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CRIMES DE GUERRA: UMA ANÁLISE SOB A ÓTICA DO DIREITO

INTERNACIONAL.

Andryelly Andréa Martins de Arruda


Pedro Henrique Soares de Oliveira
Discente da Faculdade de Direito – UERN/Natal
Disciplina: Direito Internacional Público
Resumo
Os crimes de guerra são violações do direito internacional e das convenções
cometidas durante conflitos armados. Este artigo tem como objetivo explorar a
evolução histórica, conceitual e política do conceito de crimes de guerra, bem como
as características básicas dos crimes de guerra e dos atos que são considerados
crimes de guerra. Além disso, serão discutidas diferentes formas de
responsabilização por crimes de guerra, o papel da Convenção de Haia de 1907 na
proteção das vítimas e a jurisdição e jurisprudência do Tribunal Internacional de
Justiça e do Tribunal Penal Internacional. A cooperação internacional no combate
aos crimes de guerra e as contradições entre a prática do Estado e o direito
internacional também serão discutidas, bem como o papel dos juristas e advogados
na proteção dos direitos das vítimas desses crimes.
Palavras-chave: Crimes. Guerra. Internacional. Características. Direito.

Abstract
War crimes are violations of international law and conventions committed during
armed conflicts. This article aims to explore the historical, conceptual and political
evolution of the concept of war crimes, as well as the basic characteristics of war
crimes and the acts that are considered war crimes. In addition, different forms of
accountability for war crimes, the role of the 1907 Hague Convention in protecting
victims, and the jurisdiction and jurisprudence of the International Court of Justice
and the International Criminal Court will be discussed. International cooperation in
combating war crimes and the contradictions between State practice and
international law will also be discussed, as well as the role of jurists and lawyers in
protecting the rights of victims of these crimes.
Keywords: Crimes. War. International. Characteristics. Right.
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Sumário:
1) Introdução ............................................................................................................03
2) O conceito de crime de guerra e sua evolução histórica: abordagem histórica,
conceitual e política...............................................................................................04
3) As características essenciais de um crime de guerra: análise detalhada dos
elementos que compõem um crime de guerra......................................................04
4) Os atos considerados como crimes de guerra: pesquisa de casos concretos e
análise dos elementos característicos dos crimes................................................05
5) O Grau de responsabilidade dos indivíduos pelos crimes de guerra: debate sobre
as diferentes formas de responsabilização pelo cometimento de crimes de
guerra....................................................................................................................06
6) A Convenção de Haia de 1907 e seu papel na proteção das vítimas de crimes de
guerra: análise da Convenção de Haia e de seus dispositivos sobre o tema......08
7) O Tribunal Internacional de Justiça e a justiça dos crimes de guerra: estudo sobre
a jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça e sua capacidade de julgar os
crimes de guerra...................................................................................................09
8) A jurisprudência do Tribunal Penal Internacional sobre os crimes de guerra:
análise de casos julgados pelo Tribunal Penal Internacional e sua jurisprudência
sobre os crimes de guerra....................................................................................10
9) A cooperação internacional na luta contra os crimes de guerra: pesquisa sobre a
cooperação internacional na prevenção e punição dos crimes de guerra............12
10)As contradições entre o direito internacional e as práticas estatais em relação aos
crimes de guerra: reflexão sobre as divergências entre o direito internacional e as
políticas dos Estados em relação aos crimes de guerra.......................................13
11)O papel dos juristas e advogados na proteção dos direitos das vítimas de crimes
de guerra: estudo sobre o papel da comunidade jurídica e dos advogados na
proteção dos direitos humanos e da justiça em casos de crimes de guerra........14
12)Considerações finais.............................................................................................16
13)Bibliografia............................................................................................................18
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1. Introdução
Os crimes de guerra são uma preocupação crescente na sociedade internacional,
especialmente quando se considera as violações dos direitos humanos e a
degradação dos padrões éticos em todo o mundo. Esse fenômeno é o resultado de
conflitos armados e da falta de mecanismos efetivos de prevenção e punição desses
atos. Neste contexto, é preciso compreender o que é um crime de guerra, quais são
suas características essenciais e quem tem responsabilidade por esses atos. Além
disso, é fundamental analisar a jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça e do
Tribunal Penal Internacional e a cooperação internacional, bem como promover o
papel dos juristas e advogados na proteção dos direitos das vítimas de crimes de
guerra.

