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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA____

CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXX XXX XXXXX-XX.

Regina Phalange, brasileira, modelo , R.G , inscrita no CPF , residente e domiciliada na


Rua , nº , bloco , apartamento , Bairro , CEP:, município . Neste ato representado por seu
advogado regularmente constituído, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com
fundamento legal no inciso X do artigo 5º da Constituiçã o Federal, e nos artigos 186 e
927 do Có digo Civil propor a presente:

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS C/C PEDIDO DE TUTELA


ANTECIPADA E OBRIGAÇÃO DE FAZER

em face de empresa de cosméticos Lary Lay Ltda. , pessoa jurídica de economia mista,
inscrita no CNPJ sob o nº, com sede na Rua , nº , Bairro CEP , local onde deverá ser citada de
acordo com as razõ es de fato e de direito a seguir expostas.

I - DOS FATOS

A autora Regina Phalange foi contratada para uma campanha publicitá ria para ser o rosto
principal e divulgar produtos da marca de cosméticos Belíssima S.A. O contrato previa
dedicaçã o exclusiva da atriz por 02 (dois) anos, com clá usula de vedaçã o para participaçã o
da mesma em quaisquer outras campanhas de empresas com mesmo ramo de atuaçã o do
período compreendido entre janeiro de 2020 até janeiro de 2022.

Porem, em março de 2020, a empresa de cosméticos Lary Lay Ltda. decidiu utilizar a
imagem de Regina Phalange para divulgaçã o de sua nova linha de rejuvenescedores, com a
exposiçã o impressa em banners, cartazes e na rede social virtual da empresa. A divulgaçã o
nã o autorizada, visualizada por muitos clientes, gerou enormes prejuízos para Regina
Phalange, que teve o contrato de R$ 300 mil com a empresa Belíssima S.A. rescindido
unilateralmente.

Além disso, a atriz também perdeu o contrato com a rede de televisã o em que trabalhava.
Depois do evento e diante de tanta especulaçã o, decidiu excluí-la de seu quadro de
funcioná rios, alegando nã o ter interesse em artistas envolvidos em escâ ndalos de imagem
(a atriz faria a protagonista na novela “Days of Our Lives” e perdeu o papel).

Contrariada com a situaçã o, deseja ser reparada por todos os prejuízos sofridos, incluindo-
se o abalo moral (a atriz pleiteia R$ 20 mil), lucros cessantes (valor estimado em R$ 75 mil)
e o dano material (prejuízo contratual), além de exigir que a empresa Lary Lay Ltda. deixe
de utilizar sua imagem indevidamente e retire de circulaçã o a divulgaçã o já existente.
Requer sigilo na tramitaçã o.

Diante do exposto nã o resta ao autor outra sorte, que nã o ajuizar a presente demanda.

II - DO DIREITO

II.1 - DO ATO ILÍCITO


No caso em apreço, a ré no caso a empresa de cosmérticos Lary lay lita para exercer sua
atividade utilizou sem consentimento da autora sua imagem co exposiçã o o que gerou
diversos prejuizos para a parte autora.

Desta feita, o autor do dano deve ser responsabilizado nã o só pelo dano causado por sua
culpa, como também daquele que tenha decorrência de seu simples fato; uma vez que no
exercício de sua atividade, ele acarrete prejuízo a outrem, fica obrigado a indenizá -lo, nos
termos dos artigos 186 e 927 do Có digo Civil, senã o vejamos

Art. 186. Aquele que, por açã o ou omissã o voluntá ria, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

Por sua vez o artigo 927 do mesmo diploma legal dispõ e;

Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará -lo

II.2 - DO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA

A repulsa ao enriquecimento indevido ou sem causa apoia-se no princípio da equidade, que


veda que o ganho de um se faça naturalmente sem causa, em detrimento de outrem.

Desta forma, a conduta ora adotada pela ré, configura um enriquecimento sem causa,
injusto, imoral e, invariavelmente, contrá rio ao direito, ainda que somente sob o aspecto da
equidade ou dos princípios gerais do direito.

Nesse diapasã o sã o os ditames dos artigos 884 ao 886, do có digo civil, in verbis;

Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será obrigado a
restituir o indevidamente auferido, feita a atualizaçã o dos valores monetá rios.

Pará grafo ú nico. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determinada, quem a recebeu é
obrigado a restituí-la, e, se a coisa nã o mais subsistir, a restituiçã o se fará pelo valor do bem
na época em que foi exigido.

Art. 885. A restituiçã o é devida, nã o só quando nã o tenha havido causa que justifique o
enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.

Art. 886. Nã o caberá a restituiçã o por enriquecimento, se a lei conferir ao lesado outros
meios para se ressarcir do prejuízo sofrido.

Na situaçã o enfoque, é inconteste que ocorre um desequilíbrio patrimonial, um patrimô nio


aumentou em detrimento de outro, sem base jurídica.
Ademais, Sílvio de Salvo Venosa afirma que:

“A função primordial do direito é justamente manter o equilíbrio social, como fenômeno de


adequação social.” [1].

Nesses termos, portanto, faz jus o autor ao ressarcimento pelo dano sofrido.

II.3 - DOS DANOS MORAIS E MATERIAIS

O dano é o elemento mais importante da responsabilidade civil, pois sua ocorrência


constitui fator de desequilíbrio social, portanto, reclama alguma reparaçã o.

