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DIREITO INTERNACIONAL

PÚBLICO
PROFESSORA: JESSIE COUTINHO
MONITORES: LUCAS RICARTE E
LARISSA NUNES
TRATADOS
- Conceito, segundo a Convenção de Viena:
"[...] significa um acordo internacional concluído por escrito entre
Estados e regido pelo Direito Internacional, quer conste de um
instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer
que seja sua denominação específica".

- Denominações: concordata (Santa Sé), acordo, pacto, protocolo,...


TRATADOS
- Condições de validade (sob pena de nulidade):
a) Capacidade das partes;
b) Habilitação dos agentes (representantes das partes capazes);
c) Objeto lícito e possível;
d) Consentimento regular (livre de vícios).
TRATADOS
- Classificação:
a) Quanto ao número de partes;
b) Quanto à conclusão/ procedimento;
c) Quando à execução;
d) Quanto à natureza normativa.
TRATADOS
- Classificação:
a) Quanto ao número de partes: bilateral ou multilateral;
b) Quanto à conclusão/ procedimento: solene ou simplificado;
c) Quando à execução: transitório ou permanente;
d) Quanto à natureza normativa: tratado-contrato ou tratado-lei.
TRATADOS
- Processo de elaboração:
1) Negociação (e adoção);
2) Assinatura;
3) Ratificação (ato do Estado);
4) Promulgação e Publicação.
1+2
Presidente/
plenipotenciário
TRATADOS
(art. 84, VIII, CF/88)

Presidente
não ratifica 4
Autoriza Decreto
Congresso a ratificação + quórum
Nacional Legislativo Decreto
3 Presidente Entrada em
(art. 49, Presidencial
ratifica vigor
CF/88) (Diário Oficial)
Não autoriza

Status de lei
ordinária,
emenda
constitucional ou
norma
supralegal
SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL
PÚBLICO
O Estado, Organizações Internacionais, Santa Sé e Estado do Vaticano, Ordem
Soberana e Militar de Malta, O Indivíduo, As Organizações não Governamentais
(ONGs), As Empresas, Beligerantes, Insurgentes e Os Blocos Regionais.
Personalidade Internacional
Na concepção classica, de caráter interestatal, apenas os Estados, Organizações Internacionais seriam sujeitos
de Direito Internacional, contando com amplas possibilidades de atuação no cenário jurídico externo, que
incluiria a capacidade de elaborar normas internacionais e a circunstância de serem seus destinatários
imediatos.

Para esse entendimento, seriam sujeitos de DI apenas os Estados soberanos, as organizações internacionais, os
blocos regionais, a Santa Sé, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os beligerantes, os insurgentes e
algumas nações em lurta pela soberania.

O segundo entendimenrto baseia-se na evolução recente das relações internacionais, que tem levado a que a
ordem jurídica internacional passe a regular situações que envolvam outros entes, que vêm exercendo papel
mais ativo na sociedade internacional e que passaram a ter direitos e obrigações estabelecidos diretamente
pelas normas internacionais.
FUNÇÕES E LIMITES DOS SUJEITOS DE DIP
TRADICIONAIS NOVOS (FRAGMENTÁRIOS) OUTROS ENTES QUE PODEM
ATUAR NA SOCIEDADE
Ampla capacidade de Não podem celebrar tratados INTERNACIONAL
ação na sociedade Têm possibilidades de acesso a
internacional, incluindo o mecanismos internacionais de solução
Beligerantes: podem
poder de celebrar de controvérsias, embora mais
celebrar tratados
tratados e maiores restritas que as dos sujeitos
Insurgentes: podem ou não
possibilidades de acesso a internacionais
celebrar tratado, nos termos
mecanismos Normais internacionais lhes
do ato de reconhecimento da
internacionais de solução conferem direitos e estabelecem
insurgência
de controvérsaias obrigações diretamente
Nações em luta pela
soberania: depende do caso
concreto
O ESTADO

O Estado é o ente composto por território onde vive uma comunidade humana governada po um
poder soberano e cujo aparecimento, cabe desde logo destacar, não depende da anuêcia de outros
membros da sociedade internacional
A personalidade do Estado é originária.
Organizações
Internacionais