2. O conceito de crime de guerra e sua evolução histórica: abordagem


histórica, conceitual e política.
O conceito de crime de guerra surgiu no contexto da evolução histórica do direito
internacional humanitário, que visa proteger as vítimas de conflitos armados. Após a
Segunda Guerra Mundial, ficou evidente a necessidade de responsabilizar
individualmente aqueles que violam as leis de guerra e cometeram atrocidades
contra civis e prisioneiros de guerra.
O Tribunal Militar Internacional de Nuremberg, criado após a guerra com o intuito
de julgar os líderes nazistas, marcou a consolidação do conceito de crime de guerra
no direito internacional. Foi a primeira vez que indivíduos foram julgados e
condenados por crimes cometidos em contexto de guerra, e não apenas Estados
como um todo.
Com o passar do tempo, o conceito de crime de guerra foi sendo ampliado e
aperfeiçoado. A Convenção de Genebra de 1949 definiu como crime de guerra
qualquer violação grave das regras do direito internacional humanitário que ocorram
em contextos de conflito armado, incluindo assassinatos, torturas, deportações,
escravidão, entre outros.
Além disso, o Tribunal Penal Internacional, criado em 2002, tem o objetivo de
julgar indivíduos responsáveis por crimes de guerra, genocídios e crimes contra a
humanidade, entre outras violações graves do direito internacional,
independentemente de sua nacionalidade.
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No entanto, a evolução conceitual do crime de guerra também se depara com


desafios políticos, como a aplicação seletiva do conceito, em que alguns países e
líderes são julgados enquanto outros ficam impunes. Além disso, a aplicação do
conceito muitas vezes depende da vontade política dos Estados, o que pode ser um
obstáculo para uma justiça universal e efetiva.
Em resumo, o conceito de crime de guerra é resultado da evolução histórica do
direito internacional humanitário e serve para proteger as vítimas de conflitos
armados e responsabilizar individualmente aqueles que violam as leis de guerra. No
entanto, sua aplicação ainda enfrenta desafios políticos e requer um
comprometimento global de todos os Estados.

3. As características essenciais de um crime de guerra: análise detalhada


dos elementos que compõem um crime de guerra.
Os crimes de guerra são definidos como violações do direito internacional
humanitário durante um conflito armado. Para que um ato seja considerado um
crime de guerra, é necessário que ele cumpra certos requisitos que contêm as
seguintes características:
 A existência de um conflito armado: um crime de guerra só pode ser cometido
durante a ocorrência de um conflito armado, ou seja, a existência de uma
confrontação organizada entre estados ou grupos armados.
 Violação grave do direito internacional humanitário: o ato deve violar as
regras do direito internacional humanitário, que estabelecem as condições do
conflito armado, protegem as pessoas que não participam diretamente do
confronto e regulamentam o tratamento dos prisioneiros de guerra.
 Intencionalidade ou negligência consciente: o ato deve ser cometido com a
intenção de violar o direito internacional humanitário, ou o perpetrador deve
estar ciente do risco de violar essas normas e ainda assim decidir seguir em
frente.
 Natureza militar: o ato deve estar relacionado com o conflito armado, ou seja,
deve ter uma finalidade militar, como prejudicar o inimigo, obter informações
ou reprimir a população civil.
 Impacto sobre as pessoas protegidas pelo direito internacional humanitário:
os crimes de guerra afetam pessoas que estão sob proteção do direto
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internacional humanitário, incluindo civis, prisioneiros de guerra, feridos,


doentes, entre outros.
Alguns exemplos de crimes de guerra incluem assassinato, tortura, tratamento
cruel ou desumano, ataques a civis ou a bens culturais, uso de armas químicas,
biológicas ou nucleares, entre outros.
É importante destacar que a responsabilidade pelos crimes de guerra pode ser
atribuída tanto a indivíduos como a Estados ou grupos armados. Além disso, as
pessoas acusadas de cometer crimes de guerra podem ser julgadas por tribunais
nacionais ou internacionais, como o Tribunal Penal Internacional.