Neste diapasã o, entende-se que o autor deixou de auferir lucros ou frutos com a utilizaçã o
indevida da sua imagem por parte da ré e evidente que experimentou considerável prejuizo

Vale ressaltar que é incomparável o poder entre o autor e a ré, onde, de temos uma modelo
que ganha de forma periodica , que tem procurado adquirir trabalhar de forma honesta,
cumprindo com seus compromissos periodicamente e do outro lado, uma empresa com
altíssimo poder aquisitivo, em que simplesmente dá continuidade no seu trabalho, agindo
de ma-fe e sem o menos se importar com consentimento e exposicao da imagem da parte
autora.

Ve-se, que, além disso, o pedido do autor encontra amparo na decisã o sabiamente proferida
pela jurisprudência, inclusive tendo a ré como parte vencida verbi gratia:

CIVIL. ADMINSTRATIVO. PROCESSO CIVIL. INDENIZAÇÃ O. DESAPROPRIAÇÃ O INDIRETA.


DANOS MATERIAIS. PROVA. PROCEDÊ NCIA. DANO MORAL. NÃ O CARACTERIZAÇÃ O.
IMPROCEDÊ NCIA.

- Comprovados os danos materiais suportados pela parte autora, pela desapropriaçã o


indireta de bem imó vel de sua propriedade, a Copasa deve ser condenada a ressarci-la.

- Inexistindo prova do nexo de causalidade entre o dano suportado pela autora e qualquer
açã o ou omissã o por parte dos alienantes, nã o é cabível imputar a estes a responsabilidade
de indenizar.

- Meros aborrecimentos sã o insuficientes para condenar a parte adversa à obrigaçã o de


reparaçã o por danos morais.

Logo, se a COPASA escolheu um terceiro para demarcar o local das obras, ou o deixou
demarcar, e este serviço se mostrou errado, está caracterizada a sua conduta culposa
daquela, na modalidade in elegendo.

Aliando-se a isto o fato de nã o existir prova de que qualquer açã o ou omissã o praticada
pelos segundos réus tenha colaborado para o equívoco na demarcaçã o efetivamente
realizada - pois, frise-se, nã o houve erro nos contratos e nem nas plantas por eles
confeccionados -, é forçoso concluir que à COPASA cabe, exclusivamente, a obrigaçã o de
reparar os danos suportados pela autora no caso concreto.

(TJMG - Apelaçã o Cível XXXXX-5/001, Relator (a): Des.(a) Alberto Vilas Boas , 1ª CÂ MARA
CÍVEL, julgamento em 29/06/2010, publicaçã o da sumula em 09/07/2010)

Nesse sentido o que se requer é que a ré seja condenada a indenizar o autor pelo dano
suportado no decorrer dos anos em que a ré vem se apossando de parte de seu imó vel.

III – DA MEDIDA CAUTELAR

Requer a antecipaçã o parcial da tutela pretendida, para que se digne V. Exa. em determinar,
inaudita altera pars e nos termos do art. 300 do CPC, bem como do art. 84 do CDC, à vista
dos elementos trazidos aos autos e do arcabouço de provas lançadas a configurar o “fumus
boni juris”, e principalmente o ´´periculum in mora´´ que seja a ré compelida a retirar a no
prazo de 15 dias, sob pena de multa diá ria a ser arbitrada por Vossa Excelência, a fim de
viabilizar a local;

Esta medida, indispensável para o autor e em nada prejudicará a ré, portanto, nã o se mostra
presente o perigo de irreversibilidade do provimento.

Corroborando as argumentaçõ es ventiladas, temos em principal cotejo a BOA-FÉ do autor,


pessoa idô nea de índole ilibada, do qual vem sofrendo pelos abusos evidenciados pela
conduta da ré, e conforme consta dos autos, por toda a argumentaçã o e apelo do
requerente. GRIFEI.

V – DOS PEDIDOS

Diante de todo o acima exposto, requer:

1. Pede-se inicialmente, em sede de antecipação de tutela, que seja a ré compelida a


retirar de circulaçã o a divulgaçã o já existente. Requer sigilo na tramitaçã o.

3. Seja a ré condenaçã o ao pagamento de indenizaçã o por danos morais ( R$ 20 mil), lucros


cessantes ( R$ 75 mil) e o dano material (prejuízo contratual), além de exigir que a empresa
Lary Lay Ltda. deixe de utilizar sua imagem indevidamente e retire de circulaçã o a
divulgaçã o já existente. Requer sigilo na tramitaçã o.

4. Seja a ré condenada ao pagamento das custas processual e honorá rios advocatícios em


valor nã o inferior a 20%, o valor da causa.

VI – DOS REQUERIMENTOS

1. Seja determinada a citaçã o da parte ré, na pessoa de seu representante legal no endereço
retro citado, para que, querendo, apresente contestaçã o no prazo legal, sob pena de revelia
nos moldes do artigo 344 do Có digo de Processo Civil;

3. Ainda, deixamos à disposiçã o da parte ré, a alternativa de audiência de conciliaçã o e


mediaçã o, com os requisitos dispostos no artigo 319, inciso VII do Có digo de Processo
Civil, a fim de que o litígio seja resolvido de forma pacífica auferindo vantagem para ambas
à s partes.

4. Requer, finalmente, a produçã o de todos os meios de prova admitidos em direito,


especialmente documental.

Dá -se a causa o valor de R$ XX.XXX,XX (Valor por Extenso).

Termos em que

Pede deferimento.

Local , XX de XXXXX de XXX.

Advogado

OAB

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