Você está na página 1de 4

TRABALHO DE PESQUISA DE DIREITO

INTERNACIONAL I

ALUNA: RAYSSA EMANUELLE DA SILVA CONCEIÇÃO


PROFESSORA: FABIANA PASCHOAL
TURMA: 9º PERÍODO

TEMA 1 – DIREITO HUMANITÁRIO

Direito Internacional Humanitário é o nome dado a um conjunto de normas internacionais


guiadas por princípios humanitários, com o objetivo primordial de proteger aqueles não envolvidos
em conflitos armados, bem como restringir os meios e os métodos empregados em qualquer
guerra.
Ramo do Direito Internacional Público, sua evolução e progressivo desenvolvimento ocorreram
através do tempo, à medida que as formas de combater se tornaram mais complexas, mais
drásticas e letais, atingindo cada vez mais a população civil de modo indiscriminado. O que
ocorria até o século XIX era que os Estados partes em determinado conflito chegavam, às vezes,
a acordos para proteger as vítimas de guerras. Estes tratados, no entanto, eram válidos apenas
em relação ao conflito ao qual diretamente destinaram-se as negociações.
Os principais instrumentos de Direito Internacional Humanitário aparecem no fim da década de 40
do século XX. A disciplina é, portanto, de desenvolvimento relativamente recente, sendo que a
maioria de seus desdobramentos encontra-se nos tratados realizados no âmbito de organizações
internacionais, com destaque para aqueles promovidos pela ONU (Organização das Nações
Unidas), aos quais as nações do mundo inteiro têm a oportunidade de aderir, seguindo a
moderna orientação política e social de preservação da vida, erradicação dos conflitos armados,
encorajando no lugar destes as conversações pacíficas para se dirimir qualquer disputa. Assim,
os estados aderentes a tais tratados comprometem-se a respeitar os princípios de Direitos
Humanos elencados em cada tratado e promovê-lo internamente.
Mesmo com a internacionalização dos conceitos humanitários e todo o esforço no sentido de
erradicação dos conflitos, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, a quantidade de
conflitos regionais e intra-regionais surgidos no mundo todo ainda desafia os esforços
humanitários. O comércio ilegal e tráfico de armamentos, o recrutamento de populações civis,
sendo muitos menores de idade, o transbordamento do conflito das áreas de guerra para centros
povoados, tudo isso ainda preocupa todos aqueles que buscam promover a paz e os Direitos
Humanos dentro do ordenamento jurídico internacional.
Dentro das normas essenciais contidas na matéria, é importante citar o comportamento a ser
seguido em caso de conflito armado:
 é necessário distinguir os objetivos militares e civis. São passíveis de ataque somente os
objetivos militares;
 indispensável a recolha e a assistência aos feridos, doentes e náufragos, sem qualquer
discriminação;
 deve-se tratar com humanidade o adversário que se rende ou é capturado, assim como os
prisioneiros ou detidos não devendo os mesmos serem maltratados ou atacados;
 o respeito aos civis e seus bens é fundamental;
 não se deve causar sofrimentos ou danos excessivos;
 é vedado o ataque a qualquer pessoal de corpo médico ou sanitário, bem como suas
instalações, impedindo que os mesmos realizem seu trabalho;
 não se deve colocar obstáculos ao pessoal da Cruz Vermelha em meio ao desempenho de
suas funções.

Na resolução de conflitos, o Direito da Guerra tornou-se um conjunto de normas internacionais,


que se originaram em convenções ou em costum Quando ouvimos a expressão “Direito
Internacional Humanitário aplicável a conflitos armados” (geralmente reduzida a 'Direito
Internacional Humanitário' ou 'Direito Humanitário'), esta significa a existência de normas
internacionais que foram estabelecidas por tratados ou costume, com a presunção de resolver os
problemas oriundos de conflitos armados internacionais ou não internacionais, sendo definido
pelo O Comitê Internacional da Cruz Vermelha como:
Parte importante del derecho internacional público, el derecho internacional humanitario (o
derecho humanitario) es el conjunto de normas cuya finalidad, en tiempo de conflicto
armado, es, por una parte, proteger a las personas que no participan, o han dejado de
participar, en las hostilidades y, por otra, limitar los métodos y medios de hacer la guerra.

