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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

AULA 1 - 17/08/2016
Histórico e Fundamentos - Definição de Fontes de DIP / Tratados
e
AULA 2 - 20/08/2016
Fontes de DIP: Tratados

SOARES, Guido, 2004, p. 21-34.

(...)

(segunda parte da aula)

(Ver) FERRAJOLI - A soberania no mundo moderno


(Ver) Direito Internacional Clássico (1819)

- Liga das Nações - fim da diplomacia secreta


20 anos depois - II GM
- Direito Internacional: proibição das guerras
- Direito Internacional Contemporâneo
- Entidades autônomas - Plano das Ideias
- Texto dos tratados
- Tratado Idealista
- Solução de controvérsias
- 1989
- …
- História das ideias
- Hugo Grotius
- Qual o fundamento do Direito Internacional
- Obrigatoriedade do Direito

DIP =
- VOLUNTARISMO vs. OBJETIVISMO (correntes)
- concordou com a norma jurídica, vontade do Estado, obrigatoriedade
do Direito
- Contexto político, econômico e social
- Voluntarismo = DI Clássico (ver), vontade do Estado de obedecer
- Objetivismo = existe algo acima da vontade dos Estados; não depende do
subjetivismo; existe algo que os obriga a cumprir a norma
- Definição:
CELSO MELLO (p. 47; 71) O direito é manifestação da vida social, uma vez
constituído, passa a ser um dos fatores que a condicionam e a modificam. Em
consequência, a sociedade é ao mesmo tempo um fenômeno social e jurídico. DIP é
o conjunto de normas que regula as relações externas dos atores que compõem a
sociedade internacional.

Fontes de DIP: Tratados

- DIP Clássico
- Fontes e Sujeitos de DIP
- Fontes materiais = Não irá ser estudado (tema filosófico)
- Fontes formais
- Direito Interno = Constituição, Estatutos, Portarias, … = Fundamento de
validade de todo o resto = onde todas as fontes de direito teriam sua validade
- Estatuto da Corte Internacional de Justiça

- Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados


Adotada em 23/05/1969, em Viena.
Entrou em vigor em 27/01/1980, 30 dias após o depósito do 30º instrumento de
ratificação.
Promulgada no Brasil pelo Decreto nº 7.030 de 04/12/2003.
- O Tratado de Tordesilhas é anterior à noção de DIP.
--------------------
(Aula 2)

- Common Law - resultado de um direito não escrito.


- Civil Law
- TRATADO = PRINCIPAL FONTE DE DIP = FONTE ESCRITA = ALGO
SEGURO
- FONTE NÃO-ESCRITAS = … DOS COSTUMES (COSTUME
INTERNACIONAL [?] = DIREITO CONSUETUDINÁRIO [?]
- 2 (dois) tratados do mesmo assunto - se aceita o mais recente - lei especial
derroga lei geral
- Os Estados precisam concordar com a jurisdição da Corte - Tribunal
Internacional

Artigo 2º , a, da Convenção de Viena


“TRATADO” significa um acordo internacional celebrado por escrito entre Estados e
regido pelo DI, que conste de um instrumento único, que de dois ou mais
instrumentos conexos, qualquer que seja sua denominação particular.
● A Coca-Cola não firma Tratados (somente sujeitos de DIP - Estados e OIs
[?])

Instrumentos:
- Anexos são tratados também, mesmo valor jurídico, não importa se está
fragmentada
- Denominação particular - precisa ter os requisitos necessários, conforme o
conteúdo, tema, matéria (Tratado, Acordo, Protocolo, Estatuto).
- Econômico, financeiro e comercial = ACORDO
- PROTOCOLO =
- TRATADO DE DH = Convenção…
- CARTA = constituem instituição - Carta da OEA, Carta da ONU
- PACTO =
- ESTATUTO = Tribunal...

- Classificação doutrinária
- Número de partes = bilateral, multilateral
- Tratado aberto = podem fazer parte diversos membros…
- Tratado fechado = Mercosul, instituído para criar um mercado comum do sul,
do Conesul
(...)

AULA 3 - 24/08/2016
Fontes de DIP: Tratados

BARBOZA, 2008, p. 87-143.

REZEK, 2006, p. 9-115 (capítulo I - O tratado internacional).

Sobre tratados-quadro e tratado guarda-chuva: SOARES, 2004, p. 62-64.

CANAL-FORGUES, Éric; RAMBAUD, Patrick. Droit international public. Paris: Éditions Flammarion,
2007, p. 5-54; p.80-104.

*Continuação (final)

Após a leitura do tratado internacional, responda as questões: *Respondido


1. Qual é a denominação do tratado e qual a data da sua assinatura?
2. Com relação à forma, trata-se de um tratado bilateral ou multilateral?
3. Qual é o objeto do tratado?
4. Quem é o depositário do tratado?
5. De que forma o tratado entra em vigor internacionalmente?
6. O tratado estabelece prazo para sua vigência?
7. Há possibilidade de uma parte formular reserva ao tratado?
8. O tratado dispõe sobre a possibilidade de uma parte propor emenda?
9. Há cláusula de denúncia?

Tratado Internacional:
DECRETO Nº 30.822, DE 6 DE MAIO DE 1952
CONVENÇÃO PARA A PREVENCÃO E A REPRESSÃO DO CRIME DE
GENOCÍDIO
Link:
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1950-1959/decreto-30822-6-maio-1952-3
39476-publicacaooriginal-1-pe.html

AULA 4 - 31/08/2016
Fontes
Fontes de DIP: Costumes e Princípios. Decisões de organizações e soft law.
Relações entre o direito interno e o Direito Internacional.

AKEHURST, 1985, p. 29-52.

BARBOZA, 2008, p. 145-158.

AULA 5 - 14/09/2016
Sujeitos
Sujeitos de DIP - Estados: elementos, nascimento, reconhecimento, extinção e
sucessão, direitos e deveres.

AULA 6 - 21/09/2016
Estado
Estado: responsabilidade; privilégios e imunidades.

AULA 7 - 28/09/2016
Domínios do Estado
Domínio terrestre, aéreo e extra-atmosférico.
Domínio marítimo e fluvial.