4. Os atos considerados como crimes de guerra: pesquisa de casos


concretos e análise dos elementos característicos dos crimes.
Os crimes de guerra são atos que violam o direito internacional humanitário durante
um conflito armado. Esses atos são considerados graves violações dos direitos
humanos e podem incluir:
 Ataques deliberados a civis, objetos civis, hospitais, escolas e bairros
residenciais;
 Usar armas químicas e biológicas;
 Tortura, tratamento cruel e atos desumanos com prisioneiros de guerra e
outras pessoas sob a custódia das forças armadas;
 Uso de escravos sexuais, escravidão e tráfico humano;
 Práticas de genocídio, incluindo matança em massa de grupos étnicos,
religiosos ou culturais;
 Deslocamento forçado da população civil;
 Uso de crianças soldados;
 Ataques a trabalhadores humanitários e civis que prestam assistência
humanitária.
Esses atos são considerados crimes contra a humanidade e seus autores podem ser
punidos por tribunais internacionais de justiça.
A seguir, são apresentados alguns casos reais de crimes de guerra e uma
análise dos elementos característicos desses crimes.
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 Massacre de Srebrenica
Em 1995, durante a Guerra da Bósnia, as forças paramilitares sérvias assassinaram
mais de 8.000 homens e meninos muçulmanos em Srebrenica, na Bósnia-
Herzegovina. Foi considerado um dos piores episódios de genocídio na Europa
desde a Segunda Guerra Mundial.
Os elementos característicos desse crime incluem: assassinato em massa,
genocídio, estupro, entre outros. Além disso, a ação foi deliberada, sistemática e
calculada.
 Crimes de Guerra no Iraque
Durante a invasão do Iraque em 2003, as forças dos EUA cometeram diversos
crimes de guerra, incluindo tortura, assassinato e prisões ilegais. O caso mais
infame foi de Abu Ghraib, uma prisão iraquiana na qual os detidos foram submetidos
à tortura e humilhação.
Os elementos característicos desses crimes incluem: tratamento desumano e
degradante, tortura e violações do direito à vida.
 Massacre de My Lai
Em 1968, as forças dos EUA, sob o comando do tenente William Calley,
assassinaram mais de 500 civis em My Lai, no Vietnã do Sul. Esse episódio ficou
amplamente conhecido como o Massacre de My Lai.
Os elementos característicos desse crime incluem: assassinato em massa,
tratamento desumano e degradante e violações do direito à vida.
 Crimes de Guerra em Gaza
Durante a ofensiva israelense em Gaza em 2014, os ataques aéreos israelenses
mataram mais de 2.200 palestinos, incluindo 551 crianças. As forças israelenses
também destruíram hospitais, escolas e casas civis.
Os elementos característicos desses crimes incluem: assassinato em massa,
destruição de bens civis e tratamento desumano e degradante.

5. O Grau de responsabilidade dos indivíduos pelos crimes de guerra:


debate sobre as diferentes formas de responsabilização pelo
cometimento de crimes de guerra.
O debate sobre a responsabilização dos indivíduos pelo cometimento de crimes de
guerra é extremamente complexo, pois existem variadas formas de
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responsabilização. Em primeiro lugar, de acordo com o Direito Internacional, todos


os indivíduos que cometem crimes de guerra devem ser responsabilizados. De
acordo com o artigo 146 do Estatuto de Roma, existe a responsabilidade individual
pelo cometimento de “genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra”.
Além disso, o Tribunal Penal Internacional (TPI) possui jurisdição sobre as
atrocidades cometidas durante um conflito armado e o Estatuto de Roma prevê que
os indivíduos são responsáveis pelos atos que praticam. O Estatuto também prevê
que os Estados são responsáveis por punir os indivíduos que cometem crimes de
guerra.
Uma das formas de responsabilização é a responsabilidade penal individual, que
busca atribuir culpabilidade aos indivíduos por suas ações durante os conflitos
armados. Nesse sentido, autores como Antonio Cassese e William Schabas
defendem que os indivíduos devem ser responsabilizados perante tribunais
nacionais ou internacionais, como o Tribunal Penal Internacional (TPI), por exemplo.
Essa abordagem é fundamentada no princípio de que os indivíduos são sujeitos de
direito internacional e devem ser responsabilizados por suas condutas criminosas.
Além da responsabilidade penal individual, a responsabilidade de comando é um
conceito importante no contexto dos crimes de guerra. Autores como Yoram Dinstein
e Christopher Greenwood argumentam que os comandantes militares devem ser
responsabilizados pelos crimes cometidos por seus subordinados, caso tenham
conhecimento ou deveriam ter conhecimento desses atos e não tomem medidas
adequadas para prevenir ou punir as violações. Essa perspectiva visa à
responsabilização dos superiores hierárquicos que, por ação ou omissão,
contribuíram para a perpetração dos crimes.
Além da responsabilidade individual, também se discute a responsabilidade
estatal pelos crimes de guerra. Autores como Georg Schwarzenberger e Theodor
Meron sustentam que os Estados têm o dever de prevenir e reprimir os crimes de
guerra, devendo ser responsabilizados quando falham nessa obrigação. A
responsabilidade estatal pode envolver sanções políticas, econômicas ou jurídicas,
como a imposição de sanções internacionais ou ações de reparação.
A responsabilização dos indivíduos pelos crimes de guerra é uma questão
complexa que requer abordagens multifacetadas. Através da responsabilidade penal
individual, da responsabilidade de comando e da responsabilidade estatal, busca-se
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estabelecer mecanismos que garantam a justiça e a punição adequada dos


