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AULA 01 - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO


BRASILEIRO

1. VIGÊNCIA E APLICAÇÃO DAS NORMAS


Começando nosso contéudo, temos o primeiro tema intitulado “vigência e aplicação das
normas”. A norma é considerada em vigor (vigente) quando o Estado já pode se manifestar no
caso de seu eventual descumprimento.

Ocorre que, entre a publicação de determinada lei e o início da vigência, pode existir um
período denominado vacatio legis, sendo este um prazo em que a lei está válida, pois já foi
publicada, porém não pode ter sua aplicação exigida durante esse período de vacância.

Diante disso, inúmeras questões de concurso abordam acerca de certo negócio


celebrado durante a vacatio legis de determinada lei que irá proibir esse negócio.
Nesse caso, o negócio será considerado válido, porque a lei ainda não está em vigor,
ou seja, não pode ter sua aplicação exigida.

De acordo com a LINDB, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o
país 45 dias depois de oficialmente publicada, ou seja, se a própria legislação não dispor
acerca do início de sua vigência, ocorrerá uma vacatio legis de 45 dias depois de oficialmente
publicada.

CUIDADO! A contagem do prazo da vacatio legis é feita com a inclusão da data


da publicação e do último dia do prazo, em dias corridos, ou seja, são computados
os feriados, sábados e domingos.

Quando o LINDB expressa que “a lei começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de
oficialmente publicada, temos aqui o chamado Princípio da Vigência Sincrônica, tendo em
vista que a incidência da vigência de forma simultânea em todo o território nacional. Está
também expresso na LINDB que ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a
conhece.

Avançando no assunto, temos que, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei


brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.

Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a
correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova
publicação. Nesse mesmo sentido, as correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova,
devendo, assim, respeitar o período da vacatio legis, salvo disposição em contrário.

Pois bem, na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum. Entretanto, há certas situações em que a legislação é omissa, nesses
casos o juiz utilizará os chamados métodos de integração para decidir.

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1.1 INTERPRETAÇÃO DAS LEIS


A interpretação das leis ocorre para que o sentido de sua existência seja alcançado, diante
disso a interpretação pode ser realizada com a utilização de formas distintas, dentre as quais
destacam-se:

a) Literal ou Gramatical: Forma inicial de interpretação das leis, os termos do texto


legal são analisados e interpretados conforme seus significados gramaticais.

b) Autêntica: É aquela realizada pelo próprio órgão que elaborou a lei.

c) Sistemática: A interpretação da norma é realizada em atenção ao livro, título,


capítulo, seção ou outro conjunto normativo que ela esteja inserida, ou seja, busca-se
o sentido da norma a partir do sistema em que ela está inserida.

d) Teleológica: Aqui o intérprete da norma se atenta para os fins da norma, a finalidade


para a qual ela foi criada. Essa forma de interpretação está expressa no art. 5º da
LINDB: “Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às
exigências do bem comum.”

e) Histórica: A intepretação da norma é realizada levando em consideração o contexto


histórico da época de sua criação.

f) Analógica: Busca-se elemento semelhante na própria norma que está sendo


interpretada, na ausência de definição objetiva de certos termos.

g) Restritiva: Nessa forma de interpretar a norma, o alcance é restrito aos limites


expressos na própria norma.

h) Extensiva: Por esta forma, o alcande da norma é ampliado para além dos limites
expressos no texto legal.

1.2 INTEGRAÇÃO DAS LEIS


Primeiramente cabe enfatizar que os métodos de integração só poderão ser utilizados nas
hipóteses de lacuna normativa, ou seja, não há previsão legal para um dado fato concreto em
discussão no Poder Judiciário.

Para essas situações, a LINDB estipulou que quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso
de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito; sendo ester os três
métodos de integração expressamente previstos na LINDB. Os doutrinadores clássicos do
Direito Civil afirmam que esses métodos de integração da norma representam um rol
preferencial e taxativo.
Por rol taxativo entendemos que, segundo a doutrina clássica, não há outros
metódos de integração. Por sua vez, rol preferencial significa que o juiz, diante de
uma lacuna normativa, deve se valer primeiro da analogia, caso não logre êxito com
esta, passará aos costumes e, por fim, aos princípios gerais do direito.

