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07/03/2023 • Ordens jurídicas em uma sociedade internacional

descentralizada.
• Quanto ao espaço: - Não há objetividade
Aspectos • -Não há valores absolutos
preliminares
– Direito
Internacional
Direito da GENTES
• Âmbito Interno: autoridade superior, o Estado: garantir a vigência da ordem
jurídica.
• Valer o arcabouço legislativo p situações e atos jurídicos ao setor publico e setor
privado
• Organização entre o D. Intl e os Estados: horizontalmente.
• Não há autoridade superior - nem vigilância permanente
• Buscam Acordo. DIPLOMACIA
• Regras na exata medida – consentimentos.
Quem cria as normas? Seus destinatários
• Parlamentos? Congresso Nacional? Vontade da
maioria?

• SOBERANIA
• VONTADES DE OUTROS ESTADOS:
Concordância regra semelhante.
Hieraquia - Subordinação no D Intl?
Independe da logica jurídica
• Princípio da Não Intervenção em assuntos
domésticos de um Estado.

• Ainda que um Estado necessite zelo em tratados


bilaterais de comércio e tarifas quanto aos
valores $$$$.

• Coordenação: convivência organizada entre


SOBERANIAS
Concordância – Aceite
• Não há origem jurisdicional em cortes internacionais.
• Consentimento é a validação para a sentença ser obrigatória entre as partes
(foro ou corte arbitral).
• No Direito Interno: Ser jurisdicionável: função do Poder Judiciário quanto a
promoção da pacificação social por meio da aplicação da justiça, processo
legal com as devidas garantias previstas em lei, respeito aos Direitos
Humanos.
Francisco Rezek
• Jurista e magistrado. Exerceu carreira de
procurador da República, Ministro das
Relações Exteriores, Ministro do STF, Juiz da
Corte Internacional de Justiça.

• Advogado em São Paulo lecionando ainda


Teoria do Direito Internacional nos cursos de
Mestrado e Doutorado em Direito do Centro
Universitário de Brasilia – UNICEUB

• em 1997, quando foi eleito pelas Nações


Unidas para um mandato de nove anos na
Corte Internacional de Justiça.
Fundamentos do Direito Internacional Público

• Sistema jurídico autônomo onde se ordenam as relações entre os


Estados Soberanos, diante de seus Consentimentos – Direito das
gentes, nações, povos.
• Francisco Rezek
Soberania: nações e autodeterminação para reger o próprio
destino. Ser legítimo politicamente e juridicamente.
CONSENTIMENTO
• Modelo perceptivo: em torno de normas da pura razão humana, seja em
maior ou menor medida, com ética e, aparentemente imune, à manipulação
estatal. FR.

• Pacta sunt servanda *******


• Difere do modelo criativo em que as regras resultantes à comunidade
internacional podem prescindir – serem dispensadas – renunciadas –
recusadas. ONDE não honram a obrigação.
Quando uma regra evolui em determinado
sentido que se poderia ter assumido significado
diverso ou contrário
• O objeto da Extradição x O objeto do Asilo Político

• Ex. Antiga Grécia – exílio – bom sono ao Príncipe.

• Outras regras consolidadas ao século XX: eliminação do uso da força – Principio da


