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Completo
A LINDB (Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro),
antiga LIC (Lei de introdução ao Código Civil), ingressou no
sistema jurídico em 1942 com o Decreto 4.657/42.
A LINDB regulamenta:
Vigência
Há três teorias:
É o caso, por exemplo, do erro de proibição no Direito Penal (hipótese em que o agente
pensa estar atuando de forma licita, mas, em verdade, está contrariando o ordenamento
jurídico).
Há ainda os adeptos da teoria da necessidade social, segundo a qual a norma do art. 3.º
da LINDB é uma regra ditada por uma razão de ordem social e jurídica.
1. a presunção legal;
2. a necessidade social.
A presunção legal, aqui, visa presumir o conhecimento da lei a partir da publicação no
diário oficial.
A necessidade social, aqui, visa dar garantia de eficácia para o ordenamento jurídico.
Assim, podemos concluir que, não se destinando à vigência temporária, a lei terá
vigor até que outra a modifique ou revogue (art. 2° da LINDB).
As leis orçamentárias, por exemplo, não dependem de revogação por norma posterior.
É o caso, por exemplo, do rito sumário no processo civil que, embora revogado,
permanece válido para processos que estavam em andamento (art. 1.046, §1°, CPC).
Promulgação é um ato do chefe do Poder Executivo que autentica a lei, determina a sua
publicação e marca a existência da norma.
Trata-se de uma condição de vigência, já que, para ser aplicada, a lei precisa
ser conhecida.
A vacatio legis não é obrigatória, mas sim recomendável para que as pessoas possam
adequar a própria conduta ao comando prescrito pela norma (dever-ser).
Na primeira, a vacatio legis vem definida na própria norma, ao passo que, na segunda ,
a vacatio legis é determinada por meio de uma segunda norma que nasce com essa
finalidade.
No caso de correção do texto, por nova lei, no período de vacatio legis, será preciso
recontar o prazo a partir da publicação da norma retificadora (art. 1°, §3°,
LINDB).
1. expressamente declarar;
2. for incompatível com a lei vigente;
3. quando regulamentar toda a matéria da lei anterior.
O primeiro caso é o caso de revogação expressa, ao passo que o segundo e terceiro
caso são casos de revogação tácita.
Em outras palavras, para que ocorra a repristinação, será necessária a previsão expressa.
A decisão do STF, por exemplo, tem, em regra, eficácia ex tunc, mas o STF pode
determinar eficácia ex nunc quanto entender conveniente.
Diante da omissão, então, não pode o juiz deixar de julgar (Princípio da Inafastabilidade
da Jurisdição).
A segunda se justifica na presença de norma para o caso concreto, porém sem eficácia
social.
A lacuna axiológica, por sua vez, há norma que se aplica ao caso, porém de aplicação
que enseja injustiça.
A lacuna de conflito (ou antinomia) é o confronto de 2 ou mais normas válidas e
aplicáveis.
Caso as soluções sejam convergentes, ambas as normas devem ser aplicadas (Teoria
do Diálogo das Fontes).
Nesta hipótese, a antinomia é resolvida por meio de critérios legislativos (e.g. hierarquia
de leis), bem como critérios doutrinários.
Você pode estar se perguntando: “mas quais são os critérios adotados pela
legislação?“
Analogia
Analogia consiste na aplicação de uma norma prevista para hipótese distinta,
porém, semelhante.
Ocorre que, por costume, entende-se que o cheque pré-datado não deve ser apresentado
antecipadamente.
Aliás, tal postura viola o dever de confiança que, por sua vez, é um desdobramento da
boa-fé objetiva.
Por isso, segundo a súmula 370 do STJ, “caracteriza dano moral a apresentação
antecipada de cheque pré-datado“.
Além disso, nos termos do art. 187 do Código Civil, a violação à boa-fé consagra
espécie de abuso de direito, cumpre citar:
“Art. 187 do Código Civil: Também comete ato ilícito o titular de um
direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos
pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.”
