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Conteúdos a Abordar

1. A importância prática do Direito Internacional publico.

2. Fontes de Direito Internacional Público:

3. Relações entre o Direito Internacional e a Ordem jurídica dos


Estados.

4. Os tratados: aprovação; retificação.

5. Os acordos internacionais: aprovação; assinatura.

6. A eficácia: a publicação.

7. Sujeitos do Direito Internacional Publico: o Estado soberano;


Organizações Internacionais.

8. Organizações intergovernamentais: Organização das Nações


Unidas.

9. Organizações Supranacionais: as Comunidades Europeias e a


União Europeia.

10. Conflitos internacionais e os meios de resolução pacifica dos


conflitos: meios diplomáticos; meios políticos e meios
jurídicos.

11. Direito comunitário e a união europeia – Noção e objetivo.

12. Adesão de Portugal a CEE.

13. Os Países da união Europeia.

14. O tratado de Paris e o Tratado de Roma.

15. O ato único Europeu.

16. O tratado Maastricht.

17. Instituições da União Europeia


1- Noção direito internacional publico.

O Direito Internacional Público é reconhecidamente um dos pilares da ordem internacional, e


o seu respeito é o melhor instrumento para promover e salvaguardar os interesses de
Portugal nas relações com os outros Estados.

A ação externa do Estado português reconhece grande importância ao Direito Internacional


enquanto árbitro imparcial nas relações entre os Estados soberanos e veículos de
transformação para uma ordem internacional mais justa e de maior bem-estar para a
comunidade. Para além disso, o Direito Internacional permite conferir à ação externa uma
linha ética e de promoção de valores como a liberdade, a democracia, a justiça e paz. É o
que Portugal tem procurado fazer, com sucesso, em organizações como as Nações Unidas,
a União Europeia, o Conselho da Europa e as outras plataformas de cooperação.

De acordo com esta visão, Portugal atribui a maior importância à participação anual na 6.ª
Comissão da Assembleia Geral das Nações Unidas ,assuntos jurídicos, onde se discute o
relatório da Comissão de Direito Internacional que tem por missão a promoção do
desenvolvimento progressivo do Direito Internacional e a sua codificação, e onde se
debatem os aspetos jurídicos de temas tão diversos e relevantes para as relações
internacionais como o terrorismo, a promoção do Estado de Direito, a responsabilidade
internacional dos Estados e a proteção do ambiente.

2 - Importância do direito internacional publico.


O Direito Internacional Público tem como missão o estabelecimento de uma norma jurídica
internacional, ou seja, o respeito à soberania dos Estados, aos indivíduos e às suas
peculiaridades. Por isso, muitos tratados e convenções são realizados, sempre com o
propósito de aproximar os Estados.
3 - Fontes de Direito Internacional Público.

As fontes materiais são os elementos que provocam o aparecimento das normas

jurídicas, influenciando sua criação e conteúdo.

As fontes materiais são os factos que demonstram a necessidade e a importância da


formulação de preceitos jurídicos, que regulam certas situações. Exemplo de fonte material
foi a II Guerra Mundial, devido as atrocidades, necessidade e a relevância de proteger a
dignidade humana.

4 - Relações entre o Direito Internacional e a Ordem jurídica dos


Estados.

Direito internacional:
1. As normas e os princípios de direito internacional geral ou comum fazem parte integrante
do direito português.

2. As normas constantes de convenções internacionais regularmente ratificadas ou


aprovadas vigoram na ordem interna após a sua publicação oficial e enquanto vincularem
internacionalmente o Estado Português.

3. As normas emanadas dos órgãos competentes das organizações internacionais de que


Portugal seja parte vigoram diretamente na ordem interna, desde que tal se encontre
estabelecido nos respetivos tratados constitutivos.

4. As disposições dos tratados que regem a União Europeia e as normas emanadas das
suas instituições, no exercício das respetivas competências, são aplicáveis na ordem
interna, nos termos definidos pelo direito da União, com respeito pelos princípios
fundamentais do Estado de direito democrático.