autodeterminação – Princípio da não intervenção – Condenação da Escravatura –
não se revestem de imperatividade, são condenáveis, não retornarão lícitas –
NORMAS INTERNACIONAIS NÃO GRAVADAS, mas na consciência dos
povos.
DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO E
DIREITO INTERNO
• Teorias em conflito
• DUALISMO: Carl Heinrich Triepel (Alemanha)
• Dionísio Anzilotti (Itália)
• D Intl e Direito Interno são sistemas independentes e distintos. A validade
jurídica de uma norma interna não condiciona à sua sintonia com a ordem
internacional. Diversidade das fontes jurídicas. Necessário o aceite.
MONISMO – há duas correntes
• Unicidade da ordem jurídica: As ordens internas se ajustam ao primado do direito
internacional – Hans Kelsen, Alemanha. Ordem única com a consciência de que o E não
pode sobreviver a fato hostil, ou indiferente ao conjunto de princípios e normas que
compõem o Direito das gentes. Tratados Internacionais ao vértice fundamental.
França Alemanha ....transitam entre elas.
• Nacionalistas: o direito nacional de cada E soberano diante da adoção dos preceitos
internacionais como uma faculdade, opção. Cultuam a Constituição em que nada a supera.
URSS ainda nos anos 80.
Brasil – Estados Unidos enfrentam o conflito entre as normas de Dto internacional e
Direito Interno.
Evolução da Ordem Internacional
Marcos históricos
• a) Jus fetiale romano: normas civis e religiosas sobre o comportamento no
período romano. Separação entre moral x direito em relação às declarações
de guerra, legitimidade, celebração da paz. (imposta pelo vencedor)
• b) Jus Gentium: direito das gentes. Regras privadas disciplinavam relações
entre romanos e estrangeiros. Contrapõe-se ao jus civile (exclusividade dos
cidadãos de Roma).
• c) doutrina de Hugo Grocius – 1583-1645 escritor que, em 1606 defendeu a
internacionalização dos mares (disputa entre Inglaterra e Holanda), etc.
• d) Tratados de Westfália ( Tratados de Münster e Osnabruck, Alemanha
1648). Tratados que puseram fim à Guerra dos 30 anos. Com o consenso das
nações firmando o princípio da soberania do Estado e busca do equilíbrio do
poder para garantia de paz.
• e) leis de Rodes (600 d.C) início da regulamentação sobre o comércio
marítimo.
• f) Revolução Francesa: queda do autoritarismo (absolutismo). Os miseráveis.
• g) Congresso de Viena (out/1814 – jun/1815): discussão do mapa político
europeu com o fim da era dominante de Napoleão.
• h) Doutrina Monroe – James Monroe (pre dos EUA 1817-1825) combateu o
colonialismo europeu para a não criação de novas colônias e não intervenção
em assuntos internos no território americano.
• i) Liga das Nações ou Sociedade. – após a 1ª guerra mundial ( Tratado de
Versalhes 1919) – finalidade assegurar a paz mundial – frustrada e
dissolvida em 1942 com o advento da 2º Guerra Mundial.
• j) ONU – constituída pela Carta de São Francisco 1945 – garantia da paz
mundial. Organismo atuante aos direitos humanos, questões humanitárias,
solução pacífica de conflitos, considera princípios do DIP, Igualdade
entre Estados e não intervenção.
• L) Acordo de Bretton Woods: reconstrução do capitalismo pós 2ª guerra.
44 Estados aliados se reuniram na Conferência monetária e financeira das
Nações Unidas para estabelecer regras econômicas, comerciais,, entre os
países industrializados. Surge o Bird and FMI.
• m) Convenção de Genebra: tratados na Suiça com objetivo de regrar o
Direito Humanitário Internacional definindo direitos e deveres de pessoas
em tempos de guerra. - 4 convenções de Genebra.
Trabalho Individual: teorias dualismo, monismo
• No máximo 3 paginas. Não precisa capa/ contra capa/ IDENTIFICAÇÃO – TURMA – TITULO DO
TRABALHO – CONTEÚDO.
• Fonte Times new Roman – espaçamento 1,5. – primeira linha automática.
• Titulos fonte 14 em negrito.
• Notas de rodapé – referencias.
• Pesquisa bibliográfica – 3 autores
• NÃO SERÃO ACEITAS citações e fontes: jusbrasil, jurisway, infoescola, wikipedia, e afins. Pesquisar
SCIELO, ou artigos científicos referendados em Instituições ou Revistas Cientificas.

• Vale 2 pontos. Enviar por email em WORD.


