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Resumo Direito Internacional Público

1 - Direito internacional público


Conceito:
Ramo do direito que busca regular, através de princípios e normas jurídicas, as questões de interesse global e as relações entr

Fontes:
Fonte é a matéria de onde emana o DIP. As fontes materiais são os pensamentos, idéias, fatos e necessidades da sociedade glo
através dos quais se expressam as regras internacionais

Convenções gerais ou específicas, que estabelecem regras expressam


Convenções internacionais Organizações Internacionais ou entre Estados e Organizações Intern

Costumes internacionais O costume é a prática geral e reiterada dos sujeitos de Direito Intern
São normas gerais positivadas na maior parte das nações civilizadas
Princípios gerais do direito servanta, o princípio da boa fé, o primado da dignidade da pessoa h
outros

Significa a aplicação da justiça na resolução do caso concreto, quand


Analogia e equidade eficazmente ao justo deslinde do conflito
As decisões judiciárias formam a jurisprudência internacional, consi
Atos unilaterais dos Estados sentido e acerca da mesma matéria, que envolvam conflitos de dire
São os atos e decisões praticados pelas organizações internacionais,
Decisões das Organizações Internacionais Segurança da ONU

Normas aceitas e reconhecidas pela comunidade internacional dos E


Jus Cogens pode ser modificada por norma ulterior de direito internacional gera

Soft Law Consiste no conjunto de normas, que apesar de não ostentarem car
exemplo: acordo de cavalheiros ou declarações e recomendações de

2 - Atos internacionais
2.1 -Tratados:
Validade
Requisitos de validade dos tratados internacionais
● Consentimento mútuo formalmente estabelecido entre sujeitos do direito internacional
● Capacidade das partes contratantes
● Formalização do consentimento mútuo que deve se dar por escrito
● Habilitação dos agentes signatários
● Licitude e a possibilidade de seu objeto
efeitos
O que caracteriza os tratados em forma solene é a sujeição do Estado por meio de dois atos sucessivos, a assinatura e a ratific
cláusulas do tratado. Desta forma, a conclusão do tratado, identificada pela assinatura do Estado, engendra uma situação juríd
assinatura não pode ser identificada como um mero ato de autenticação, mas também não é suficiente para sujeitar o Estado
conclusão e sujeição seria desnecessária, assim como a própria ratificação.

Ratificação
É o ato jurídico externo de Estado através do qual o chefe do Estado confirma o tratado firmado e declara a aceitação definitiv
compromisso firmado
Promulgação
Ato jurídico interno mediante o qual o chefe de Estado confere executoriedade interna ao tratado no plano nacional e declara

Registro
O tratado deve ser registrado na sede da ONU e posteriormente publicado pele secretário-geral da ONU

Publicidade
A publicação do tratado na Imprensa Oficial é requisito para sua aplicação no âmbito interno.

Vigência contemporânea
O tratado passa a atuar como norma jurídica no exato momento em que ele se perfaz como ato jurídico convencional na troca
consentimento definitivo e a entrada em vigor.

vigência diferida
O ato jurídico se consuma e algum tempo transcorre antes que a norma jurídica comece a valer entre as partes, tal qual suced

Incorporação ao direito interno


É o Decreto de Execução do Presidente da República, editado após a aprovação parlamentar mediante o Decreto Legislativo, q

Violação
Um tratado violado substancialmente por uma parte acarreta a possibilidade de a outra parte entendê-lo como tendo sido exti
Em tratados multilaterais autoriza: as outra partes, agindo de comum acordo, a suspender a aplicação do tratado, no todo ou
seja entre todas as partes

