podemos dizer que as premissas do direito natural decorrem da presunção de
que os seres humanos são bons por natureza, que nascem livres e iguais, e que seus direitos
independem do Estado ou do reconhecimento pelos outros seres. Não se trata, portanto, de um
direito escrito ou codificado, criado pelo Estado ou pelos homens, antes, cuida-se de direitos
basilares, fundamentais, de todos os seres humanos, daí sua forte ligação à disciplinas dos
direitos humanos. (HOBBES, 1983)
Importante aqui é pensarmos nos seres humanos enquanto indivíduos pertencentes a
realidades distintas, em Estados diferentes, com idiomas, costumes e religiões diversas,
pertencentes a classes sociais distintas e acesso a níveis de desenvolvimento social dos mais
variados, desde as localidades mais pobres até as mais abastadas e desenvolvidas. Nada
obstante, quando tratamos de direitos humanos, estamos nos referindo a direitos que
pertencem a todos os seres do planeta, independentemente daquelas diferenças às quais nos
referimos, o que acaba por tornar tão difícil a elaboração de regras que sejam aplicadas e
aceitas mundialmente.
E aqui podemos começar a diferenciar o direito positivo do direito natural. Ora, quando falamos
em direitos inatos, de todos os indivíduos, independentemente do Estado ou de outros seres
humanos, não podemos excluir ninguém. Todos seriam detentores desses direitos pelo simples
fato de serem humanos. Surge então um problema, que é o da exigibilidade do direito natural,
de seu cumprimento. (BOBBIO, 1998)
O nosso sistema jurídico está organizado através da sistematização de leis produzidas pelo

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Estado, o que também conhecemos como o direito positivo. Direito esse que se opõe ao
natural, posto que elaborado sistematicamente pelo Estado, através do uso da racionalidade, e
imposto a todos.
Na seção anterior nos referimos ao conceito de vigência. Uma lei é vigente quando é válida e
pode ser exigida. Este é o direito positivo: o conjunto de leis vigentes em determinada
sociedade. Perceba, como exemplo, que as normas jurídicas vigentes podem ser modificadas
pelo Estado, através da promulgação de uma nova lei. Como consequência, temos a alteração
do sistema ou do conjunto de leis positivadas vigentes.
Também é importante discorrer sobre o princípio da territorialidade. Podemos exemplificar
dizendo que as normas de direito criadas pelo Estado brasileiro constituem o direito positivo do
Brasil, e que sua validade e vigência ocorrem somente no território nacional.
Assimile Conseguem perceber uma diferença marcante entre direito positivo e o
direito natural? Enquanto o primeiro está intimamente ligado ao conceito
de vigência, podendo ser alterado pelo Estado que o criou, o direito natural
é ínsito à natureza humana, trazendo características que seriam perenes e
universais. Disso decorre uma grande dificuldade no ramo do direito
internacional, em especial quando falamos sobre a criação ou
reconhecimento de direitos humanos para todos, tendo em vista a grande
disparidade cultural, social e religiosa nos diferentes países, que enxergam
os “direitos naturais” sob suas perspectivas.

Devemos, por fim, dizer que a distinção entre direito natural e o direito positivo é muito clara no
sentido de que apenas o segundo é vigente, exigível, e obrigatório a todos em certa jurisdição.
Por outro lado, a importância do direito natural – ainda que juridicamente inexigível – revela-se
através de sua grande utilização para a criação e fundamentação do direito positivo, bem como
no momento da exegese, ou interpretação jurídica, que é realizada pelos operadores do direito
como juízes e advogados.
A hermenêutica jurídica é tema da nossa próxima seção, e poderíamos apostar que você já
está curioso para saber mais sobre o assunto. Contudo, ainda precisamos tratar de alguns
tópicos de grande interesse e sobre como eles se relacionam com os o direito natural e o direito
positivo.
Uma das distinções interessantes e importantes que devemos tratar é a do direito objetivo e a
do direito subjetivo. O direito objetivo se relaciona à palavra lei, no sentido das obrigações que o
ordenamento jurídico impõe a todos. O direito subjetivo, por outro lado, diz respeito aos direitos