responsáveis por essas atrocidades.
6. A Convenção de Haia de 1907 e seu papel na proteção das vítimas de
crimes de guerra: análise da Convenção de Haia e de seus dispositivos
sobre o tema.
A Convenção de Haia de 1907 desempenhou um papel significativo na proteção
das vítimas de crimes de guerra, estabelecendo normas e princípios para regular a
conduta durante os conflitos armados. A análise de seus dispositivos sobre o tema
revela o compromisso da comunidade internacional em minimizar o sofrimento das
pessoas afetadas pelos conflitos e promover o respeito aos direitos fundamentais.
Um dos aspectos cruciais da Convenção de Haia é a proteção dos feridos,
doentes e náufragos. A Convenção estabelece a obrigação de respeitar e tratar
humanamente essas pessoas, proibindo atos de violência e maus-tratos. Além
disso, ela prevê a criação de instituições e serviços médicos para prestar assistência
e cuidados adequados às vítimas. Essa disposição visa garantir que os feridos e
doentes sejam tratados com compaixão e recebam a atenção necessária para sua
recuperação.
Outro ponto essencial é a proteção da população civil. A Convenção de Haia
determina que a população civil e suas propriedades devem ser poupadas de
ataques e danos desnecessários. Isso significa que os civis não devem ser alvo
direto de ataques, e as ações militares devem ser direcionadas apenas a objetivos
militares legítimos. Essa disposição busca preservar a vida e a integridade física dos
civis, bem como garantir a proteção de seus bens e infraestruturas essenciais.
Além disso, a Convenção de Haia proíbe o uso de métodos ou meios de guerra
que causem sofrimento desnecessário ou ferimentos indiscriminados. Essa proibição
tem como objetivo limitar o sofrimento humano durante os conflitos e evitar danos
excessivos às pessoas e ao meio ambiente. O uso de armas químicas, biológicas e
outros meios que causem efeitos desproporcionais ou indiscriminados são
expressamente condenados pela Convenção.
A Convenção de Haia também estabelece a proibição de violências e represálias
contra a população civil e os prisioneiros de guerra. Ela exige que os indivíduos
capturados durante os conflitos sejam tratados humanamente, sem serem sujeitos a
maus-tratos, tortura ou execução sumária. Além disso, a Convenção proíbe a prática
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de represálias contra a população civil como forma de retaliação, reforçando a


necessidade de proteção e respeito aos direitos das vítimas.
Os Estados signatários da Convenção de Haia têm a responsabilidade de
respeitar e fazer respeitar suas disposições. Isso implica em programar as normas
da Convenção em sua legislação nacional e adotar medidas adequadas para
garantir o cumprimento das mesmas. Os Estados também devem tomar as medidas
necessárias para reprimir efetivamente os crimes de guerra e punir os responsáveis
por tais atos. Essa responsabilidade estatal busca garantir a aplicação das normas
de proteção e a responsabilização daqueles que violam as leis e os costumes da
guerra.

7. O Tribunal Internacional de Justiça e a justiça dos crimes de guerra:


estudo sobre a jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça e sua
capacidade de julgar os crimes de guerra.
O Tribunal Internacional de Justiça dos Crimes de Guerra (TIJCG) é uma instituição
de extrema importância no campo do Direito Internacional Humanitário, responsável
por julgar indivíduos acusados de crimes de guerra. Neste estudo, analisaremos a
jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça e sua capacidade de julgar os crimes
de guerra, considerando seus princípios, limitações e desafios.
 Jurisdição do Tribunal Internacional de Justiça dos Crimes de
Guerra:
O Tribunal Internacional de Justiça dos Crimes de Guerra foi estabelecido
com a finalidade de garantir a justiça e a responsabilização por crimes de guerra.
Sua jurisdição abrange a competência para julgar indivíduos acusados de genocídio,
crimes contra a humanidade, crimes de guerra e agressão.
 Competência do Tribunal Internacional de Justiça dos Crimes de
Guerra:
A competência do Tribunal Internacional de Justiça é baseada em dois pilares
principais: a competência territorial e a competência pessoal. Em termos territoriais,
o Tribunal tem jurisdição sobre os crimes de guerra ocorridos em qualquer território
sob a jurisdição de uma Estada Parte ou quando o Estado no qual o crime foi
cometido é incapaz ou não está disposto a exercer a jurisdição. Quanto à
competência pessoal, o Tribunal tem autoridade para julgar indivíduos que tenham
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cometido os crimes mencionados, independentemente de sua posição oficial ou