Conflito entre tratado e norma de direito interno


Teoria monista
O ordenamento jurídico seria único e constituído de normas nacionais e internacionais, o que possibilita que haja c
Teoria monista internacionalista - A norma internacional prevalece
Teoria monista nacionalista - A norma nacional prevalecerá
Teoria monista mitigada ou dialógica - Deverá prevalecer a norma que ofereça maior grau de proteção ao
Teoria dualista
Há duas ordens jurídicas distintas que não se relacionam nem se interpenetram
Teoria dualista radical - Há necessidade da edição de uma lei nacional para incorporar a norma internacio
Teoria dualista moderada - Dispensa a edição de lei nacional, embora seja necessário um procedimento i
ATENÇÃO: No caso brasileiro há ainda a teoria da Supralegalidade dos tratados internacionais de direitos
Extinção
Vontade comum das partes
Predeterminação ab-rogatória - há uma cláusula para quando o tratado deve acabar
Decisão ab-rogatória superveniente - simplesmente decidem extinguir o tratado
Vontade unilateral
Denúncia - unilateralmente, Estado comunica às demais partes que não quer mais se vincular a determin
Mudança de circunstâncias
Execução impossível - Ex: tratado para proteção de um determinado rio, mas o rio seca.
2001. Estávamos perto de nos conformar como uma União Aduaneira. Estava tudo indo bem;
Em 2000, estourou a crise na Argentina. País reviu uma série de acordo que diminuia as barrei
Jus Cogens (art 53 da Convenção de Viena)
Tratados incompatíveis com uma norma imperativa de direito internacional geral (jus cogens)
Princípio da reciprocidade
Quando um Estado tem violado um acordo, demais Estados não precisam respeitar o tratado com relaçã
Caso de guerra
Quando dois países estão em guerra as relações diplomáticas entre eles são extintas

2.2 - Convenções, acordos, ajustes e prot


Tratado
A expressão Tratado foi escolhida pela Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969, como termo para
multilateral ao qual se deseja atribuir especial relevância política. Nessa categoria se destacam, por exemplo, os tra
o Tratado de Assunção, que criou o Mercosul, o Tratado de Proibição Completa dos Testes Nucleares.

Convenção
Num nível similar de formalidade, costuma ser empregado o termo Convenção para designar atos multilaterais, oriu
exemplo, as convenções de Viena sobre relações diplomáticas, relações consulares e direito dos tratados; as conven
de instrumento internacional destinado em geral a estabelecer normas para o comportamento dos Estados em uma
Convenções bilaterais, como a Convenção destinada a evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal celebrada
com a Bélgica (1955).

Acordo
O Brasil tem feito amplo uso desse termo em suas negociações bilaterais de natureza política, econômica, comercia
prática internacional, embora alguns juristas entendam por acordo os atos internacionais com reduzido número de
tratados multilaterais foi assim denominado: Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT).
O acordo toma o nome de Ajuste ou Acordo Complementar quando o ato dá execução a outro, anterior, devidamen
dedicados a grandes áreas de cooperação (comércio e finanças, cooperação técnica, científica e tecnológica, coope
a execução da cooperação.
Acordos podem ser firmados, ainda, entre um país e uma organização internacional, a exemplo dos acordos operac

Ajuste ou Acordo-Complementar
É o ato que dá execução a outro, anterior, devidamente concluído e em vigor, ou que detalha áreas de entendiment
abrigo de um acordo-quadro ou acordo-básico.
Protocolo
é um termo que tem sido usado nas mais diversas acepções, tanto para acordos bilaterais quanto para multilaterai
complementares ou interpretativos de tratados ou convenções anteriores. É utilizado ainda para designar a ata fina
muitas vezes sob a forma de "protocolo de intenções", para sinalizar um início de compromisso.

Memorando de entendimento
Tem sido utilizado para atos de forma bastante simplificada, destinados a registrar princípios gerais que orientarão a
memorando de entendimento é semelhante ao acordo, com exceção do articulado, que deve ser substituído por pa
entra em vigor na data da assinatura.

Convênio
O termo convênio, embora de uso freqüente e tradicional, padece do inconveniente do uso que dele faz o direito in
econômica, comercial, cultural, jurídica, científica e técnica, como o Convênio Internacional do Café; o Convênio de
Internacional de Radioamador. Também se denominam "convênios" acertos bilaterais, como o Convênio de Cooper
Conservação e Fiscalização de Recursos Naturais nas Áreas de Fronteira, celebrado com a Bolívia (1980); o Convênio
(1981).

Acordo por troca de notas


Emprega-se a troca de notas diplomáticas, em princípio, para assuntos de natureza administrativa, bem como para
acordos vem sendo ampliado. Seu conteúdo estará sujeito à aprovação do Congresso Nacional sempre que incorrer
podem ser: a) idênticas (com pequenos ajustes de redação), com o mesmo teor e data; b) uma primeira nota, de pr
2.3 - Convenção das Nações Unidas contra o crime transnacion
A convenção de Palermo impulsionou uma reflexão sobre uma política nacional de combate ao crime organizado. A
instrumentos legais diretos,

A convenção de Palermo é baseada em dois eixos principais: o primeiro eixo é a cooperação para a prevenção e rep
combater o crime organizado

Cooperação
Interna - Criação da estratégia nacional de combate e corrupção e à lavagem de dinheiro (ENCCLA)
Internacional - Criação de uma autoridade central para centralização dos pedidos de cooperação interna

2.4 - Decreto 5.015/2004 (Convenção das Nações Unidas con


Promulgação da convenção de Palermo
2.5 - Decreto 5.017/2004 (Protocolo adicional à Conv
Instrumento legal internacional que trata do tráfico de pessoas, em especial de mulheres e crianças, o Protocolo foi elaborado
possibilita o cumprimento dos três eixos de atuação: prevenção, repressão e atendimento às vítimas

Tráfico de pessoas: Aliciamento e transporte de seres humanos, utilizando-se de força de coerção, como a força, a fraude, o ab
com o Protocolo, a exploração pode ter finalidade sexual, laboral ou para remoção de órgãos

Obs: Como definido pelo Protocolo, o consentimento da vítima é irrelevante para a caracterização do fato como trá
fraude, engano, abuso de autoridade, pagamentos, benefícios ou se aproveite da situação de vulnerabilidade da víti

OBS 2: Distingue-se tráfico de pessoas de contrabando de pessoas. No segundo caso este se refere à entrada ilegal
financeiroo. Neste caso, ambos cometem crime.

2.6 - Decreto 5.687/2006 (Convenção das Nações Unidas contra a co


A Convenção da ONU é o mais abrangente tratado internacional sobre prevenção e combate à corrupção. Ela é o maior instru
ratificaram a cumprir os seus dispositivos, sob pena de serem pressionados pela comunidade internacional. Pelo seu caráter g

Além disso, a partir da ratificação da Convenção pelo Brasil, ela ingressa no ordenamento jurídico pátrio como lei ordinária, ou
direito penal, das
A Convenção e seu cumprimento
Nações é obrigatório
Unidas contra por todos.
a Corrupção trata de quatro temas principais: a prevenção, a criminalização dos atos d
Objetivos:
● Promover e fortalecer as medidas para prevenir e combater mais eficaz e eficientemente a corrupção
● Promover, facilitar e apoiar a cooperação internacional e a assistência técnica na prevençã e na luta contra a corru
● Promover a integridade, a obrigação de render contas e a devida gestão dos assuntos e dos bens públicos

3 - Estado
Os entes jurídicos dotados de personalidade internacional (do tipo primária ou originária), formados pela reunião de indivíduo
de um governo independente.