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ou garantias que os indivíduos possuem. Em inglês essa distinção é mais simples pois para os
direitos objetivos usamos a palavra law (lei), e para os direitos subjetivos utilizamos a palavra
right (direitos). Temos então uma distinção que se faz entre direitos e obrigações.
Agora vamos falar da distinção entre fatos sociais e fatos jurídicos. Para isso, precisamos
reafirmar a existência do direito enquanto um instrumento de pacificação social. O direito
positivo é imposto pelo Estado à sociedade para que as relações sociais sejam reguladas e que
impere a paz, ou que, na sua falta, possa ser prontamente restaurada.
Portanto os fatos que importam, do ponto de vista do direito, são aqueles que trazem
implicações jurídicas. Já os fatos sociais ou naturais não trazem consequências jurídicas e são,
portanto, irrelevantes para a seara do direito. (MIRANDA, 1954)
Exemplifican Como exemplo de fatos sociais, podemos citar a chuva, o frio, o respirar de
do um ser humano, uma aranha que constrói sua teia. São situações que não se
encontram regulamentadas – positivadas – pois não possuem relevância ao
mundo jurídico, ou sua regulamentação seria inútil ou desnecessária.
Percebemos, assim, que existem fatos da natureza e ações humanas que
não importam para o direito.
Por outro lado, temos os fatos jurídicos, que são aqueles relevantes para o direito, e que,
portanto, são objeto das leis impostas – positivadas – criadas pelo Estado. Esses fatos podem
ser subdivididos em algumas categorias, conforme sejam produzidos pela natureza ou pelo ser
humano.
Em primeiro lugar, temos os fatos jurídicos, que são eventos produzidos pela natureza, mas que
possuem implicações jurídicas. Como exemplo, podemos citar a morte de um indivíduo. Ainda
que ocorra de forma natural, trará consequências tais quais o registro do óbito, a partilha de
bens, etc. Podemos citar também a ocorrência de uma enchente, que, muito embora causada
pela natureza, pode ter consequências jurídicas, como a cobertura por um seguro. Segundo
Diniz, “fatos jurídicos seriam os acontecimentos, previstos em norma de direito, em razão dos
quais nascem, se modificam, subsistem e se extinguem as relações jurídicas”. (DINIZ, 2004)
Em segundo lugar, apresentamos os atos jurídicos, que são as ações humanas que possuem
relevância para o direito, e que trazem, portanto, consequências jurídicas. Elas têm como
característica serem voluntárias e conscientes. Os atos jurídicos podem ser realizados por
apenas um indivíduo, como o reconhecimento de paternidade, ou o usucapião. Também podem
ser realizados por dois ou mais indivíduos, como no caso do matrimônio, uma compra e venda,
ou um arrendamento, nos chamados negócios jurídicos que serão estudados na disciplina de
direito civil. (DINIZ, 2004)
Em terceiro lugar, temos o ato-fato jurídico, que são atos realizados por seres humanos,
relevantes para o direito, mas ausentes a voluntariedade ou a consciência. Como exemplos,

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podemos citar uma doação realizada por sujeito sem capacidade jurídica, ou uma ação
realizada por um indivíduo sob coação. (MIRANDA, 1954)
Agora que você já sabe tudo sobre atos e fatos jurídicos, vamos estudar os sistemas jurídicos,
também conhecidos como, as famílias jurídicas. Como exemplo e para aguçar a curiosidade,
vamos citar a existência do direito africano, direito mulçumano, direito indiano, direito
consuetudinário, direito japonês, dentre outros. De forma mais genérica, e considerando os de
maior incidência, podemos dividir os sistemas jurídicos entre as famílias da common law, da
civil law e do direito religioso. Mais próximos à nossa realidade ocidental, vamos nos referir aos
dois primeiros. (DAVID, 2002)
A common law é o sistema geralmente adotado por países de língua inglesa, ou influência
anglo-saxônica. Em especial, podemos nos referir ao Reino Unido e aos Estados Unidos da
América. A característica marcante desse sistema é que a criação do direito ocorre através de
um sistema de precedentes, através das decisões dos juízes e tribunais. As decisões reiteradas
das cortes criam um direito baseado nesses precedentes que passam a ser seguidos pelos
jurisdicionados. (DAVID, 2002)
Segundo David, em sua origem, a common law é o direito comum, que seria aplicável a toda
Inglaterra, oposto aos costumes das diversas localidades, e criado através da jurisprudência
dos tribunais de Westminster. (DAVID, 2002)
Um equívoco comum sobre a common law refere-se ao mito de que nesses Estados não
haveria direito sistematizado ou codificado. Atualmente, em diversos países que seguem a
common law, existe a criação de normas jurídicas através de processo legislativo. Contudo, o
valor que se dá a interpretação judicial dessas normas é ainda mais relevante do que em outros
sistemas. Além disso, também temos a codificação ou compilação de decisões reiteradas dos
tribunais, de forma que o estudo e aplicação dos precedentes possa ser sistematizado.
Assimile Precedente judicial é o resultado da decisão tomada por um juiz, ou por
uma corte, em um caso concreto. Serve como diretriz para futuros casos
concretos semelhantes, orientando tanto as partes quanto os julgadores.
Nesse sistema fala-se muito sobre a case law, quando a decisão de um tribunal, sobre um
determinado caso, torna-se um precedente a ser seguido em demais casos semelhantes, haja
ou não uma lei codificada que pudesse ser aplicada àquele caso concreto. Trata-se, portanto,
de um sistema que privilegia o seu desenvolvimento e construção a partir da construção de
precedentes pelos tribunais.
No Brasil, o ordenamento jurídico baseia-se no sistema da civil law, também conhecido como
sistema romano-germânico, de onde possui sua origem. Essa é a família jurídica dominante na
América Latina, na Europa continental e na Rússia. Ao contrário do sistema da common law, a
base desse sistema está nas leis criadas pelo Estado, seus princípios e regras. Em regra, tem-