Ordem Jurídica é uma das acepções (interpretações) do termo Direito, que designa um
sistema de normas que regula a conduta humana e que, diferentemente das demais ordens
sociais, contém o elemento da coação, isto é, exige determinado comportamento expresso
por uma norma ligando o comportamento oposto a um ato de coerção, apoiado no uso da
força.

Cabe destacar que o termo Ordem Jurídica é recorrentemente usado como sinônimo de
ordenamento jurídico, sendo bastante difícil diferenciar a que se refere cada um deles.

A pretensão do presente artigo é analisar a dicotomia entre o Direito Internacional Público e


o Direito interno com ênfase em posicionamentos doutrinários, todavia evidenciando um
consenso acerca da ocorrência entre um conflito sob a égide originária do Direito
Internacional e do Direito interno, não esquivando-se da imprescindível análise do tema
contextualizado no âmbito da jurisprudência nacional pautada no exercício efetivo da
manutenção dos Direitos Humanos em relação à derrogada prisão civil do depositária infiel.

5 - Os tratados: aprovação; retificação.

Tratados de Aprovação,

pelas razões expostas em II.2 e III supra, pode competir ao Governo a aprovação de um
acordo internacional sem necessidade de o submeter à Assembleia da República. Apenas
ocorre nos casos limitados que já se deixaram expostos. Ainda que em presença de tais
atos, pode o Executivo optar por submetê-los à aprovação do Parlamento. Nas restantes
situações de vinculação internacional dos tratados de convenções e acordos de impacto
normativo , a aprovação compete à Assembleia da República . A regra geral ,é pois, a de
que este ato, o da aprovação, se insere nos quadro das competências parlamentares, aliás
insuscetíveis de delegação.

Tratados de Ratificação,

por sua vez, é o ato presidencial que declara a vinculação do Estado e que se revela
decisiva à produção de efeitos jurídicos na ordem interna de tratado que tenha sido já objeto
de aprovação pela Assembleia da República . Têm-se aqui por pertinentes as observações
dos capítulos anteriores a este respeito, pelo que não se repetem
6 - Os acordos internacionais: aprovação; assinatura.

Acordo de Assinatura:

A assinatura, enquanto manifestação de consentimento em relação ao texto do tratado ou


convenção, está dependente apenas de decisão do Conselho de Ministros, o órgão colegial
governativo. Para o efeito, carece de agendamento a pedido do Ministério dos Negócios
Estrangeiros e Ministro Setorial competente, o que, do ponto de vista temporal, se subordina
tão-só à prioridade dada ao assunto. À fixação da agenda e demais procedimentos relativos
ao CM aplicam-se as regras constantes do seu regimento . Este assentimento em relação
ao termo do processo negocial, não pode ser confundido com a assinatura presidencial de
decreto do Governo que aprove acordo, requisito essencial e mais decisivo em relação à
vinculação internacional do Estado, a que em cima se fez referência. Só mediante esta
assinatura ,mas na outra nâo ,se opera a receção do texto internacional na ordem interna,
tendo-se então o processo por regularmente concluído.

Acordos de Aprovação:

Pelas razões expostas em II.2 e III supra, pode competir ao Governo a aprovação de um
acordo internacional sem necessidade de o submeter à AR. Tal apenas ocorre nos casos
limitados que já se deixaram expostos. Ainda que em presença de tais atos, pode o
Executivo optar por submetê-los a aprovação do Parlamento. Nas restantes situações de
vinculação internacional – tratados, convenções ou acordos de impacto normativo –, a
aprovação compete à AR. A regra geral é pois a de que este ato – o da aprovação – se
insere nos quadro das competências parlamentares, aliás insuscetíveis de delegação.
7- A eficácia: a publicação.
Publicitação:

(O artigo 119.º, n.º 1, b), da CRP estatui a obrigação de publicação dos tratados e demais
convenções internacionais, dos respetivos avisos de ratificação ou aprovação.

