Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Genebra;
•Idt o trato com feridos, enfermos e náufragos;
•Idt o trato com Unidades e estabelecimentos
sanitários;
•Idt os sinais convencionados;
I – INTRODUÇÃO
Direito Internacional Humanitário
II – DESENVOLVIMENTO:
1 – Normas fundamentais do Direito Internacional
Humanitário aplicáveis nos conflitos armados;
2 – As quatro Convenções de Genebra;
3 – As formas de aplicação da Convenção de genebra;
4 – Convenção de Genebra para feridos e doentes das
forças armadas em campanha (Convenção I);
5 – Unidades Sanitárias;
6 – Emblemas e Símbolos;
III - CONCLUSÃO
O que é o Direito Internacional
Humanitário?
O Direito Internacional Humanitário
(ou Direito dos Conflitos Armados) é um ramo
do Direito Internacional Público constituído
por todas as normas convencionais ou de
origem consuetudinária especificamente
destinadas a regulamentar os problemas que
surgem em período de conflito armado.
Estas podem ser fundamentalmente de
três tipos:
A primeira é constituído pelo
chamado Direito de Genebra, isto é, pelas
quatro Convenções de Genebra de 1949 para a
proteção das vítimas de guerra e dos seus
dois Protocolos Adicionais de 1977. Estes seis
instrumentos jurídicos perfazem cerca de 600
artigos codificando as normas de proteção da
pessoa humana em caso de conflito armado.
Estes textos de Genebra foram elaborados
(como aliás os próprios títulos das
Convenções o comprovam) com o único
objetivo de proteção das vítimas de guerra:
tanto os militares fora de combate, bem como
as pessoas que não participem nas operações
militares.
A segunda norma é chamada de
Direito de Haia constituído pelo direito da
guerra propriamente dito, ou seja pelos
princípios que regem a conduta das operações
militares, direitos e deveres dos militares
participantes na conduta das operações
militares e limita os meios de ferir o inimigo.
Estas regras têm vista a necessidade de ter em
conta necessidades militares das parte em
conflito, nunca esquecendo porém os princípios
de humanidade. O Direito de Haia encontra a
maior parte das suas regras nas Convenções de
Haia de 1899 (revistas em 1907), mas
igualmente em algumas regras do Protocolo I
Adicional às Convenções de Genebra de 12 de
Agosto de 1949.
A terceira norma (ditas de Nova
Iorque) prende-se com a proteção dos direitos
humanos em período de conflito armado. São
chamadas regras de Nova Iorque por terem na
sua base a atividade desenvolvida pelas
Nações Unidas no âmbito do direito
humanitário. Com efeito é importante referir
que em 1968 a Assembléia Geral das Nações
Unidas adaptou a Resolução 2444 (XXIII) com
o título "Respeito dos direitos humanos em
período de conflito armado", o que constitui
um marco, verdadeiro sinal da mudança de
atitude desta organização no que diz respeito
ao Direito humanitário.
A sua evolução histórica
Nas suas origens a guerra caracterizava-se
pela ausência de qualquer regra para além da
lei do mais forte. As populações vencidas
eram massacradas e, na melhor das
hipóteses, reduzidas à escravatura.
Mas o progresso das idéias,o medo de
represálias e a tomada de consciência do
caráter irracional, inútil e economicamente
prejudicial das destruições e massacres
totais, levaram os homens a considerar de
modo diferente os vencidos. Desta forma
começaram a levantar-se vozes de
moderação, tolerância e humanidade.
A título de exemplo podem ser
referidas as leis de Manou (na India) que exige
que o vencedor poupe os feridos, bem como
aqueles que se rendem e que respeite as leis
das nações conquistadas.
Na China, um pensador do século IV A.C.,
Se-Ma, condena as destruições inúteis e
recomenda que não sejam atacadas as
pessoas que não se possam defender e que os
feridos sejam tratados.
Os Incas tinham uma conduta paternal
relativamente aos povos vencidos,
especialmente se estes fossem estrangeiros:
tentando uma reconciliação.