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se a codificação ou a sistematização das leis, que devem ser de conhecimento de todos,
aplicável a todos e seguidas pelos juízes e tribunais.
A adstrição dos juízes à lei não impede que exerçam a hermenêutica jurídica necessária para a
aplicação das leis ao caso concreto. Entretanto, tal interpretação não se revela como fonte
primeira do direito como no sistema anglo-saxão. Além disso, a prevalência pelo processo
legislativo se revela a partir do momento em que uma mudança legislativa, pela promulgação de
uma nova lei, exige uma mudança de interpretação por parte dos juízes e tribunais.
Podemos dizer que o sistema da common law, baseado nas decisões judiciais, traz elementos
do jusnaturalismo, à medida em que as decisões judiciais, que criam o próprio direito positivo,
são tomadas com base em critérios como equidade, justiça, racionalidade e bom senso, a partir
do caso concreto que é apresentado. Já no sistema da civil law, a aplicação desses elementos
se dá na fase legislativa, de criação da leis, sendo que na aplicação da lei existe menor margem
discricionária – e abstrata - ao julgador.
Em linhas gerais, falamos sobre a ciência jurídica, que é o estudo racional do ordenamento
jurídico, independentemente de seu desenvolvimento através do processo legislativo ou através
de precedentes judiciais. Podemos definir a ciência do direito como:

“conhecimentos, metodicamente coordenados, resultantes do estudo ordenado das normas


jurídicas com o propósito de apreender o significado objetivo das mesmas e de construir o
sistema jurídico, bem como de descobrir as suas raízes sociais e históricas”. (GUSMÃO, 2018,
p.21)

Já a filosofia do direito está relacionada à forma como se pensa e se reflete sobre a própria
existência do direito, sobre seus objetivos, sobre sua função social, sobre as possibilidades e
potencialidades a serem exploradas. Trata-se de uma esfera mais abstrata que trata das
indagações ainda não respondidas total ou suficientemente.
E nas divagações da filosofia do direito surge importante questão que é definir o que é a justiça.
Afinal, quando confrontamos as pessoas em geral, muitas afirmam que a função do direito é
realizar a justiça. Mas o que é essa justiça que pode ser justa para uns mas injusta para outros?
A princípio, pode parecer muito simples conceituar “justiça”. Podemos falar que é dar a cada um
aquilo que lhe é devido. Mas podemos questionar, então, como saber ou definir aquilo que é
devido a cada um?
Nesse sentido, muito se fala sobre justiça social, justiça distributiva, diante de uma sociedade
extremamente desigual. Em tal perspectiva é que se fala em tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais, na exata medida de sua desigualdade. A atenção a tais
desigualdades seria, pois, fundamental para que a balança da justiça encontrasse a posição de

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equilíbrio. (CITTADINO, 2000)
Por isso temos juízes, que ao analisar os casos concretos precisam se debruçar sobre um sem
número de elementos e ponderações para chegar a um resultado “justo”, da mesma forma que
os legisladores também precisam se guiar sobre diversos critérios para criar leis que sejam
“justas”.
Nesse passo, também é importante lembrar que o que é considerado justo em determinado
momento pode deixar de ser em momento posterior, posto que a realidade social vive em
constante evolução, lembrando-nos que devemos sempre analisar a história – bem como a
história do direito – com as lentes do momento em que existiram, sob pena de cometermos, nós
mesmos, “injustiças” com o passado.
E, nessa inexatidão, nesse caminho muitas vezes obscuro, que o operador do direito deve
trilhar, é que reside a beleza, de, ao final, encontrarmos o que supostamente habituamo-nos a
chamar “justiça”. E, é por isso que, ao invés de computadores, temos juízes, e que temos o
direito não como ciência exata, mas, antes, como ciência social, posto que viva, mutante e
adaptável, construída na prática, e que evolui junto com a sociedade que ajuda a moldar.
Reflita O conceito de justiça, como podemos ver, é complexo. Construir uma
decisão justa demanda, além de conhecimento técnico, sensibilidade para
perceber as nuances que diferenciam um caso de outro. Você acredita que
a evolução tecnológica será capaz/eficaz na substituição do ser humano
na atividade judicante?
Encerramos aqui a seção, mas com certeza ainda temos muito a aprender e a refletir sobre
esses temas tão importantes para o nosso curso e carreira profissional. Vá além!