3.1 - Atos unilaterais do Estado


Entende-se por ato unilateral aquele manifestado por sujeito de direito internacional público (estado ou organização internaci
Validade
Tal instrumento é considerado válido quando respeita determinadas condições, como por exemplo:
● Ser originário de Direito Internacional;
● Ter seu conteúdo admissível aos procedimentos comuns às relações jurídicas internacionais, ou em outras palavra
● Deve o ato unilateral ser manifestado por meio de vontade real e sem vícios;
● Tal manifestação deve ter por objeto a criação de uma regra de direito

Os atos unilaterais podem ser classificados em:


● Ato tácito
por excelência, é o silêncio, que significa a aceitação. A omissão do Estado significa a aceitação deste. Entretanto, sa
Para que haja reconhecimento pelo silêncio é necessário acrescentar os seguintes elementos:
1 - que o Estado que guarda o silêncio conheça o fato;
2 - o interesse jurídico do Estado no fato;
3 - a expiração de um prazo razoável
● Ato Expresso
Protesto - o protesto tem por fim defender os direitos de quem protesta. O Protesto pode ser escrito ou
Denúncia - surge quando um Estado denuncia um Tratado e se retira dele. Pode ser por:
Ato unilateral típico - quando não consta cláusula de denúncia no Tratado e o Estado o faz assi
Ato unilateral atípico - quando há cláusula de denúncia no Tratado
Renúncia - Ocorre quando um sujeito de Direito Internacional voluntariamente abandona seu direito. No
Reconhecimento - é o mais importante dos atos unilaterais. É o contrário de protesto.
O principal efeito do reconhecimento é que o objeto ou situação reconhecida passa a ser opo
Notificação - Ato pelo qual um Estado leva ao conhecimento de outro(s) um fato que produz efeitos juríd
Promessa - Ato que institui para si mesmo um dever de agir, ou dever de não agir. Cria direito subjetivo, e

3.2 - Normas imperativas - Jus Cogen


● A expressão "jus cogens" (lei coercitiva ou imperativa, em latim) serve para designar, no campo do Direito Internacional, um
organizações internacionais, devido à importância que sua matéria contém, sendo esta impossível de se anular. Tal norma, po

● Não é possível sua alteração, exceto por outra da mesma espécie


● A imagem do jus cogens ordena que toda norma que possuir tal característica terá preferência diante de outros que forem c
definida como jus cogens, a última será dominante

● inderro gáveis - somente uma outra norma Jus Cogens pode derrogar uma primeira norma Jus Cogens

● Hierarquicamente superiores a todas as outras normas de DIP


● Em suma: As regras imperativas (jus cogens) são as normas que impõem aos Estados obrigações objetivas, que prevalecem
reconhecidas pela comunidade internacional, que não podem ser objeto de derrogação pela vontade individual dos Estados, d

3.3 - Obrigações Erga Omnes


● Se originam nos costumes internacionais
● Seriam as obrigações impostas a todos os Estados independentemente de aceitação e, por consequência, sem que seja poss
internacional público

● Derrogáveis - outras normas de DIP podem derrogá-las

Diferenças entre Obrigações Erga Omnes e normas Jus Cogens


Toda norma Jus Cogens é Erga Omnes, mas nem toda norma Erga Omnes é uma norma Jus Cogens
O objetivo das duas é a proteção de valores fundamentais para a comunidade internacional
Apesar das obrigações Erga Omnes comportarem o efeito necessário de toda norma de Jus Cogens, nem todas as o
subconjunto dentro do conjunto de normas que dão origem àquelas obrigações.

3.4 - Soft Law


● expressão utilizada no âmbito do Direito Internacional Público que designa o texto internacional, sob diversas denominaçõe
facultativas, ao contrário do que ocorre com o jus cogens, que são normas cogentes. Por sua vez, são também conhecidas com

Segundo
● ConsisteValério de Oliveira
no conjunto Mazzuoli,
de normas que“pode-se afirmar
não ostentam que na
caráter sua moderna
jurídico acepção
vinculante, ela compreende
mas orientam condutastodas as regras
no plano cujo valI
do Direito
os
descumprido referido compromisso, não pode ser exigido da parte declarante já que não possui caráter vinculante e sim, tãons
instrumentos que as abrigam não detêm o status de 'norma jurídica', seja porque os seus dispositivos, ainda que insertos
Estados, ou não
Geralmente estãocriam senão obrigações
relacionadas pouco constringentes.”
a compromissos, não vinculantes, se deve repetir, de programas de ação que surgem em fórun
associações internacionais e até mesmo pelos próprios Estados.
3.5 - Responsabilidade internaciona

A responsabilidade internacional do Estado é o instituto jurídico em virtude do qual o Estado a que é imputado um ato ilícito s
cometido. Ou seja, a responsabilidade internacional do Estado decorre de uma transgressão a norma jurídica internacional, be
assim, a discussão sobre a responsabilidade subjetiva e a objetiva.