- Domínios: Terrestre, aéreo, fluvial e marítimo


- Facetas de exercício do poder do Estado
- Domínio, pessoas do Estado = nacionalidade
- Domínio marítimo = direito internacional do mar
- Domínio aéreo = poder que os Estados exercem acima do seu território
- Poder estatal, da propriedade do Estado
- Território, governo população…
- Domínio terrestre = parcela do território que pertence ao Estado, onde exerce
a sua jurisdição = competência, poder
- Sobre o território, o Estado exerce jurisdição - detém uma série de
competências para atuar com autoridade - geral (o Estado exerce no seu
domínio territorial todas as competências de ordem legislativa, administrativa
e jurisdicional) e exclusiva (no exercício de tais competências, o Estado local
não enfrenta a concorrência de qualquer outra soberania). Inclui o espaço
terrestre, as águas interiores, o mar territorial, espaço aéreo. (REZEK, p.
161-162)

Domínio Aéreo
- Convenção de Chicago de 07/12/1944
- Criação do ICAO (OACI) - Organização da Aviação Civil Internacional
- Artículo 1 - “los estados contratantes reconocen que todo Estado tiene
soberanía plena y exclusiva en el espacio aéreo situado sobre su territorio”
- Estabelece “standards e práticas recomendadas - SARPs
- 3 liberdades: liberdades gerais; liberdade técnica ou elementar - direito de
sobrevoo, direito de escala; técnica para reparações
- Ambas gratuitas, não depende de nenhuma liberdade, acordo entre os
Estados
- Liberdades comerciais: direito de embarcar/desembarcar no Estado
contratante, passageiros, mercadorias e correio, com o destino ou
proveniente do Estado de nacionalidade da aeronave; direito de embarcar e
desembarcar mercadorias, passageiros e correio com destino ou proveniente
do território de qualquer Estado contratante
Outras normas
- Protocolo de Montreal sobre a Interceptação de Aeronaves, 1994
- Convenção sobre Crimes Cometidos a Bordo de Aeronaves, 1963
- Convenção de Haia sobre Sequestro de Aeronaves

Espaço Extra-atmosférico
- Limite: camada atmosférica
- Teorias: res nullus vs. res comunnis
- Tratados sobre os princípios reguladores das atividade dos Estados na
exploração do uso do espaço cósmico, inclusive a Lua e demais corpos
celestes, 1967:
- Exploração e utilização do espaço exterior para fins pacíficos
(...)

Domínio Fluvial
- Rio São Francisco, rio da integração nacional
- Rios sucessivos e rios contínuos/contíguos [?]

Domínio Marítimo
- Convenção de Montego Bay sobre o Direito do Mar, 1982
- Mar Territorial, Zona Contígua, Zona Econômica Contígua, Alto Mar,
Plataforma Continental
- Mar Territorial: considerado como território do Estado, o Estado exerce
plena soberania, 12 milhas marítimas contadas a partir da costa
terrestre
- Zona Contígua: + 12 milhas marítimas, zona/faixa intermediária; onde
o Estado pode exercer algumas competências, é uma faixa de mar
que não está sob a soberania do Estado, pode o Estado fiscalizar a
respeito da legislação aduaneira
- Zona Econômica Exclusiva: abrange desde a costa 200 milhas
marítimas, sob as quais o Estado brasileiro ou o Estado da costa tem a
exclusividade de exploração
- Alto Mar: “terra de ninguém”, liberdade de… [?]
- Plataforma Continental: diz respeito não ao mar, mas a um leito
marinho, numa visão vertical/corte vertical, deste plano, do fundo
marinho. A plataforma continental é o prolongamento natural até o
momento que encontra o fundo marinho, essa parte de terra, elemento
importante nessa questão de domínios, extensão jurídica de até 15
milhas marítimas, exploração exclusiva do Estado marítimo até esse
limite. Continuação do continente embaixo do mar, com recursos
minerais e biológicos.

Privilégios e Imunidades
- Direito de Legação ativo e passivo
- Há 3 espécies de representações: missão diplomática, repartição consular e
delegação permanente perantes OIs
- Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas assinada em 18.04.1961,
em vigor internacional a partir de 24.04.1964 - promulgada no Brasil pelo
decreto nº 56.435 de 08.06.1964
- Convenção de Viena sobre Relações Consulares, assinada em 25.04.1963,
em vigor internacional a partir de 10.03.1967 - promulgada no Brasil pelo
decreto nº 61.078 de 16.06.1967
ATIVIDADE
Identificar na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas

- Funções das missões diplomáticas


- Classificação das pessoas relacionadas com a missão diplomática
- Privilégios, imunidades e exceções
- Possibilidade de renúncia

AULA 8 - 05/10/2016
Primeira prova escrita

AULA 9 - 19/10/2016
Indivíduo e o Estado
Nacionalidade
Condição jurídica do estrangeiro
Asilo e refúgio

SOARES, Guido, 2004, p. 335-405

Filmes: O Sol da Meia Noite

- Dimensão do Estado - Território - População = o que define é a nacionalidade


que há dentro de um Estado
- Nacionalidade: é o que faz com que um indivíduo seja considerado ligado a
uma determinada população, com características de indivíduo nacional
- Vínculo político e jurídico, é o que une o indivíduo ao Estado
- A constituição é o que estabelece quem é nacional, além de outras funções,
que faz com que o indivíduo seja membro da comunidade constitutiva da
dimensão pessoal do Estado

Regras gerais a respeito da nacionalidade


- Todo indivíduo tem direito a uma nacionalidade
- A nacionalidade deve obedecer ao princípio do efetividade: deve haver laços
sociais efetivos entre o indivíduo e o Estado (caso Nottebohm)
- Dois critérios: jus soli e jus sanguinis
- Exclui-se da nacionalidade originária por jus soli os filhos de agentes de
Estado estrangeiros
- Proibição de banimento (expulsão de nacional)
- Estado tem liberdade para as regras
- Nacionalidade pode ser: originária (primária) ou adquirida (secundária)
- Apatridia e Polipatridia (ver)
- Apatridia - Sem pátria

Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH)


Artigo 15
1. Todo homem tem direito a uma nacionalidade.
2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de
nacionalidade.

