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Considerando o art. 26 da Lei Estadual nº 23.304, de 30 de maio de 2019, que institui como
competência da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE) formular, planejar,
dirigir, executar, controlar e avaliar as ações setoriais a cargo do Estado relativas à proteção, à
defesa e à reparação dos direitos humanos de públicos específicos, entre os quais crianças e ado-
lescentes, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - população LGBT -, pessoas com
deficiência, mulheres, migrantes, idosos, pessoas ameaçadas de morte, população m situação de
rua e outros grupos historicamente discriminados; à educação em direitos humanos; à promoção
de ações afirmativas e ao enfrentamento da discriminação racial contra a população negra, indí-
gena, quilombola e de comunidades tradicionais; ao enfrentamento da violência e à promoção da
autonomia das mulheres; ao enfrentamento da violência e à inclusão social e produtiva da popu-
lação jovem; às políticas transversais de governo relativas à igualdade entre mulheres e homens e
ao combate às violências, aos preconceitos de origem, raça, cor, sexo e idade e a qualquer outras
formas de discriminação;
Considerando a Lei Estadual 23.551, de 13 de janeiro de 2020, que dispõe sobre banco de
dados relativos à condição da mulher no Estado;
Considerando a Lei Estadual 22.256, de 26 de julho de 2016, que institui a política de atendi-
mento à mulher vítima de violência no Estado;
Considerando a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência);
Considerando a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, que cria mecanismos para coibir a
violência doméstica e familiar contra a mulher, que tem como diretriz a promoção de estudos e pes-
quisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia,
concernentes às causas, às consequências e à frequência da violência doméstica e familiar contra a
mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica
dos resultados das medidas adotadas e, ainda, a celebração de convênios, protocolos, ajustes,
termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre
estes e entidades não governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradi-
cação da violência doméstica e familiar contra a mulher;
Considerando a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso
e dá outras providências;
Considerando a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e
do Adolescente;
Considerando a Lei Estadual 21.966, de 11 de janeiro de 2016, que estabelece que para melhor
identificação da incidência das situações de violação de direitos, o Estado instituirá o Sistema de
Registro e Notificação de Violação de Direitos, que oferecerá aos órgãos gestores do Sistema Único
de Assistência Social informações territorializadas da ocorrência de violação de direitos, dando sub-
sídios para melhor planejamento e execução das políticas públicas de proteção social especial de
média e alta complexidades;
Considerando que a partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos os Estados mem-
bros se comprometeram a promover, em cooperação com a Organização das Nações Unidas, o
respeito universal e efetivo dos direitos do Homem e das liberdades fundamentais;
A Secretária de Estado de Desenvolvimento Social no uso de suas atribuições que lhe confere
o cargo, conforme Lei Estadual nº 23.304, de 30 de maio de 2019, em seu art. 26, e considerando as
competências desta Secretaria, RESOLVE:
CAPÍTULO I
Do Sistema Estadual de Redes em Direitos Humanos – SER-DH
Art. 1º - Fica instituído o Sistema Estadual de Redes em Direitos Humanos – SER-DH como
modelo de gestão de política pública de Direitos Humanos.
Art. 2º - O Sistema Estadual de Redes em Direitos Humanos – SER-DH terá como fundamen-
tos:
Art. 3º - O SER-DH terá como finalidade o fortalecimento, em conjunto com atores governa-
mentais e não-governamentais, da rede de proteção e promoção em direitos humanos e, como obje-
tivos:
Art. 6º - A incidência política (advocacy) da pauta de Direitos Humanos deverá ser feita a partir
da disponibilização de repositório de conteúdos qualificados em Direitos com vistas a fomentar
debates capazes de induzir deslocamentos de culturalidade para formação de juízos morais mais
inclusivos de identidades e subjetividades humanas.
CAPÍTULO II
Das ferramentas do Sistema Estadual de Redes em Direitos Humanos
II – Identificar e mapear a incidência de violências em Minas Gerais, nos níveis estadual, muni-
cipal e regional;
Art. 9º - O Portal web SER-DH terá como finalidade a promoção das pautas de Direitos Huma-
nos, a divulgação de dados abertos sobre violência e violações de Direitos Humanos cadastradas no
SIMA e a divulgação de experiências, materiais técnicos e materiais acadêmicos que fomentem as
discussões em Direitos Humanos.
CAPÍTULO III
Das parcerias
Art. 10 – As ferramentas do SER-DH poderão ser utilizadas por órgãos governamentais, não
governamentais e empresas privadas, de forma gratuita, por meio da realização de parcerias com a
Sedese.
Parágrafo primeiro: As parcerias para utilização das ferramentas do SER-DH terão processo
simplificado, regulamentado pela Sedese.
Parágrafo quarto: Serão considerados sigilosos os dados de identificação civil das pessoas
em situação de violência, os dados de identificação civil dos potenciais violadores cadastrados no
SIMA e os dados de identificação civil dos responsáveis pelos atendimentos aos casos de violência.
Parágrafo quinto: Os parceiros poderão contribuir com envio de conteúdo e obras para o
Portal SER-DH, cabendo à Sedese a avaliação e a decisão sobre a publicação.
CAPÍTULO IV
Das disposições finais
Art. 12 - Os casos omissos desta Resolução serão tratados pela Sedese, amparados nas
normas aplicáveis e nos princípios da Administração Pública.
Art. 13 - Esta resolução entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial.