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DEZEMBRO/2022
1. OBJETO
Contratação de consultoria individual para elaboração do Plano Estadual de Políticas Públicas para
Mulheres no âmbito do Programa Integrado de Prevenção e Redução de Violência do Estado do
Ceará - PReVio.
2. EXECUTOR
Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos - SPS
3. CONTEXTO
O Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência – PReVio, financiado pelo Banco
Interamericano de Desenvolvimento – BID, nos termos da Lei n°17.272/2020, foi estruturado a
partir das ações do Pacto por um Ceará Pacífico, que tem atuação articulada, integrada e
compartilhada dos órgãos e entidades públicas estaduais, municipais e federais, e da sociedade civil.
Para coordenar o PReVio, incluindo planejamentos financeiro e de compras, bem como
acompanhamento técnico dos resultados, foi instituída a Unidade de Gerenciamento de Projeto
(UGP), vinculada diretamente à Assessoria Especial da Vice-Governadoria (ViceGov), de acordo
com o Decreto Estadual n° 34.035, de 14 de abril de 2021.
O escopo do PReVio é formado por projetos e ações que têm como objetivo geral contribuir para a
redução e prevenção de crimes violentos no estado do Ceará. E como objetivos específicos:
promover a qualidade dos serviços de prevenção da violência, focados em jovens e grupos
vulneráveis, em municípios priorizados; aumentar a capacidade de prevenção e investigação
policial, principalmente na cidade de Fortaleza; melhorar a qualidade dos serviços de reabilitação de
adolescentes em conflito com a lei.
O PReVio estrutura-se em quatro componentes, descritos a seguir: Componente 1 – Prevenção à
Violência juvenil e de gênero; Componente 2 – Prevenção e investigação policial; Componente 3 –
Fortalecimento do sistema de medidas socioeducativas; Componente 4 – Administração do
Programa.
Cabe aqui explicar que a configuração do PReVio dá-se de maneira interinstitucional, assim sendo,
a execução dos Componentes I, II e III será de responsabilidade da SPS, SSPDS e SEAS,
respectivamente, como co-executoras do Programa, mediante a conformação de Unidades de
Execução Técnica (UET) em suas sedes e a gestão e coordenação do Programa situa-se no
Componente IV, que é atribuída a referida UGP. No âmbito do Componente I, para consolidar as
ações em áreas estratégicas de atuação e documentar os compromissos assumidos pelo Estado na
implementação de políticas públicas para mulheres, o Plano Estadual apresenta-se como ferramenta
crucial, na redução da violência perpetrada contra mulheres, bem como na garantia de seus direitos,
4. JUSTIFICATIVA
Compreender o real significado da ação do Estado por meio de Políticas Públicas para Mulheres
representa um dos fatores cruciais tanto para a redução da desigualdade de gênero, como para o
combate à violência contra a mulher, problemas que afetam não apenas as mulheres, mas a
sociedade.
Registra-se que a violência contra a mulher é um dos fatores que prejudicam o ambiente doméstico,
interferindo no crescimento saudável da família e principalmente no seu desenvolvimento
intelectual e econômico.
Não há dúvidas de que o papel das mulheres no mercado de trabalho é cada vez mais central e
segue, ao longo do tempo, ganhando o espaço e o reconhecimento merecidos, sendo o combate à
violência um fator imprescindível para permitir o avanço do desenvolvimento nas regiões mais
vulneráveis.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) publicou em fevereiro de 2017, o livro
intitulado “The Costs of Crime and Violence: New Evidence and Insights in Latin America and the
Caribbean” traduzido para a língua portuguesa como “Os Custos do Crime e da Violência: novas
evidências e constatações na América Latina e Caribe”. Uma de suas autoras, Laura Jaitman1 aponta
que a violência contra a mulher (VCM) tende a ser uma forma silenciosa de violência porque a
proximidade ao agressor e a normalização desse tipo de violência em algumas sociedades fazem
com que a mulher sinta vergonha ou temor em denunciar esse tipo de crime.
O Instituto de Pesquisa Estratégica Econômica do Ceará (IPECE) divulgou no Informe Nº 209, de
março de 2022, que nos últimos dez anos ocorreu uma pressão crescente por parte das mulheres por
uma vaga no mercado de trabalho cearense, sendo oportuno salientar a importância da
implementação de políticas públicas para mulheres que reduzam a violência e possibilitem a
inserção da mulher no mercado de trabalho.
Diante de tal cenário, o desenvolvimento de um plano estadual que estabeleça diretrizes e
protocolos a serem adotados pelos interessados no combate e prevenção à violência contra mulheres
é uma ação de fundamental importância para a consecução da redução das desigualdades.
Emerge, portanto, a necessidade de dar operacionalidade ao trabalho de elaboração e implantação
do Plano Estadual de Políticas Públicas para Mulheres. O Plano constitui-se em um instrumento
integrador da legislação federal, estadual, e dos anseios da sociedade, onde as principais
beneficiárias serão as mulheres cearenses que passarão a contar com um documento que consolida
projetos, ações e programas em prol da construção de uma sociedade livre, justa e solidária com
respeito à dignidade feminina.
1
JAITMAN, Laura. Caminhos para pesquisas e ações futuras: o custo da violência contra a mulher. In: Os Custos do Crime e da Violência: novas evidências e
constatações na América Latina e Caribe. Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ano: 2017. Disponível em:
https://publications.iadb.org/publications/portuguese/document/Os-custos-do-crime-e-da-viol%C3%AAncia-Novas-evid%C3%AAncias-e-constata
%C3%A7%C3%B5es-na-Am%C3%A9rica-Latina-e-Caribe.pdf
5. OBJETIVOS
O objetivo principal é a elaboração do Plano Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres a
partir dos eixos programáticos da V Conferência Estadual de Políticas Públicas para Mulheres,
elencados de forma não-taxativa, buscando valorizar conceitos como igualdade e respeito à
diversidade, equidade, autonomia das mulheres, universalidade das políticas, justiça social,
transparência, participação e controle social.