(O artigo 3.º, n.º 2, b), da L. n.º 74/9830 estabelece que os avisos de depósito de
instrumento de vinculação, designadamente os de ratificação, e demais avisos que lhes
respeitem, são objeto de publicação na 1.ª série do Diário da República, série em que se
publicitam as atos mais relevantes

8- Sujeitos do Direito Internacional Publico.

O Estado soberano: A Liga das Nações, antecessora da Organização das Nações Unidas
(“ONU”), foi criada em 1919, sob o Tratado de Versalhes, documento que oficialmente
encerrou a Primeira Guerra Mundial. A ideia por detrás da criação desta organização
internacional teve origem nos Quatorze Pontos de Woodrow Wilson que advogava que a
Europa somente se reconciliaria se as Nações se associassem para manter a paz. Este
tratado foi entendido como uma nova era da diplomacia mundial, muito embora não tenha
sido assinado pelos Estados Unidos, por falta de apoio no Congresso.

Organizações Internacionais: Por muito tempo, o costume era a fonte mais comum do direito
internacional público, ou seja, a forma pela qual se fundamentava a obrigatoriedade no
cumprimento do que foi estipulado entre os Estados na seara internacional. Tal cenário foi
alterado a partir em 1920, com a promulgação do estatuto da Corte Permanente de Justiça
Internacional e, posteriormente, substituído pelo estatuto da CIJ, em 1946, instituindo os
tratados internacionais como consequência do processo de codificação do direito
internacional público, além de importante fonte do direito internacional público, ao lado dos
costumes e dos princípios gerais de direito 14.

Vale ressaltar que antes mesmo do advento das Convenções de Viena, o continente
americano pode ser considerado pioneiro na tentativa de regulamentar o direito dos
tratados. Por ocasião da Sexta Convenção Internacional Americana (1928) foi firmada a
Convenção de Havana sobre Tratados, contendo 21 (vinte e um) artigos com vistas a
estabelecer regras que devem reger os tratados celebrados entre os Estados-membros, tais
como ratificação, interpretação, entrada em vigor, denúncia, etc., sendo ratificada por 20
(vinte) Estados, incluindo o Brasil 15. No entanto, referida Convenção tinha um alcance mais
regional do que global e, talvez, por essa razão, não obteve os efeitos esperados.

9 - Organizações intergovernamentais: Organização das Nações


Unidas.

Organização das Nações Unidas (ONU), ou simplesmente Nações Unidas, é uma


organização intergovernamental criada para promover a cooperação internacional. Uma
substituição à Liga das Nações, a organização foi estabelecida em 24 de outubro de 1945,
após o término da Segunda Guerra Mundial, com a intenção de impedir outro conflito como
aquele. Na altura de sua fundação, a ONU tinha 51 Estados-membros; desde 2011, são
193. A sua sede está localizada em Manhattan, Nova York, e possui extraterritorialidade.
Outros escritórios situam-se em Genebra, Nairobi e Viena. A organização é financiada com
contribuições avaliadas e voluntárias dos países-membros. Os seus objetivos incluem
manter a segurança e a paz mundial, promover os direitos humanos, auxiliar no
desenvolvimento econômico e no progresso social, proteger o meio ambiente e prover ajuda
humanitária em casos de fome, desastres naturais e conflitos armados.