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a) Analogia: aplicação de uma norma elaborada para um caso concreto distinto, porém
semelhante ao que não há norma específica.
b) Costumes: são as práticas reiteradas de uma sociedade, chamadas de Direito
Consuetudinário. É vedada a utilização de costumes contra legem, ou seja,
contrários a lei.
c) Princípio Gerais do Direito: são princípios nortedores de todo o ordenamento
jurídico, como, por exemplo, Princípio da Dignidade da Pessoal Humana.

CUIDADO! Analogia é diferente de interpretação analógica. A analogia é uma


forma de integração da norma, ou seja, não há norma especifíca para aquele caso
(lacuna normativa). Já a interpretação analógica, trata-se de uma forma de
interpretar a norma, aqui não há uma lacuna normativa. Por exemplo, o Código
Penal classifica como homicídio qualificado aquele comitido “mediante paga ou
promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe” (art. 121, §2º, I). Essa última
situação - “motivo torpe” - precisa de uma interpretação analógica para saber se
irá incidir a qualificadora ou não. Aqui nós temos a norma expressa, só não há a
definição do que é motivo torpe, daí a necessidade de se utilizar a interpretação
analógica.

Para finalizarmos esse tópico, importante destacar que a doutrina contemporânea afirma
que a equidade também é uma forma de integração das normas, o que não está expresso na
LINDB.

2. CONFLITO DAS LEIS NO TEMPO


Situação diversa da omissão legal surge quando duas ou mais leis, válidas e vigentes,
regulam a mesma matéria e conflitam entre si; essa situação chamamos de antinomia, a qual
pode ser real ou aparente.

Na antinomia real, não há possibilidade de agir de acordo com as leis em conflito; utiliza-
se uma ou outra. Todavia, se for uma antinomia aparente, o conflito pode ser resolvido por
meio de três critérios:

a) Critério Hierárquico: É o mais forte, por este critério a norma superior prevalece
sobre norma inferior. Exemplo: Constituição Federal prevalece sobre o Código Civil.

b) Critério da Especialidade: Norma especial prevalece sobre a norma geral. Exemplo:


Lei de Crimes Hediondos prevalece sobre o Código Penal;

c) Critério Cronológico: É o mais fraco e diz que a norma posterior prevalece sobre a
norma anterior. Exemplo: Lei de 2020 prevalece sobre Lei de 2002.
Na antinomia aparente, quando utilizarmos apenas 1 critério para solução do
conflito, temos a chamada antinomia de 1º grau. Quando utilizamos 2 critérios,
ocorre a antinomia de 2º grau.

2.1 PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DA LEI

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O Princípio da Continuidade da Lei está expresso na LINDB nos seguintes termos: Não
se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. Com
relação à revogação das leis, temos duas regras que adoram aparecer em provas:

a) A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com
ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei
anterior;

b) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não
revoga nem modifica a lei anterior.
AB-ROGAÇÃO: Revogação total de uma norma
DERROGAÇÃO: Revogação parcial de uma norma

2.2 REPRISTINAÇÃO X EFEITO REPRISTINATÓRIO


A repristinação trata-se de um efeito jurídico que pode ser sintetizado no esquema
abaixo:

LEI A REVOGA LEI B REVOGA LEI C

Aqui nós temos que a “Lei A” foi revogada pela “Lei B”, posteriormente a “Lei B” foi
revogada pela “Lei C”. Quando ocorrer uma situação dessa, a dúvida que fica é a seguinte: A lei
revogada (Lei A), volta a vigorar por ter sua lei revogadora (Lei B) perdido a vigência?

Respondendo a essa indagação, a LIND declara: Salvo disposição em contrário, a lei


revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência. Nesse sentido, para
a “Lei A” voltar a vigorar no mundo jurídico, a “Lei C” tem que expressamente declarar a sua
repristinação, ou seja, declarar expressamente a volta da vigência “Lei A”.