• anelize.fayad@inspirar.com.br
• Até dia 31/03/2023.
14/03/2023
Ramos do Direito Internacional
• Direito Internacional Público: Estado essencial como objeto
• Direito Internacional Privado: composto por regras internas dos Estados
e Tratados Internacionais – regula situações relativas aos conflitos de lei no
espaço – globalização – contratos – sucessão de bens – consumo
internacional – guardas de filhos.
• Direito Comunitário: questões de integração regional – blocos regionais e
integração de Estados na formação de um sistema jurídico supranacional.
Ex. Tratado de Maastricht (U.E.) Tratado de Assumpção (Mercosul).
Envolve a delegação de soberania (natureza supranacional).
DIREITO INTERNACIONAL – DIREITO
DAS GENTES
• Normas que regem a sociedade internacional
• Personalidade dos Estados componentes
• Espaços que integram o domínio publico internacional:
• o mar, os rios internacionais, o espaço aéreo, o espaço extra-atmosférico e também
o continente antártico – zonas polares.
• Conflitos internacionais: Palestina e Israel – Mianmar – Haiti – Ucrania – Iemen –
Siria – (Primavera Arabe) – El Salvador – Afeganistão – Países africanos _ Etiópia
• Meios alternativos de solução –busca da pacificação - equilíbrio
Rol das fontes no Estatuto da Corte de Haia
• 1920 Estatuto criado para resolver litígios entre Estados sem limitação geográfica ou
temática.
• Necessidade de saber qual o direito a ser aplicado pela jurisdição
• Roteiro de fontes: normas internacionais
• Tratados e costumes
• Princípios gerais do Direito
• Referencias auxiliares aos mecanismos: jurisprudência e doutrina
• Facultar a Equidade
COMMON LAW ou Consuetudinário
• o subsistema romanístico, composto pelo Civil Law (presentes nos países
germânicos e latinos) e Common Law (dos países de origem anglo-saxões).
• Revela-se pelos costumes e jurisdição
• Direito de usos e costumes.
• É um modelo jurídico onde o poder judiciário é legitimado a criar direitos,
ou seja, a ênfase não é dada a lei positivada (lei escrita) pelo poder legislativo.
• A jurisprudência é a fonte primária do direito, e se vincula por meio das
precedentes (case law). Tem efeito “Judge made law” (lei criada pelo juiz),
no qual a análise do caso concreto é realizada de forma casuística (julga-se a
partir de casos concretos anteriores)....precedentes.
• Antiguidade eram os costumes – havia controle social – se transforma com o
uso da:
• LEGISLAÇÃO: O Direito como expressão da vontade em um ambiente de
constante transformação. - Alberto do Amaral Junior Introdução ao DIP.

• Est. Corte Inter Justiça Art. 38 . O Tribunal - Corte (*), cuja função é decidir em
conformidade com o direito internacional as controvérsias que lhe forem
submetidas, aplicará:
• a. As convenções internacionais, quer gerais, quer especiais, que estabeleçam regras
expressamente reconhecidas pelos Estados litigantes;
• b. O costume internacional, como prova de uma prática geral aceite como direito;
• c. Os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas nações civilizadas;
• d. Com ressalva das disposições do artigo 59, as decisões judiciais e a doutrina dos
publicistas mais qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar para a
determinação das regras de direito.
COSTUMES: prática geral –pode se valer do costume existente
entre as partes para a solução do conflito por elas estabelecidos.
• Ter elemento material ou objetivo – uma obrigação/uma prestação
/ algo em acordo
• Ser aceito como direito: elemento subjetivo; o não cumprimento da
norma costumeira poderá gerar sanção.
• Difere da repetição é fundamental que a prática seja reiterada seja
conveniente, justa e em conformidade com o Direito.
• Ex: 1947-1949: contencioso entre o Reino Unido e Albania sobre o
direito de passagem de navios mercantis e militares pelo Estreito de
Corfu* (ilha grega) .
• As razões de decidir no caso do Estreito de Corfu, citadas até hoje,
serviram de base para a jurisprudência da Corte em diversos temas e
para o desenvolvimento do direito internacional.
• Disponível em: < https://www.cosmopolita.org/post/uso-da-
for%C3%A7a-3-o-caso-do-estreito-de-corfu-reino-unido-v-albania-
1949 >. Acesso em 13 mar, 2023.
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Gerais ou particulares que estabeleçam regras reconhecidas pelos Estados
litigantes - acordos formais celebrados entre sujeitos do DIP.
• - multilateral: múltiplos sujeitos
• Particulares ou específicos: entre as partes litigantes sobre determinado tema.
• Convenção de Viena sobre Tratados Internacionais art 26:
• BOA FÉ + PRINCÍPIO PACT SUNT SERVANDA
Princípios gerais do DIP
• Aqueles reconhecidos por nações civilizadas - organização social não primitiva. Ex:
• Não agressão
• Solução pacífica dos conflitos
• Autodeterminação dos povos
• Desarmamento e proibição de propaganda de guerra
• Prevalência dos Direitos Humanos
• Pacta sunt servanda
• Não intervenção
• Igualdade de soberania entre os Estados
• Coexistência pacífica e cooperação internacional.
Presentes no Art. 4º da Constituição
• Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
• I - independência nacional;
• II - prevalência dos direitos humanos;
• III - autodeterminação dos povos;
• IV - não-intervenção;
• V - igualdade entre os Estados;
• VI - defesa da paz;
• VII - solução pacífica dos conflitos;
• VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
• IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
• X - concessão de asilo político.
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos
povos da América Latina, visando à formação de uma
comunidade latino-americana de nações.
• Decisões Judiciais: julgados das cortes internacionais (Corte Intl de
Justiça, Tribunal Penal Intl, Tribunal Intl do Mar)

