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DIREITO INTERNACIONAL

Prof. Fernanda Mara Gibran Bauer


Aula 03
Direito Internacional Público: tratados e convenções
NA ÚLTIMA AULA

SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO:


• Indivíduos
• Estado
• Organizações internacionais
• Organização das Nações Unidas (ONU)
• Organização Internacional do Trabalho (OIT)
• Organização Mundial do Comércio (OMC)
• Organização Estados Americanos (OEA)
Tratados e convenções internacionais

1) Introdução
- Fonte de direito internacional
- Considerado como “fonte mais segura e concreta das relações
internacionais” (Valério Mazzuoli)
- Decorre do movimento de “codificação do direito internacional
público”
- Histórico: primeiro registro: 1280 a 1272 a.C. (Hititas (rei
Hattusil III) e o egípcios (faraó Ramsés II, da XIX dinastia) –
fim às guerras sírias
- origens em tradições costumeiras
tratados da antiguidade – baseados princípios da boa-fé,
livre consentimento e do pacta sunt servanda
Tratados e convenções internacionais

1) Introdução
- Histórico: A partir de 1815 – surgimento de tratados
multilaterais
- Início do século XX – surgimento de Organizações
Internacionais

- Conceito: São considerados tratados “[...] o meio que têm os


Estados e as organizações intergovernamentais de, a um só tempo,
acomodar seus interesses contrastantes e cooperar entre si para a
satisfação de suas necessidades comuns.” (Valério Mazuolli)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
- Principal documento: Tratado de Viena de 1969 (“Tratados sobre
Tratados”, Lei dos Tratados ou Códigos sobre Tratados) –
produzido pela Comissão de Direito Internacional da ONU
- Internalizado pelo Decreto n.º 7.030, de 14 de dezembro de 2009
- Intenção foi “codificar” os principais costumes dos Estados
relativamente aos tratados (estudos e discussões duraram 20 anos)
- Entrou em vigor somente em 27/1/1980 (atingimento do quórum
mínimo de 35 Estados ratificantes – art. 84 da Convenção)
- Representa a “codificação geral do direito costumeiro internacional
sobre tratados”
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
- Convenção regula: questões pré-negociais (capacidade de concluir
tratados e plenos poderes), processo de formação de tratados
(adoção,assinatura, ratificação, adesão, reservas, etc), entrada em vigor,
vigência, interpretação, nulidades, suspensão e extinção da execução
- Formula regras como: pacta sunt servanda (art. 26) e a vedação a
inexecução de tratados (art. 27), além rebus sic standibus (art. 62)
*** OBSERVAÇÕES: a) Não trata da questão de sucessão entre Estados
(Convenção de Viena sobre Sucessão de Estados em Matéria de Tratados
(1978))
b) Não aborda tratados entre Estados e Organismos Internacionais
(Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados entre Estados e
Organizações Internacionais ou entre Organizações Internacionais (1986))
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
- Tratado de aplicação SUPLETIVA (NÃO É SUPERIOR
HIERARQUICAMENTE SOBRE OS DEMAIS TRATADOS - ex.
“a menos que o tratado disponha de outra forma”)
- As disposições desta Convenção serão aplicadas caso o tratado
específico não disponha de outra forma