Outra situação distinta é o chamado efeito repristinatório; esse fenômeno é estudado lá


no Direito Constitucional. Ocorre quando o Supremo Tribunal Federal (STF) declara a
inconstitucionalidade de determinada lei com efeito repristinatório, voltando a norma
revogada a operar seus efeitos na sociedade.

2.3 SEGURANÇA JURÍDICA


Em um primeiro momento, a LIND expressa que a lei em vigor terá efeito imediato e
geral. Entretando, transmitindo a segurança jurídica do ordenamento jurídico brasileiro, essa
lei em vigor deve respeitar:

a) Ato Jurídico Perfeito: sendo este o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em
que se efetuou;

b) Direito Adquirido: aquele que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como
aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida
inalterável, a arbítrio de outrem.

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c) Coisa Julgada: também chamado cado julgado, a decisão judicial de que já não caiba
recurso

3. EFICÁCIA DA LEI NO ESPAÇO


Logo de início é importante saber que o ordenamento jurídico brasileiro adota o chamado
Princípio da Territorialidade Moderada, com isso, aplica-se aqui a legislação brasileira –
Princípio da Territorialidade – e, em certos casos, a legislação estrangeira – Princípio da
Extraterritorialidade.

E são esssas regras, aplicáveis ao chamado Direito Internacional Privado e expressas na


LINDB, que estudaremos agora.

3.1 CASAMENTO
I) A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim
da personalidade, o nome, a capacidade e os direitos de família.

II) Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos
impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração.

III) O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades diplomáticas ou


consulares do país de ambos os nubentes.
IV) Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a
lei do primeiro domicílio conjugal.

V) O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os


nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

VI) As autoridades consulares brasileiras poderão celebrar a separação consensual e o


divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazes do casal e
observados os requisitos legais quanto aos prazos, sendo indispensável a assistência de
advogado.

3.2 SUCESSÃO
I) A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o
defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

II) A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira
em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não
lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus.

III) A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder.

3.3 BENS MÓVEIS E IMÓVEIS


I) Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, a lei do país em que
estiverem situados será aplicada.

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II) A lei do país em que for domiciliado o proprietário será aplicada quanto aos bens
móveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.

III) O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a
coisa apenhada.

IV) Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações relativas a imóveis
situados no Brasil.

3.4 OBRIGAÇÕES
I) Para qualificar e reger as obrigações, será aplicada a lei do país em que se constituírem.

II) Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial,


será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos
extrínsecos do ato.

III) A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o


proponente.

IV) É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil
ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.

3.5 ORGANIZAÇÕES E GOVERNO ESTRANGEIRO


I) As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as sociedades e as
fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem. Não poderão ter no Brasil filiais,
agências ou estabelecimentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo
brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.

II) Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer natureza, que eles
tenham constituído, dirijam ou hajam investido de funções públicas, não poderão adquirir no
Brasil bens imóveis ou susceptíveis de desapropriação.

III) Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos prédios necessários à sede
dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.

Nobre concurseiro, por enquanto é isso. Fique agora com uma lista de exercícios. Qualquer
dúvida, mande uma mensagem em meu Instagram @prof.fernandofagundes. Até logo!

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EXERCÍCIOS

1) À luz da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que disciplina a aplicação das
leis em geral, julgue o item seguinte. Ocorre revogação tácita quando lei posterior regula
inteiramente matéria de lei anterior ou seja com esta incompatível.

( ) CERTO ( ) ERRADO

2) À luz da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, que disciplina a aplicação das
leis em geral, julgue o item seguinte. Para evitar a vacatio legis, a lei revogada é
automaticamente restaurada, no caso de a lei que a tiver revogado perder a vigência.

( ) CERTO ( ) ERRADO

3) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, além de situações


de expressa revogação, nova lei implica a revogação de legislação anterior que regulasse
inteiramente a mesma matéria ou, ainda, que estabelecesse regras gerais sobre o mesmo
assunto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

4) O conflito de normas que pode ser resolvido com a simples aplicação do critério
hierárquico é classificado como antinomia aparente de primeiro grau.

( ) CERTO ( ) ERRADO

5) Salvo expressa disposição em contrário, a lei entrará em vigor no primeiro dia útil após
a sua publicação no Diário Oficial da União.