• Doutrina: dos expoentes mais competentes das nações: textos


produzidos por juristas do DI, manifestações advindas de congressos
científicos sobre DI. *Doutrina não cria direito mas tem a função de
interpretá-lo. *

• Equidade: sendo benéfico e conveniente às partes – analogia. Modo de


inteligência ou interpretação em que o julgador compensa a ausência
de norma aplicando preceito semelhante ao caso proposto.
ATOS UNILATERAIS DE ESTADOS?
Resoluções de organizações ou conferencias internacionais. Voz
unânime ou à corrente vitoriosa (quem é a favor).
Influenciam como origem e meio de solução de controvérsias ao DIP.
Recomendações – Decisões _ Pareceres Consultivos _ Sentenças.
SILENCIO: aceitação tácita.
PROTESTO: ato normal, expresso e público em que o sujeito se opõe.
NOTIFICAÇÃO: ato formal de ciência em relação a fato ou situação.
RECONHECIMENTO: ato declaratório de admissão de fato ou situação.
RENÚNCIA: ato de disposição do direito
ESTOPPEL: impossibilidade de alegação ou negativa de um fato face
conduta anterior, coíbe um comportamento contraditório. Base oriunda
da Common Law. – impossibilidade de mudar de posição – sistema
probatório.
TRATADOS INTERNACIONAIS
• Tratado é todo acordo formal entre sujeitos de direito internacional
publico, destinado a produzir efeitos jurídicos. Características:
• Solene: exigência de forma escrita para obediência, segurança e estabilidade nas
relações entre as partes.
• Vontade – concordância para a expressão objetiva do consenso – questões de
interesse comum. É a intenção.
• Resulta da confiança mútua para cumprimento.
A expectativa é de cumprimento
• Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 1992
• Declaração de Viena sobre Direitos Humanos 1993 ( documentou
princípios já estabelecidos como costume internacional. Entre eles: liberdade
do consentimento – pacta sunt servanda – boa fe – prevalência dos tratados
internacionais sobre o direito interno – normas ius cogens sobre tratados
comuns
• Declaração de Doha a Organização Mundial do Comércio 2001
• A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento 1992 foi assinada na
Cimeira da Terra, também dita Rio-92, paralelamente a outros dois documentos, a
Agenda 21 e a Declaração de princípios relativos às florestas.
• A Declaração ratificou os princípios estabelecidos na Declaração da Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, aprovada em Estocolmo em 1972, e
formulou 27 princípios básicos para o desenvolvimento sustentável, para a dignidade
humana, o meio ambiente e as obrigações dos Estados em matéria de direitos
ambientais dos seres humanos.
• O Brasil foi o primeiro país a assinar o tratado internacional, seguido por outros
174 países.
• Com o passar de 30 anos, o Brasil tem sofrido com queimadas, em áreas ambientais
protegidas, causando repercussão internacional pela conduta negligente em apurar a
responsabilidade, causando insegurança e impunidade.
• Segundo os Princípios do Direito Internacional, o Brasil pode alegar soberania pelo direito
interno prevalecer sobre o internacional e não cumprir com o Acordo sem ser
responsabilizado? Justifique
A expectativa é de cumprimento
• Aos normativos internos são expressões da vontade de um Estado e por isso
ser compatível com seu engajamento internacional anterior podendo ser
responsabilizado internacionalmente.
• Um Estado não poderá justificar o descumprimento de uma obrigação
internacional face ao ordenamento interno, ficando responsável pelos danos
causados e sua reparação.

• Andre Carvalho Ramos. Art. 27 da Convenção de Viena 1969.