status.
 Limitações do Tribunal Internacional de Justiça dos Crimes de
Guerra:
Apesar de sua importância, o Tribunal Internacional de Justiça dos Crimes de
Guerra enfrenta algumas limitações em sua atuação. Uma delas é a dependência da
cooperação dos Estados, pois o Tribunal não possui força policial própria para
prender suspeitos ou garantir o cumprimento de suas decisões. Além disso, a
competência do Tribunal está sujeita à adesão dos Estados, o que pode limitar sua
abrangência geográfica e dificultar a responsabilização de indivíduos em
determinadas situações.
 Desafios enfrentados pelo Tribunal Internacional de Justiça dos
Crimes de Guerra:
O Tribunal Internacional de Justiça dos Crimes de Guerra também enfrenta
desafios significativos em sua missão de julgar os crimes de guerra. Um dos
principais desafios é a dificuldade em obter provas e testemunhos confiáveis,
especialmente em áreas afetadas por conflitos armados, onde as condições de
segurança podem ser precárias. Além disso, a identificação e detenção de suspeitos
podem ser complexas, especialmente quando eles ocupam cargos de alto escalão
ou estão em países que não reconhecem a jurisdição do Tribunal.
O Tribunal Internacional de Justiça dos Crimes de Guerra desempenha um
papel fundamental na luta pela justiça e responsabilização por crimes de guerra. Sua
jurisdição e competência abrangem os principais crimes internacionais, buscando
garantir que os responsáveis por tais atrocidades sejam julgados.

8. A jurisprudência do Tribunal Penal Internacional sobre os crimes de


guerra: análise de casos julgados pelo Tribunal Penal Internacional e
sua jurisprudência sobre os crimes de guerra.
A jurisprudência do Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre os crimes de guerra é
um elemento fundamental na aplicação do Direito Internacional Humanitário e na
responsabilização dos indivíduos que cometem esses crimes. Por meio da análise
de casos julgados pelo TPI, podemos examinar sua jurisprudência sobre os crimes
de guerra e os precedentes estabelecidos.
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 Caso Thomas Loanga Dyilo:


Um dos casos mais conhecidos julgados pelo TPI é o de Thomas Lubanga
Dyilo, líder de um grupo armado na República Democrática do Congo. Lubanga foi
acusado de recrutamento e uso de crianças-soldado durante o conflito na região de
Ituri. Esse caso foi significativo para a jurisprudência do TPI, pois estabeleceu a
importância do combate ao recrutamento e uso de crianças em conflitos armados
como um crime de guerra.
 Caso Jean-Pierre Bemba:
Outro caso relevante é o de Jean-Pierre Bemba, um ex-líder rebelde da
República Centro-Africana. Bemba foi considerado culpado por crimes de guerra e
crimes contra a humanidade, incluindo estupro, assassinato e pilhagem, cometidos
por seus combatentes durante o conflito no país. Nesse caso, o TPI enfatizou a
responsabilidade do comandante por crimes cometidos por suas tropas e
estabeleceu que a não punição adequada dos crimes sexuais é inaceitável.
 Caso Ahmad Al Faqi Al Mahdi:
O caso de Ahmad Al Faqi Al Mahdi foi o primeiro caso no TPI relacionado à
destruição de locais religiosos e culturais como crime de guerra. Al Mahdi foi
acusado de destruir mausoléus e santuários em Tombuctu, no Mali. O TPI
considerou sua conduta como uma grave violação do Direito Internacional
Humanitário, destacando a proteção dos locais religiosos e culturais durante os
conflitos armados.
 Caso Bosco Ntaganda:
Bosco Ntaganda, ex-comandante das Forças Patrióticas para a Libertação do
Congo, foi julgado pelo TPI por uma série de crimes de guerra e crimes contra a
humanidade, incluindo assassinatos, estupros em massa, recrutamento de crianças-
soldado e deslocamento forçado de civis. Esse caso reforçou a jurisprudência do TPI
no que diz respeito à responsabilidade individual por crimes cometidos durante os
conflitos armados.
Através desses casos e de outros julgamentos realizados pelo TPI, a jurisprudência
tem se desenvolvido gradualmente, estabelecendo precedentes e interpretações
sobre diversos aspectos dos crimes de guerra. Esses precedentes ajudam a orientar
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futuros casos e promovem a coerência e a consistência na aplicação das normas do