Convenção Americana de Direitos Humanos (1969)


(Pacto de San José da Costa Rica)
Artigo 20 - Direito à nacionalidade
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade.
2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado em cujo território houver nascido, se não tiver
direito a outra.
3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua nacionalidade, nem do direito de mudá-la.
Disponível em: http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/sanjose.htm

- Jus solis, “direito de solo” (Nasceu em território brasileiro, naturalizado


brasileiro
- Jus sanguinis, “direito de sangue”, de descendência
Ex: Nacionalidade brasileira

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988


Artigo 12 - São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de
língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.
(...)

Condição jurídica do estrangeiro


- Nenhum Estado é obrigado a admitir estrangeiros em seu território
- O estrangeiro goza de direitos básicos
- No Brasil, a lei 6.815/1980
- Permissão para entrar no país = visto de entrada
+ Estatuto do estrangeiro (ver)
Deportação
- Exclusão de estrangeiro do território nacional
- Entrada irregular ou estada que se tornou irregular
- Não impede o retorno

Lei Brasileira nº 6.815, de 19 de agosto de 1980


Artigo 57 - Nos casos de entrada ou estada irregular de estrangeiro, se este não se retirar
voluntariamente do território nacional no prazo fixado em Regulamento, será promovida sua
deportação.

Expulsão
- Iniciativa do próprio Estado na qual o estrangeiro se encontra
- Para o estrangeiro que atenta contra a segurança nacional, a ordem jurídica
ou social, a tranquilidade ou a moralidade pública e a economia popular,
assim como aqueles cujas atitudes o tornam nocivo.
(...)

Artigo 65 (???)
Artigo 66 (???)
Artigo 75 (???)
* Do que?

Extradição
(Entrega do indivíduo)
- Fundamenta-se em tratado ou promessa de reciprocidade
- Entrega para outro Estado para que o estrangeiro para que o estrangeiro
responda o processo penal ou cumpra pena
- Princípios da identidade, especialidade, territorialidade, da lei penal
- Não pode ser concedida se se tratar de crime político ou de opinião; se
houver tribunal de exceção
- Não se extradita nacional, exceto se o fato for anterior à aquisição da
nacionalidade; ou se depois da naturalização, o estrangeiro estiver envolvido
com tráfico ilícito de entorpecentes ou drogas afins.
+ Não se extradita nacional… banimento, a não ser que seja
naturalizada e se o é anterior à naturalização

Artigo 76 (???)
Artigo 77 (???)
* Do que?

Asilo político
- Asilo territorial e asilo diplomático
- Caso de Víctor Raúl Haya de la Torre
- Pessoas perseguidas por motivo político, não cabe se for suspeita de ter
cometido crime contra a Paz, crime de guerra ou contra a humanidade
- É ato pacífico e humanitário
- Faculdade do Estado
- Convenção sobre Asilo Diplomático e Convenção sobre Asilo Territorial,
Caracas, 1954 (âmbito americano, interamericano)

Refúgio
- Desenvolvimento após a II GM
- Criado o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
(ACNUR), 1949
- Convenção relativa ao Estatuto de Refugiados (1951)
+ Mais Informações:
http://www.acnur.org/portugues/informacao-geral/o-que-e-a-convencao-de-1951/
+ Disponível em:
http://www.acnur.org/t3/fileadmin/Documentos/portugues/BDL/Convencao_relativa_a
o_Estatuto_dos_Refugiados.pdf

AULA 10 - 26/10/2016
Organizações Internacionais
Organizações Internacionais como sujeitos de DIP
Organização das Nações Unidas

Filmes: Lawrence da Arábia (1963)


Exodus
Barão Vermelho
A Informante

- Dois sujeitos principais:


- Estados, sujeitos primários
- Organizações Internacionais, sujeitos secundários ou mediatos
- Personalidade jurídica - Ser passível de obrigações e sujeito de obrigações
- No DIP: Os Estados e as OI’s
- Por tribunais internacionais - Estados e OI’s majoritariamente participam.
Alguns tribunais específicos dão espaço para sujeitos

Organizações Internacionais: De 1ª, 2ª e 3ª Geração


- Primeira Geração: OI’s que surgiram no século XIX, quando os Estados se
organizavam para determinados assuntos técnicos/administrativos. Ex: OIT,
Comissão Internacional do Reno, Comissão Internacional do Danúbio
- Segunda Geração: Surgem com a primeira organização da Liga das Nações
(1919), junto com o Tratado de Versalhes. Tem funções de maior amplitude.
Ex: a ONU
- Terceira Geração: OI’s com propósito de Integração Econômica.
Transferência de responsabilidades estatais para OI’s. Ex: UE
OBS: Não vale para o Mercosul pois na UE há supranacionalidade. Onde há
decisões da OI, se impõe nos Estados mesmo contra a vontade

Conceito de Organizações Internacionais


“Trata-se de uma sociedade entre Estados, constituídas através de um tratado, com
a finalidade de buscar interesses comuns através de uma permanente cooperação
entre seus membros.” (SEITENFUS, Ricardo)

Características das Organizações Internacionais


(Composição Interestatal)
- Base jurídica convencional
- Permanência
- Órgãos próprios e funcionários
- Autonomia

Classificação
- Quanto aos fins: Gerais (ONU) ou específicos (União Postal Universal)
- Quanto à abrangência territorial: de vocação universal (ONU), de vocação
regional (Mercosul, base territorial restrita)
- Quanto à estrutura: Organizações de coordenação ou cooperação
(Mercosul), Organização de Integração (UE)

Personalidade jurídica nos ordenamentos internos


- Pessoas jurídicas estrangeiras - A OI tem personalidade jurídica dentro do
Estado-nação
- Disposições dos tratados constitutivos
- Convênios particulares
- Acordos de sede
- Limitação do princípio da especialidade

Carta das Nações Unidas


Artigo 104 - A Organização gozará, no território de cada um de seus Membros, da capacidade
jurídica necessária ao exercício de suas funções e à realização de seus propósitos.

Personalidade jurídica de direito internacional


- Capacidade de atuar na esfera internacional
- Limitada pelo princípio da especialidade
+ Caso Folke Bernadotte (ver parecer da CIJ de 1949)
+ Ver mais sobre personalidade jurídica
+ Personalidade jurídica do Mercosul é restrita às competências que foram
estabelecidas pelos Estados-membros, as OI’s só têm personalidade jurídica
para fazer o que é necessário para alcançar seus objetivos - diferentemente
dos Estados-nação
+ OPEP - restrita a regulamentação do mercado de petróleo (não delibera
sobre Direitos Humanos, Direitos da Criança e do Adolescente,
desenvolvimento econômico, por exemplo.

