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AS FONTES - DIP

AS FONTES DO DIP
 KELSEN confunde a noção de fonte com
fundamento.
 Fundamento: é de onde o direito tira sua
obrigatoriedade.
 Fontes do DI: constituem os modos pelos
quais o Direito se manifesta, ou seja, as
maneiras pelas quais surge a norma jurídica.
São os meios formais do DI.
AS FONTES DO DIP
• A expressão Fontes de Direito pode ser
tomada em dois tipos: como 
• Fontes Formais, ou seja, como processos de
formulação do conteúdo de certa regra; e
como 
• Fontes Materiais, isto é, como razões do
surgimento do conteúdo das fontes formais,
por exemplo, as necessidades sociais.
AS FONTES DO DIP

O Estatuto da Corte
Internacional de Justiça de
1945, sediada na cidade de
Haia, enuncia em seu artigo
38 as fontes do direito
internacional. São elas:
AS FONTES DO DIP
1. As convenções internacionais,
2. O costume internacional e
3. Os princípios gerais do direito.

O Estatuto não estabeleceu qualquer


hierarquia entre as fontes de direito
internacional.
AS FONTES DO DIP
O Estatuto da Corte Internacional de
Justiça,na letra c do art. 38 reafirma
a autoridade desses princípios
gerais do Direito, ao enumera-los
entre as fontes do Direito
Internacional Público.
AS FONTES DO DIP
Os princípios gerais do Direito
podem ser definidos como axiomas
do universo jurídico.
 Eles suprem as lacunas deixadas
pelo costume e pelos tratados no
ordenamento jusinternacionalista.
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OS TRATADOS INTERNACIONAIS
 

São as principais fontes de direito internacional.

O Estatuto de Haia não estabelece nenhuma hierarquia


entre as fontes de direito internacional, mas reconhece que
os tratados, os costumes e os princípios gerais do direito
são fontes fundamentais e os demais meios auxiliares.
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OS TRATADOS INTERNACIONAIS
 

Não há, no plano do direito internacional, qualquer


hierarquia entre os tratados e os costumes, MAS
No direito civil nacional, o costume pode derrogar
norma expressa num tratado, quando se diz que o
tratado se extinguiu pelo desuso.
AS FONTES DO DIP
OS TRATADOS INTERNACIONAIS
 


Após a Segunda Guerra, o direito internacional
evidenciou o fenomeno da codificação do direito
internacional, e em 23 maio de 1969 foi celebrada a
Convenção de Viena sobre o direito dos tratados.

 
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OS TRATADOS INTERNACIONAIS
 

A Convenção de Viena define o tratado como “um


acordo internacional celebrado por escrito entre
Estados e regido pelo Direito Internacional, quer
inserido num único instrumento, quer em dois ou
mais instrumentos conexos, qualquer que seja a
sua designação específica”.
 
AS FONTES DO DIP
OS TRATADOS INTERNACIONAIS

 O acordo celebrado entre os Estados deve ser


regido pelo direito das gentes para ser
considerado tratado, se for regido pela lei
interna de algum dos Estados, será um
contrato interestadual, mas não tratado.
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OS TRATADOS INTERNACIONAIS

 Não são apenas os Estados que celebram


tratados internacional, mas também
outros sujeitos de direito internacional
como as Organizações Internacionais.
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AS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
 O conceito de Tratado Internacional.
 Termos “Convenção” e “Acordo” Internaciona
l
O art. 2º/1-a da Convenção de Viena, sobre o
Direito dos Tratados, de 23 de Maio de 1969,
oferece a definição da palavra Tratado e da
palavra Convenção, em Direito Internacional:
AS FONTES DO DIP
AS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
 O conceito de Tratado Internacional.
 termos “Convenção” e “Acordo” Internacional
“a expressão Tratado designa um Acordo
Internacional, quer esteja consignado num
instrumento único, quer em dois ou vários
instrumentos conexos, e qualquer que seja a sua
denominação particular”. 
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AS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS
Quer dizer, o acto jurídico plurilateral, concluído
entre sujeitos de Direito Internacional e
submetido por estes à regulamentação
específica deste Direito, tanto pode ter a
designação de carta, acordo, estatuto, pacto,
convenção, tratado, protocolo, declaração, etc.
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AS CONVENÇÕES INTERNACIONAIS

O que define, portanto, esta Fonte de


Direito é o seu carácter plurilateral, a
submissão da sua regulamentação ao
Direito Internacional e a sua conclusão
entre sujeitos deste ramo de Direito.
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A Convenção de Viena, só se aplica aos
Tratados Internacionais concluídos por escrito
entre Estados e não aos Acordos
Internacionais concluídos entre Estados e
outros sujeitos de Direito Internacional, nem
aos Acordos Internacionais, concluídos em
forma não escrita (art. 3º CV).
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 Na ordem Constitucional Moçambicana, a
Constituição utiliza o termo Tratados e
Acordos Internacionais, no seu artigo 18.