NÃO PODE FALTAR – Praticar para aprender – Parte 2

1. Descreva o contexto de aprendizagem, que deve ser abrangente o bastante para permitir que o
aluno mobilize dos conteúdos da seção. Se desejar, você poderá usar o mesmo contexto em todas
as seções da unidade.
2. Elabore uma situação-problema (SP) a partir do contexto de aprendizagem criado. É importante
lembrar que a SP não é um mero exercício. Ela é, na verdade, uma situação complexa, que deve
trabalhar os conhecimentos desenvolvidos na seção, e deve estar o mais próximo possível da
realidade profissional da área. O professor presencial dedicará mais da metade da aula para tratar
a situação-problema e seus desdobramentos, o que mostra a importância da SP para a seção. Ela
deve envolver as soft skills e contribuir para o desenvolvimento das competências da unidade, e do
seu resultado de aprendizagem.
3. O aluno deve ser o protagonista da situação-problema. Você pode iniciar com algo semelhante

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a: para contextualizar sua aprendizagem, imagine que você trabalha para uma empresa...
4. Para instigar o aluno, apresente algumas questões para reflexão ou para serem respondidas
finalizando com sucesso o desafio proposto no contexto de aprendizagem.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Praticar para aprender estará disponível
no livro didático.
(Escrever 1 página)
Asasasasas

Larissa é uma jovem advogada, recém formada, que fora contratada para atuar em uma
sociedade de advogados na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo. Com pouca
experiência, mas muito conhecimento técnico, é requisitada para prestar atendimento a uma
cliente vinda da Inglaterra, Carolina, que anos atrás teve problemas com um vizinho de sítio,
que supostamente teria apanhado frutas de seu pomar, sem o devido consentimento. À época,
sem provas, a cliente foi processada pelo vizinho Paulo, e teve de indenizá-lo por danos morais.
Entretanto, agora Carolina tem provas irrefutáveis do crime cometido vinte anos atrás.
A cliente Carolina se mostra bastante indignada ao saber que o crime de furto cometido por
Paulo há mais de vinte anos estaria prescrito, de acordo com as leis penais brasileiras. Além
disso, ela deseja saber se a condenação cível sofrida por danos morais e os valores pagos a
título de indenização podem ser revistos.
Como Larissa pode explicar a sua cliente que o instituto da prescrição e a coisa julgada também
podem ser considerados um meio de se realizar justiça?
.

FOCO NO MERCADO DE TRABALHO – Resolução da situação-problema

1. Você deve resolver a situação-problema (SP) ou indicar caminhos de resolução com base nos
conceitos abordados na seção. Além de fazer considerações sobre as competências e habilidades
necessárias à resolução, você pode elaborar questionamentos relacionados à SP que ajudem o
aluno a resolvê-la.
2. Você deve retomar brevemente a proposta da SP, nas primeiras linhas.
3. Se desejar, deixe questionamentos adicionais ao aluno. Caso não exista uma única resolução ou
perspectiva para a solução do problema, exemplifique uma perspectiva e deixe para o aluno a
reflexão sobre as possibilidades adicionais.
4. Finalize mostrando o desenvolvimento da história, indicando que o desafio proposto foi
superado.
OBSERVAÇÃO: as questões relacionadas à resolução da SP devem considerar os objetivos de
aprendizagem da seção. Direcione a linguagem ao aluno, pois a Resolução da situação-
problema estará disponível no livro didático.
(Escrever entre 1 e 2 páginas)
Asasasasas

Na presente seção tivemos a oportunidade de refletir sobre um conceito fundamental para o

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direito: a justiça. Afinal, como buscar que a justiça seja realizada se não soubermos o que a
justiça significa?
Mais do que isso, sendo o conceito de justiça tão complexo, devendo levar em consideração
uma série de fatores e circunstâncias, uma resposta simples e direta nem sempre é possível
quando estamos diante de uma situação concreta.
Temos argumentado que a realização da pacificação social e a justiça estão entre os principais
objetivos ou funções do direito. Entretanto, como vamos observar ao longo do curso, podemos
ter a falsa percepção de que poderia existir uma contradição entre alguns dos “objetivos”
buscados pelo direito, quando analisamos um caso concreto.
A tais situações, chamaremos de colisão de princípios, o que nos leva à necessidade de
ponderação, e aqui retomamos a imagem da balança. Devemos equilibrar os objetivos
buscados, para que essa aparente contradição desapareça.
No caso em tela, poderíamos argumentar que se alguém comete um delito e há provas robustas
da autoria, que o infrator deveria ser responsabilizado a qualquer tempo. Mais, poderíamos
argumentar que, se esse suposto infrator realmente comeu um delito, não poderia nunca ser
indenizado por danos morais por ter sido acusado de tal ato.
Entretanto, quando ponderamos que o princípio da pacificação social é basilar em nossa
sociedade, e que o direito serve como instrumento para tenhamos paz, a necessidade de se
garantir a estabilidade das relações sociais nos leva à existência de limitadores a coisa julgada
e a prescrição.
Não reconhecer a existência e a necessidade dessas limitações poderia levar a um estado de
medo, de insegurança, onde pessoas poderiam ser acusadas a qualquer tempo, com menores
possibilidades de exercer plenamente o direito a ampla defesa. Também, a necessidade de se
reconhecer a coisa julgada, que torna imutável uma decisão judicial, ainda que anos depois
perceba-se um equívoco, é um preço a ser pago para que a segurança jurídica seja realizada, e
as pessoas possam ter confianças de que uma vez que não caibam mais recursos em uma
demanda, aquela situação estará definitivamente solucionada, ainda que não tenha sido a
decisão mais “justa”.
.