Manifestação da personalidade jurídica da Organização Internacional


- Direito de celebrar Tratados - Convenção de Viena sobre Direitos dos
Tratados entre Estados e Organizações Internacionais ou entre
Organizações Internacionais (1986)
+ Disponível em: http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1427770.pdf

Artigo 6 - Capacidade das organizações internacionais para concluir tratados


A capacidade de uma organização internacional para concluir tratados é regida pelas regras da
organização.

Artigo 2 - Expressões empregadas


1. Para os fins da presente Convenção:
j) "regras da organização" significam, especialmente, os atos constitutivos, decisões e resoluções
adotadas de acordo com eles, e o procedimento vigente da organização.

- Direito de estabelecer relações internacionais


- Direito de participar de procedimentos de solução de controvérsias
- A OI e o Estado podem figurar no mesmo espaço para solução de
controvérsias
- Dotada de privilégios e imunidades

Carta das Nações Unidas


Artigo 105
1. A Organização gozará, no território de cada um de seus Membros, dos privilégios e imunidades
necessários à realização de seus propósitos.
2. Os representantes dos Membros das Nações Unidas e os funcionários da Organização gozarão,
igualmente, dos privilégios e imunidades necessários ao exercício independente de suas funções
relacionadas com a Organização.
3. A Assembléia Geral poderá fazer recomendações com o fim de determinar os pormenores da
aplicação dos parágrafos 1 e 2 deste Artigo ou poderá propor aos Membros das Nações Unidas
convenções nesse sentido.

Direito das Organizações Internacionais


- Sujeitos internacionais
- Capazes de expressar vontade jurídica própria
- Caráter secundário e funcional
- Impossibilidade de generalização do Direito das Organizações Internacionais
+ Tudo depende da estrutura da OI...

Direito originário
- É formado pelo instrumento constitutivo da OI; um tratado, com seus
protocolos, anexos e as normas convencionais que, eventualmente, tenham
completado ou modificado o tratado ao longo do tempo
- Natureza jurídica do tratado constitutivo: ato jurídico anterior e exterior à vida
da OI; análogo às Constituições Nacionais; de caráter convencional e
institucional

Direito derivado
- É resultante da atividade normativa da OI
- Direito secundário, escrito e variavelmente autônomo

Competência da OI
- Depende dos propósitos, objetivos e funções da OI
- Limitada pelo princípio do especialidade
- No caso da UE, o princípio da subsidiariedade é o que limita. Significa
que as decisões da UE devem ser tomadas do plano mais próximo dos
cidadãos (municipal, estadual, …)
- No caso das diretivas (?), regras gerais e as específicas pelo plano
mais próximos dos cidadãos
- Cabe às instâncias inferiores dar o posicionamento
(...)

Meios materiais
- Agentes: “agentes internacionais assim considerados pelo direito específico
da OI como formando parte do pessoal da OI, qualificado expressamente
com o termo funcionário e que exerce o serviço de maneira contínua e
exclusiva”. (VELASCO, p. 120)
- Recursos: contribuições dos Estados-membros (obrigatórias ou voluntárias);
recursos próprios

Exemplos de OI’s
- Cruz Vermelha (ONG) - sujeito de DIP sui generis
- OMS, OPEP, OAA, …
- Pacto Andino - Comunidade Andina, OI para integração econômica (?)
+ Associação de Estados formada por tratados para fins específicos
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU)
- 14 pontos de Woodrow Wilson
- Fim da diplomacia secreta
- Criação de organização que tratasse de assuntos internacionais com a
finalidade de preservar a paz e combater as guerras (Liga das Nações)
- 1946, fim da Liga das Nações. Era idealista mas sem os mecanismo
necessários para alcançar os objetivos, como manter a paz - extinta pela
criação da ONU - sucede a Liga das Nações
- OI de caráter universal
- Criada na Conferência de São Francisco, em junho de 1945. A Carta da ONU
entrou em vigor em 24 de outubro de 1945; Carta de São Francisco
- Possui estrutura institucional bem distinta; estruturada em 6 órgãos principais
- A Corte Internacional de Justiça (CIJ) herdou o mesmo estatuto da Liga das
Nações
- Fins gerais… (ver)

Princípios que norteiam as ações da ONU

Carta das Nações Unidas


Artigo 2 - A Organização e seus Membros, para a realização dos propósitos mencionados no Artigo
1, agirão de acordo com os seguintes Princípios:
1. A Organização é baseada no princípio da igualdade de todos os seus Membros.
2. Todos os Membros, a fim de assegurarem para todos em geral os direitos e vantagens resultantes
de sua qualidade de Membros, deverão cumprir de boa fé as obrigações por eles assumidas de
acordo com a presente Carta.
3. Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de
modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais.
4. Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força
contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação
incompatível com os Propósitos das Nações Unidas.
5. Todos os Membros darão às Nações toda assistência em qualquer ação a que elas recorrerem de
acordo com a presente Carta e se absterão de dar auxílio a qual Estado contra o qual as Nações
Unidas agirem de modo preventivo ou coercitivo.
6. A Organização fará com que os Estados que não são Membros das Nações Unidas ajam de
acordo com esses Princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança
internacionais.
7. Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações Unidas a intervirem em assuntos que
dependam essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou obrigará os Membros a submeterem
tais assuntos a uma solução, nos termos da presente Carta; este princípio, porém, não prejudicará a
aplicação das medidas coercitivas constantes do Capítulo VII.

O Sistema das Nações Unidas


- Organograma
- Disponível em: https://nacoesunidas.org/img/organograma.pdf
● O Conselho de Tutela já não atua mais
Assembleia Geral
- Órgão deliberativo
- Constituído de todos os membros da ONU

Carta das Nações Unidas


Assembleia Geral
Composição
Artigo 9
1. A Assembléia Geral será constituída por todos os Membros das Nações Unidas.
2. Cada Membro não deverá ter mais de cinco representantes na Assembléia Geral.