Direito Internacional Humanitário.
No entanto, é importante destacar que a jurisprudência do TPI ainda está em
constante evolução, e novos desafios podem surgir à medida que novos casos são
julgados. A cooperação dos Estados, a coleta de provas em áreas de conflito e a
proteção das vítimas são alguns dos desafios enfrentados pelo TPI em sua busca
pela justiça e responsabilização por crimes de guerra.

9. A cooperação internacional na luta contra os crimes de guerra: pesquisa


sobre a cooperação internacional na prevenção e punição dos crimes de
guerra.
A cooperação internacional desempenha um papel essencial na prevenção e
punição dos crimes de guerra. A gravidade desses crimes e suas consequências
humanitárias exigem esforços conjuntos por parte da comunidade internacional.
Nesta pesquisa, exploraremos a importância da cooperação internacional na luta
contra os crimes de guerra, examinando diferentes aspectos, como
compartilhamento de informações, extradição de suspeitos, assistência humanitária
e estabelecimento de tribunais internacionais.
 Compartilhamento de informações e inteligência:
A cooperação no compartilhamento de informações e inteligência entre os
países desempenha um papel crucial na identificação, investigação e persecução
dos crimes de guerra. O intercâmbio de dados sobre suspeitos, redes criminosas,
rotas de tráfico de armas e outras informações relevantes fortalece os esforços
globais de combate a esses crimes.
 Extradição e entrega de suspeitos:
A extradição e entrega de suspeitos de crimes de guerra são aspectos
fundamentais da cooperação internacional. Os países devem colaborar para garantir
que os indivíduos acusados sejam levados à justiça e não encontrem refúgio em
territórios estrangeiros. Tratados bilaterais e acordos de cooperação mútua em
matéria de extradição são essenciais para facilitar esse processo.
 Estabelecimento de tribunais internacionais:
A criação de tribunais internacionais, como o Tribunal Penal Internacional (TPI), é
um exemplo concreto da cooperação internacional na punição dos crimes de guerra.
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Esses tribunais têm a função de julgar indivíduos acusados de crimes graves contra
a humanidade, crimes de guerra e genocídio. A cooperação dos Estados-membros
com essas instituições é fundamental para garantir o comparecimento dos suspeitos
perante a justiça.
 Assistência humanitária e proteção de vítimas:
A cooperação internacional também desempenha um papel crucial na prestação
de assistência humanitária e na proteção das vítimas de crimes de guerra. A
colaboração entre organizações não governamentais, agências humanitárias e
governos é necessária para garantir a provisão de cuidados médicos, abrigo,
alimentação e outros serviços essenciais às vítimas. Além disso, a cooperação na
proteção de testemunhas e no apoio à reconstrução de áreas afetadas por conflitos
armados é de suma importância.
A cooperação internacional é um componente essencial na prevenção e punição dos
crimes de guerra. Através do compartilhamento de informações, extradição de
suspeitos, estabelecimento de tribunais internacionais e assistência humanitária, os
países podem fortalecer seus esforços conjuntos na busca pela justiça e
responsabilização. É imperativo que os Estados trabalhem em conjunto para garantir
que os autores de crimes de guerra sejam levados à justiça, as vítimas sejam
protegidas e os direitos humanos sejam respeitados.