As organizações internacionais são entidades criadas e compostas por Estados por meio de tratado,
com arcabouço institucional permanente e personalidade jurídica própria, com vistas a alcançar
proprósitos comuns.
A personalidade jurídica é derivada.
Outros nomes: organismos internacionais, otganismos intergovernamentais e organizações
internacionais intergovernamentais.
SANTA SÉ E O ESTADO DO VATICANO

A Santa Sé é a entidade que comanda a Igreja Católica Apostólica Romana. É chefiada pelo Papa e é composta
pela Cúria Romana, conjunto de órgãos que assessora o Sumo Pontífice em sua missão de dirigir o conjunto de féis
católicos na busca de seus fins espirituais. É sediada no estado da Cidade do Vaticano, e seu poder não é limitado
por nenhum outro Estado.
Ademais, o Santo Padre goza de status e prerrogativas de Chefe de Estado e a Santa Fé pode exercer o direito de
legação (direito de enviar e receber agentes diplomáticos ).
O Vaticano é um Estado e, portanto, tem personalidade jurídica de DI. Conta com um território, com nacionais e
com um governo soberano, cuja maior autoridade também é o Papa. O principal papel do vaticano é conferir
suporte material necessário para que a Santa Fé exerça suas funções.
O Indivíduo

A doutrina vem paulatinamente rendendo-se à evidencia de que o individuo age na sociedade internacional,
muitas vezes independentemente do Estado, começando a reconhecer na pessoa natural o caráter de sujeito
internacional.
Exemplos: reclamar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos pela violação de um direito previsto na
Convenção Americana de Direitos Humanos e responder por atos em foros internacionais (TPI)
AS ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS (ONGS)
As organizações não governamentais (ONGS) são entidades privadas sem fins lucrativos que atuam em áreas de
interesse público, inclusive em típicas funções estatais. Embora existam há muitos anos, as ONGs adquiriram maior
notoriedade, inclusive na sociedade internacional, apenas a partir da década de 90 do século XX.
As ONGs não podem celebrar tratados nem gozam de imunidade de jurisdição.
Exemplos de ONGs:
Anistia Internacional
Comitê Olímpico Internacional (COI)
Greenpeace
A Human Rights Watch
Médicos sem Fronteiras (MSF)
AS EMPRESAS
Com o notório papel empresarial no atual cenário internacional, gerando fluxos expressivos de comércio, de
investimentos e de capitais, começa a admitir-se a personalidade internacional das empresas, mormente as
multinacionais e transnacionais.
As empresas podem celebrar instrumentos jurídicos com Estados e organizações internacionais, que não serão,
porém, tratados, mas apenas contratos, como aqueles concluídos internamente entre entes privados e o Estado, ou
instrumentos não vinculantes, como protocolo de intenções.
Beligerantes e Insurgentes
Os beligerantes são movimentos contrários ao governo de um Estado, que visam a conquistar o poder ou a criar um
novo ente estatal, e cujo estado de beligerância é reconhecidopor outros membros da sociedade internacional.
o reconhecimento de beligerância é normalmente feito por uma declaração de neutralidade e é ato discricionário .
As principais consequências do reconhecimento da beligerância incluem a obrigação dos beligerantes d eobservar
as normas internacionais aplicáveis aos conflitos armados e a possibilidade de que firmem ttratados com Estados
neutros.
Os insurgentes também são grupos que se revoltam contra governos, mas cujas ações não assumem a proporção da
beligerância
OS BLOCOS REGIONAIS
Os blocos regionais são, suncitamente, esquemas criados por Estados localizados em uma mesma região do
mundo, com o intuito de promover a maior integração entra as respectivas economias e, eventualmente, entre
as suas sociedades nacionais.
Dependendo do nível de aproximação entre seus Estados membros, os blocos regionais organizam-se de modo a
agirem autonomamente nas relações internacionais, ganhand personalidade jurídica própria e passando a
empregar poderes típicos de sujeitos de Direito das Gentes, como celebrar tratados, comparecer a
mecanismos de solução de controvérsias interacionais e exercer o direito de legação.
Exemplos:
MERCOSUL
União Europeia

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