FOCO NO MERCADO DE TRABALHO - Avançando na prática

O Avançando na prática é um momento de transferência dos procedimentos aprendidos na SP


para NOVAS situações, explorando outros conteúdos granulares menos explorados na SP, ou
colocando o aluno em uma perspectiva profissional diferente (por exemplo, se na SP o estudante é
advogado de defesa, no avançando na prática ele trabalha como promotor ou juiz). Você deve
elaborar uma nova situação-problema, diferente daquela que foi proposta no item Praticar para

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aprender – Parte 2.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Avançando na prática estará no livro
didático.
(Escrever 1 página)
Asasasasas

Título da nova situação-problema


Financiamento com juros abusivos

Descrição da situação-problema
Rafael realizou seu sonho de infância e comprou um carro zero quilômetros, realizando o
pagamento através de um financiamento no valor de R$50.000,00, divididos em 72 parcelas,
junto a uma instituição bancária. Depois de três anos pagando as parcelas, Rafael perdeu seu
emprego e a capacidade de continuar honrando os pagamentos mensais.
Entretanto, ao computar os valores pagos, percebeu que já havia desembolsado o total de
R$55.000,00, mas que ainda possuía dívida de R$55.000,00 a ser paga. Entendendo que os
juros cobrados seriam abusivos, levou o caso, através de advogado, à justiça. Como o juiz
poderia decidir o caso em questão?

Resolução da situação-problema
Trata-se de questão recorrente no judiciário brasileiro. Isso não quer dizer, entretanto, que seja
caso de fácil solução.
Novamente temos de recorrer aos elementos que envolvem o conceito de justiça. O que é justo
no caso concreto?
Em primeiro lugar, podemos advogar que o contrato assinado entre as partes deve ser mantido,
tendo em vista que o contrato faz lei entre as partes. Especialmente porque não teria havido
nenhuma coação, que o contrato teria sido livremente assinado pelas partes, nada havendo a
questionar.
Por outro lado, pode-se argumentar que, tendo em vista a justiça social, a disparidade entre as
partes, levando-se em conta que os juros seriam muito superiores aos que deveriam orientar o
mercado, tendo-se em vista que a parte não tinha conhecimento suficiente e não foi
devidamente esclarecido sobre as condições do contrato, que os valores a serem pagos
deveriam ser revistos pelo juízo.
.

MATERIAL COMPLEMENTAR

Desenvolva uma síntese dos conceitos mais relevantes da seção utilizando imagens, infográficos,
diagramas e esquemas que possam contribuir para a aprendizagem de forma visual e interativa em uma
webaula. A partir dessa síntese, nossa equipe de designers educacionais criará webaulas e/ou objetos de

13
aprendizagem.
Você deve:
1. Definir um objetivo de aprendizagem para o material complementar.
2. Apresentar a definição do conceito-chave de cada um dos conteúdos granulares da seção, conforme
BSC, preferencialmente associando elementos visuais como gráficos, fotos ou diagramas, resumindo de
forma clara e ilustrativa determinado conceito.
3. Preencher o box Saiba mais e o box Pesquise mais.
4. Você não deve copiar trechos do Não pode faltar.

Lembre-se: aqui você pode criar ou indicar esquemas, linhas do tempo, gráficos, mapas, etc. Neste bloco
você pode utilizar quantas imagens julgar necessárias (desde que respeitando os direitos autorais), elas
não contam para o limite de duas páginas.
Conheça, nos links a seguir, alguns formatos de webaulas e objetos de aprendizagem que poderão ser
produzidos a partir deste conteúdo.

 Linha do tempo:
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u2_for_soc_his_pol_bra/index.html
 Infográfico: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi_192_u3_sup_bas_vid_pri_soc/index.html
 Webaula:
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/BNCC/mod_2/index.html
 Whiteboard: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u3_pis_soc/index.html
 Aula narrada: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u1_mat_dis/index.html
 Tutorial: https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/
oedhi192_u3_com_gra/index.html
 Infográfico + Quiz:
https://cm-kls-content.s3.amazonaws.com/DESEN_WEBAULA/Teste/exemplo/oed201-u2s2-cul-
dig.webflow/index.html

(Escrever 2 páginas)

Abaixo estão os principais conceitos a serem explorados:


1- Direito positivo : é o direito vigente, exigível, e obrigatório a todos em certa jurisdição.
2- Direitos naturais: são aqueles que existem per si. Decorrem da própria natureza humana e
da relação social entre os seres.
3- Direito objetivo: se relaciona à palavra lei; são obrigações que o ordenamento jurídico
impõe a todos.