A Europa e a zona do Mediterrâneo
beneficiam da influência dos ensinamentos do
Cristianismo e do Islã. Mesmo se em certas
ocasiões a Igreja Católica parece esquecer os
pedidos de não recurso à violência, o que é
certo é que ela permanece fiel à vontade de
assegurar uma certa humanização das
guerras. Santo Agostinho escreveu:
"Se o inimigo que combate deve morrer,
que tal seja por necessidade, e não por tua
vontade .... O vencido ou o capturado têm
direito à compaixão.“
No século X D.C. em vários
Concílios é proclamada a inviolabilidade das
igrejas, dos mosteiros, dos pobres, dos
mercadores, dos peregrinos, dos agricultores
e dos seus bens. Estes princípios constituem
as regras da Paz de Deus, cuja violação é
sancionada pela excomunhão.
Princípios
IMPARCIALIDADE
NEUTRALIDADE
INDEPENDÊNCIA
As formas de aplicação da Convenção de Genebra
As formas de aplicação da Convenção de Genebra
As formas de aplicação da Convenção de Genebra
2. Definição de pessoas protegidas
Os termos “feridos” e “enfermos” referem-se
aos civis e militares necessitados de cuidados
médicos e que se abstenham de todo ato de
hostilidade.
CONVENCÃO I
3. Proteção, tratamento e assistência
Todos os feridos, enfermos, respectivamente da parte a
que pertençam, serão respeitados e protegidos.
Em todas as circunstâncias, deverão eles ser tratados de
maneira humana e receberão, na maior medida possível e
com o mínimo de atraso possível, a assistência médica e
a atenção exigidas por sua condição. Não haverá
distinção entre eles sob qualquer pretexto. As mulheres
serão tratadas com toda a especial consideração devido
ao seu sexo.
Os combatentes feridos, enfermos capturados tornam-se
prisioneiros de guerra. Até que se tenha restabelecido ou
desembarcado serão beneficiados pelos dispositivos das
Convenções I,II e III.
Convenção I
4. Busca dos mortos, feridos e desaparecidos
O princípio geral a reger esta seção é, em
primeiro lugar e principal, o direito das
famílias de saberem a sorte de membros.
Proteção da unidade
familiar e busca de
desaparecidos
Convenção I
4. Busca dos mortos, feridos e desaparecidos
As Partes em conflito devem em todas as ocasiões,
após o combate, tomar todas as medidas possíveis
no recolhimento dos feridos, enfermos e náufragos,
para protegê-los contra a pilhagem e os maus-tratos
e assegurar-lhes assistência adequada, assim como
buscar os mortos impedindo o roubo dos despojos.
As Convenções especificam que as Partes em
conflito tomarão providências para que o enterro,
ou a cremação, ou a imersão dos mortos, efetuados
individualmente conforme as circunstâncias o
permitem, sejam precedidos de um exame
minucioso e, se possível, médico, dos cadáveres, a
fim de que se comprove a morte.
Convenção I
5. Registro e transmissão de informação
As Partes em conflito devem registrar todas as
particularidades disponíveis que possam contribuir
para identificar os feridos, enfermos e mortos que
possam ter caído em seu poder: a Potência de que
dependem, ou nacionalidade, número de matrícula,
nome e sobrenome, data de nascimento, data e local
da captura e a natureza das providências tomadas
com relação às pessoas envolvidas, etc. Esta
informação será encaminhada tão logo quanto
possível ao Escritório de Informações estabelecido
de acordo com a Convenção III para que seja
encaminhada à parte inimiga, particularmente por
intermédio da Agencia Central da Buscas do Comitê
Internacional da Cruz Vermelha (ACB).
5 – Unidade Sanitárias.
5. Unidades Sanitárias
As unidades sanitárias civis ou militares são
protegidas pelas Convenções e pelo Protocolo.
