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OS TRATADOS INTERNACIONAIS
DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
É PRECISO AGIR Bertold Brecht (1898-1956)
Não gera efeitos a simples assinatura de um tratado se não for referendado pelo
Congresso Nacional, já que o Poder Executivo só pode promover a ratificação depois de
aprovado o
tratado pelo Congresso Nacional. Há, portanto, dois atos completamente distintos: a
aprovação do tratado pelo Congresso Nacional, por meio de um decreto legislativo, e a
ratificação pelo Presidente da República, seguida da troca ou depósito do
instrumento de ratificação. Assim, celebrado por representante do
Poder Executivo, aprovado pelo Congresso Nacional e, por fim, ratificado pelo Presidente
da República, passa o tratado a produzir efeitos jurídicos.
A respeito dessa sistemática constitucional acerca do poder de
celebrar tratados, observa Louis Henkin: “Com efeito, o poder de
celebrar tratados — como é concebido e como de fato se opera — é
uma autêntica expressão do constitucionalismo; claramente ele
estabelece a sistemática de ‘checks and balances’. Ao atribuir o
poder de celebrar tratados ao Presidente, mas apenas mediante o
referendo do Legislativo, busca-se limitar e descentralizar o poder de
celebrar tratados, prevenindo o abuso desse poder.
O Pacto de San José da Costa Rica admite de forma excepcional a prisão civil por
inadimplemento de a obrigação alimentar, e é omisso quanto à prisão civil do
depositário infiel, permitida pela Constituição Federal de 1988.