14
4- Direito subjetivo: diz respeito aos direitos ou garantias que os indivíduos possuem.
5- Fatos sociais ou naturais: não trazem consequências jurídicas e são, portanto, irrelevantes
para a seara do direito.
6- Fatos jurídicos: eventos produzidos pela natureza, mas que possuem implicações
jurídicas.
7- Atos jurídicos: ações humanas que possuem relevância para o direito, e que trazem,
portanto, consequências jurídicas. Elas têm como característica serem voluntárias e
conscientes.
8- Ato-fato jurídico, que são atos realizados por seres humanos, relevantes para o direito,
mas ausentes a voluntariedade ou a consciência.
9- Common law: é o sistema jurídico adotado por países de influência anglo-saxônica, como
os pertencentes ao Reino Unido, e os Estados Unidos da América. A característica
marcante desse sistema é que a criação do direito ocorre através de um sistema de
precedentes judiciais.
10- Civil law: Conhecido como sistema romano-germânico. A base desse sistema está nas leis
criadas pelo Estado, de forma sistêmica, através da codificação.
11- Justiça social ou justiça distributiva: decorrência de uma sociedade extremamente
desigual. Em tal perspectiva é que se fala em tratar igualmente os iguais e desigualmente
os desiguais, na exata medida de sua desigualdade.

As referências bibliográficas para os conceitos apresentados são as que constam ao final desse arquivo.

Saiba mais Norberto Bobbio foi um filósofo político italiano nascido em 1909 e falecido
em 2004. Grande defensor da democracia e do positivismo jurídico, um
dos maiores pensadores contemporâneos da filosofia do direito, seus
estudos merecem especial atenção pela sua profundidade e assertividade.
Entre as principais obras, recomendamos a Era dos direitos, Liberalismo e
democracia, O positivismo jurídico, lições de filosofia do direito.

Pesquise Estudar filosofia, bem como a filosofia do direito, são requisitos essenciais
mais para que possamos compreender um pouco melhor, não apenas a
sociedade em que vivemos, mas também o direito, como é formado, como
se interpreta, como deveria ser realizado. Deixamos algumas sugestões de
livros para pesquisa.

BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico: Lições de Filosofia do Direito. São Paulo:


Ícone, 2006

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

HOBBES, Thomas. Leviatã. Matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil.


(Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva). 3. ed. São Paulo:

15
AbrilCultural, 1983.

TESTANDO SEU CONHECIMENTO - Faça a valer a pena

O Faça valer a pena é uma avaliação direcionada à compreensão dos aspectos conceituais dos
conteúdos, constituindo o momento pós-aula. Elabore três questões objetivas, de múltipla escolha,
com cinco alternativas cada, de caráter conceitual, conforme manual para elaboração de questões
(https://drive.google.com/file/d/1vLxwrMsz5ceSznzf4KIRnZ5dUmWtfDfS/view ). Orientações:
 Cada questão deve ter um texto-base, um enunciado, cinco alternativas, a indicação da
alternativa correta e a resposta comentada.
 O texto-base não deve ser meramente ilustrativo, ele deve ser significativo e relevante para
a resolução da questão.
 Insira no enunciado, de forma objetiva, apenas a instrução ou o comando para a resolução
da questão. Afirmativas a serem avaliadas, contextualização e outros elementos devem ser
inseridos no campo do texto-base.
 O enunciado deve perguntar sempre pela alternativa correta, nunca pela incorreta ou
exceção. Não usar termos considerados negativos, como: errada, incorreta, não, exceto,
etc.
 No enunciado, não devem ser empregados termos graduadores. Ex.: a alternativa que
mais se aproxima, melhor define, melhor se enquadra, etc. Eles dão margem para que se
entenda que há mais de uma alternativa correta.
 Na resposta comentada, elaborar um parágrafo autônomo, redigido de maneira clara,
objetiva e de acordo com a norma culta da língua, capaz de explicar por que a alternativa
está correta. Lembre-se de que o aluno depende desse texto para compreender por que
errou (se tiver errado a questão) e poder avançar no aprendizado. Deve ter no mínimo 200
caracteres sem espaço e não deve citar a letra da alternativa correta.
ATENÇÃO: direcione a linguagem para o aluno, pois o Faça valer a pena estará no livro didático.

Questão 1
Texto-base:
O positivismo jurídico é uma corrente filosófica que nos mostra o direito como uma ciência,
racionalmente desenvolvida, dotada de conceitos lógicos. Trata-se, pois de uma criação da
razão humana, em oposição ao direito natural.