- Emite decisões não-obrigatórias


- Funções: discutir e fazer recomendações sobre qualquer assunto de
competência da ONU; elaborar recomendações sobre a solução pacífica de
qualquer conflito internacional; admitir novos membros; aprovar o
orçamento… (Ver mais - Atribuições e Funções, a partir do Artigo 10 da Carta
das Nações Unidas)

Conselho de Segurança
- 15 membros, 5 permanentes e 10 não-permanentes (ver)
- Funções: agir nos casos de ameaça e agressão à paz, execução forçada das
decisões da CIJ, funções exercidas em conjunto com a Assembleia Geral
(assim como, regular conflitos entre os Estados, eleições dos juízes da CIJ e
do Secretário Geral). (Ver mais - Atribuições e Funções, a partir do Artigo 24
da Carta das Nações Unidas)
- Problema da forma de decisão

Carta das Nações Unidas


Votação
Artigo 27
1. Cada membro do Conselho de Segurança terá um voto.
2. As decisões do conselho de Segurança, em questões processuais, serão tomadas pelo voto
afirmativo de nove Membros.
3. As decisões do Conselho de Segurança, em todos os outros assuntos, serão tomadas pelo voto
afirmativo de nove membros, inclusive os votos afirmativos de todos os membros permanentes,
ficando estabelecido que, nas decisões previstas no Capítulo VI e no parágrafo 3 do Artigo 52,
aquele que for parte em uma controvérsia se absterá de votar.

VER MAIS!
CAPÍTULO VI - SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS
CAPÍTULO VII - AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ, RUPTURA DA PAZ E ATOS DE
AGRESSÃO

- A partir da Carta das Nações Unidas, considerar os outros Órgãos Principais


da ONU:
Conselho Econômico e Social (Capítulo X)
Secretariado (Capítulo XV)
Corte Internacional de Justiça (Estatuto da CIJ)
Conselho de Tutela (Capítulo XIII)

Organizações Especializadas

Carta das Nações Unidas


Artigo 57
1. As várias entidades especializadas, criadas por acordos intergovernamentais e com amplas
responsabilidades internacionais, definidas em seus instrumentos básicos, nos campos econômico,
social, cultural, educacional, sanitário e conexos, serão vinculadas às Nações Unidas, de
conformidade com as disposições do Artigo 63.
2. Tais entidades assim vinculadas às Nações Unidas serão designadas, daqui por diante, como
entidades especializadas.

Artigo 63
1. 1.O conselho Econômico e Social poderá estabelecer acordos com qualquer das entidades a que
se refere o Artigo 57, a fim de determinar as condições em que a entidade interessada será vinculada
às Nações Unidas. Tais acordos serão submetidos à aprovação da Assembléia Geral.
2. Poderá coordenar as atividades das entidades especializadas, por meio de consultas e
recomendações às mesmas e de recomendações à Assembléia Geral e aos Membros das Nações
Unidas.

Aula 11 - 03/11/2016
Guerra
Guerra e Direito Humanitário

SALMÓN, Elizabeth, 2014, p. 313-330.

+ Mais informações:
http://direitoshumanos.gddc.pt/pdf/Ficha_Informativa_13.pdf
http://www.gddc.pt/direitos-humanos/DIHDeyra.pdf

Guerra
(...)

Guerra Justa
- Significa que a guerra era legal, entre os Estados; é lícita para o Direito
Público. Esta guerra compreende quatro condições:
- Autoridade do príncipe que declara a guerra (Rei da Espanha)
- Justa causa (medidas que justificam a guerra)
- Intenção reta (catequizar os índios, para os espanhóis terem direito a
expandir sua religião)
- Tem por fim o bem comum
- Nas relações internacionais, já não era lícito fazer guerra, com a ONU em
1945, durante a Liga das Nações

Carta das Nações Unidas


Artigo 2
3. Todos os Membros deverão resolver suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de
modo que não sejam ameaçadas a paz, a segurança e a justiça internacionais.
4. Todos os Membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força
contra a integridade territorial ou a dependência política de qualquer Estado, ou qualquer outra ação
incompatível com os Propósitos das Nações Unidas.
6. A Organização fará com que os Estados que não são Membros das Nações Unidas ajam de
acordo com esses Princípios em tudo quanto for necessário à manutenção da paz e da segurança
internacionais.
7. Nenhum dispositivo da presente Carta autorizará as Nações Unidas a intervirem em assuntos que
dependam essencialmente da jurisdição de qualquer Estado ou obrigará os Membros a submeterem
tais assuntos a uma solução, nos termos da presente Carta; este princípio, porém, não prejudicará a
aplicação das medidas coercitivas constantes do Capítulo VII.

Armas e instrumentos proibidos na prática da guerra


- Explosivos carregados com materiais inflamáveis
- Balas que se dilatam no corpo humano
- Gases tóxicos
- Venenos e armas envenenadas
- Armas bacteriológicas

Proibição de atos que causam danos desproporcionais


- Matar inimigo que se rende
- Não conceder quartel ao inimigo
- Destruir propriedade inimiga e apoderar-se dela (salvo em necessidade de
guerra)
- Forçar atos nacionais do Estado inimigo a tomar parte das operações de
guerra contra seu próprio país
- Entregar o saque a uma cidade tomada
- Atacar cidades, povoações ou construções não defendidas

Proibição de deslealdade e traição


- Utilização indevida
(...)

Direito Internacional Humanitário


- Conjunto de normas que em tempo de conflitos armados objetivam:
- Proteger as pessoas que não participam
(...)
Instrumentos
- Artigo 3º comum às quatro Convenções de Genebra
+ Ver mais:
https://www.icrc.org/pt/guerra-e-o-direito/tratados-e-direito-consuetudinario/convencoes-de-genebra

12-08-1949 Tratado
Fonte: Gabinete de Documentação e Direito Comparado.