( ) CERTO ( ) ERRADO

6) Diante de omissão legal, o juiz decidirá de acordo com a analogia, os costumes e os


princípios gerais de direito, visando atender aos fins sociais da lei e às exigências do bem
comum.

( ) CERTO ( ) ERRADO

7) Lei nova que estabeleça disposições especiais a par das já existentes revogará a lei
anterior.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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8) Em se tratando de indivíduo de nacionalidade estrangeira domiciliado no Brasil, as


regras sobre o começo e o fim da sua personalidade, seu nome, sua capacidade civil e seus
direitos de família são aquelas da legislação vigente no seu país de origem.

( ) CERTO ( ) ERRADO

9) Acerca da vigência das leis e da vacatio legis, assinale a opção correta.

a) Vacatio legis consiste no intervalo de tempo existente entre o momento da aprovação de


lei pelo Poder Legislativo e o início de sua vigência.
b) O legislador poderá determinar prazo específico de vacatio legis.
c) O legislador poderá determinar a vigência imediata de norma jurídica a partir de sua
aprovação pelo Congresso Nacional.
d) Na ausência de manifestação do legislador, o prazo de vacatio legis será de 90 dias no
território nacional.
e) O prazo de vacatio legis da lei brasileira, quando esta for admitida, será de 30 dias nos
Estados estrangeiros.

10) Autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente para julgar ações
relativas a imóveis que, situados no Brasil, sejam de propriedade de estrangeiros.

( ) CERTO ( ) ERRADO

11) Salvo expressa disposição em contrário, a lei entrará em vigor no primeiro dia útil após
a sua publicação no Diário Oficial da União.

( ) CERTO ( ) ERRADO

12) O ato jurídico perfeito é aquele já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que
tenha sido efetuado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

13) Ao buscar uma adaptação da lei para aplicá-la a exigências atuais e concretas da
sociedade, o intérprete da legislação utiliza-se da interpretação

a) histórica.
b) sistemática.
c) extensiva.
d) teleológica.
e) lógica.

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14) Uma nova lei, que disciplinou integralmente matéria antes regulada por outra norma,
foi publicada oficialmente sem estabelecer data para a sua entrada em vigor e sem prever prazo
de sua vigência. Sessenta dias após a publicação oficial dessa nova lei, foi ajuizada uma ação em
que as partes discutem um contrato firmado anos antes sobre o assunto objeto das referidas
normas.

Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o seguinte item, com base na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro. Apesar de a nova lei ter revogado integralmente
a anterior, ela não se aplica ao contrato objeto da ação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

15) Diante da existência de normas gerais sobre determinado assunto, publicou-se


oficialmente nova lei que estabelece disposições especiais acerca desse assunto. Nada ficou
estabelecido acerca da data em que essa nova lei entraria em vigor nem do prazo de sua
vigência. Seis meses depois da publicação oficial da nova lei, um juiz recebeu um processo em
que as partes discutiam um contrato firmado anos antes.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o disposto na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.

O caso hipotético configura repristinação, devendo o julgador, por isso, diante de eventual
conflito de normas, aplicar a lei mais nova e específica.

( ) CERTO ( ) ERRADO

16) Diante da existência de normas gerais sobre determinado assunto, publicou-se


oficialmente nova lei que estabelece disposições especiais acerca desse assunto. Nada ficou
estabelecido acerca da data em que essa nova lei entraria em vigor nem do prazo de sua
vigência. Seis meses depois da publicação oficial da nova lei, um juiz recebeu um processo em
que as partes discutiam um contrato firmado anos antes.

A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, considerando o disposto na Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro.

A nova lei começou a vigorar no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente
publicada e permanecerá em vigor até que outra lei a modifique ou a revogue.

( ) CERTO ( ) ERRADO

17) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro. O prazo de vacatio legis se aplica às leis, aos decretos e aos
regulamentos

( ) CERTO ( ) ERRADO

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18) Julgue o item a seguir, à luz da Lei de Introdução ao Código Civil — Lei de Introdução
às Normas do Direito Brasileiro. O intervalo temporal entre a publicação e o início de vigência
de uma lei denomina-se vacatio legis.