Estas unidades compreendem todos os prédios
ou instalações fixas (hospitais e outras unidades
similares, centros de transfusão de sangue e de
medicina preventiva, depósitos de medicamentos
e equipamentos médico) e unidades móveis
(locais para quarentena, barracas, instalações ao
ar livre, veículos destinados a fins sanitários):
a. Que pertençam a uma das Partes em
conflito ou que sejam reconhecidas e autorizadas
por uma das Partes em conflito (incluindo-se,
naturalmente, a Cruz Vermelha Nacional e as
Sociedades do Crescente Vermelho assim como
outras Sociedades autorizadas);
5. Unidades Sanitárias
b. que hajam sido colocadas à disposição de uma
Parte em conflito
- por um Estado Neutro;
- por uma organização internacional imparcial de
natureza humanitária.
Consideram-se destinadas a fins sanitários as
unidades dedicadas à busca com o objetivo de
evacuar, transportar, diagnosticar, ou tratar dos
feridos, enfermos e náufragos, assim como à
prevenção das enfermidades.
Observe-se, entretanto, que a proteção a que têm
direito estas unidades sanitárias poderá cessar caso
sejam usadas para a realização de atos danosos ao
inimigo (por exemplo, abrigando soldados não
feridos ou instalando um posto de observação
militar).
5. Unidades Sanitárias
A proteção somente poderá cessar, entretanto,
após uma intimação, que, estabelecendo uma limite
de tempo razoável, não surta efeitos.
O equipamento (macas, aparelhos cirúrgicos,
medicamentos, curativos, etc.) das unidades
militares móveis que hajam caído em poder do
exército será reservado para os cuidados com os
feridos e enfermos.
Nos territórios ocupados, o ocupante não poderá
requisitar unidades civis sanitárias, seu
equipamento, material ou funcionários se esses
recursos forem necessários à população civil e se
os feridos e enfermos já tiverem recebendo
tratamento.
5. Unidades Sanitárias
•UNIDADES ORGANIZADAS
•COMANDO RESPONSÁVEL
•REGIME DE DISCIPLINA INTERNA
SEÇÃO I
ESTATUTO
A violação, por parte de um combatente, das
normas aplicáveis aos conflitos armados, é passível
de punição; porém se o combatente ao menos portar
as suas armas abertamente, não estará privado de
seu direito ao estatuto de prisioneiro de guerra em
caso de captura. Se a Parte aquém pertençam estas
forças armadas omitir ou deliberadamente recusar-se
a exigir o cumprimento destas normas, poderá
ocorrer que todos os membros destas forças percam
seu estatuto de combatentes e de prisioneiros de
guerra.
O estatuto ou tratamento do prisioneiro de guerra
estende-se a várias categorias de pessoas que não
reúnem os requisitos da definição de combatente
acima descrita, ou que não são combatentes.
SEÇÃO I
ESTATUTO
•MEMBRO FA (EXCETO CORPO SANITÁRIO E RELIGIOSO)
•UNIFORME ESPECÍFICO
•ARMAS À VISTA
•DIFERENCIADO DO PESSOAL CIVIL
SEÇÃO I
ESTATUTO
Têm, portanto, direito ao estatuto de prisioneiro de
guerra:
- as pessoas que estejam participando de um levante
em massa, ou seja, quando os habitantes de um território
não ocupado tomam armas espontaneamente á
aproximação do inimigo, para da combate á invasão sem
que tivessem tido tempo de organizar-se conforme o
ponto acima, desde que portem as suas armas
abertamente e respeitem as leis e os costumes da guerra;
- as pessoas autorizadas a seguirem as forças
armadas sem que delas façam parte diretamente;
- as tripulações da marinha mercante e da aviação
civil;
- os membros do pessoal militar a serviço nas
organizações de defesa civil
SEÇÃO I
ESTATUTO
•BENEFÍCIO PRÓPRIO;
•NÃO PERTENCE A UM EXÉRCITO ORGANIZADO;
•NÃO TEM DIREITO AO ESTATUTO DE PG.
