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Atividade 2

1) O que são e quais são as fontes do Direito Internacional Público?

R: As fontes do Direito Internacional Público são os meios pelos quais as normas jurídicas
internacionais são criadas e reconhecidas. De acordo com o artigo 38 do Estatuto da Corte
Internacional de Justiça (CIJ), as principais fontes são: Convenções ou tratados
internacionais: Acordos formais entre Estados e organizações internacionais que
estabelecem obrigações legais. Costume internacional: Práticas gerais e constantes que
são aceitas como obrigatórias pelos sujeitos do direito internacional. Princípios gerais do
direito: Normas gerais e fundamentais que são reconhecidas pela maioria das nações.
Além dessas, existem fontes auxiliares como a jurisprudência internacional e a doutrina. É
importante notar que não há uma hierarquia rígida entre essas fontes, mas sim uma
enumeração funcional que orienta os juízes internacionais.

2) O que são as normas de jus cogens?

R: As normas de jus cogens são princípios fundamentais do direito internacional público


que têm caráter imperativo e vinculativo para todos os Estados, independentemente do seu
consentimento. Elas protegem valores essenciais da comunidade internacional, como a
proibição da escravidão, o direito à autodeterminação dos povos, a proibição do genocídio
e o respeito aos direitos humanos.
Essas normas são tão importantes que nenhum Estado pode fazer um acordo internacional
que as contrarie. Se uma norma de jus cogens for estabelecida, todas as outras normas
internacionais devem estar em conformidade com ela. Por exemplo, a Convenção de Viena
sobre o Direito dos Tratados de 1969 reconhece a existência e a importância das normas de
jus cogens

3) O que são as normas de soft law? Dê exemplos.

R: As normas de soft law, também conhecidas como “lei branda”, são diretrizes, princípios
ou recomendações que não possuem caráter obrigatório e não são legalmente vinculantes.
Elas são adotadas por organizações internacionais, governos ou outros atores do sistema
jurídico para orientar a conduta e promover a cooperação, sem as consequências jurídicas
diretas das leis tradicionais. São Exemplo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Embora não seja um tratado, tem influenciado muitas leis nacionais e internacionais. O
Princípios do Equador: Um conjunto de diretrizes voluntárias para bancos para gerenciar
riscos sociais e ambientais em projetos de financiamento. E os Códigos de Conduta
Corporativos: Muitas empresas adotam códigos de conduta voluntários para demonstrar
compromisso com práticas éticas e sustentáveis.
Essas normas ajudam a preencher lacunas onde a legislação formal pode ser insuficiente ou
muito rígida, permitindo uma abordagem mais flexível e adaptável a mudanças sociais e
tecnológicas

4) O que é um tratado internacional?

R: Um tratado internacional é um acordo formal e escrito, estabelecido entre Estados e


organizações internacionais, de acordo com o Direito Internacional Público. Seu propósito
é criar obrigações jurídicas e regular questões de interesse mútuo. Esses tratados são
instrumentos fundamentais nas relações internacionais, proporcionando uma estrutura legal
para a coordenação e implementação de ações conjuntas em prol do bem comum. A
definição de tratado é baseada na Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de
1969

5) Existe alguma convenção internacional que regula os tratados internacionais? Em


caso positivo, qual?

R: Sim, existe uma convenção internacional que regula os tratados internacionais é


a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969. Esta convenção é um
documento fundamental que define e normatiza as regras sobre a criação, execução e
interpretação dos tratados internacionais. Ela entrou em vigor em 1980 e é considerada um
dos pilares do Direito Internacional Público.

6) Quais são as fases internacionais e internas para que um tratado possa viger
internamente no Brasil?

R: No Brasil, para que um tratado internacional tenha vigência interna, ele deve passar por
várias fases. As etapas principais são: Negociação: O Estado brasileiro negocia o tratado
no plano internacional. Assinatura: O tratado é assinado pelo representante do Estado
brasileiro. Mensagem ao Congresso: O Poder Executivo envia uma mensagem ao
Congresso Nacional solicitando a discussão e aprovação do tratado. Aprovação
Parlamentar: O tratado é aprovado pelo Congresso Nacional por meio de um decreto
legislativo. Ratificação: O instrumento do tratado é ratificado pelo Estado brasileiro.
Promulgação: O tratado é promulgado por decreto presidencial e publicado no Diário
Oficial da União.
Essas etapas garantem que o tratado seja incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro e
tenha aplicabilidade e executoriedade internas.

7) Qual é a diferença entre os tratados multaterais e os bilaterais?

R: A principal diferença entre tratados multilaterais e bilaterais está no número de partes


envolvidas e no escopo dos temas abordados:
Tratados Bilaterais: São acordos entre dois países. Eles geralmente se concentram em
questões específicas que afetam diretamente as relações bilaterais entre essas duas
nações. Por exemplo, podem ser tratados de comércio, defesa ou cooperação ambiental.
Tratados Multilaterais: Envolvem três ou mais países. Esses tratados são
frequentemente criados para tratar de questões globais que requerem a colaboração de
múltiplas partes. Eles podem abordar temas como direitos humanos, mudanças
climáticas e segurança internacional.
Ambos os tipos de tratados são fundamentais nas relações internacionais e têm processos
de negociação complexos, além de serem juridicamente vinculativos para os países
signatários

8) O que significa a denúncia de um tratado internacional?

R: Denúncia de um tratado internacional é um ato unilateral pelo qual um Estado manifesta


sua intenção de se retirar de um tratado e desobrigar-se de cumprir as obrigações nele
estabelecidas. Isso não acarreta responsabilização internacional, mas indica que o Estado
não deseja mais ser parte do acordo.
A denúncia pode ocorrer em diferentes contextos, como nos Tratados Bilaterais (A
denúncia por um dos Estados pode levar à extinção do tratado). E nos (Tratados
Multilaterais: A denúncia afeta apenas a relação entre o Estado denunciante e os demais
Estados partes, sem extinguir o tratado como um todo).
A Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados estabelece regras específicas para a
denúncia de tratados, incluindo a necessidade de notificação formal aos outros Estados
partes

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