Enunciado:
Sobre direito natural e direito positivo, marque a alternativa correta

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a. O direito natural é um conjunto de direitos inatos de observância obrigatória
b. O direito positivo se resume a transposição de direitos naturais em direito escrito
c. O direito positivo é aquele vigente em determinada jurisdição
d. O direito natural não exerce influência sobre o direito positivo
e. O direito natural não se relaciona com os direitos humanos
Alternativa Correta: C
Taxonomia de Bloom: Análise
Nível de dificuldade: Fácil
Resposta Comentada:
O jusnaturalismo ou direito natural trata de um conjunto de direitos que seriam inatos, ou seja,
que todos os seres humanos teriam ao nascer, de forma geral e ampla, independentemente de
sua nacionalidade, religião, etnia, classe social. Por isso, estão na base principiológica do que
conhecemos como direitos humanos, direitos básicos – fundamentais - que deveriam ser de
todos. Entretanto, o direito exigível é o direito positivo, vigente, sendo o direito natural uma fonte
do direito, que exerce influência na criação das leis, nas decisões judiciais, mas que não possui
impositividade, estando mais ligado a critérios de equidade e justiça.

Questão 2
Texto-base:
Estudar os grandes ramos do direito internacional é importante para que possamos conhecer as
diferentes abordagens e características de cada sistema jurídico internacional. O estudo do
direito comparado nos permite, inclusive, aprimorar o nosso próprio sistema a partir de
experiencias de outros países.

Enunciado:
Analisando as assertivas sobre a common law e a civil law, marque a correta

a. O Brasil adota o sistema jurídico ao qual chamamos de common law.


b. O sistema da civil law é baseado em tradições e precedentes judiciais.
c. O sistema da common law está presente em especial nos países latinos.
d. A civil law tem sua origem no sistema romano-germânico
e. Não são relevantes as diferenças entre a common law e a civil law
Alternativa Correta: D
Taxonomia de Bloom: Conhecimento

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Nível de dificuldade: Intermediário
Resposta Comentada:
São muitas as diferenças entre a common law e a civil law. Enquanto a primeira tem seu
sistema baseado em precedentes judiciais, em tradições históricas, a segunda está mais
relacionado ao processo legislativo, que prepondera sobre a jurisprudência. A primeira tem sua
área de influência nos Estados de língua inglesa, enquanto a segunda está presente na
América latina, incluindo Brasil, Europa continental e Rússia.

Questão 3
Texto-base:
A filosofia do direito possui um espectro de estudo muito amplo, sendo muito importante para
que possamos compreender melhor o fenômeno jurídico, colocá-lo em perspectiva, e mesmo
pensar em como desejamos que o sistema seja aperfeiçoado.

Enunciado:
A palavra justiça traz uma dimensão muito ampla em seu conceito. Sobre a relação entre
direito e justiça marque a alternativa correta

a. O atual estágio tecnológico abre clara possibilidade de supercomputadores


solucionarem rapidamente as demandas judiciais
b. A justiça corresponde a tratar todos de forma igual
c. Não é justa que uma decisão judicial que leve em consideração as partes envolvidas no
processo
d. A justiça social está presente somente em países socialistas
e. O conceito de justiça é amplo e abarca uma série de princípios que devem ser
ponderados caso a caso
Alternativa Correta: E
Taxonomia de Bloom: Compreensão
Nível de dificuldade: Difícil
Resposta Comentada:
A atividade jurisdicional é complexa e deve levar em conta os diferentes elementos que são
trazidos no caso concreto, devendo tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais,
para que seja trazido um equilíbrio entres as partes. A sensibilidade dos julgadores não nos
parece como algo a ser alcançado através de algoritmos, ao menos no curto prazo, tendo em
vista o caráter humano que também é uma face da justiça, de compreensão da situação de

18
pessoas hipossuficientes, com as necessidades da justiça social, que não se relacionam com
países capitalistas ou socialistas, mas sim com a necessidade de se fazer o certo no caso
concreto.

ESTA SEÇÃO TEM VÍDEO?

Pressione a tecla Ctrl no teclado e clique na opção abaixo:


SIM NÃO

Texto para o vídeo

Segundo o conteúdo destacado no BSC para o vídeo da unidade, precisamos criar um texto para
orientar nossa equipe de roteiristas.

IMPORTANTE: Adote uma linguagem simples e clara, como se estivesse dando aula para pessoas
leigas. Utilize paráfrases, analogias e metáforas que facilitem a compreensão do texto. Conceitos
técnicos e jargões devem ser explicados.

Escolha uma opção entre CONCEITUAL ou VÍDEO RESUMO.


ATENÇÃO: aqui você não deve utilizar uma linguagem dialógica.

