Você está na página 1de 1

TEORIAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS I - 2017.

12 DE SETEMBRO DE 2017

RESENHA 3
NOGUEIRA, João Pontes; MESSARI, Nizar (2005). Teoria das Relações Internacionais: Correntes
e Debates. São Paulo: Elsevier, pp. 105-110. Capítulo 4: O Marxismo, p. 105-110.

Marx e as Relações Internacionais


Algumas temáticas desenvolvidas por Marx são importantes para uma visão crítica na
disciplina de Relações Internacionais. Dessa forma, ele se preocupava com o alcance global do
capitalismo, sua expansão e universalização.
Uma de suas concepções vê o capitalismo como uma formação histórica. As relações de
produção, nessa condição, de exploração de produção de uma classe, o proletariado (vendedora da
força de trabalho “explorada”), por outra classe, a burguesia capitalista (detentora dos meios de
produção e do lucro), dão condição para a luta de classes frente ao ganho de consciência da classe
proletária. Diante dessa situação, o Estado com um formato (de poder) que visa manter estável a
ordem capitalista, para “a continuidade do processo de acumulação capitalista”, se torna repressor
para o proletariado na medida que repreende sua mobilização e organização. Marx fala também
sobre a alienação e como ela é condicionante para a ação e limitação dos indivíduos (e da
sociedade) sobre suas liberdades e para intervir na realidade, já que a estrutura social em que se
inserem é determinada pela presença do capital nas relações sociais.
Sob a visão das relações internacionais, leva-se em consideração a busca por uma estratégia
revolucionária internacional frente às dinâmicas do capitalismo. A burguesia e o proletariado
seriam então vistas como classes internacionais por causa das “relações sociais de produção
capitalistas, universalizadas pela expansão do mercado mundial”. Assim, o internacionalismo,
relevando a importância da Primeira Internacional Socialista (Londres, 1864) e das organizações
socialistas, traz estratégias para a luta de classes no plano internacional, para a criação de uma
identidade de classe comum e para a base de uma solidariedade internacional.
Frente a estrutura que desenvolve e mantém o capitalismo e o Estado capitalista moderno, e
dá estímulo a dominação de classe (divisão que desmobiliza o proletariado), Marx via como
necessária a destruição do Estado burguês (desaparecimento do Estado), livre da dominação e
dando condições para uma sociedade igualitária e com gestão democrática da vida social.

Você também pode gostar