Organizações Supranacionais das comunidades europeias e a


União Europeia:

Primeiramente temos que perceber o que é Organização Supranacional. Uma Organização


Supranacional é o que diz respeito ao poder que está acima do governo de cada país.
Neste caso Portugal esta inserida numa das mais conhecidas que é a União Europeia que
tem como poder de criar uma Constituição, na qual cada País cede uma parcela de sua
soberania para que uma Constituição comunitária seja criada. O titular deste Poder não é o
povo, mas o cidadão universal.
 Quais eram as comunidades europeias?
Criada em MAASTRICHT nos Países Baixos em estas três Comunidades Europeias
(CECA, CEE e CEEA ou EURATOM), graças à assinatura dos seus Estados
membros do Tratado de Fusão (ou Tratado de Bruxelas) de 1965 tinham um mesmo
poder executivo e partilhavam as mesmas instituições e órgãos a partir de então.
 Quais os 6 países fundadores da União Europeia?
Estes seis países são a Alemanha, a França, a Itália, os Países Baixos, a Bélgica e o
Luxemburgo.
 Países aderentes a EU
 Conflitos internacionais e os meios de resolução
pacifica conflitos de conflitos: meios diplomáticos,
meios políticos e meios jurídicos.

Para fins didáticos, os diversos meios de solução pacífica de conflitos internacionais


são doutrinariamente divididos em meios diplomáticos, políticos e jurídicos.

Meios diplomáticos.
São exemplos de soluções diplomáticas, a negociação (bilateral ou multilateral), a
prestação de bons ofícios e a mediação.

Meios políticos.
Comumente são considerados meios políticos de solução de disputas internacionais
aqueles encontrados no âmbito de organizações internacionais. Quando foram
criadas as primeiras organizações internacionais, os Estados determinaram a elas a
finalidade principal de manutenção da paz, em particular pelo apaziguamento e pela
prevenção das tensões internacionais.

Meios jurídicos.
As formas jurisdicionais de solução de controvérsias internacionais são baseadas em
uma decisão obrigatória fundada no direito e dada por personalidades independentes
das partes. A arbitragem e a solução judiciária são meios jurisdicionais de solução
dos conflitos internacionais.

 Direito comunitário e a união europeia- noção e


objetivos.

O Direito Comunitário no âmbito europeu surge do entendimento da União Europeia


como Comunidade Jurídica e apresenta dois níveis normativos: regras primárias (ou
Direito Comunitário originário) e regras secundárias (ou Direito Comunitário derivado).
Sua maior contribuição e inovação é a supressão da internalização clássica do Direito
Internacional Público, na qual as decisões dos Tratados Internacionais devem passar
pelo processo de Ratificação, em um processo demorado e que eventualmente nem
sequer é realizado, tornando-o ineficaz em determinados estados. No Direito
Comunitário os estados membros abrem mão de parte da sua soberania e passam a
aceitar a decisão dos tratados automaticamente, através da primazia do ordenamento
supranacional sobre o nacional. Isso acontece, por exemplo, nas decisões tomadas no
Parlamento Europeu.

 Adesão de Portugal a Comunidade Europeia

12 de junho de 1985.

Foi quando Mário Soares, Rui Machete, Jaime Gama e Ernâni Lopes, assinam o
tratado de adesão da República portuguesa à Comunidade Económica Europeia
(CEE) e à Comunidade Europeia da Energia Atómica (CEEA) em Lisboa, no
Mosteiro dos Jerónimos. Portugal torna-se o 11º membro das Comunidades:
Com um Breve discurso de Mario Soares:
«Para Portugal, a adesão à CEE representa uma opção fundamental para um futuro
de progresso e modernidade. Mas não se pense que seja uma opção de facilidade.
Exige muito dos portugueses, embora lhes abra simultaneamente, largas
perspectivas de desenvolvimento».
 O Tratado de Paris

Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA)

O Tratado que institui a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) foi


assinado, em Paris, pela Bélgica, França, República Federal da Alemanha,
Luxemburgo e Países Baixos. Entrou em vigor por um período de 50 anos. Os
membros da Assembleia Parlamentar Europeia eram seleccionados pelos
Parlamentos nacionais. A Assembleia tinha o poder de destituir a Alta Autoridade
(precursora da Comissão).

Assinado em: Paris (França), 18 de Abril de 1951


Entrada em vigor: 23 de Julho de 1952
Expirou em: 23 de Julho de 2002

 Qual era o objetivo?