Condições para que se verifique a responsabilidade do Estado no plano internacional:


● Violação de uma regra jurídica internacional;
● que a transgressão da regra ocasione um dano;
● que a ofensa seja imputável ao Estado.

A responsabilidade internacional apresenta características próprias em relação à responsabilidade no direito interno:


● Ela é sempre uma responsabilidade com a finalidade de reparar o prejuízo;
● A responsabilidade é de Estado a Estado

O Estado que é responsável pela prática de um ato ilícito segundo o direito internacional, deve ao Estado a que tal ato tenha c
Essa máxima também se aplica aos outros sujeitos de direito internacional público.

Circunstâncias que excluem a ilicitude do ato violador:


● Legítima defesa;
● Prescrição liberatória (quando o prejudicado, por seu silência, negligencia a reclamação e seu direito)
● Renúncia do indivíduo prejudicado em recorrer à proteção diplomática de seu Estado

A reparação é devida quer em relação aos danos materiais, quer em relação aos danos morais e será equivalente à natureza
repercussões econômicas ao país vitimado.

A primeira forma de reparação é a restitutio in integrum, que consiste no reestabelecimento da situação anterior. No entanto
materialmente ou juridicamente.

Sempre que os danos são de natureza moral ou política, a forma de reparação adquiri o nome de satisfação. A satisfação pode
dos culpados pelos danos morais ou políticos, etc.

Proteção diplomática

A Proteção diplomática consiste na ação diplomática levada a cabo pelo Estado Nacional do indivíduo prejudicado junto do go
pelas vias diplomáticas e normais e termina ou por uma solução pacífica ou pela sentença de um tribunal arbitral ou internaci

O princípio do esgotamento dos recursos


Para além da produção de um dano a um indivíduo e da existência de uma relação de causalidade adequada entre a violação
proteção diplomática pressupõe que o lesado tenha esgotado os recursos ou instâncias do direito interno.

se aplica nos casos que a vítima do ato ilícito é pessoa privada.

Mesmo quando a vítima é uma pessoa privada, o princípio não se aplica quando já houve pedidos iguais rejeitados pelos tribu
tribunais internos são constitucionalmente incompetentes e, ainda, quando os particulares podem fazer valer o direito à prote
reconhecido.
Também se admite que o particular se abstenha de seguir aquele princípio quando há grave perigo na demora.
A exceção preliminar de não-esgotamento dos recursos de Direito interno pode ser convencionalmente dispensada. Basta que

Outra regra para que se possa recorrer à proteção diplomática é a da necessidade de um vínculo de nacionalidade efetiva ent

3.6 - Soberania
A Soberania pode ser definida como a qualidade que os Estados detêm sobre o território e sobre o povo que nele vivem, que
Segundo REALE:
Soberania seria o poder de organizar-se juridicamente e de fazer valer dentro de seu território a universalidade de s

Do conceito de soberania como a qualidade do poder do Estado que não reconhece outro poder maior que o seu - ou igual - n
encontra, direta e imediatamente, subordinado à ordem jurídica internacional. A soberania continua a ser um poder (ou quali
assim, um poder (ou grau de poder) absoluto, mas não é nem poderia ser ilimitado. Ela encontra seus limites nos direitos indi
9).
Conceito:
lobal e as relações entre os membros da sociedade internacional

