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Conceito:
- Documentos ou pronunciamentos de que emanam direitos e
deveres dos sujeitos de direito internacional (Estados e Organizações
Internacionais).
- É por meio delas que usualmente se compreende ser possível
constatar formalmente as normas do direito internacional.
Fontes do Direito Internacional
São elas:
a) as convenções internacionais (tratados), quer gerais, quer especiais, que
estabeleçam regras expressamente reconhecidas pelos estados litigantes;
b) o costume internacional, como prova de prática geral aceita como sendo
o direito;
c) os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas; e
d) excepcionalmente, as decisões judiciárias e a reflexão jurídica
desenvolvida pelos juristas mais qualificados das diferentes nações, como
meio auxiliar para a determinação das regras de direito.
Fontes do Direito Internacional
Tratado:
- ato jurídico por meio do qual se manifesta o acordo de vontades
entre dois ou mais sujeitos de direito internacional (Estado ou
Organização);
- tratado – genérico: convenção, protocolo, estatuto, declaração,
modus vivendi, compromisso, concordatas, entre outros;
- São escritos em regra, e raramente se apresentam de outra forma;
Fontes do Direito Internacional
Tratado:
- Em regra não há hierarquia entre tratados, porém se aplica o artigo 30 da
Convenção de Viena (DECRETO Nº 7.030, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2009 –
Promulgação da CV)
“Quando um tratado estipular que está subordinado a um tratado anterior
ou posterior ou que não deve ser considerado incompatível com esse outro
tratado, as disposições deste último prevalecerão. “
“Quando todas as partes no tratado anterior são igualmente partes no
tratado posterior, sem que o tratado anterior tenha cessado de vigorar ou
sem que a sua aplicação tenha sido suspensa nos termos do artigo 59, o
tratado anterior só se aplica na medida em que as suas disposições sejam
compatíveis com as do tratado posterior.”
Fontes do Direito Internacional
Tratado:
Classificação em função do número dos estados-partes:
(a) bilaterais: quando celebrados entre duas partes,
(b) plurilaterais: quando celebrados por mais de duas partes, ou
(c) multilaterais: quando celebrados por mais de duas partes, no
interior de uma organização internacional, ou mesmo
Fontes do Direito Internacional
Tratado:
Classificação em função da generalidade de suas disposições:
(a) convenções gerais: também conhecidas como convenções-quadro ou
guarda-chuva: as quais estabelecem normas e princípios gerais que
serão detalhados posteriormente por meio de tratados internacionais
específicos, por meio de protocolos adicionais ou mesmo por meio de
legislação interna; geralmente são utilizados em situações de difícil
consenso político entre as partes (meio ambiente, saúde, minorias,
entre outros);
(b) convenções específicas: as quais adotam de forma detalhada normas
jurídicas específicas sobre o tema regulado, com o objetivo de esgotar
em seu próprio instrumento tal regulação;
Fontes do Direito Internacional
Tratado:
Classificação em função da natureza jurídica das normas que foram
consolidadas no tratado;
(a) da imperatividade da norma, o tratado internacional pode ser
- de direito dispositivo: os quais adotam normas que podem ser
derrogadas por meio de tratado posterior, ou
- de direito cogente: os quais adotam normas sobre matérias que, por
sua natureza, não comportariam derrogação – só podem ser
modificadas por outras normas de natureza equivalente;
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Tratado:
Classificação em função da natureza jurídica das normas que foram
consolidadas no tratado;
(b) do tipo de interesse juridicamente regulado:
- tratados-contratos, os quais regulam interesses recíprocos dos
estados, geralmente de caráter bilateral;
- tratados-leis ou tratados-normativos, os quais fixam normas de
direito internacional geral (interesse geral).
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c) consentimento mútuo:
O tratado é acordo de vontades e, como tal, a adoção de seu texto
efetua-se pelo consentimento de todos os estados que participam na
sua elaboração.
No caso dos tratados multilaterais, negociados numa conferência
internacional, a adoção do texto efetua-se pela maioria de dois terços
dos estados presentes e votantes, a não ser que, pela mesma maioria,
decidam adotar regra diversa.
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Tratado: interpretação
- todo tratado deve ser interpretado de boa-fé;
- “não é permitido interpretar o que não tem necessidade de
interpretação”;
- “tratado deve ser interpretado de boa-fé, segundo o sentido comum
atribuível aos termos do tratado em seu contexto e à luz de seu
objeto e finalidade”
- Os tratados devem ser interpretados como um todo, cujas partes se
completam umas às outras. Um termo será entendido em sentido
especial se estiver estabelecido que essa era a intenção das partes;
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Tratado: interpretação
- Se num tratado bilateral redigido em duas línguas houver
discrepância entre os dois textos que fazem fé, cada parte contratante
é obrigada apenas pelo texto em sua própria língua, salvo disposição
expressa em contrário. Com o objetivo de evitar semelhantes
discrepâncias é comum a escolha de terceira língua que fará fé.
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