2.1) Definições:
a) O que seria um tratado?
R.: “[...] acordo internacional concluído por escrito entre Estados e
regido pelo Direito Internacional, quer conste de um instrumento
único, quer de dois ou mais instrumentos conexos, qualquer que seja
sua denominação específica.” (Art. 2º, §1º, alínea “a”)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.1) Definições:
b)“ratificação”, “aceitação”, “aprovação” e “adesão”: ato
internacional assim denominado pelo qual um Estado estabelece no
plano internacional o seu consentimento em obrigar-se por um tratado;
c)“plenos poderes”: documento expedido pela autoridade competente
de um Estado e pelo qual são designadas uma ou várias pessoas para
representar o Estado na negociação, adoção ou autenticação do texto
de um tratado, para manifestar o consentimento do Estado em obrigar-
se por um tratado ou para praticar qualquer outro ato relativo a um
tratado;
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.1) Definições:
d)“reserva”: declaração unilateral, qualquer que seja a sua redação ou
denominação, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou
aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou
modificar o efeito jurídico de certas disposições do tratado em sua
aplicação a esse Estado;
e)“Estado negociador”: Estado que participou na elaboração e na
adoção do texto do tratado;
f)“Estado contratante”: Estado que consentiu em se obrigar pelo
tratado, tenha ou não o tratado entrado em vigor;
g)“parte”: Estado que consentiu em se obrigar pelo tratado e em
relação ao qual este esteja em vigor;
h)“terceiro Estado”: Estado que não é parte no tratado;
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
***Observações sobre o conceito de “tratado”:
- I - Definição que leva em consideração apenas elementos formais
(considera tratado como instrumento de veiculação de regras
jurídicas);
- II – Acordo internacional: tratados expressam aquilo que os
negociadores internacionais ajustaram livremente e que este seja
apto a gerar efeitos jurídicos (não se trata do aspecto moral de um
acordo internacional) – Acordos de cavalheiros, memorandos de
entendimento, declarações não se enquadram como “tratados”
(porque falta o animus contrahendi)
- III – Celebrado por escrito: tratados são, essencialmente, formais,
ou seja, escritos.
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
- IV – Regido pelo Direito Internacional: para que um ato seja
considerado como tratado ele deve ser exigível internacionalmente,
ou seja, os pactuantes tem a intenção de criar uma obrigação regida
pelas regras do Direito Internacional. Caso não seja, trata-se de
um “contrato internacional” (regido pelo ordenamento jurídico
interno dos envolvidos)
- V – Celebrado em único ou mais instrumentos: são tratados os
documentos principais e aqueles que o acompanham (pactos,
protocolos adicionais, anexos), sendo produzidos no momento ou
em momentos distintos.
- VI – Não possuem denominação específica: “Tratado” é
especificação genérica, bastando que observe os requisitos
demonstrados.
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.2) Terminologia: “Tratado” é gênero!
a) Tratado: acordo internacional, bilateral ou multilateral, descrito
no art. 2º, §1º , “a”);
b) Convenção: tipo de tratado solene, multilateral, em que a vontade
dos envolvidos é paralela e uniforme; decorrem de conferências que
tratam de assuntos gerais;
c) Pacto: utilizado para nomear tratados que tem finalidade específica
(Ex.: Pacto do aço (Berlim, 1939), Pacto Internacional dos Direitos
Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos,
Sociais e Culturais (Nova York, 1966)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.2) Terminologia: “Tratado” é gênero!
d) Acordo: tratados de natureza econômica, financeira, comercial,
científica ou cultural, bilaterais ou multilaterais (com poucos
participantes). Ex.: GATT - Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio
e) Carta: instrumentos constitutivos de organizações internacionais
ou tratados internacionais que estabelecem direitos e deveres dos
Estados-partes. Ex.: Carta de São Franscisco (1945)
f) Protocolo: identifica resultados de uma conferência diplomática ou
para identificar acordos subsidiários (complementam) tratados. Ex.
Protocolo de Kyoto (1997)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.3) Estrutura dos tratados
a) título: indicam a matéria ou assunto por ele tratado;
b) preâmbulo: indica os contratantes e os motivos/finalidades que
levaram a negociar o tratado (servem como elementos de interpretação
e não tem força obrigatória)
c) Articulado (ou dispositivos): é a parte jurídica do tratado; são as
cláusulas ou o texto de um tratado; geram a obrigatoriedade jurídica;
abrangem: o corpo do tratado e as cláusulas finais (ratificação e troca
de instrumentos, entrada em vigor, vigência, adesão, revisão, etc)
d) fecho: especificação de local e data, idioma e número de
exemplares originais;
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.3) Estrutura dos tratados
e) Assinaturas (chefe de Estados, Ministro de Relações Exteriores ou
de outra autoridade nomeada)