Fontes:
sidades da sociedade global que culminam na elaboração da norma internacional. As fontes formais são os meios

elecem regras expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes. Podem ser estabelecidos entre Estados, entre
s e Organizações Internacionais

ujeitos de Direito Internacional admitida como juridicamente exigível


e das nações civilizadas que transmitem os valores mais elevados dos sistemas jurídicos. Tais quais o Pacta sunt
a dignidade da pessoa humana, o devido processo legal, a soberania nacional e as normas de Jus Cogens, entre

do caso concreto, quando não houver norma específica para a questão ou caso a norma existente não se adeque

ncia internacional, consistente nas repetidas manifestações das Cortes e Tribunais internacionais no mesmo
volvam conflitos de direito internacional
nizações internacionais, tais como as resoluções da assembléia geral da ONU ou as decisões do Conselho de

dade internacional dos Estados como um todo como norma da qual nenhuma derrogação é permitida e que só
direito internacional geral da mesma natureza
de não ostentarem caráter jurídico vinculante, orientam condutas no plano do Direito Internacional. Por
ões e recomendações de Organizações Internacionais.

1 -Tratados:

direito internacional

s, a assinatura e a ratificação. Somente com a realização do segundo é que o Estado torna-se obrigado pelas
endra uma situação jurídica intermediária entre a adoção do texto e a sujeição ao tratado pelo Estado. A
e para sujeitar o Estado a todas as obrigações impostas pelo tratado. Caso contrário, a separação entre as fases de

ara a aceitação definitiva do que foi convencionado, engajando definitivamente o país ao conteúdo do
plano nacional e declara sua conformidade com o processo legislativo

o convencional na troca de notas, entendida como método negocial, são simultâneos o término da negociação, o

as partes, tal qual sucede no chamado vacatio legis.

o Decreto Legislativo, que promulga e concede executoriedade interna ao tratado internacional

-lo como tendo sido extinto em tratados bilaterais


do tratado, no todo ou em parte ou fazer cessar a sua vigência; seja na relação entre elas e o autor da violação;

ue possibilita que haja conflito entre normas.

aior grau de proteção aos direitos humanos

porar a norma internacional ao sistema jurídico interno


ário um procedimento interno específico, com participação dos poderes legislativo e executivo (caso brasileiro)
ternacionais de direitos humanos. Caso o tratado verse sobre direitos humanos, uma vez incorporado ao ordenamento brasileiro, terá

s se vincular a determinado acordo

Estava tudo indo bem;


o que diminuia as barreiras alfandegárias. Qual foi a defesa para esse revisão? Rebus Sic Stantibus. Houve uma mudança na sua situaçã

(jus cogens)
ar o tratado com relação a este país, com base no princípio da reciprocidade.

acordos, ajustes e protocolos

1969, como termo para designar, genericamente, um acordo internacional. Denomina-se tratado o ato bilateral ou
am, por exemplo, os tratados de paz e amizade, o Tratado da Bacia do Prata, o Tratado de Cooperação Amazônica,
ucleares.

ar atos multilaterais, oriundos de conferências internacionais e versem assunto de interesse geral, como por
dos tratados; as convenções sobre aviação civil, sobre segurança no mar, sobre questões trabalhistas. É um tipo
nto dos Estados em uma gama cada vez mais ampla de setores. No entanto, existem algumas, poucas é verdade,
evasão fiscal celebrada com a Argentina (1980) e a Convenção sobre Assistência Judiciária Gratuita celebrada

a, econômica, comercial, cultural, científica e técnica. Acordo é expressão de uso livre e de alta incidência na
m reduzido número de participantes e importância relativa. No entanto, um dos mais notórios e importantes

tro, anterior, devidamente concluído. Em geral, são colocados ao abrigo de um acordo-quadro ou acordo-básico,
ca e tecnológica, cooperação cultural e educacional). Esses acordos criam o arcabouço institucional que orientará

mplo dos acordos operacionais para a execução de programas de cooperação e os acordos de sede.

a áreas de entendimento específicas, abrangidas por aquele ato.Por este motivo, são usualmente colocados ao

quanto para multilaterais. Aparece designando acordos menos formais que os tratados, ou acordos
para designar a ata final de uma conferência internacional. Tem sido usado, na prática diplomática brasileira,
isso.