No caso de conflito armado que não apresente um carácter internacional e que ocorra no território de
uma das Altas Partes contratantes, cada uma das Partes no conflito será obrigada aplicar, pelo
menos, as seguintes disposições:

1) As pessoas que não tomem parte directamente nas hostilidades, incluindo os membros das forças
armadas que tenham deposto as armas e as pessoas que tenham sido postas fora de combate por
doença, ferimentos, detenção, ou por qualquer outra causa, serão, em todas as circunstâncias,
tratadas com humanidade, sem nenhuma distinção de carácter desfavorável baseada na raça, cor,
religião ou crença, sexo, nascimento ou fortuna, ou qualquer outro critério análogo.
Para este efeito, são e manter-se-ão proibidas, em qualquer ocasião e lugar, relativamente às
pessoas acima mencionadas:
a) As ofensas contra a vida e a integridade física, especialmente o homicídio sob todas as formas,
mutilações, tratamentos cruéis, torturas e suplícios;
b) A tomada de reféns;
c) As ofensas à dignidade das pessoas, especialmente os tratamentos humilhantes e degradantes;
d) As condenações proferidas e as execuções efectuadas sem prévio julgamento, realizado por um
tribunal regularmente constituído, que ofereça todas as garantias judiciais reconhecidas como
indispensáveis pelos povos civilizados.

2) Os feridos e doentes serão recolhidos e tratados.


Um organismo humanitário imparcial, como a Comissão Internacional da Cruz Vermelha, poderá
oferecer os seus serviços às partes no conflito.
As Partes no conflito esforçar-se-ão também por pôr em vigor, por meio de acordos especiais, todas
ou parte das restantes disposições da presente Convenção.
A aplicação das disposições precedentes não afectará o estatuto jurídico das Partes no conflito.

Princípios do Direito Internacional Humanitário


- Proporcionalidade
- Distinção entre civis e combatentes
- Proibição de ataques ao que está fora de combate
- Proibição de causar sofrimento desnecessário

Definição de combatentes
- Sujeito que usa as armas…
- As Convenções de Genebra identifica seis categorias de pessoas que
pertencem às forças armadas e têm o direito de participar diretamente no
conflito e de combater…
- Membros das forças armadas…
- Início do século XX, a partir da Carta da ONU, a guerra passa a ser
ilícita
- Membros das forças regulares
- Membros dos movimentos de resistência
- Membros das tripulações da… (?)

Prisioneiros de guerra
- Tratamento dos prisioneiros
- Devem conservar a propriedade de seus bens privados, exceto armas
- devem ser protegidos contra atos violentos, insultos…
(...)

Feridos e enfermos
- Devem ser tratados sobre…
(...)

Civis
- Não podem ser deportados em massa
- A propriedade privada não pode ser confiscada, somente com requisições se
for necessário
(...)

Diferença entre Direito Humanitário (1) e Direitos Humanos (2)

(1) (2)
- Protege civis, enfermos - Aplicado em tempos de paz
- Direito aplicado em tempos de - Todos os direitos humanos
conflito armado - Aplicado em qualquer lugar e
- Não pode ser suspenso ou em qualquer tempo
derrogado (abolido)
- Bombas atômicas são
inadmissíveis

Aula 12 - 16/11/2016
Integração Regional
Integração Regional e Direito Internacional Econômico

Filmes: A Batalha de Seattle

Bretton Woods
- Julho de 1994, em New Hampshire
- Harry Dexter White (EUA) e John Maynard Keynes (UK)

BIRD (Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento)


- Objetivo: Promoção do progresso econômico e social dos países membros,
mediante o financiamento de projetos com vistas à melhoria da produtividade
e das condições de vida desses países
- BIRD + Agência Multilateral de Garantias e Investimentos (MIGA) +
Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) = Grupo Banco Mundial

FMI (Fundo Monetário Internacional)


- Objetivo: Zelar pela estabilidade do sistema monetário, ...

OIC (Organização Internacional do Comércio)


- Carta de Havana
- Aprovação do GATT - General Agreement on Tariffs and Trade
- Rodada do Uruguai (1986-1994)

OMC (Organização Mundial do Comércio)


- Criada em 1944
- Single undertaking:

Acordo Constitutivo da Organização Mundial do Comércio


Artigo II
Escopo da OMC

1. A OMC constituirá o quadro institucional comum para a condução das relações comerciais
entre seus Membros nos assuntos relacionados com os acordos e instrumentos legais
conexos incluídos nos anexos ao presente Acordo.
2. Os acordos e os instrumentos legais conexos incluídos nos Anexos 1, 2 e 3 (denominados a
seguir “Acordos Comerciais Multilaterais”) formam parte integrante do presente Acordo e
obrigam a todos os Membros.

Ata final da Rodada do Uruguai


- Ato constitutivo da OMC
- Anexo I (1A GATT, 1B GATS, 1C TRIPs)
- Anexo II (Entendimentos sobre a solução de controvérsias)
- Anexo III (Mecanismos de exame de políticas comerciais)
- Anexo IV (Acordos Plurilaterais - Acordo sobre o Comércio de Aeronaves
Civis; Acordo sobre Contratação Pública; Acordo Internacional dos Produtos
Lácteos; Acordo Internacional de Carne Bovina)

Princípios OMC
- Disponível em: https://www.wto.org/spanish/docs_s/legal_s/04-wto.pdf
+ https://www.wto.org/spanish/thewto_s/glossary_s/glossary_s.htm
- Cláusula da nação mais favorecida: Qualquer medida tomada por um
membro em relação a serviços ou mercadoria de um outro país deve ser
imediata e incondicionalmente concedida a idênticos serviços ou
mercadorias de todos os membros em condições não menos favoráveis

ACUERDO POR EL QUE SE ESTABLECE LA ORGANIZACIÓN MUNDIAL DEL COMERCIO

Artículo I
Establecimiento de la Organización

Se establece por el presente Acuerdo la Organización Mundial del Comercio (denominada en


adelante "OMC").

Artículo III
Ámbito de la OMC

1. La OMC constituirá el marco institucional común para el desarrollo de las relaciones comerciales
entre sus Miembros en los asuntos relacionados con los acuerdos e instrumentos jurídicos conexos
incluidos en los Anexos del presente Acuerdo.
2. Los acuerdos y los instrumentos jurídicos conexos incluidos en los Anexos 1, 2 y 3 (denominados
en adelante "Acuerdos Comerciales Multilaterales") forman parte integrante del presente Acuerdo y
son vinculantes para todos sus Miembros.
3. Los acuerdos y los instrumentos jurídicos conexos incluidos en el Anexo 4 (denominados en
adelante "Acuerdos Comerciales Plurilaterales") también forman parte del presente Acuerdo para los
Miembros que los hayan aceptado, y son vinculantes para éstos. Los Acuerdos Comerciales
Plurilaterales no crean obligaciones ni derechos para los Miembros que no los hayan aceptado.
4. El Acuerdo General sobre Aranceles Aduaneros y Comercio de 1994 según se especifica en el
Anexo 1A (denominado en adelante "GATT de 1994") es jurídicamente distinto del Acuerdo General
sobre Aranceles Aduaneros y Comercio de fecha 30 de octubre de 1947, anexo al Acta Final
adoptada al término del segundo período de sesiones de la Comisión Preparatoria de la Conferencia
de las Naciones Unidas sobre Comercio y Empleo, posteriormente rectificado, enmendado o
modificado (denominado en adelante "GATT de 1947").