2.4) Classificação dos tratados


a) Quanto ao número de partes: bilaterais ou multilaterais
Bilaterais: entre duas partes ou vencido e vencedor; Estados, Estados
x OI e Ois (Ex.: Tratado de Versalhes – 1919); idioma: os contratantes
Multilaterais: celebrados entre mais de duas partes.
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.4) Classificação dos tratados
a) Quanto ao número de partes:
Multilaterais:
“novidades” => Tratado “guarda-chuva” (traçam “linhas mestras”
e demandam complementação por outros tratados (Ex.: Tratado da
Antártica (1959) complementado por outras duas convenções))
Convenção-moldura (estabelece grandes bases jurídicas de um
acordo, direitos e deveres, deixando a regulamentação para um
momento posterior, através de anexos ou apêndices) – Ex.:
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(1992)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.4) Classificação dos tratados
a) Quanto ao número de partes:
Multilaterais:
“novidades” => Tratado “guarda-chuva” (traçam “linhas mestras”
e demandam complementação por outros tratados (Ex.: Tratado da
Antártica (1959) complementado por outras duas convenções))
Convenção-moldura (estabelece grandes bases jurídicas de um
acordo, direitos e deveres, deixando a regulamentação para um
momento posterior, através de anexos ou apêndices) – Ex.:
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
(1992)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.4) Classificação dos tratados
b) Quanto a natureza jurídica: tratados-lei e tratados-contrato
Tratados-lei: visam fixar normas gerais e abstratas de direito
internacional público;
envolvem grande número de Estados
impõem às partes obrigação fruto dos acordos (pacta sunt
servanda)
obrigam somente os Estados-contratantes
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.4) Classificação dos tratados
b) Quanto a natureza jurídica: tratados-lei e tratados-contrato
Tratados-contratos: são aqueles que resultam de um negócio jurídico
são ajustes de convenções recíprocas entre os Estados
c) Quanto a possibilidade de adesão: abertos e fechados
Abertos: Estados que não participaram das fases de formação dos documentos
aderirem posteriormente (Ex.: Declaração de Paris – 1856)
Podem ser: adesão limitada (adesão posterior admitida
somente a um grupo de Estados – critérios regionais, p.
ex.) – Ex.: Tratado de Assunção (Mercosul) – ALADI
adesão ilimitada (não estabelecem critérios para
adesão) – Ex.: Convenção contra tortura e outros
tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes
(1984)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.4) Classificação dos tratados
c) Quanto a possibilidade de adesão: abertos e fechados
Abertos: Estados que não participaram das fases de formação dos
documentos aderirem posteriormente (Ex.: Declaração de Paris – 1856)
Podem ser: condicionados (impõe o atendimento de
alguma condição pelo Estado interessado) - Ex.:
Carta da ONU (art. 4º - “amantes da paz que
aceitarem as condições)
incondicionados (não estabelecem condição
alguma para adesão)
Fechados: são aqueles que não permite adesão posterior (Ex.: Tratado de
Cooperação Amazônica)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.4) Classificação dos tratados
d) Quanto ao procedimento utilizado para conclusão: unifásico ou
bifásico
Fases: negociação e assinatura (fase internacional)
aprovação parlamentar e promulgação (fase interna)

Bifásico: momento internacional: negociações e assinatura e assinatura


e ratificação/depósito
momento interno: aprovação pelo legislativo e promulgação
interna

Unifásico: basta apenas uma fase para vigência e validade do tratado


basta apenas a assinatura do tratado
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.5) Processo de formação dos tratados
- Tratados e convenções internacionais são ATOS SOLENES
(necessitam observar formalidades)
- Não consta previsão específica na Convenção de Viena de 1969
- Fases: a) negociações e assinatura (fase internacional)
- b) aprovação parlamentar (fase interna)
- c) depósito (fase internacional)
- d) promulgação ou publicação do texto (fase interna)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.5) Processo de formação dos tratados
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.5) Processo de formação dos tratados
Efeito: integram o ordenamento jurídico interno produzindo todos os efeitos (revogam
ou alteram normas ou inovam)
***Obs.: Tratados internacionais de direitos humanos (art. 5º, §3º CF)
Para serem válidos precisam: agentes capazes, pessoas com poderes para
tanto, mútuo consentimento e objeto lícito e materialmente possível.
a) agentes capazes: todos os Estados tem capacidade para elaborar tratados
(art. 6º Conv. Viena 69) e Organizações Internacionais (Conv. Viena 1986)
b) pessoas capazes: agentes plenipotenciários, Min. Relações Exteriores ou
Chefe de Estado (art. 84, inc VII e VIII CF)
c) mútuo consentimento (decorre dos acordos para chegar a tal fim)
d) objeto lícito (concordância com os termos da legislação internacional e
interna)
Tratados e convenções internacionais

2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969


2.5) Processo de formação dos tratados
Fases internacionais (negociações):
a) Negociações preliminares: atos iniciais
Brasil: chefe do Executivo ou Min. Rel. Ext. ou por
agentes plenipotenciários
Encerrada a negociação => adoção do texto)
b) Adoção do texto: ato jurídico que chancela a fase de negociação/comum
acordo – art. 9º, §§1º e 2º Conv. Viena 1969
A depender das exigência do tratado => cláusulas
finais começam a produzir efeitos
Tratados e convenções internacionais

2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969


2.5) Processo de formação dos tratados
Fases internacionais:
c) autenticação: art. 10 Conv. Viena 1969
ato que torna o texto do documento definitivo e autêntico
Formalidade exigida
d) Assinatura: é o último ato da primeira fase
é um aceite, precário (porque necessita de outros atos) e formal
(para dizer que o documento não contém vícios);
Vincula juridicamente os Estados quanto ao texto autenticado (art.
12)
Importa na obrigação do Estado em não praticar atos contrários
ao que está no tratado (art. 12)
Tratados e convenções internacionais

