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RESUMO PARA PROVA DE DIREITO INTERNACIONAL

DIREITO DOS TRATADOS

O que é o Direito Internacional dos Tratados?

R – Trata-se da fonte mais segura e concreta das relações entre os sujeitos do Direito Internacional
Público, desenvolvida na sociedade internacional que intensifica as relações internacionais. O
Direito Internacional dos Tratados, assemelha-se às leis normativas no Direito Interno (tratado
normativo), e aos contratos (tratado contrato).

Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 – foi a convenção que
regulamentou sobre os tratados em geral, desde questões de pré-negociais, ao processo de formação
dos tratados, sua entrada em vigor, aplicação provisória, observância e interpretação, bem como
nulidade, extinção e suspensão de sua execução.

• Não entrou em vigor de imediato, mais somente, quando alcançou o quórum mínimo de
trinta e cinco Estados ratificantes, em 1980.
• Não versou sobre os tratados entre Estados e organizações internacionais ou entre
organizações internacionais, objeto de outra convenção específica (Convenção de Viena de
86).
• A Convenção de Viena de 1969, constitui de autoridade jurídica mesmo para aqueles
Estados que dela não são signatários (Direito Consuetudinário Internacional).
• A força normativa da Convenção, diversas de suas regras aplicam-se supletivamente aos
tratados, ou seja, há menos que o tratado em causa não tenha encontrado outra solução para
o problema em questão, aplica-se a norma da Convenção de Viena.

Conceito de Tratado Internacional – trata-se acordos escritos, firmados por Estados e


organizações internacionais dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Direito Internacional Público,
com o objetivo de produzir efeitos jurídicos no tocante a temas de interesse comum.

– Definição de tratado internacional segundo a Convenção de Viena de 69: “significa um


acordo internacional concluído por escrito entre Estados e regido pelo Direito Internacional, quer
conste de um instrumento único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja sua
denominação específica;”

Elementos essenciais do conceito de tratado internacional

• Acordo internacional: convergência de vontades com o propósito de se estabelecer entre as


partes direitos e deveres recíprocos, traduzidos em um vínculo juridicamente exigível em
caso de descumprimento.
• Celebrado por escrito: os tratados internacionais são acordos essencialmente formais,
obrigatoriamente instrumentalizados por escrito. Portanto, não há que se falar em tratado
verbal. Mais atos verbais, não significam, que não possuírem nenhum valor ou efeito
jurídicos, mais que pela Convenção de Viena, não serão considerados tratados.
• Concluído entre Estados ou organizações internacionais: os tratados só podem ser
concluídos por entes capazes de assumir direitos e obrigações no âmbito externo
(Internacional) – Pela, Convenção de Viena de 86, as organizações internacionais também
possuem capacidade para celebrar tratados, única diferença é que enquanto os Estados têm
capacidade para celebrar tratados sobre quaisquer matérias, as organizações internacionais
somente dispõem poder para a celebração de tratados relacionados às suas finalidades
precípuas.
• Regido pelo Direito Internacional: somente será considerado tratado internacional, se
determinado ato jurídico, for regido por normas de Direito Internacional, por conta disso, os
contratos internacionais, não são considerados tratados internacionais, pois não é regido pelo
Direito Internacional, mais pelo ordenamento jurídico interno de cada Estado.
• Celebrado em instrumento único ou em dois ou mais instrumentos conexos: fora o texto
principal do tratado, podem existir outros documentos que o acompanhe (ex: protocolos
adicionais e anexos).
• Ausência de denominação específica: tratado é uma expressão genérica, o que importa e os
requisitos e elementos essenciais, que configuram sua existência.

Classificação dos tratados

– Enquanto a número:
• Bilaterais: celebrados apenas entre dois sujeitos do Direito Internacional.
• Multilaterais: celebrados por mais de dois sujeitos do Direito Internacional.

– Enquanto a procedimento de conclusão:


• Sentido estrito (bifásicos): procedimento complexo, composto de duas fases
internacionalmente distintas. A primeira fase, composta pelas negociações e assinatura, a
segunda fase, composta da assinatura até a ratificação.
• Forma simplificada (monofásicos): procedimento simplificado, composto de uma única
fase, consistente na assinatura do tratado.

– Enquanto à possibilidade de adesão:


• Aberto: após a conclusão, permitem o ingresso de novos sujeitos de Direito Internacional,
que não tenha participado das negociações ou da ratificação.
• Fechado: após a conclusão, não permitem o ingresso de novos sujeitos de Direito
Internacional, posterior.

– Enquanto à natureza jurídica:


• Tratado-lei: consiste, em fixar normas gerais e abstratas de Direito Internacional Público,
objetivamente válidas para as partes contratantes, via de regra, tratados multilaterais, com
possibilidade de ingresso de outros Estados que não participaram de seu processo de
conclusão.
• Tratado-contrato: Não têm por objetivo a criação de regras gerais e abstratas, mas a
estipulação recíproca e concreta de interesses particulares com o fim comum, de dois ou
mais Estados.

– Enquanto à execução no tempo:


• Transitórios: sua execução, acontece de forma imediata, executa-se instantaneamente.
• Permanentes: sua execução, prolonga-se no tempo, não possui uma execução em tempo
determinado.

– Enquanto à estrutura de execução:


• Mutalizável: são tratados multilaterais, que caso algum ou mais partes, entre si, tenham
descumprido o tratado, não tem a capacidade de comprometer com sua execução como um
todo.
• Não mutalizável: são tratados multilaterais, que caso algum ou mais partes, tenham
descumprido o tratado, não concebem divisão em sua execução, pelo motivo que, pelo não
cumprimento de uma das partes, todas as demais sofreriam com a sua violação.

– Tratados institucionais ou constitutivos: criam organizações internacionais, criando suas


características, finalidades e formas, personalidade jurídica internacional a instituições.
Concedendo-lhes o poder de contrair direitos e assumir deveres no plano internacional (ex: a Carta
da ONU de 1945).

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