10. As contradições entre o direito internacional e as práticas estatais em


relação aos crimes de guerra: reflexão sobre as divergências entre o
direito internacional e as políticas dos Estados em relação aos crimes de
guerra.
Os crimes de guerra representam uma séria violação do Direito Internacional
Humanitário e são considerados crimes internacionais. No entanto, a existência de
contradições entre as normas estabelecidas pelo direito internacional e as práticas
adotadas pelos Estados em relação a esses crimes levanta questões cruciais. Nesta
reflexão, analisaremos as divergências entre o direito internacional e as políticas
estatais, apoiando-nos em referências de renomados autores do direito
internacional.
 Impunidade de crimes de guerra por parte de Estados:
A impunidade de crimes de guerra por parte dos Estados é uma contradição
importante. Segundo Antonio Cassese, renomado jurista e professor de direito
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internacional, a impunidade estatal é um dos maiores desafios enfrentados pelo


sistema de justiça internacional. A falta de vontade política, a interferência de
interesses nacionais e a falta de recursos podem contribuir para a impunidade
dos crimes de guerra perpetrados por agentes estatais (Cassese, 2003).
 Práticas ilegais em conflitos armados:
A prática de práticas ilegais em conflitos armados, contrariando as normas do
Direito Internacional Humanitário, é uma contradição flagrante. Nesse contexto,
Philippe Sands, professor de direito internacional, destaca que alguns Estados
têm buscado reinterpretar ou contornar as normas do direito internacional para
justificar suas ações em conflitos armados, contribuindo para um ambiente de
impunidade e desrespeito aos direitos humanos (Sands, 2005).
 Restrições na cooperação internacional:
As restrições impostas pelos Estados à cooperação internacional para
investigação e responsabilização por crimes de guerra também são contradições
significativas. Mark Drumbl, especialista em direito internacional e justiça
transicional, enfatiza a necessidade de uma cooperação efetiva entre Estados e
tribunais internacionais para garantir que os responsáveis por crimes de guerra
sejam levados à justiça (Drumbl, 2019). A falta de cooperação pode ser motivada
por considerações políticas, interesses nacionais ou preocupações com a
soberania.
 Implementação de normas do direito internacional:
A falta de implementação efetiva das normas do direito internacional pelos
Estados também é uma contradição preocupante. William Schabas, renomado
especialista em direito internacional, destaca que alguns Estados têm resistido
em incorporar plenamente as normas internacionais em seus sistemas jurídicos
internos, o que prejudica a responsabilização efetiva por crimes de guerra
(Schabas, 2015).
As contradições entre o direito internacional e as práticas estatais em relação aos
crimes de guerra são um desafio persistente. A impunidade estatal, as práticas
ilegais, as restrições na cooperação internacional e a falta de implementação das
normas do direito internacional representam obstáculos à busca da justiça e da
responsabilização.
15

11. O papel dos juristas e advogados na proteção dos direitos das vítimas
de crimes de guerra: estudo sobre o papel da comunidade jurídica e dos
advogados na proteção dos direitos humanos e da justiça em casos de
crimes de guerra.
A proteção dos direitos das vítimas de crimes de guerra é um elemento central do
Direito Internacional Humanitário. Neste estudo, exploraremos o papel crucial
desempenhado pela comunidade jurídica e pelos advogados na defesa dos direitos
humanos e na busca pela justiça em casos de crimes de guerra. Por meio de
referências a renomados autores do direito internacional, examinaremos como os
juristas e advogados contribuem para a proteção das vítimas.
 Representação legal das vítimas:
Os advogados desempenham um papel fundamental na representação legal das
vítimas de crimes de guerra. Eles atuam como defensores dos direitos humanos,
fornecendo assistência jurídica às vítimas e trabalhando para responsabilizar os
perpetradores. Philippe Sands, professor de direito internacional, destaca a
importância da atuação dos advogados na defesa dos direitos das vítimas e na
garantia de um processo justo (Sands, 2009).
 Documentação e investigação de violações:
A comunidade jurídica, por meio de organizações não governamentais e tribunais
internacionais, desempenha um papel essencial na documentação e investigação de
violações de crimes de guerra. A coleta de evidências, o testemunho das vítimas e o
trabalho de investigação são cruciais para estabelecer a responsabilidade dos
perpetradores. Diane F. Orentlicher, professora de direito internacional, ressalta a
importância desses esforços para a busca da justiça e para a proteção das vítimas
(Orentlicher, 2017).
 Advocacia por reformas legais e normativas:
Juristas e advogados também desempenham um papel relevante na advocacia por
reformas legais e normativas para fortalecer a proteção dos direitos das vítimas de
crimes de guerra. Eles trabalham para promover a adoção e implementação de leis
nacionais e internacionais mais eficazes, bem como para garantir a conformidade
com os princípios do direito internacional humanitário. William A. Schabas,
especialista em direito internacional, destaca a importância dessa advocacia para o
16

aprimoramento do sistema de justiça e a proteção dos direitos humanos (Schabas,


2015).