O tratado visava estabelecer a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA)


que congregava seis países para organizar a livre circulação do carvão e do aço e o
livre acesso às fontes de produção.
Uma característica importante foi a criação de uma Alta Autoridade para:
 Supervisionar o mercado;
 Controlar o respeito pelas regras da concorrência; e
 Assegurar a transparência dos preços.
O tratado CECA esteve na origem das atuais instituições da UE. Criada em 1951,
após a Segunda Guerra Mundial, a CECA representou o primeiro passo para uma
integração europeia.
 O Tratado de Roma

Tratado que institui a Comunidade Económica

Europeia.

Em 25 de Março de 1957, foram assinados dois tratados – o Tratado que institui a


Comunidade Económica Europeia (CEE) e o Tratado que institui a Comunidade
Europeia da Energia Atómica (CEEA ou EURATOM). As decisões das duas
Comunidades foram tomadas pelo Conselho, mediante proposta da Comissão. A
Assembleia Parlamentar deve ser consultada e transmitir os seus pareceres ao
Conselho. A Assembleia é aumentada, passando a ter 142 membros. A Assembleia
Parlamentar Europeia realizou a sua primeira sessão no ano seguinte, em 19 de
Março de 1958. Com os Tratados de Roma foi introduzida uma disposição específica
para que os eurodeputados passassem a ser eleitos por sufrágio directo (aplicada
em 1979).

Assinado em: Roma (Itália), 25 de Março de 1957.


Entrada em vigor: 1 de Janeiro de 1958.

 Qual era o objetivo?

Este Tratado instituiu a Comunidade Económica Europeia (CEE), que reuniu seis
países (Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos) tendo por
objetivo trabalhar no sentido da integração e do crescimento económico através das
trocas comerciais.
Criou um mercado comum assente na livre circulação de: mercadorias; pessoas;
serviços; capitais.

Foi assinado paralelamente a um segundo tratado que instituiu a Comunidade


Europeia da Energia Atómica (Euratom).
O Tratado de Roma foi alterado por diversas vezes, tendo atualmente a designação
de Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia.

 O Ato único europeu (as 4 liberdades, leis, serviços e


capitais) e o reforço da entidade comunitária e o fortalecimento do seu poder de
decisão.

As quatro liberdades da união europeia eram:

o Liberdade de circulação de mercadorias


o Liberdade de circulação de pessoas
o Liberdade de circulação de serviços
o Liberdade de circulação de capitais.

A primeira Conferência Intergovernamental teve início sob a Presidência italiana, em


9 de Setembro de 1985, e culminou com a adoção do Ato Único Europeu, em 28 de
Fevereiro de 1986, em Bruxelas.

O Ato Único Europeu introduziu alterações nos Tratados que instituem as


Comunidades Europeias e consagrou a cooperação política europeia. Quando o Ato
Único Europeu (AUE) entrou em vigor, o título "Parlamento Europeu" (em uso pela
Assembleia desde 1962) foi tornado oficial. O AUE aumentou também os poderes
legislativos do PE com a introdução dos processos de cooperação e de parecer
favorável.

Assinado em: Luxemburgo (Luxemburgo), 17 de Fevereiro de 1986, e em Haia


(Holanda), 28 de Fevereiro de 1986
Entrada em vigor: em 1 de Julho de 1987

 Qual era o objetivo do ato?

O Ato Único Europeu (AUE) visava rever os Tratados de Roma que


instituíram a Comunidade Económica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia da
Energia Atómica.
O objetivo era relançar a integração europeia e realizar o mercado interno (um
espaço sem fronteiras internas, em que existe livre circulação de mercadorias,
pessoas, serviços e capitais) até 1 de janeiro de 1993.
O AUE alterou as regras de funcionamento das instituições europeias e alargou as
competências da então Comunidade Europeia em vários domínios políticos.
Mediante a definição de novas competências comunitárias e a reforma das
instituições, o AUE preparou o terreno para o reforço da integração política e para a
União Económica e Monetária, que seriam posteriormente instituídas pelo Tratado da
União Europeia (Tratado de Maastricht).