NÃO CONFUNDIR COM GENTLEMEN’S
AGREEMENT
• CONTEÚDOS DISTINTOS
• AQUI NÃO GERA VÍNCULO JURÍDICO – APENAS AO
COMPROMISSO MORAL
• NÃO TEM PROCEDIMENTO INTERNACIONAL COMO OS
TRATADOS.
• TRATADOS CELEBRADOS ENTRE SUJEITO INTERNACIONAIS
GERAM OBRIGAÇÕES ÀS PESSOAS JURÍDICAS PARTES NO
ACORDO.
Brasil participa da Convenção de Viena sobre
Direito dos Tratados, assinada em 1969, vigorando a
partir de 1980. Por que?
• Mínimo de 35 ratificações – art. 84.
• Brasil subscreveu-a, mas a referendou 40 anos após (Decreto 7.030/2009) entrando em
vigor na data de sua publicação.
• Foi aplicada respeitada internamente em sua totalidade pelo COSTUME
INTERNACIONAL.
• Apresentou reservas aos arts. 25 /66 que: possibilidade de aplicação provisória dos
tratados e processos judiciais de arbitragem e conciliação para solução de conflitos.
• LEITURA
• A TRAMITAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS NO CONGRESSO NACIONAL. Artigo
Anelize/ Pagliarini
Aula 21/03/2023
• LEITURA
• A TRAMITAÇÃO DOS TRATADOS INTERNACIONAIS NO
CONGRESSO NACIONAL. Artigo Anelize/ Pagliarini
• Artigo 25 – Convenção de Viena
• Aplicação Provisória
• 1. Um tratado ou uma parte do tratado aplica-se provisoriamente
enquanto não entra em vigor, se:
• a)o próprio tratado assim dispuser; ou
• b)os Estados negociadores assim acordarem por outra forma.
• 2. A não ser que o tratado disponha ou os Estados negociadores
acordem de outra forma, a aplicação provisória de um tratado ou
parte de um tratado, em relação a um Estado, termina se esse
Estado notificar aos outros Estados, entre os quais o tratado é
aplicado provisoriamente, sua intenção de não se tornar parte no
tratado.
• Artigo 66
• Processo de Solução Judicial, de Arbitragem e de Conciliação
• Se, nos termos do parágrafo 3 do artigo 65, nenhuma solução foi
alcançada, nos 12 meses seguintes à data na qual a objeção foi
formulada, o seguinte processo será adotado:
• a)qualquer parte na controvérsia sobre a aplicação ou a interpretação
dos artigos 53 ou 64 poderá, mediante pedido escrito, submetê-la à
decisão da Corte Internacional de Justiça, salvo se as partes decidirem,
de comum acordo, submeter a controvérsia a arbitragem;
• b)qualquer parte na controvérsia sobre a aplicação ou a interpretação de
qualquer um dos outros artigos da Parte V da presente Convenção
poderá iniciar o processo previsto no Anexo à Convenção, mediante
pedido nesse sentido ao Secretário-Geral das Nações Unidas.
Nomeclatura dos Tratados
• Estatuto Ajuste ou Arranjo
• Convenção
• Declaração Convênio
• Pacto Ata
• Carta Código
• Protocolo
• Concordata: bilateral entre um E e a Santa Sé
Fase de formação de Tratados
NEGOCIAÇÃO E ASSINATURA

REFERENDO
(CONGRESSO)

RATIFICAÇÃO
PROMULGAÇAO E INTERNACIONAL
PUBLICAÇÃO
NEGOCIAÇÃO E ASSINATURA
- Adoção do texto (art. 9º Convenção de Viena)
- Formalização do texto -> Assinatura (expressão do consentimento).
- Depende de confirmação para gerar efeitos e obrigações
- Pela Constituição art. 84, VII, VIII – determinação dacompetência para
assinar .
- Eficácia condicionada ao referendo do CN.

- FUNÇÃO DELEGADA AO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES


EXTERIORES _ CHANCELER É O PLENIPOTENCIÁRIO. Decreto
1.756/1995. + art. 7º CVDT/69
APROVAÇÃO PELO CONGRESSO
NACIONAL
• Assinado o Tratado -> CN para ser iniciado o processo legislativo de
referendo. Art. 49, I Constituição.

