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AUTARQUIA EDUCACIONAL DO ARARIPE - AEDA

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS DE ARARIPINA - FACISA


CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

CAROLINE CARVALHO FIALHO

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO

OUTUBRO DE 2021, ARARIPINA-PE


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
COMARCA DE RIO DE JANEIRO – RJ

SERGIO OLIVEIRA DA SILVA, servidor público, brasileiro, inscrito


no CPF sob o n° 012.345.678-90 e no RG sob nº 09876543211,
residente e domiciliado na Avenida Getúlio Vargas, Bairro Centro,
Cidade de Volta Redonda - RJ, CEP 20941-190, Vem representado por
sua advogada CAROLINE CARVALHO FIALHO, inscrita na OAB/RJ
sob n° 27971, com domicílio profissional na cidade de Rio de Janeiro
na Rua Alexandre Herculano, Bairro Centro, CEP 20050-000, que
recebe intimações pelo e-mail advcarolinecarvalho@gmail.com, vem
respeitosamente perante Vossa Excelência, propor a ação de AÇÃO
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C
OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS
pelo rito ordinário em face de EMPRESA DE TELEFONIA ALFA,
CNPJ 000000000, com sede a Avenida Paulista, cidade São Paulo CEP
01311-000, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

DA JUSTIÇA GRATUITA

Em face da ausência de condições suficientes para arcar com as custas


processuais e honororários advocatícios, urge o requerimendo
primordial da concessão do instituto da Justiça Gratuita – conforme a
Lei 1060/50 e Lei 5478/68 – a fim de não prejudicar a situação de
subsistência do autor nem tampouco sua dignidade da pessoa humana.
Em face do apresentado, faz-se necessário a garantia dos benefícios
trazidos através da GRATUIDADE DA JUSTIÇA, assegurada pela
Constituição Federal de 1988, consoante o disposto no artigo 5º, inciso
LXXIV e pela Lei 13.105/15, NCPC, artigo 98 e seguintes.

Art. 5, inc. LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e


gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com


insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais
e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na
forma da lei.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na


petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no
processo ou em recurso
DOS FATOS

SERGIO OLIVEIRA DA SILVA, figura-se na presente ação como autor


do litígio, expondo sua situação fática frente ao orgão jurisdicional na
busca por a devida justiça legal.

De acordo com o relato do autor, o mesmo recebeu uma comunicação da


EMPRESA ALFA no mês de julho de 2011. A comunicação continha um
aviso de cobrança no valor de R$ 749,00, cumulado com um aviso de que
o não pagamento da quantia iria causar o lançamento do nome do autor
nos orgaõs de maus pagadores.

Ainda relutante acerca da veracidade da carta de cobrança, o autor Sergio


Oliveira faz uma busca nos seus documentos e encontra o comprovante de
pagamento da fatura supracitada. Agindo de maneira totalmente correta, o
mesmo envia o comprovante para empresa através de faz, a fim de que os
efeitos da cobrança cessem, e os prejuízos não lhe sejam proporcionados
de maneira errônea e injusta.

Dias após o ocorrido, Sergio se encaminha até uma concessionária com o


propósito de adquirir um veículo para si. Após a escolha do veículo, no
momento de concretização do negócio jurídico, a concessionária informou
que a compra não poderia ser efetuada porque o nome do autor encontra-
se inserido no cadastro de maus pagadores.

O nome do autor estava inserido nos orgãos de proteção ao crédito em


razão de uma dívida com a EMPRESA ALFA, no valor de R$ 749,00 em
2011, débito este que foi provado anteriormente ser falso e incabível.

Assim sendo, urge a necessidade de interpor a presente Ação de


Inexistência de Débito, juntamente ao pagamento de Danos Morais pela
situação vexatória vivenciada pelo autor.
DOS FUNDAMENTOS
Por ordem, exemplifica os Artigos 186 e 187 do Código Civil que:

Artigo 186 do CC. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Artigo 187 do CC. Também comete ato ilícito o titular de um direito


que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu
fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.

O Artigo 927 Código Civil exemplifica que:

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,


independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando
a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por
sua natureza, risco para os direitos de outrem.

É perceptível o dano causado pela EMPRESA ALFA ao autor, não só pelo


fato de lançar inadequadamente o nome de tal no cadastro de maus
pagadores, mas também por frustrar a compra do veículo, proporcionando-
o vexame e vergonha de maneira pública. Deste modo, é mais do que
devido incorporar o mecanismo de danos morais, a fim de punir a empresa
pela conduta inadequada.

Faz-se cabível analisar o conteúdo normativo concernente a problemática


vigente, qual seja o Código de Defesa do Consumidor – Lei 8. 078/90. Urge
a necessidade de garantir ao prejudicado a indenização proporcional ao
dano causado, invocando-se portanto o instituto dos danos morais.

Cita o Art. 14 do Código de Defesa do Consumidor que:


Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações
insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

§ 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando


provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

DA TUTELA ANTECIPADA

Através de uma decisão interlocutória, urge antecipar os efeitos da resolução


de mérito através da tutela antecipada.

Deverá o juízo atuar concedendo a retirada do nome do autor, a fim de


que seja inaudita altera pars retirado do cadastro de maus pagadores.

Cita o Art. 300 do Código de Processo Civil que:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos


que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.

DOS PEDIDOS

É cabível que perante o caso em questão, seja declarada a inexistência de


débito perante a EMPRESA ALFA. Necessita-se também que seja retirado
o nome do autor do cadastro de maus pagadores através do pedido prévio
de tutela antecipada.

Requer-se também que o autor seja indenizado por danos morais arbitrados
por este juízo.
Urge ainda a necessidade do réu condenado pagar custas e honorários
advocatícios conforme aponta Art. 20 parágrafo 3º do CPC.

Protesta por todos os meios de provas admitidos.

Da-se a causa o valor de R$ 2.500,00

Nestes Termos pede deferimento.

Rio de Janeiro, Outubro, 2021

CAROLINE CARVALHO FIALHO


OAB/27971

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