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R: As fontes do Direito Internacional Público são os meios pelos quais as normas jurídicas
internacionais são criadas e reconhecidas. De acordo com o artigo 38 do Estatuto da Corte
Internacional de Justiça (CIJ), as principais fontes são: Convenções ou tratados
internacionais: Acordos formais entre Estados e organizações internacionais que
estabelecem obrigações legais. Costume internacional: Práticas gerais e constantes que
são aceitas como obrigatórias pelos sujeitos do direito internacional. Princípios gerais do
direito: Normas gerais e fundamentais que são reconhecidas pela maioria das nações.
Além dessas, existem fontes auxiliares como a jurisprudência internacional e a doutrina. É
importante notar que não há uma hierarquia rígida entre essas fontes, mas sim uma
enumeração funcional que orienta os juízes internacionais.
R: As normas de soft law, também conhecidas como “lei branda”, são diretrizes, princípios
ou recomendações que não possuem caráter obrigatório e não são legalmente vinculantes.
Elas são adotadas por organizações internacionais, governos ou outros atores do sistema
jurídico para orientar a conduta e promover a cooperação, sem as consequências jurídicas
diretas das leis tradicionais. São Exemplo, a Declaração Universal dos Direitos Humanos:
Embora não seja um tratado, tem influenciado muitas leis nacionais e internacionais. O
Princípios do Equador: Um conjunto de diretrizes voluntárias para bancos para gerenciar
riscos sociais e ambientais em projetos de financiamento. E os Códigos de Conduta
Corporativos: Muitas empresas adotam códigos de conduta voluntários para demonstrar
compromisso com práticas éticas e sustentáveis.
Essas normas ajudam a preencher lacunas onde a legislação formal pode ser insuficiente ou
muito rígida, permitindo uma abordagem mais flexível e adaptável a mudanças sociais e
tecnológicas
6) Quais são as fases internacionais e internas para que um tratado possa viger
internamente no Brasil?
R: No Brasil, para que um tratado internacional tenha vigência interna, ele deve passar por
várias fases. As etapas principais são: Negociação: O Estado brasileiro negocia o tratado
no plano internacional. Assinatura: O tratado é assinado pelo representante do Estado
brasileiro. Mensagem ao Congresso: O Poder Executivo envia uma mensagem ao
Congresso Nacional solicitando a discussão e aprovação do tratado. Aprovação
Parlamentar: O tratado é aprovado pelo Congresso Nacional por meio de um decreto
legislativo. Ratificação: O instrumento do tratado é ratificado pelo Estado brasileiro.
Promulgação: O tratado é promulgado por decreto presidencial e publicado no Diário
Oficial da União.
Essas etapas garantem que o tratado seja incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro e
tenha aplicabilidade e executoriedade internas.