- Cláusula do tratamento nacional: Os produtos importados devem ter o


mesmo tratamento dos produtos nacionais no que se refere a encargos e
tributos
- Princípio da transparência: Medidas dos membros que afetem o comércio
devem ser notificadas à OMC - regulamentações comerciais, subsídios,
reduções de tarifas
- Uniformidade do tratamento
- Liberalização progressiva
- Flexibilidade: As exceções constituem a flexibilidade do sistema
- Proibição de restrições quantitativas: A proteção deve ser dada através de
direitos alfandegários
- Participação crescente dos países em desenvolvimento
INTEGRAÇÃO REGIONAL

- Aproveitar a proximidade geográfica e instituir regras para o comércio


- Regionalismo: …
- Cepal: ...
(...)

Fases do processo de integração econômica


- Área de livre comércio: Dá-se o nome de área de livre comércio ou zona de
livre comércio a um grupo de países que concordaram em eliminar as tarifas,
quotas e preferências que recaem sobre a maior parte dos (ou todos os) bens
importados e exportados entre aqueles países.
- União aduaneira: É uma área de livre comércio com uma tarifa externa
comum (TEC), ademais de outras medidas que conformem uma política
comercial externa comum.
- Mercado comum: É a união aduaneira com políticas comuns de
regulamentação de produtos e com liberdade de circulação de todos os três
fatores de produção (pessoas, serviços e capitais).
- União econômica: Exige maior coordenação de políticas comuns e tributárias,
mais a integração de governos/Estados que fazem parte.

MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)


- Antecedentes históricos: ALALC (1960), SELA (1975), ALADI (1980)
- Declaração de Iguaçu, novembro de 1985; Programa de Integração e
Cooperação Econômica - PICE (e protocolos), julho de 1986; Tratado de
Integração, Cooperação e Desenvolvimento, novembro de 1988
- Tratado de Assunção (1991) e Protocolo de Ouro Preto (1994)

+ Estrutura Institucional do MERCOSUL -


http://www.mercosur.int/innovaportal/v/629/3/innova.front/estrutura-institucional-do-mercosul
+ Cronología, Mercosur en conjunto (ver)

UNASUL (União das Nações Sul-Americanas)


- Organização de cunho meramente político, não é um caso de Integração
Econômica
- Contexto Pós-Consenso de Washington
- Comunidade das Nações Sul-Americanas (CASA), foi criada em dezembro
de 2004, em Cusco e rebatizada em 2007 na Venezuela
(...)
Objetivos da UNASUL
- Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2012/Decreto/D7667.htm

TRATADO CONSTITUTIVO DA UNIÃO DE NAÇÕES SUL-AMERICANAS

Artigo 2
Objetivo

A União de Nações Sul-americanas tem como objetivo construir, de maneira participativa e


consensuada, um espaço de integração e união no âmbito cultural, social, econômico e político entre
seus povos, priorizando o diálogo político, as políticas sociais, a educação, a energia, a
infraestrutura, o financiamento e o meio ambiente, entre outros, com vistas a eliminar a desigualdade
socioeconômica, alcançar a inclusão social e a participação cidadã, fortalecer a democracia e reduzir
as assimetrias no marco do fortalecimento da soberania e independência dos Estados.

Artigo 3
Objetivos Específicos

A União de Nações Sul-americanas tem como objetivos específicos:


a) o fortalecimento do diálogo político entre os Estados Membros que assegure um espaço de
concertação para reforçar a integração sul-americana e a participação da UNASUL no cenário
internacional;
(...)

Artigo 14 (?)
Diálogo Político

A concertação política entre os Estados Membros da UNASUL será um fator de harmonia e respeito
mútuo que afiance a estabilidade regional e sustente a preservação dos valores democráticos e a
promoção dos direitos humanos.
Os Estados Membros reforçarão a prática de construção de consensos no que se refere aos temas
centrais da agenda internacional e promoverão iniciativas que afirmem a identidade da região como
um fator dinâmico nas relações internacionais.

CELAC (Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos


- Não é uma Organização Internacional
- Não é um mecanismo de Integração Regional
- São somente reuniões de cúpula
- Criada na Cúpula da Unidade da América Latina e Caribe
+ Mais informações: http://www.sela.org/celac/quienes-somos/que-es-la-celac/

+ BRICS é uma Organização Internacional?


AULA 13
Segunda prova escrita (trabalho)

Última Notícia
Trabalho para substituir a segunda prova escrita - 01/12/2016 23:48

Prezados discentes de DIP,


A categoria docente da Unila continua em greve, como vocês sabem, até o dia 13 de dezembro. Isto
acarreta uma situação de insegurança para todos nós, especialmente porque muitos discentes têm
compromissos marcados nos seus países de origem.

Eu solicitei ao comando de greve diversos esclarecimentos a respeito de quais atividades docentes


podem e não podem ser desenvolvidas neste período de paralisação, de forma a não incorrer em
infrações éticas. Fui orientada a não dar continuidade às atividades no espaço da universidade,
inclusive avaliações, exceto em condições excepcionais.

Entendo que nesta disciplina temos situações especiais que efetivamente me impõem o dever de
estipular uma atividade alternativa à segunda prova escrita, que possa ser desenvolvida fora da sala
de aula e entregue pelo sistema virtual de correio até as 18h do dia 9 de dezembro
(maria.brzezinski@unila.edu.br).

A prova final de recuperação, para aqueles que eventualmente necessitarem, continua prevista para
acontecer no dia 14 de dezembro, conforme o planejamento inicial do nosso semestre.