( ) CERTO ( ) ERRADO

19) Lei em vigor tem efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada.

( ) CERTO ( ) ERRADO

20) Se a lei não dispuser em sentido diverso, a sua vigência terá início noventa dias após a
data de sua publicação.

( ) CERTO ( ) ERRADO

21) De acordo com a LINDB, no tocante ao fenômeno da repristinação, salvo disposição em


contrário, a lei

a) nova que estabeleça disposições gerais a respeito de outras já existentes não revogará
leis anteriores.
b) revogada voltará a vigorar se a lei que a revogou for declarada inconstitucional em
controle difuso.
c) revogada não se restaurará se a lei revogadora perder a vigência.
d) nova que estabeleça disposições especiais a respeito de outras já existentes não
revogará leis anteriores.
e) nova revogará a anterior se regular inteiramente a mesma matéria.

22) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,


a) o princípio da obrigatoriedade das leis é incompatível com o instituto do erro de direito.
b) em relação à eficácia da lei no tempo, a retroatividade de uma lei no ordenamento
jurídico será máxima.
c) adota-se, quanto à eficácia da lei no espaço, o princípio da territorialidade mitigada.
d) em caso de omissão da lei, o juiz decidirá o caso de acordo com as regras de experiência.
e) será admitida correção de texto legal apenas antes de a lei entrar em vigor.

23) Derrogação é o fenômeno que ocorre quando há revogação total de uma lei.

( ) CERTO ( ) ERRADO

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24) A vigência das leis pode ocorrer de forma temporária ou por tempo indeterminado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

25) A lei do país em que a pessoa for domiciliada determina as regras sobre o começo e o
fim de sua personalidade.

( ) CERTO ( ) ERRADO

26) Admite-se o costume contra legem como instrumento de integração das normas

( ) CERTO ( ) ERRADO

27) Em 1.º/1/2017, Lúcio, que era brasileiro e casado sob o regime legal com Maria,
também brasileira, ambos residentes e domiciliados em um país asiático, faleceu. Lúcio deixou
dois filhos como herdeiros, Vanessa e Robson, residentes e domiciliados no Brasil, e os
seguintes bens a inventariar: a casa em que residia no exterior, uma casa no Brasil e dois
automóveis, localizados no exterior. O casamento de Lúcio e Maria foi celebrado no Brasil. Antes
do casamento, ele residia e era domiciliado no Brasil, ao passo que ela residia e era domiciliada
em um país africano. O primeiro domicílio do casal foi no exterior.

Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta.

a) A lei brasileira regulará a capacidade para suceder de Vanessa e Robson.


b) Aplica-se a lei brasileira quanto ao regime de bens do casal.
c) As regras sobre a morte de Lúcio são determinadas pela lei brasileira.
d) Aplica-se a lei brasileira quanto à regulação das relações concernentes a todos os bens
de Lúcio.
e) A sucessão de Lúcio obedecerá à lei brasileira.

28) Conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,


a) como regra, a lei revogada se restaura quando a lei revogadora perde sua vigência,
instituto conhecido como repristinação.
b) quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e
os princípios gerais de direito.
c) as correções a texto de lei já em vigor não são consideradas lei nova.
d) toda lei entra em vigor no país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada,
sem exceção.

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29) Uma lei nova, ao revogar lei anterior que regulamentava determinada relação jurídica,
não poderá atingir o ato jurídico perfeito, o direito adquirido nem a coisa julgada, salvo se
houver determinação expressa para tanto.

( ) CERTO ( ) ERRADO

30) Caso uma lei nova não dispuser sobre a data de início da sua vigência, entende-se que
ela entrará em vigor na data da sua publicação

( ) CERTO ( ) ERRADO

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GABARITO
1) C
2) E
3) E
4) C
5) E
6) C
7) E
8) E
9) B
10) E
11) E
12) C
13) D
14) C
15) E
16) C
17) E
18) C
19) C
20) E
21) C
22) C
23) E
24) C
25) C
26) E
27) A
28) B
29) E
30) E

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