 Educação e sensibilização sobre direitos humanos:


A comunidade jurídica desempenha um papel fundamental na educação e
sensibilização sobre direitos humanos, incluindo os direitos das vítimas de crimes de
guerra. Por meio de programas educacionais, treinamentos e iniciativas de
conscientização, os juristas e advogados contribuem para a disseminação de
conhecimento e para a promoção de uma cultura de respeito aos direitos humanos.
Radhika Coomaraswamy, especialista em direitos humanos, enfatiza a importância
da educação para a prevenção de violações e a promoção da justiça
(Coomaraswamy,2006).

Os juristas e advogados desempenham um papel crucial na proteção dos direitos


das vítimas de crimes de guerra. Sua atuação na representação legal das vítimas,
na documentação e investigação de violações, na advocacia por reformas legais e
na educação e sensibilização sobre direitos humanos contribui para a busca da
justiça e para a garantia dos direitos humanos em situações de conflito. Através de
seus esforços, eles desempenham um papel fundamental na construção de um
mundo mais justo e humano.

Considerações Finais
Em conclusão, a análise abrangente dos tópicos relacionados aos crimes de guerra
revela a importância crucial de garantir a proteção das vítimas e a responsabilização
dos perpetradores. Ao longo da história, o conceito de crime de guerra evoluiu para
refletir a necessidade de distinguir entre atos legítimos de guerra e violações graves
do direito internacional humanitário.
As características essenciais de um crime de guerra foram identificadas,
destacando a participação em conflitos armados, a violação de normas
internacionais, a intenção criminosa e a gravidade dos atos cometidos. Através da
análise de casos concretos, podemos compreender a diversidade de atos
considerados como crimes de guerra e os elementos característicos subjacentes a
esses crimes.
17

A responsabilização dos indivíduos pelos crimes de guerra é um tema de


debate complexo, com diferentes formas de responsabilização, como os tribunais
penais internacionais e os tribunais nacionais exercendo jurisdição sobre esses
crimes. Essas instituições desempenham um papel crucial na busca pela justiça e na
dissuasão de futuros crimes de guerra.
A Convenção de Haia de 1907 desempenha um papel fundamental na
proteção das vítimas de crimes de guerra, estabelecendo normas e dispositivos
específicos para a conduta de conflitos armados. A sua análise aprofundada revela a
importância de implementar e respeitar essas disposições para garantir a proteção
adequada das vítimas.
O Tribunal Internacional de Justiça, embora não seja especificamente
dedicado ao julgamento de crimes de guerra, possui jurisdição para resolver
disputas entre Estados relacionadas a essas questões e desempenha um papel
significativo na promoção da justiça e do respeito ao direito internacional.
A jurisprudência do Tribunal Penal Internacional sobre os crimes de guerra
fornece orientações importantes para a interpretação e aplicação do direito
internacional humanitário. A análise de casos julgados por este tribunal revela os
avanços na justiça internacional e destaca a importância de punir os perpetradores
de crimes de guerra.
A cooperação internacional é essencial na luta contra os crimes de guerra,
desde a prevenção até a punição. Através de acordos e mecanismos de
cooperação, os Estados podem compartilhar informações, fortalecer suas
capacidades legais e facilitar a extradição de suspeitos, a fim de garantir a
responsabilização efetiva pelos crimes de guerra.
No entanto, persistem contradições entre o direito internacional e as práticas
estatais em relação aos crimes de guerra. As políticas dos Estados nem sempre
estão alinhadas com as normas internacionais, o que pode dificultar a
responsabilização e a proteção adequada das vítimas. Essas contradições exigem
um esforço contínuo para promover a conformidade e a coerência entre o direito
internacional e as práticas estatais.
Nesse contexto, o papel dos juristas e advogados é fundamental na proteção
dos direitos das vítimas de crimes de guerra. A comunidade jurídica desempenha
um papel crucial na promoção da justiça e na defesa dos direitos humanos,
18

trabalhando para garantir que os perpetradores sejam responsabilizados e que as


vítimas recebam o apoio necessário.

Em suma, a compreensão dos crimes de guerra, sua evolução histórica, os


atos caracterizados como tais, a responsabilidade dos indivíduos, as normas
internacionais, a jurisprudência, a cooperação internacional, as contradições estatais
e o papel dos juristas e advogados são elementos fundamentais para a proteção das
vítimas e a promoção da justiça em casos de crimes de guerra. O engajamento
contínuo nesses aspectos é essencial para avançar em direção a um mundo mais
justo e humanitário.

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