s gerais que orientarão as relações entre as Partes, seja nos planos político, econômico, cultural ou em outros. O
ve ser substituído por parágrafos numerados com algarismos arábicos. Seu fecho é simplificado e normalmente

que dele faz o direito interno. Seu uso está relacionado a matérias sobre cooperação multilateral de natureza
do Café; o Convênio de Integração Cinematográfica Ibero-Americana; o Convênio Interamericano sobre Permissão
o o Convênio de Cooperação Educativa, celebrado com a Argentina (1997); o Convênio para a Preservação,
olívia (1980); o Convênio Complementar de Cooperação Econômica no Campo do Carvão, celebrado com a França

trativa, bem como para alterar ou interpretar cláusulas de atos já concluídos. Não obstante, o escopo desse
nal sempre que incorrer nos casos previstos pelo Artigo 49, inciso I, da Constituição. Quanto à forma, as notas
ma primeira nota, de proposta, e outra, de resposta e aceitação, que pode ter a mesma data ou data posterior
ntra o crime transnacional (Convenção de Palermo)
e ao crime organizado. A asfixia financeira é apresentada como a principal ferramenta para este combate. Não traz

o para a prevenção e repressão ao crime organizado o segundo é o confisco efetivo dos bens como política para

dinheiro (ENCCLA)
de cooperação internacional entre os países

das Nações Unidas contra o crime transnacional)

tocolo adicional à Convenção de Palermo)


Protocolo foi elaborado em 2000 e entrou em vigor em 2003 como Decreto 5.017/2004. O tratado internacional

mo a força, a fraude, o abuso da situação de vulnerabilidade ou outras, com o propósito de explorá-los. De acordo

ização do fato como tráfico de pessoas, desde que o perpetrador se utilize de ameaça, força, coação, rapto,
e vulnerabilidade da vítima. No Brasil, desconsidera-se seu consentimento em qualquer cirscunstância.

e refere à entrada ilegal de pessoas em um país com auxílio de um contrabandista em troca de retorno

ações Unidas contra a corrupção - Convenção de Mérida)


ão. Ela é o maior instrumento internacional juridicamente vinculante, ou seja, que obriga os Estados Partes que a
onal. Pelo seu caráter global, a Convenção demonstra a preocupação de todos com o problema da corrupção.

io como lei ordinária, ou seja, a partir desse momento, torna-se lei interna brasileira, exceto para as cláusulas de
riminalização dos atos de corrupção, a cooperação internacional e a recuperação de ativos.

a corrupção
ã e na luta contra a corrupção, incluída a recuperação de ativos
os bens públicos

ela reunião de indivíduos estabelecidos de maneira permanente em um território determinado, sob a autoridade

unilaterais do Estado
ou organização internacional) que se apresenta suficiente para a produção de efeitos jurídicos.

ais, ou em outras palavras, respeitar as diretrizes estabelecidas por tal disciplina;

ção deste. Entretanto, salienta que não se trata de regra geral, mas que dependerá das circunstâncias.
s elementos:

sto pode ser escrito ou oral. É ato eminentemente facultativo e excepcionalmente um Estado poderá ser obrigado a protestar.

ado e o Estado o faz assim mesmo.

bandona seu direito. No DIP todos os direitos são passíveis de renúncia

nhecida passa a ser oponível a quem o reconheceu. O Estado que reconheceu não pode mais contestar aquele fato.
que produz efeitos jurídicos (ato-condição). Rompimento de relações diplomáticas, declaração de guerra, expulsão de diplomata etc
r. Cria direito subjetivo, em relação a outros Estados, que podem exigir as promessas. Isso vale para pessoas e também para Estados. Ex

imperativas - Jus Cogens


ireito Internacional, uma norma peremptória geral que tenha o poder de obrigar os diversos estados e
se anular. Tal norma, portanto, regula de modo decisivo o espaço jurídico internacional.