2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969


2.5) Processo de formação dos tratados
Fases internacionais (ratificação):
a) ratificação: assinatura, sozinha, não gera engajamento definitivo do Estado
ocorre após a assinatura e antes do referendo parlamentar
“Ratificação é o ato pelo qual a autoridade nacional competente
informa às autoridades correspondentes dos Estados cujos
plenipotenciários concluíram, com os seus, um projeto de tratado, a
aprovação que dá a este projeto e que o faz doravante um tratado
obrigatório para o Estado que esta autoridade encarna nas relações
internacionais” (José Sette Câmara)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.5) Processo de formação dos tratados
Fases internacionais (ratificação):
a) ratificação: fase em que os tratados internacionais, assinados pelos Estados, se
tornam obrigatórios
Art. 14, §§1º e 2º e art. 16 (depósito) Conv. Viena 1969
b) Adesão: art. 15 Conv. Viena 1969

*** Reservas: art. 2º, § 1º, alínea d, de Viena de 1969, define a reserva como sendo
“uma declaração unilateral, qualquer que seja o seu enunciado ou
denominação, feita por um Estado ao assinar, ratificar, aceitar ou
aprovar um tratado, ou a ele aderir, com o objetivo de excluir ou
modificar os efeitos jurídicos de certas disposições do tratado em sua
aplicação a esse Estado”
Efeitos: o Estado se desonera de cumprir determinadas obrigações
***Denúncia: Ato em que o Estado informa que não cumprirá mais o tratado
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.7) Entrada em vigor e vigência dos tratados
Entrada em vigor: Art. 24 regulará as situações
Aplicação no tempo: Efeitos para o futuro (art. 28 Conv. Viena 1969)
Aplicação no espaço: Art. 29 (em todo território do Estado, salvo ressalvas ou
reservas)

2.8) Interpretação dos tratados (art. 31 a 33 Conv. Viena 69)


Regra geral (art. 31, §1º): o ponto de partida é o texto da convenção
a partir daí, pacta sunt servanda e boa-fé (compromisso de respeito e fidelidade
por parte de quem tem a ação questionada)
palavras do texto interpretadas em seu sentido usual (quando da elaboração do
documento)
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.8) Interpretação dos tratados (art. 31 a 33 Conv. Viena 69)
Exceções (art. 31, §4º): Quando a interpretação for contrária ao conteúdo do tratado
e, a partir daí, em consonância com preâmbulo e seus anexos)
Meios suplementares (art. 32) quando resultar em interpretação dúbia ou contraditória
Duas ou mais línguas (art. 33, §1º e §2º (para tratados bilaterais))

2.9) Vícios de consentimento e nulidade dos tratados


Anulabilidade do consentimento (artigos 46 a 50 Conv. Viena):
- Governo manifesta sua concordância sem o respaldo de seu direito interno
- Erro (art. 48, §§ 1º e 2º), dolo (art. 49)
- Corrupção de um representante de um Estado (art. 50)
- Efeitos ex nunc
Tratados e convenções internacionais
2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969
2.9) Vícios de consentimento e nulidade dos tratados
Nulidade do consentimento (art. 51): consentimento obtido por coação
Nulidade dos tratados (artigos 52 e 53): ameaça de emprego de força e conflito com
tratado posterior
Efeitos ex tunc

Soluções: Art. 46 Conv. Viena 1969

2.10) Extinção dos tratados


Vontade comum das partes, causas extrínsecas (impossibilidade superveniente, por
exemplo) ou vontade unilateral (denúncia)
Tratados e convenções internacionais

2) Convenção de Viena sobre direitos dos Tratados de 1969


2.10) Extinção dos tratados
Vontade comum das partes, causas extrínsecas (impossibilidade superveniente, por
exemplo) ou vontade unilateral (denúncia)

Denúncia: ato unilateral de um Estado em deixar o compromisso internacional


tratado bilateral: gera extinção do tratado
Não se admite denúncia de parte do tratado (art. 44, §1º)
Tipos: em tratados que preveem possibilidade
em tratados que não preveem (art. 56)
Efeitos: art. 56, §2º (prazo de acomodação)
REFERÊNCIAS:

SLIDES DO PROFESSOR RODRIGO


PRÓXIMA AULA:

Conflitos e cortes internacionais


Obrigada!

E-mail: fernandamaragibranbauer@gmail.com

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