SEÇÃO II
NORMAS RELATIVAS Á CONDUTA DOS
COMBATENTES
O Titulo III do Protocolo não se limita a
estabelecer as normas á condição e ao tratamento
dos PG, mas também, a conduta correta dos
combatentes no decorrer das hostilidades. O
princípio fundamental em que se baseiam estas
normas é aquele segundo o qual o direito das Partes
em conflito de escolher métodos ou meios de
combate não é ilimitado.
Os PG têm direito, em
todas as circunstâncias,
ao respeito á sua pessoa
e á sua honra.
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Direitos e Deveres
Dentro dos limites impostos por seu
cativeiro, continuam portanto a usufruir de seus
direitos civis de acordo com a lei de seu país de
origem. Em particular, podem casar-se por
procuração.
•SE APLICA A
COMBATENTES INIMIGOS
CAPTURADOS
•SÃO PRISIONEIROS DA
FORÇA OPOSITORA, E NÃO
DOS INDIVÍDUOS QUE OS
CAPTURARAM
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Direitos e Deveres
Quanto aos DEVERES dos prisioneiros, derivam-se
geralmente das leis da guerra e das normas da disciplina
militar.
Alguns destes deveres estão formalmente
enunciados na Convenção; portanto, o artigo 17, relativo
ao interrogatório do prisioneiro, especifica que tem ele a
obrigação de declarar o seu sobrenome, primeiro nome e
patente, data de nascimento e número de matrícula, ou
na falta deste, uma indicação equivalente. Não obstante,
acrescenta o mesmo artigo a proibição da prática de
tortura física ou mental, ou de qualquer outra forma de
coerção contra os prisioneiros de guerra com visitas á
obtenção de informação de qualquer tipo.
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Direitos e Deveres
A Convenção contém também dispositivo que
prevê o caso - que não é excluído, se as leis da
Potência de que dependem os prisioneiros o
permitirem – da liberdade sob palavra ou
condicional. Esta no artigo 21 que os prisioneiros
postos em liberdade nestas condições ficarão
obrigados, por sua honra, a cumprir
escrupulosamente os compromissos que tenham
assumido, tanto em relação á Potência que os
detenha como em relação á Potência em cujo poder
se encontrem.
Esta referência é importante, porque
demonstra que a lealdade é indispensável a uma boa
aplicação das normas humanitárias.
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Proteção e Tratamento
O Protocolo proíbe a declaração de que não
se dará quartel, as ameaças ao adversários, e a
condução das hostilidades de tal maneira que se
tenha rendido ou que mostre sua intenção de
render-se, ou que se haja lançado de pára-quedas
de uma aeronave em perigo não será objeto de
ataque.
Os artigos 13 e 16 da Convenção estipulam
que os prisioneiros de guerra deverão, em todas as
circunstâncias, ser tratados humanamente e que,
com exceção de tratamento privilegiado e razão da
patente, sexo, estado de saúde, idade ou
qualificações profissionais, todos os prisioneiros de
guerra deverão ser tratado da mesma maneira.
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Proteção e Tratamento
Nenhum prisioneiro poderá ser submetido a
mutilação física ou a experiências médicas ou
científicas de qualquer natureza, que não estejam
justificadas pelo tratamento médico do prisioneiro
em questão e que não sejam de seu interesse.
Permite ele, entretanto, exceções no caso de
doações de sangue para transfusão ou de pele para
enxertos, desde que sejam voluntárias.
Dentre os princípios gerais da proteção aos
prisioneiros de guerra, cabe mencionar também que
não serão eles expostos desnecessariamente ao
perigo enquanto aguardam a evacuação de uma
zona de combate.
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Condições materiais do internamento
A Potência detentora assume responsabilidade
geral pela vida e pelo bem-estar dos prisioneiros de
guerra, cuja saúde deve ser resguardada.
Em qualquer circunstância, os prisioneiros de
guerra receberão :
- Alojamento;
- Alimentação;
- Vestuário;
- Higiene e assistência médica.
Os prisioneiros de guerra somente poderão ser
transferidos para uma potência que seja parte á
convenção e após haver a potência Detentora
verificado que a Potência em questão deseja e pode
aplicar a Convenção.
