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Professor Roberto

Algumas questões:
A guerra é necessária?

Quando um país é agredido por outro


a guerra é inevitável?

Um vez declarada a guerra, a política


e a ética deixariam de existir?

Quando um governante assiste a


ocorrência de limpeza étnica em
outros países, vale alegar o princípio
da não intervenção em assuntos
internos de Estados soberanos?

Atentados terroristas justificariam o


estabelecimento de guerras
preventivas?
Agostinho de Hipona (Sec. V)
Critérios para se decidir ou não pela guerra:

- autoridade adequada
Pág. 407
- causa adequada

A guerra pode ser legítima caso obedeça alguns


princípios e regras.

“(...) não se busca a paz para que se fomente a


guerra, mas a guerra se realiza para que a paz possa
ser obtida. Portanto, mesmo na guerra, cultivai o
espírito de pacificador, para que, conquistando
aqueles a quem atacas, possas levá-los de volta às
vantagens da paz.”
Hugo Grotius (Séc. XVII): direito internacional

O homem carrega o desejo natural de viver em sociedade.

Pág. 408
O Direito Internacional é um conjunto de regras definido por
representantes dos países integrantes da ONU – Organização das Nações
Unidas para auxiliar na regulação das relações mantidas entre os países,
buscando melhor convivência entre as nações.
Grotios distinguiu:
O direito O direito
natural do internacional:
homem: aquele que é fruto
aquele que de acordos entre
nasce com a Estados, é político
pessoa e é e visa interesses.
imutável. Pág. 408
Para Grotios a guerra só deve existir quando os meios com os
quais a justiça age se esgotam.

As causas legitimas para a guerra:

Pág. 408

- Defender-se contra uma ofensa atual e que ameace a paz;

- Recuperar o que é legalmente devido para o Estado lesado;

- Punir o Estado que proferiu injúria ou calúnia.


Para Grotius uma sociedade ideal deve ser guiada
pelos seguintes princípios:

- privar-se daquilo que não lhe pertence;

- restituir bens e vantagens que advém da posse injusta;

- reparar os danos que cometeu;

- ser punido adequadamente e conforme seu merecimento.

Pág. 408
No século XX, conquistas históricas em diversas áreas
do conhecimento, como a tecnologia e a medicina
trouxeram aperfeiçoamentos também no campo ético?
No século XX, conquistas históricas em diversas áreas
do conhecimento, como a tecnologia e a medicina
trouxeram aperfeiçoamentos também no campo ético?
As Conferencias ou convenções de Genebra (1949)
As Convenções de Genebra foram vários tratados
internacionais que representaram um marco para a
garantia da ética dentro da guerra

Pág. 410

Em reação à Segunda Guerra Mundial, 64 países


reuniram-se na cidade suíça com o objetivo de
estabelecer padrões legais para tempos de guerra,
como a proteção de soldados feridos em terra e no
mar, de prisioneiros de guerra e de civis.
Jean-Henri Dunant (1828 -1910)

- Filantropo suíço, cofundador da


Cruz Vermelha Internacional.

- Recebeu o primeiro Nobel da Paz


em 1901.
Conexão – páginas 406 e 407

Atividades (apenas 1 e 2) – página 411


Solférino: 24 de junho de 1859

Dunant presencia um conflito entre os exércitos austríacos e franco-


piemontês: 38 mil mortos ou feridos agonizantes jaziam no campo de
batalha sem qualquer ajuda.

Impressionado, tomou a iniciativa de organizar a população civil, em


especial mulheres, a fim de proporcionar alguma assistência aos feridos.

Esse acontecimento é
considerado o marco
inicial da Cruz
Vermelha.
Cruz Vermelha Internacional
A partir da iniciativa de Dunant, diversos governantes
concordaram em criar essa sociedade para atender
aos militares impossibilitados de combater.

Assim, ocorreu a primeira Convenção de Genebra


(1864). Ela obrigava os exércitos a cuidar dos
soldados feridos, independente do lado que
estivessem.
Cruz Vermelha Internacional
Cruz Vermelha Internacional
Cruz Vermelha Internacional
Cruz Vermelha Internacional
Atualmente, esta organização não tem se limitado apenas à
proteção de prisioneiros militares, mas também a detidos civis
em situações de guerra ou em nações que violem os Estatutos
dos Direitos Humanos.

Preocupa-se ainda com a melhoria das condições de detenção,


a garantia do suprimento e distribuição de alimentos para as
vítimas civis de conflitos, a prover assistência médica e a
melhorar as condições de saneamento especialmente
em acampamentos de refugiados ou detidos.

A organização baseia-se no princípio da neutralidade, não se


envolvendo nas questões militares ou políticas, de modo a ser
digna da confiança das partes em conflito e assim exercer suas
atividades humanitárias livremente.

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