O Tratado da União Europeia foi assinado em Maastricht na presença do Presidente


do Parlamento Europeu, Egon Klepsch. De acordo com o Tratado, a União assenta
em três pilares: as Comunidades Europeias (primeiro pilar) e duas áreas de
cooperação adicionais (segundo e terceiro pilares): Política Externa e de Segurança
Comum (PESC) e Justiça e Assuntos Internos (JAI).

Com a entrada em vigor do Tratado da União Europeia, a CEE torna-se Comunidade


Europeia (CE). Os poderes legislativos e de controlo do PE reforçam-se com a
introdução do processo de codecisão e com o alargamento do processo de
cooperação.

Ao abrigo do novo Tratado, o Parlamento Europeu tem o direito de convidar a


Comissão a apresentar propostas legislativas em matérias que, em seu entender,
requeiram nova legislação comunitária. A Comissão, no seu todo, tem agora de ser
aprovada pelo PE, que nomeia o(a) Provedor(a) de Justiça Europeu/Europeia.

Assinado em: Maastricht (Holanda), 7 de Fevereiro de 1992


Entrada em vigor: 1 de Novembro de 1993

 Qual era o objetivo do tratado?

O Tratado de Maastricht constitui um programa ambicioso. Cria a União Europeia


(UE), assente em 3 vertentes distintas (os chamados pilares): as Comunidades
Europeias, uma política externa e de segurança comum e a cooperação entre os
governos da UE nos domínios da justiça e dos assuntos internos.
Entre as inovações mais relevantes do tratado destacam-se:

o O estabelecimento das bases para uma união económica e monetária, a


moeda única (o euro) e os critérios para a sua utilização;
o o fornecimento de uma base legal para políticas comuns da UE em 6 novos
domínios;
o o reforço dos poderes do Parlamento Europeu;
o e a introdução do conceito de cidadania europeia.

Os órgãos dinâmicos ou de direção. Conselho Europeu; conselho das comunidades


europeias.

 Conselho Europeu
Os Chefes de Estado ou de Governo dos
países da UE reúnem-se, como Conselho
Europeu, para definir a orientação política
geral e as prioridades da União Europeia. O
Conselho Europeu é presidido por um
presidente eleito por um mandato de dois
anos e meio, renovável uma vez. Não adota legislação, exceto no que se refere a
eventuais alterações ao Tratado da UE.

 Conselho da União Europeia

Representa os governos dos Estados-


Membros da UE. O Conselho da UE é
onde os ministros nacionais de cada
governo se reúnem para adotar
legislação e coordenar políticas. Os
ministros reúnem-se em diferentes
formações, em função do tema a
debater. O Conselho da UE toma decisões sobre a legislação europeia em conjunto com
o Parlamento Europeu.

Os órgãos de controlo:

O que é Parlamento Europeu

suas funções:

É denominado Parlamento Europeu (PE) o órgão


parlamentar da União Europeia. Seus membros são
denominados deputados (ou popularmente,
eurodeputados) e representam os cidadãos da UE, sendo eleitos diretamente de cinco em
cinco anos por sufrágio universal. Juntamente com o Conselho da União Europeia, o
Parlamento é uma das principais instituições da União, com poderes legislativos, sendo
responsável pela adoção do orçamento anual da UE, juntamente com o Conselho. Além
disso, possui uma comissão que fiscaliza o emprego do mesmo, avaliando todos os anos a
forma como a Comissão geriu o orçamento anual.

Os eurodeputados estão agrupados por filiação política e não por nacionalidade, sendo que
cada país tem, a grosso modo, um número proporcional de representantes em relação à sua
população. De acordo com o Tratado de Lisboa, nenhum país pode ter menos de 6 nem
mais de 96 deputados. A eles cabem também examinar as petições apresentadas pelos
cidadãos e instituir comissões de inquérito.