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Condições Morais e Psicológicas do Internamento
Grande número de artigos trata das condições
morais e psicológicas, mencionando não apenas a
religião, as atividades intelectuais e esportivas mas
também o tipo de trabalho considerado apropriado á
conservação da auto-estima dos prisioneiros e o seu
bem-estar mental, protegendo-os da monotonia e do
ócio. Para a aplicação desses princípios, inclui:
- Religião;
- Atividades intelectuais e esportivas;
- Trabalho.
Correspondência
Os prisioneiros de guerra poderão enviar e
receber cartas e cartões com franquia postal.
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Condições Morais e Psicológicas do Internamento
Trabalho
Pedreira
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Assistência
Estabelece a Convenção o direito dos
prisioneiros de guerra de receberem socorro.
Os envios de socorros estão isentos de todos
os impostos de importação, alfândega e
demais taxas, e a experiência adquirida pelo
Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV)
e pelas sociedades Nacionais da Cruz
Vermelha durante as duas guerras mundiais é
plenamente reconhecida.
Comitê Internacional da
Cruz Vermelha (CICV)
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Disciplina
Observações gerais
Para assegurar a disciplina de acordo com
a honra militar, cada campo de prisioneiros
estará submetido á autoridade direta de um
oficial responsável pertencente ás forças
armadas regulares da Potência Detentora.
Sanções
Na medida do possível, não será imposta a pena de
morte a mulheres grávidas ou a mães com filhos
pequenos. Caso seja pronunciada, não será executada. O
mesmo aplicar-se-á aos prisioneiros com idade abaixo de
dezoito anos á época da infração.
Os direitos de defesa são reconhecidos e
garantidos e, desta maneira, o prisioneiro de guerra terá o
direito de ser assistido por um de seus companheiros, de
ser defendido por advogado qualificado de sua própria
escolha, de convocar testemunhas e, se considerar
necessário, de utilizar os serviços de um intérprete
competente.
SEÇÃO III
PROTEÇÃO DOS PRISIONEIROS DE GUERRA
Morte
Água e Saneamento
3 . Proteção dos civis e de bens civis
A proibição de ataques contra civis e bens civis
inclui todos os atos de violência, seja ofensivos ou
defensivos. São também proibidos os ataques ou as
ameaças de violência que visem a aterrorizar a população
civil.
A presença ou movimentação da população civil
não poderá ser usada com a finalidade de encobrir
objetivos militares.
O Protocolo proíbe fazer padecer fome a
população civil. Os objetivos indispensáveis á
sobrevivência das populações civil, tais como alimentos,
áreas agrícolas... não deverão ser atacados, destruídos,
removidos ou inutilizados.
Será protegido o meio ambiente contra os danos
extensos, duradouros e graves.
PROTEÇÃO CONTRA EFEITOS
DAS HOSTILIDADES
Zonas desmilitarizadas
Proíbe o Protocolo estenderem-se as
operações militares a zonas ás quais tenham
as Partes em conflito conferido, mediante
acordo, a condição de zona desmilitarizada, se
tal extensão contraria os termos deste acordo.
O objetivo do acordo será normalmente
o de criar zonas que preencham as mesmas
condições que as destinadas ás localidades
não-defendidas.
9 – Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
O ARTIGO 3 COMUM ÁS QUATRO CONVENÇÕES
E O PROTOCOLO ADICIONAL II
As regras gerais concernentes conflitos
armados não-internacionais referem-se aos dois
casos seguintes:
1. no território de um Estado, eclodam
hostilidades claras e concretas entre as forças
armadas e grupos armados organizados;
2. forças dissidentes organizem-se sob a
liderança de um comando responsável e exerçam
controle sobre uma parte do território, de tal ordem
que lhes possibilite realizar operações militares
contínuas e concatenadas (conflito de grande
intensidade).
Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
O ARTIGO 3 COMUM ÁS QUATRO CONVENÇÕES
Aplica-se a todos os conflitos armados de
caráter não-internacional e que ocorram no
território de uma das Potências Partes á
Convenção.
Neste caso, as pessoas que não tomem parte
ativa nas hostilidades, inclusive membros das
forças armadas que tenham deposto as suas
armas e aqueles que estejam fora de combate
por qualquer outra razão serão, em todas as
circunstâncias, tratados humanamente sem
qualquer distinção que os prejudique.
Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
O ARTIGO 3 COMUM ÁS QUATRO CONVENÇÕES
Os seguintes atos, cometidos contra as pessoas
mencionadas, são e devem permanecer proibidos em
todas as circunstâncias e em todos os lugares:
- atentados á vida e á integridade corporal,
especialmente o homicídio em todos as suas formas, as
mutilações, o tratamento cruel e a tortura;
- tomada de reféns;
- atentados á dignidade pessoal, especialmente os
tratamentos cruéis e degradantes;
- as sentenças e execuções sem julgamento prévio,
pronunciado por tribunal constituído regularmente, que
ofereça as garantias legais reconhecidas pelos povos
civilizados.
Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
PROTOCOLO ADICONAL II
No caso de combate muito intenso, e
na ausência de reconhecimento de
beligerância, que envolva a aplicação de
todos os instrumentos do direito da guerra,
aplicam-se ainda sempre os dispositivo do
artigo 3 comum. Ademais, as normas do
segundo Protocolo adicional devem ser
observadas.
Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
1 . Feridos, enfermos e náufragos.
a)Proteção e assistência
Todos os feridos, enfermos e náufragos
devem ser respeitados e protegidos, tratados
humanamente e assistidos sem qualquer distinção
que não esteja baseada em critérios médicos.
4 . Tratamento humano
a. Garantias fundamentais
2) Atentos á dignidade pessoal,
particularmente tratamento desumano e
degradante, prostituição forçada e qualquer
forma e atentado ao pudor;
3) Tomada de reféns;
4) Castigos coletivos;
5) Ameaças de levar a cabo quaisquer
dos atos acima.
Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
4 . Tratamento humano
a. Garantias fundamentais
As crianças devem receber os cuidados e
assistência de que necessitam, particularmente no que
concerne á educação, devendo ser tomadas medidas
no sentido de devolvê-las ás respectivas famílias,
quando houverem permanecido temporariamente
separadas delas.
As crianças com idade abaixo de quinze anos
não serão recrutadas para as forças armadas e nem
lhes será permitido participarem das hostilidades.
Todas as medidas deverão ser tomadas com o
consentimento de seus pais, para evacuá-las de áreas
onde estejam ocorrendo combates.
Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
5. Pessoas privadas de liberdade
As pessoa detidas ou internadas por razões
relacionadas ao conflito armado, serão conferidas
todas as garantias com relação á assistência
médica, alimentação, higiene, segurança, socorro,
prática religiosa e condições de trabalho.
Dispõe o protocolo que os homens e as
mulheres devem permanecer separados, exceto os
membros da mesma família; que a eles deverá ser
permitido enviar receber cartas; que os locais de
internamento e de detenção não devem situar-se
perto da zona de combate.
Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
6. Procedimentos penais
As sentenças somente poderão ser
pronunciadas por tribunais que ofereçam as
garantias essenciais de independência e
imparcialidade: o acusado será informado sem
demora dos detalhes do crime de que é
acusado.
Não se imporá a pena de morte aqueles
que, á época em que foi cometida a infração,
contavam com menos de dezoito anos de
idade, ou ás mulheres grávidas e mães de
crianças pequenas.
Proteção das vítimas de conflitos
armados não-internacionais.
6. Não-discriminação
Todas estas garantias deverão ser
aplicadas sem qualquer distinção
desfavorável, sob qualquer pretexto;
continuarão aplicáveis até o final da privação
ou restrição da liberdade.
10 - Principais artigos da Convenção III
(Tratamento dos Prisioneiros de Guerra)
Principais artigos da Convenção III