e de outros que forem conflituosas. Sendo assim, se houver divergência entre uma norma, e outra, porém

etivas, que prevalecem sobre quaisquer outras. Assim, o jus cogens compreende o conjunto de normas aceitas e
ndividual dos Estados, de forma que essas regras gerais só podem ser modificadas por outras de mesma natureza.

rigações Erga Omnes

ência, sem que seja possível objetá-las. Trata-se de normas cuja aplicação atinge todos os sujeitos do direito

Cogens, nem todas as obrigações de Erga Omnes correspondem a normas de Jus Cogens, estando estas em um

3.4 - Soft Law


b diversas denominações, que são desprovidos de caráter jurídico em relação aos signatários. São, portanto,
ambém conhecidas como droit doux (direito flexível) ou mesmo soft norm.

todas
as as regras
no plano cujo valor
do Direito normativo Referida
Internacional. é menos norma
constringente que o
traduz uma das normas
intenção jurídicas tradicionais,
ou compromisso da parte, seja porque
porém, caso
os, ainda que insertos no quadro dos instrumentos vinculantes, não criam obrigações de direito positivo
er vinculante e sim, tão somente uma programação do que poderia se concretizar ou não em ação definitiva. aos
ão que surgem em fóruns internacionais de meio ambiente, economia, saúde, etc., organizações internacionais,
nsabilidade internacional

mputado um ato ilícito segundo o direito internacional deve uma reparação ao Estado contra o qual este ato foi
urídica internacional, bem como a incidência de uma conduta de natureza dolosa ou culposa do autor, ensejando,

direito interno:

do a que tal ato tenha causado dano uma reparação adequada.

seu direito)

equivalente à natureza do dano causada ao Estado, sendo em dinheiro tão somente nos casos em que há

ão anterior. No entanto nada obsta a indenização nos casos que a restitutio in integrum não se aplica,

fação. A satisfação pode se constituir de apresentação de desculpas por via diplomática,no julgamento e punição

prejudicado junto do governo ou do Estado que internacionalmente é presumível responsável. E empreendida


nal arbitral ou internacional a qual ambos submeteram o referendo.

quada entre a violação de uma norma ou princípio de direito internacional e a produção de tal dano, o recurso à
rno.

ais rejeitados pelos tribunais locais, quando se verifica um grave perigo na demora do processo, quando os
er valer o direito à proteção diretamente num tratado e não o direito que consuetudinariamente lhes é

demora.
e dispensada. Basta que os Estados interessados a ela renunciem expressamente.

acionalidade efetiva entre o indivíduo lesado e o Estado reclamante.

.6 - Soberania
vo que nele vivem, que se consubstancia na exclusividade e plenitude das competências.

rio a universalidade de suas decisões nos limites fins éticos de convivência.

r que o seu - ou igual - no plano interno, chegou-se à moderna conceituação: Estado soberano é o que se
ser um poder (ou qualidade do poder) absoluto; mas, absoluto não quer dizer que lhe é próprio. A soberania é,
limites nos direitos individuais, na existência de outros Estados soberanos, na ordem internacional (FRAGA, 2001,
to brasileiro, terá estatus supralegal, ou seja, ostentará hierarquia superior à lei ordinária, embora ainda abaixo da CF e emendas consti

nça na sua situação econômica e que não havia previsão de que iriam cair numa crise como a que houve. Então, o tratado foi extinto
protestar.

e diplomata etc
m para Estados. Exemplo: a França passou a realizar testes nucleares no Atol de Mururoa. Os países próximos reclamaram. E a frança pr
e emendas constitucionais.

tado foi extinto


ram. E a frança prometeu não fazer mais tais testes. Porém, não cumpriu a promessa. Austrália e Nova Zelândia recorreram à Corte Inte
reram à Corte Internacional de Justiça, e esta decidiu a favor dos recorrentes, e França acabou abandonando os testes nucleares.
s nucleares.

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