O trabalho que substituirá a segunda prova escrita da nossa disciplina consiste na


realização de pesquisa para responder fundamentadamente 5 perguntas, sendo que
cada uma delas vale 2,0 pontos. O trabalho deve ser entregue em documento
eletrônico no formato word, folha tamanho A4, letra Times New Roman tamanho 12,
espaço 1,0 entre linhas. O documento deve conter no máximo 5 páginas e na
primeira página deve haver a identificação do discente e da disciplina. As perguntas
a serem respondidas (com a indicação das fontes) são:

1 – Três indivíduos – X, Y e Z – pretendem ingressar na carreira diplomática brasileira. X


nasceu em Brasília, quando seus pais, nacionais da Arcolândia, representavam
diplomaticamente seu Estado junto ao governo brasileiro. X sempre morou no Brasil. Y
nasceu em Arcolândia, filho de pais brasileiros, que ingressaram clandestinamente naquele
país e nunca registraram o filho em repartição consular do Brasil. Aos vinte anos de idade,
Y veio morar no Brasil, quando optou pela nacionalidade brasileira. Z nasceu em um navio,
em alto mar, de bandeira arcolandiana, quando seus pais, ambos nacionais da Arcolândia,
emigravam para o Brasil. Recentemente, Z requereu, com êxito a nacionalidade brasileira.
Analise, à vista da nacionalidade dos três indivíduos, as possibilidades de cada um ter
aceito seu pedido de inscrição no concurso de admissão à carreira de diplomata do Instituto
Rio Branco.
O Instituto Rio Branco considera para a admissão à carreira diplomática o requisito
do candidato ser brasileiro nato, conforme a Constituição Federal, artigo 12, § 3º, inciso V,
no qual “é privativos de brasileiro nato o cargo da carreira diplomática”.
Conforme a condição de dupla nacionalidade dos candidatos X, Y, Z, é importante
ressaltar a situação de cada candidato se nato ou naturalizado para considerá-lo apto ao
cargo diplomático. Assim, conforme as disposições da Constituição Federal (artigo 12,
inciso I, alíneas “a” a “c”), leva-se em conta:
- Candidato X: Nasceu e sempre morou no Brasil, os pais são estrangeiros e estão a
serviço do Estado arcolandiano. Dessa forma, esse candidato tem restrição para
admissão à carreira diplomática (não pode participar) por seus pais estarem no
Brasil representando outro Estado.
- Candidato Y: Filho de brasileiros clandestinos em Arcolândia, nasceu nesse país e
nunca foi registrado em repartição consular do Brasil, foi morar no Brasil aos 20
anos optando pela nacionalidade brasileira. Por fim, mesmo não sendo registrado no
exterior em repartição brasileira competente, este veio a residir no Brasil com
maioridade e optou por essa nacionalidade; assim, essa situação o considera
brasileiro nato e apto a ser admitido na carreira diplomática.
- Candidato Z: Nasceu em alto mar em um navio arcolandiano, ou seja, no exterior,
quando os pais de nacionalidade arcolandiana emigravam ao Brasil, e requereu a
nacionalidade brasileira. Essa condição o torna naturalizado e não nato pois os pais
não são nacionais brasileiros, ficando assim restrita a admissão à carreira
diplomática.
Dessa forma, o candidato Y é o único apto por ser considerado brasileiro nato, os
outros (X e Z) são/serão naturalizados conforme as demais disposições da Constituição
Federal, artigo 12.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Promulgada em 05 de outubro de


1988. Disponível em: <www.planalto.gov.br/ccivil_03/constitui... Acesso em: 21 nov. 2016.

http://www.institutoriobranco.mre.gov.br/pt-br/perguntas_freq%C3%BCentes.xml

2 – O art. 33 da Carta da Organização das Nações Unidas assim dispõe:


As partes em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz e à segurança
internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução por negociação, inquérito,
mediação, conciliação, arbitragem, solução judicial, recurso a entidades ou acordos
regionais, ou a qualquer outro meio pacífico à sua escolha.

A expressão sublinhada é a versão oficial (português) feita pelo governo brasileiro da Carta
da ONU [algumas versões da mesma expressão foram assim lavradas: inglês (first of all);
francês (avant tout); espanhol (ante todo)]. Tendo em vista a proscrição da guerra como
forma lícita de condução das relações internacionais, como interpretar a expressão?
Explique os procedimentos mencionados, citando exemplos.

O uso da expressão “antes de tudo” é utilizada para determinar que a guerra vem a
ser de forma lícita quando não há mais solução de controvérsias pelo meio pacífico,
ameaçando a paz e a segurança internacionais após os procedimentos determinados pela
Carta da ONU, que são:
- Negociação:
- Inquérito:
- Mediação:
- Conciliação:
- Arbitragem:
- Solução judicial:
- Recurso a entidades:
- Acordos regionais:

3 – Recentemente, a China foi condenada na OMC pela imposição de restrições às


exportações de matérias-primas e novo caso foi aberto em março de 2012 sobre restrições
às exportações de terras raras. Explique quais são as regras de Direito Internacional
Público aplicáveis ao caso e comente as razões da decisão que condenou as restrições
chinesas.

4 – Por ocasião da entrega do "Prêmio da Liberdade", em 1962, o Presidente Kennedy


declarou a Jean Monnet: "Caro Senhor Monnet, durante séculos os imperadores, os reis, os
ditadores procuraram impor à Europa sua unidade pela força. Em todas as oportunidades
fracassaram. Mas sob sua inspiração a Europa, em menos de vinte anos, progrediu em
direção à unidade mais do que em mil anos. O senhor e aqueles com quem trabalha
edificaram-na com a argamassa da razão e com essas pedras que são os interesses
econômicos e políticos. O senhor está transformando a Europa exclusivamente pelo poder
de uma ideia construtiva." (Jean Monnet. Memórias. Editora UnB, 1986, p. 416.)

Tendo em vista o histórico da construção comunitária europeia e a do Mercosul, assim como


os atuais desafios enfrentados pelos dois blocos, analise, do ponto de vista
jurídico-institucional, as características e consequências decorrentes de modelos de
integração que contenham ao mesmo tempo elementos supranacionais e
intergovernamentais.

5 – Elabore uma tabela para a comparação entre os institutos: extradição, deportação, asilo
diplomático, asilo territorial e refúgio.

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