Essas regulamentações, por razões humanitárias, visam proteger pessoas e ou propriedades que
podem ser eventualmente afetadas por tais conflitos, mediante a limitação do direito das partes
divergentes em suas respectivas escolhas e formas de guerrilhar, destinados a serem aplicados
em combates armados, internacionais ou internos, que limitam, por razões humanitárias, o direito
das partes em guerra de escolher livremente os métodos e os meios utilizados no combate e que
protegem as pessoas e os bens afetados. Neste sentido, o Jus ad bellum, o direito à guerra, tem
sido reconhecido atualmente aos movimentos de libertação nacional a partir de 1960, e vem a ser
a regulamentação dos conflitos, sendo as normas que regulam a conduta dos beligerantes, sendo
formadas pelas normas internacionais que entraram em vigor após a guerra.
Assim, o Direito Internacional Humanitário ficou estabelecido e conceituado em proteger o homem
em situação de conflito armado, sendo este direito frisado como um componente efêmero, pois
não visa a proteção do indivíduo a qualquer tempo, mas sim, durante o período de conflito,
atribuindo-lhe uma função organizadora consistida rigorosamente tencionando designar sob a
existência de indivíduos fora de eventuais conflitos entre nações, normatizando-os.
Finalmente, constata-se a função básica do DIH com sendo aquela de atribuir custódia aos
cidadãos de uma nação que, muitas vezes, não podem dispor de suas garantias fundamentais
interna e internacionalmente garantidas, mas que por exceção pode lhes ser tomadas.

2
Ao falarmos de Direito Internacional Humanitário, faz-se necessário citar o Direito de
Genebra (constituído pelas quatro Convenções de Genebra de 1949 e por dois Protocolos
Adicionais de 1977) e do Direito de Haia (originado com Declaração de São Petersburgo que
proibia o uso de munição explosiva e listava uma série de princípios básicos relacionados à
condução das hostilidades), pois conforme a sociedade internacional avançava na
regulamentação do Direito de Guerra tornou-se notório e visível a urgência em estipular
limitações acerca dos métodos utilizados e os meios empregados nos combates.
Hoje, porém, o uso da força entre Estados é proibido por uma regra peremptória do Direito
Internacional (o jus ad bellum se converteu em jus contra bellum). As exceções a essa proibição
são permitidas em casos de autodefesa individual ou coletiva nas medidas impositivas do
Conselho de Segurança e supostamente para garantir o direito à autodeterminação dos povos
(guerras de libertação nacional). É claro que pelo menos um dos lados dos conflitos armados
internacionais contemporâneos viola o Direito Internacional pelo simples fato de usar a força,
ainda que respeite o DIH. De maneira equivalente, todas as leis domésticas do mundo proíbem o
uso da força contra agências (governamentais) de imposição da lei.
Esses tratados possuem restrições quanto a armas a serem usadas, proteção de civis, feridos,
patrimônio cultural e Estados neutros, entre outros temas. Alguns exemplos incluem as
Convenções de Haia de 1899 e de 1907 e o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

TEMA 1 – ATUAL INTERVENÇÃO MILITAR RUSSA NA UCRANIA

Desde do início dessa intervenção, o que a mídia mais propaga é acerca da invasão, diante que a
Rússia não gostaria que a Ucrânia fizesse parte da OTAN. Porém, o que aconteceu vai muito
além desse ano, diante que em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia lançou uma invasão militar
em larga escala contra a Ucrânia, um de seus países vizinhos a sudoeste, porém marcando
uma escalada acentuada para um conflito que começou em 2014.

A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado,
acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

Em dezembro de 2021, Putin apresentou à Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte,


uma aliança militar ocidental – uma lista de exigências de segurança. A principal delas era a
garantia de que a Ucrânia nunca entrasse na Otan e que a aliança reduzisse sua presença militar
na Europa Oriental e Central.

As negociações não avançaram, e o acúmulo de força militar nas fronteiras não arrefeceu, apesar
do esforço diplomático empreendido no começo de 2022, e após ocorreu o conflito.

3
Há correlação entre o DIH, diante que sua base é através da proteção objetivo primordial de
proteger aqueles não envolvidos em conflitos armados, bem como restringir os meios e os
métodos empregados em qualquer guerra. Seu esforço está em proteger o homem em situação
de conflito armado, sendo este direito frisado como um componente efêmero, pois não visa a
proteção do indivíduo a qualquer tempo, mas sim, durante o período de conflito, o qual está
ocorrendo no momento.
O DIH é amparado pelo conjunto de leis originário das quatro Convenções de Genebra (1949) e
seus Protocolos Adicionais (1977) e pela Convenção de Haia (1954) que protege o patrimônio
cultural em tempo de conflito armado. Existem também acordos que proíbem o uso de certas
armas e táticas militares, entre as quais as Convenções de Haia de 1907, a Convenção das
Armas Bacteriológicas (Biológicas) de 1972, a Convenção das Armas Convencionais (1980)
e a Convenção das Armas Químicas (1993). Ou seja, a Rússia está violando os tratados,
entretanto, precisa-se de uma análise mais detalhada de tudo que está ocorrendo.

DIH também menciona grupos específicos de proteção entre os civis, tais como:
 as mulheres, que são protegidas contra o abuso sexual;
 as crianças, cujas necessidades especiais devem ser consideradas pelos combatentes;
 os refugiados, deslocados internos e aqueles que desapareceram como resultado de
conflito armado; e,
E diante de tudo que sai na mídia, esses casos relatados acima também estão ocorrendo, e
precisa-se de um inquérito mais detalhado para a acusação.

Você também pode gostar