CONCEITUAL

Tema do vídeo conceitual


Insira aqui o conceito escolhido.
Finalidade
Indique se o propósito é aprofundamento ou complemento.
Contextualização
Escreva aqui uma breve contextualização para direcionar o roteirista, indicando onde este
conceito é aplicado.
Desenvolvimento do conteúdo
Discorra sobre o conceito destacado.
Limite: 40 a 60 linhas

VÍDEO RESUMO

19
Tema da vídeo-resumo
Insira aqui os temas que o vídeo resumo deve trazer.
Desenvolvimento do conteúdo
Discorra sobre o conceito destacado de cada um dos assuntos que serão abordados no vídeo
resumo.
Limite:40 a 60 linhas
Asasasasa

ESTA SEÇÃO TEM ROTEIRO DE AULA PRÁTICA?

Pressione a tecla Ctrl no teclado e clique na opção abaixo:


SIM NÃO

Roteiro de aula prática

OBJETIVOS

Descreva, em tópicos, entre três e cinco, os objetivos da aula prática. Liste cada objetivo iniciando por um
verbo no infinitivo. Por exemplo: compreender, conhecer, analisar, aplicar, desenvolver, etc.

INFRAESTRUTURA

Indique os tipos de instalações que deverão ser utilizadas, por exemplo, laboratório, clínica-escola,
campo, etc. Para isso, verifique com o consultor de conteúdo o book de laboratórios da Kroton. Ressalte,
para o professor, a importância de agendar previamente em sua instituição o uso desses espaços.

MATERIAIS
Descreva os materiais necessários para a realização da aula prática. Para isso, verifique com o consultor
de conteúdo a lista de materiais de insumos da Kroton. Indique a volumetria de acordo com orientação do
curador metodológico responsável pela disciplina.

Descrição Quantidade de materiais por


procedimento/atividade

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SOFTWARE

Indique a necessidade ou não de uso de software, especificando o nome e o tipo de licença.

Sim ( ) Não ( )

Em caso afirmativo, qual?

Pago ( ) Não Pago ( )

Tipo de licença:

DESCRIÇÃO DO SOFTWARE

Descreva as características técnicas do software mostrando sua função na realização da atividade.

SUGESTÕES DE SEGURANÇA

Indique, em tópicos, os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para o desenvolvimento

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da aula prática, deixando claro quais desses equipamentos são de responsabilidade do aluno. Para
aqueles de responsabilidade institucional, verifique com o consultor de conteúdo o book de equipamentos
da Kroton.
Caso a sua proposta não envolva o uso desses equipamentos, basta escrever “não se aplica” no campo.

PROCEDIMENTO/ATIVIDADE

Atividade proposta:
Indique de forma objetiva a atividade proposta para a aula prática. Por exemplo: elaboração de um
plano de aula, escultura em bloco de cera de dentes permanentes, análise histológica de tecido, obtenção
de parâmetros, desenvolvimento de projetos, etc.

Procedimentos para a realização da atividade:


Utilize este campo para descrever, de forma detalhada, as etapas a serem desenvolvidas para a
realização da atividade. Lembre-se de que esta é uma oportunidade de o aluno colocar em prática os
conteúdos trabalhados no livro didático para o futuro exercício da profissão.

Checklist:
Escreva aqui, em tópicos, as principais etapas a serem desenvolvidas na aula prática, na sequência em
que elas devem ser realizadas. Esse checklist é um importante instrumento para que o professor e seus
alunos possam conferir se executaram todos os procedimentos descritos para a atividade.

RESULTADOS

Resultados da aula prática:


Este é o momento em que o professor poderá realmente verificar o nível de aprendizagem de todos os
alunos após a aula prática. Defina o que deverá ser entregue como resultado da prática realizada em aula
e de que forma. A entrega pode ser um plano de aula, um relatório, uma análise de dados, uma obra de
arte, uma resenha, etc.

Asasasasas

Referências

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Escreva, a seguir, as referências utilizadas na seção (em padrão ABNT – NBR 6023/2018). A
norma está disponível na Biblioteca Virtual (Target getweb). Para construí-las, pode usar o site
http://www.more.ufsc.br/.
Asasasasas

BOBBIO, Norberto. O Positivismo Jurídico: Lições de Filosofia do Direito. São Paulo: Ícone, 2006

BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

CITTADINO, Gisele. Pluralismo, Direito e Justiça Distributiva. Elementos da Filosofia Constitucional


Contemporânea. Rio de Janeiro: Editora Lumen Juris, 2000

DAVID, René. Os grandes sistemas de direito contemporâneo. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

DINIZ, M. H. Compêndio de introdução à ciência do Direito. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução ao estudo do direito. 49.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018

HOBBES, Thomas. Leviatã. Matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. (Tradução de João
Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva). 3. ed. São Paulo: AbrilCultural, 1983.

LACERDA, Arthur Virmond de. A República Positivista: Teoria e Ação no. Pensamento de Augusto Comte.
2. ed. Revista e atualizada. Curitiba: Juruá, 2002.

MIRANDA, P. de. Tratado de Direito Privado. Rio de Janeiro: Borsoi, 1954.

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