Objetivo esse que está pautado no desenvolvimento de um plano integrado de políticas públicas
para mulheres que possa contribuir para a melhoria no atendimento e prestação de serviços
principalmente às mulheres em situação de violência ou em risco/iminência de sofrerem violência.
6.1. ATIVIDADES
I. Elaborar o Plano de Trabalho para a construção do Plano Estadual de Políticas para Mulheres;
II. Mapear as políticas públicas para mulheres, tomando como base os 10 Municípios definidos
como prioritários pelo PreVio (quais sejam: Fortaleza, Caucaia, Juazeiro do Norte, Maracanaú,
Iguatu, Itapipoca, Maranguape, Quixadá, Crato e Sobral), que representam todas as regiões do
Estado do Ceará;
III. Realizar pesquisas científicas bibliográficas sobre os eixos programáticos da V Conferência
Estadual de Políticas Públicas para Mulheres;
IV. Realizar pesquisas sobre a viabilidade da implementação do Plano Estadual de Políticas
Públicas para Mulheres nos Municípios, Órgãos Públicos, Ministério Público, Defensoria Pública,
Poder Judiciário, Sindicatos, Instituições integrantes do Sistema S e Organizações da Sociedade
Civil;
V. Realizar reuniões (virtuais ou presenciais) para a construção do Plano Estadual de Políticas
Públicas para Mulheres do Ceará;
VI. Elaborar relatórios dos eventos aos quais tenha participado para discutir o Plano Estadual de
Políticas para Mulheres;
VII. Elaborar o Plano Estadual de Políticas para Mulheres;
VIII. Realização de 01 (uma) palestra de apresentação do Plano Estadual de Políticas Públicas para
Mulheres;
6.2. PRODUTOS
A sequência de produtos a serem apresentados será a seguinte:
C) Versão Final do Plano Estadual de Políticas Públicas para Mulheres: O Plano Estadual de
Política Públicas para Mulheres deverá ser apresentado na versão escrita (impressa e eletrônica)
com dimensionamento dos trabalhos padronizado em fonte Arial 12, espaço entre linha simples,
justificado e em meio magnético ou pen drive, utilizando-se para tanto o MS Excel e o MS Word,
sendo indispensável que se adote uma postura objetiva, com clareza, simplicidade, didatismo,
integridade e coerência, com observância às diretrizes expedidas pela ABNT.
8. SELEÇÃO DO CONSULTOR
O processo seletivo será realizado em conformidade com o previsto nas Políticas para Seleção e
Contratação de Consultores Financiados pelo BID, GN 2350-15 (Consultor Individual), título V.
Serão avaliados os currículos dos Consultores Individuais interessados, verificando-se a
qualificação para a execução dos serviços objeto deste Termo de Referência, apresentando os
seguintes requisitos:
A análise da qualificação acadêmica e profissional será realizada com base no currículo fornecido
com documentação comprobatória.
Será selecionado o consultor que obtiver maior pontuação no processo de avaliação curricular,
resultante da soma dos pontos conforme quadro acima. Em caso de empate, após somatório dos
pontos obtidos, terá preferência o candidato que tiver obtido maior pontuação no item de
experiência profissional, persistindo o empate será selecionado o consultor que tiver maior idade.
8. INSUMOS
Os serviços de elaboração do plano serão realizados de forma não presencial, sem prejuízo do
necessário comparecimento à sede da SPS em Fortaleza, em caso de solicitação de sua presença
para a prestação de esclarecimentos ou outro motivo relacionado aos seus serviços. A palestra, por
sua vez, deverá ser realizada em local, data e hora definido pela contratante.
9. FORMA DE PAGAMENTO
O pagamento do Consultor Individual se dará em 04 (quatro) parcelas de acordo com a entrega dos
produtos contidos neste TDR.
Os produtos serão pagos ao Consultor após parecer e aprovação da contratante, conforme calendário
de entrega especificado abaixo:
1º Pagamento – 15% (quinze por cento) do valor da consultoria após entrega e aprovação do
produto Plano de Trabalho (6.2 A);
2º Pagamento – 45% (quarenta e cinco por cento) do valor da consultoria após entrega e aprovação
do produto Versão Preliminar do Plano Estadual de Políticas Públicas para Mulheres (6.2 B);
3º Pagamento – 30% (trinta por cento) do valor da consultoria após entrega e aprovação do produto
Versão Final do Plano Estadual de Políticas Públicas para Mulheres (6.2 C).
4º Pagamento – 10% (dez por cento) do valor da consultoria após a realização da Palestra para
Apresentação do Plano Estadual de Políticas Públicas para Mulheres (6.2 D).
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
MESES
Nº ATIVIDADE/ PRODUTOS
1 2 3 4 5
1 Apresentação do Plano de Trabalho
Versão Preliminar do Plano Estadual de
2
Políticas Públicas para Mulheres
Versão Final do Plano Estadual de Políticas
3
Públicas para Mulheres
Palestra para Apresentação do Plano Estadual
4
de Políticas Públicas para Mulheres
14. SUBCONTRATAÇÃO
Não será permitida a subcontratação dos serviços.
Elaborado por:
De Acordo