• Pode ser total ou parcial

• Tratados temas comuns: aprovação por meio de Decreto Legislativo,


votação nas 2 casas, maioria simples.
APROVAÇÃO PELO CONGRESSO
NACIONAL
• Tratados de Direitos Humanos: aprovados por decreto legislativo
(1992 Pacto de San Jose da Costa Rica) – maioria simples

• Por Emenda Constitucional – votação das duas Casas, dois turnos


– obtenção de 3/5 votos ( ar. 5º, ⸹3º CF).
• Plenipotenciário: terceiro dignitário, aquele que possui a qualidade
representativa ampla; trata-se do ministro das relações exteriores.

• O ministro das Relações exteriores, a representatividade é derivada. O


plenipotenciário equivale a mandatário e é pertinente a quem é incumbido dos
plenos poderes e não de quem os concede, uma vez que já os detém; é
prerrogativa inerente ao cargo, de outorgá-los a outrem.

• Assim investido pelo presidente do Executivo independe de qualquer prova


documental no período em que o cargo é exercido; possui idoneidade para
negociar e firmar acordos ou tratados de forma definitiva. É o representante do
país que o assim determinou.
Após a participação integral do poder executivo nas negociações para a
formação do Tratado, o plenipotenciário deve encaminhar o documento para que o
Congresso Nacional aprecie e avalie conforme os requisitos das convenções
internacionais para o Brasil e para que não contrarie o interesse nacional.

• E se o CN não aprovar ?
• Não produzirá efeitos jurídicos e será arquivado.

• Por que o CN deve aprovar?


• É o poder legislativo expressando a vontade do Brasil concretizando a
sua participação em Tratados Internacionais.

• Esta decisão deverá ser comunicada ao Presidente do Executivo.


Aprovado pelo CN, o executivo se obriga a
ratificar a decisão?
• NÃO...reservas...
• em última instância, caberá a este poder finalizar a decisão sobre o juízo da ratificação,
devendo, concretizá-la.
• O Presidente da República enviará ao Congresso Nacional, para que este aprecie o texto
do acordo bem como os motivos já justificados pelo Ministro das Relações Exteriores.
• primeiro na Câmara dos Deputados
• em seguida no Senado.
• Sendo negada a concordância na Câmara, o processo é impedido de chegar ao Senado
Federal.
STF fiscaliza o trâmite dos tratados para que
possam produzir efeitos internos, podendo
negar sua vigência e eficácia interna.
• RESERVAS: artificio que pode superar inconvenientes pontuais buscando
compatibilizar a participação geral e a preservação dos interesses nacionais.

• DECLARAÇÃO UNILATERAL DE VONTADE que pode excluir ou


modificar o efeito jurídico de partes textuais de um tratado.
• Na assinatura ou na ratificação.
• O CN irar deliberar sobre a conveniência e oportunidade podendo aprovar o acordo
com o acréscimo de novas limitações não estabelecidas no momento da assinatura.
A Convenção de Viena dispôs que as reservas
devem ser compatíveis com o objeto e
propósito do tratado.
• Art. 27 e 46 da CVDT 1969.
• QUANDO CABE A RESERVA?:
• EM TRATADOS MULTILATERAIS.
• Quando o tratado não proibir ou limitar reservas (art. 19 a,b)
• Quando a reserva não for incompatível com o objeto o finalidade do tratado.
(art. 19 c).
• Constituição – Tratados sobre Direitos
Humanos referendados por Emenda
Constitucional (art. 5 ⸹3º Constituição).

• Norma supralegal – Tratados Internacionais de


Direitos Humanos referendados por decretos
Legislativos (art. 5º ⸹ 2º da Constituição).
• Norma Infraconstitucional – Tratados comuns
(equivalentes a lei ordinária) referendados por
Decreto Legislativo).
Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-ND
• Os tratados e convenções internacionais
ocupam a mesma posição das leis
ORDINÁRIAS, na hierarquia das leis,
salvo aqueles que versem sobre
DIREITOS HUMANOS, como o caso do
Pacto de San Jose da Costa Rica, que é a
Convenção Americana de Direitos
Humanos (vigor 1978) e incorporada à
ordem jurídica brasileira em 1992.

• Por força do disposto no art. 5º ⸹ 3º da


Constituição Federal, os Tratados que
versem sobre este conteúdo possuem
status constitucional.

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