Princípios Gérais dé Diréito
Os princípios gerais do direito são regras norteadoras do ordenamento jurídico,
universalmente aceitas, mas não necessariamente positivadas.
1. Princípio da Sociabilidade ;
2. Princípio da Operabilidade;
3. Princípio da Eticidade.
Vamos falar sobre cada um desses princípios oportunamente.
Equidadé
Desde já, é importante observar que a equidade não está no art. 4° da LINDB.
A equidade latíssima, por sua vez, é uma suprema regra de justiça que pauta o
comportamento humano em todos os campos: religioso, moral, social, jurídico, etc.
Há, também, diferença entre decidir com equidade e decidir por equidade.
Todo juiz julga com equidade, pois busca uma decisão justa para o caso concreto.
O julgamento por equidade, contudo, só é possível quando a lei autoriza (art. 140,
parágrafo único, do CPC).
No julgamento por equidade, o juiz desconsidera regra ou norma jurídica para decidir
com base em outra regra mais justa.
É o caso, por exemplo, da jurisdição voluntária (art. 723, parágrafo único, do CPC).
Por exemplo, o valor da cláusula penal não poderá exceder o valor da orbitação
principal (art. 412 do CC/02).
1. O direito adquirido;
2. O ato jurídico perfeito;
3. A coisa julgada.
Tal proteção encontra-se tanto na Constituição (art. 5°, XXXVI, CF), como na LINDB
(art. 6° da LINDB).
O direito relativiza princípios e regras, pois estamos vivendo a era de ponderação dos
princípios e valores.
Observe o que disciplina, por exemplo, o enunciado 109 da I jornada de direito civil:
A interpretação lógica, por sua vez, é aquela que utiliza regras de raciocínio lógico
para desvendar a norma.
A interpretação extensiva, por sua vez, entende-se que “o legislador disse menos do
que pretendia“.
Na interpretação restritiva, por sua vez, restringe o alcance e sentido por que o
legislador disse mais do que pretendia.
Antinomia
Como já observamos, a lacuna de conflito (ou antinomia) é o confronto de 2 ou mais
normas válidas e aplicáveis.
Caso as soluções sejam convergentes, ambas as normas devem ser aplicadas (Teoria
do Diálogo das Fontes).
Nesta hipótese, a antinomia é resolvida por meio de critérios legislativos (e.g. hierarquia
de leis), bem como critérios doutrinários.
Você pode estar se perguntando: “mas quais são os critérios adotados pela
legislação?“
São eles:
1. subsunção clássica;
2. subsunção moderna.
A primeira é o enquadramento do fato concreto ao conceito abstrato contido na
norma.
É, então, meio de verificar qual foi o fato e qual foi a norma jurídica.
A subsunção moderna, por sua vez, defende que o aplicador da lei deve observar, além
do fato e da norma, os valores (corrente moderna ou científica).
1. A soberania nacional;
2. A ordem pública;
3. Os bons costumes.
A decisão estrangeira, por evidente, precisa ser homologada pelo STJ (art. 105 da
CF/88).
Além disso, é preciso lembrar que “a lei do país em que domiciliada a pessoa
determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e
os direitos de família (art. 7° da LINDB)“.
Além disso, caso decrete a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa, deve indicar, de modo expresso, as consequências jurídicas e
administrativas (art. 21 da LINDB).
É vedada a invalidação, neste caso, com base em mudança posterior de orientação geral.
A LINDB esclarece que orientação geral são as interpretações específicas contidas em:
Observe que o agente, sob a ótica desta teoria, não é o órgão e não representa o órgão,
mas apenas titulariza as competências do órgão.
Por esse motivo, segundo o Supremo Tribunal Federal, não pode o autor de Ação de
Reparação de Danos ajuizá-la diretamente contra o agente público.
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