O parlamento possui três sedes: Bruxelas (Bélgica), Cidade de Luxemburgo (Luxemburgo) e


Estrasburgo (França). Na Cidade de Luxemburgo localizam-se os serviços administrativos
do Parlamento, o Secretariado-Geral. Em Estrasburgo (por vezes, em Bruxelas) ocorrem as
reuniões de todos os deputados do parlamento, denominadas sessões plenárias. Em
Bruxelas são realizadas as reuniões das comissões parlamentares.

As principais funções desempenhas pelo Parlamento Europeu são:

Debate e aprovação da legislação e do orçamento da UE, atuando juntamente com o


Conselho;

Fiscalização de outras instituições da UE, especialmente a Comissão, a fim de assegurar


seu funcionamento;

Como funcionam e quais as competências dos Tribunais em Portugal?

Os tribunais são órgãos de soberania com


competência para administrar a justiça em
nome do povo. A sua função é garantir a
defesa dos direitos e dos interesses dos
cidadãos, protegidos por lei, reprimir a violação da legalidade democrática e dirimir os
conflitos de interesses públicos e privados.

A estrutura orgânica da comunidade como um todo: constituição e funções do Conselho de


ministros da comissão, do Parlamento europeu e do tribunal de justiça.

Parlamento europeu: É o principalmente componente democrático do sistema da EU. Tem


por missão dar seguimento às preocupações e prioridades dos cidadãos europeus e
representar as suas posições políticas em função dos resultados eleitorais. Juntamente com
o Conselho, cuja aprovação é necessária, o Parlamento Europeu é responsável pela
análise, alteração e aprovação da legislação europeia e pela aprovação do orçamento anual
da UE, com base nas propostas efetuadas pela Comissão Europeia.

Engloba um total de 3 tipos de poder:

Poder legislativo:

 Juntamente com o Conselho, adota legislação, com base em propostas


apresentadas pela Comissão
 Decide sobre os acordos internacionais
 Decide sobre os alargamentos
 Analisa o programa de trabalho da Comissão e convida-a a propor legislação

Poder de supervisão:

 Exerce o controlo democrático de todas as instituições da UE


 Elege o Presidente da Comissão e aprova a Comissão no seu todo
 Pode votar uma moção de censura, obrigando a Comissão a demitir-se
 Concede quitação, aprovando a forma como o orçamento da UE é gasto
 Examina as petições dos cidadãos e abre inquéritos
 Debate a política monetária com o Banco Central Europeu
 Interroga a Comissão e o Conselho
 Realiza observações eleitorais

Poder orçamental:

 Define o orçamento da UE, juntamente com o Conselho;


 Aprova o quadro financeiro plurianual da EU

_Comissões parlamentares - preparação da legislação

O Parlamento conta com 20 comissões e 2 subcomissões, todas responsáveis por


um domínio político específico. As comissões examinam as propostas de legislação,
na sequência das quais os deputados e os grupos políticos podem apresentar
alterações ou rejeitar propostas.

Sessões plenárias - aprovação da legislação

É na sessão plenária que todos os deputados se reúnem no hemiciclo para proceder


à votação final do projeto de legislação e das alterações propostas. Normalmente,
estas sessões têm lugar em Estrasburgo, durante quatro dias por mês, mas, por
vezes, são realizadas sessões adicionais em Bruxelas.

Conselho de ministros da comissão:

O Comité de Ministros é o órgão estatutário de decisão do Conselho da Europa. O seu papel


e funções estão amplamente definidos no Capítulo IV do Estatuto . É composto pelos
Ministros das Relações Exteriores dos Estados membros. O Comité reúne-se a nível
ministerial uma vez por ano e a nível de deputados (representantes permanentes junto do
Conselho da Europa) semanalmente. A condução das reuniões é regida pelo Estatuto e pelo
Regimento. Os Deputados dos Ministros são assistidos por uma Mesa, grupos de relatores,
coordenadores temáticos e grupos de trabalho.

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