 A terminologia na doutrina internacional,


sobretudo na tradição anglo-saxonica, refere-
se a esta fonte do DI através da expressão
“Treaty”
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FIGURAS AFINS
I. Acordos políticos (os gentlemen’s
agreements);
II. Actos unilaterais não autónomos;
III. Contratos internacionais;
IV. Declarações ou as actas no final das
conferencias internacionais.
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I. Acordos políticos (os gentlemen’s agreements)

 As Convenções Internacionais tem por objectivo criar


normas jurídicas vinculativas dos sujeitos intervenientes.
 Por esta razão, exclui-se do campo do Direito
Internacional os acordos que dão pelo nome de
gentlemen's agreements.
 Estes acordos de cavalheiros são concluídos entre
representantes governamentais em seu próprio nome,
ou seja, sem intenção de vincular os respectivos Estados.
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I. ACTOS UNILATERAIS NÃO AUTÓNOMOS
 Sao actos juridico-internacionais sem valor proprio
relativamente aos tratados internacionais de que
dependem.
 hipótese muito frequentemente verificada na prática
consiste em:
 uma Convenção Internacional concluída entre Estados
remeter, quanto à sua execução, para acordos a concluir
por organismos públicos ou privados daqueles mesmos;
neste caso, é habitual ainda que aquela Convenção
considere tais acordos executivos sua “parte integrante”.
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I. CONTRATOS INTERNACIONAIS
 Estes expressam a vontade, contratualmente
estabelecidas, que transcendem as fronteiras
estaduais e que pode suscitar conflitos de lei.
 Esta figura aproxima dos tratados quando e
outorgada pelos Estados e pelas organizacoes
internacionais. So lhe falta o elemento publico
para ser um tratado internacional.
AS FONTES DO DIP
I. Declarações ou as actas no final das
conferencias internacionais
 Sao produzidas no fim dos encontros e
conferencias internacionais, e quando nao se
destinam a ser tratados internacionais
proprio sensu, tem um valor meramente
politico-historico, espelhando as posicoes
assumidas pelos diferentes sujeitos
representados.
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Classificação de Convenções Internacionais
 Podemos classificar as Convenções
Internacionais em:
 Escritas e Orais, conforme constam de um
documento ou de um comportamento verbal;
e
 Tratados (solenes) e Acordos (em forma
simplificada).
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Classificação de Convenções Internacionais
Uma segunda classificação releva para efeitos
de Direito Constitucional e de Direito
Internacional, em virtude do maior ou menor
número de actos necessários à sua perfeição.
Ou seja, enquanto os Tratados Solenes
carecem de ratificação, tal não sucede com os
Acordos de forma simplificada.
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A mesma Convenção pode apresentar


simultaneamente a forma de Tratado para
uma parte e a de Acordo simples para outra.
 Isto no caso da própria Convenção não prever
a necessidade da sua ratificação.
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 De acordo com o número de partes, pode a


Convenção ser:
 Bilateral ou multilateral, 
Conforme tenham participado, na sua
conclusão, duas ou mais partes.
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 Tratados Multilaterais Gerais, significando-se
com isso que os estes tendem para a
universalidade, sendo, portanto, irrelevante o
número de partes que venham a ter;
 Tratados Multilaterais Restritos sao aqueles que
apresentam como ponto essencial o número de
partes que nele participam. Todavia, é
impossível dizer apenas pelo número de partes
se a Convenção Multilateral é restrita ou não.
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 A qualidade das partes também origina uma
classificação das Convenções, que tem expressão
no art. 3º da CV, sobre o Direito dos Tratados.
 Tratados concluídos entre Estados,
 Acordos concluídos entre Estados e
Organizações Internacionais
 Acordos concluídos entre Organizações
Internacionais.
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 É habitual falar-se ainda, quanto aos efeitos, da distinção
entre Tratados-leis e Tratados-contractos. 
Tratados-contractos.
• Estes seriam semelhantes aos contractos de Direito Interno.
Tratados-leis
• as partes emitem, não vontades convergentes e
contrapostas, mas antes um único feixe de vontades
paralelas, no mesmo sentido, criando, assim regras gerais e
objectivas, tal como acontece com os actos normativos de
Direito Interno.
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TPC:
As mais relevantes modalidades;
O procedimento geral de conclusão dos tratados
internacionais. – as fases
A conclusão de convenções internacionais em
Moçambique.
- Tratado multilateral: objectivo melhoramento do
aproveitamento/rendimento académico da
turma 2 ano Laboral

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