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RESUMO 1. INTRODUÇÃO
Este artigo analisa a construção dos O presente artigo porta um estudo sobre
contornos dos crimes internacionais nos seus os crimes internacionais, partindo de sua
aspectos formal e material, sendo eles atualmente definição formal e material, assim como de sua
definidos pelo Estatuto de Roma como crimes de construção histórica até a chegada à sua fórmula
genocídio, crimes contra a humanidade, crimes atual, passando por uma lenta e assimétrica
de guerra e crimes de agressão. Inicialmente, elaboração no que toca aos conceitos de crime de
esses crimes são analisados do ponto de genocídio, crime contra a humanidade, crime de
vista do desenvolvimento histórico do direito guerra e crime de agressão, os quais atualmente
internacional e posteriormente são analisados são previstos pelo Estatuto de Roma.
sob o ponto de vista do direito comparado A definição de crime internacional se torna
francês e brasileiro. mais precisa após um processo que tem lugar ao
longo do século XX, de um lado sob a impulsão
Palavras chave da prática de violações cada vez mais atrozes
Crimes internacionais; direito que se tornam conhecidas de todos graças às
internacional; Estatuto de Roma; direito francês; novas tecnologias e, de outro lado em razão do
direito brasileiro. desenvolvimento do direito internacional.
Nesse novo quadro, o direito penal conhece
ABSTRACT um movimento de internacionalização1,
inicialmente pelo pilar do direito internacional
This article analyzes the construction of
costumeiro e a seguir por meio do direito
the contours of international crimes in their
internacional convencional, na medida em
formal and material aspects, which are currently
que o direito internacional chama para si a
defined by the Rome Statute as crimes of
competência da responsabilização penal, graças à
genocide, crimes against humanity, war crimes
identificação de ofensas graves que ultrapassam
and crimes of aggression. Initially, these crimes
os limites da criminalidade tradicional.
are analyzed from the point of view of the
historical development of international law and Essa identificação é decisiva para
later they are analyzed from the point of view of desencadear o processo que irá definir a
French and Brazilian comparative law. noção de crimes internacionais pelo direito
internacional (I), dando início, em seguida, a
Keywords um novo processo, desta vez partindo do direito
International crimes; international law; internacional em direção aos Estados, no sentido
Rome Statute; French law; Brazilian law. de que certas convenções internacionais lhes
impõem obrigações positivas, dentre as quais
se encontra a obrigação de harmonizar o direito
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nacional em relação ao direito internacional, Por essa razão, faz-se necessário inicialmente
sabendo-se que em matéria de violação ao direito analisar o processo que levou à identificação dos
das gentes, como é o caso dos crimes de massa, o crimes internacionais (A), para, em seguida,
princípio da subsidiariedade do direito penal não verificar como o direito internacional se ocupa
é aplicável em decorrência do desaparecimento desses conceitos atualmente (B).
da margem de apreciação nacional.
Para se desincumbir das obrigações positivas A. A construção histórica dos crimes
impostas pelo direito internacional, os Estados internacionais
colocam em prática novas disposições a fim de A primeira definição de crime internacional
harmonizar o direito e permitir a investigação concerne à edificação do conceito de crime
e o processamento no quadro das jurisdições de guerra, devido em grande parte ao
nacionais, o que inaugura a existência de um desenvolvimento do direito internacional
sistema jurisdicional dualista em matéria de humanitário, cujo nascimento remonta à
crimes internacionais. preocupação da comunidade internacional em
Deste fato, os crimes internacionais reduzir os danos causados pelas guerras.
ganham uma abordagem de direito comparado Seu principal instrumento jurídico é a
(II), o que permite avaliar os diferentes estágios constituição da Liga das Nações consagrada
de evolução de cada direito nacional no que pelo Tratado de Versalhes de 1919, redigido no
concerne ao cumprimento de suas respectivas prolongamento das conclusões da Commission
obrigações positivas. A título ilustrativo, a sur la responsabilité des auteurs de la guerre et
análise repousará aqui sobre o direito brasileiro sur l’application des peines4, bem como pelas
e o direito francês. Convenções de Haia de 1899 e de 1907 e,
sobretudo, pelas quatro Convenções de Genebra.
2. A DEFINIÇÃO DOS CRIMES
As Convenções de Haia são as fundadoras
INTERNACIONAIS PELO DIREITO do denominado “direito de Haia”, encarregado
INTERNACIONAL notadamente de estabelecer as regras
concernentes aos conflitos armados, tais como
Os crimes internacionais podem ser
a proibição de utilização de certas armas ou
analisados a partir de duas concepções. A primeira
métodos de combate, enquanto as Convenções
concepção é de natureza formal, segundo a qual
de Genebra, portando criação ao “direito de
os crimes internacionais são violações previstas
Genebra”, fundam um regime jurídico de proteção
e descritas por uma convenção internacional.
de pessoas concernidas pelas hostilidades5.
A segunda concepção, de natureza material,
considera uma perspectiva diferente, segundo Tanto o direito de Haia quanto o direito de
a qual os crimes internacionais são infrações Genebra serão as principais fontes de inspiração
que portam uma lesão aos valores de toda a da definição dos crimes de guerra.
humanidade, valores, portanto, comuns a todas A aparição do crime contra a humanidade
as sociedades2. na cena internacional remonta igualmente
Se atualmente a expressão crimes às convenções de Haia de 1899 e de 1907,
internacionais advém de transgressões penais notadamente por meio da definição da cláusula
que são previstas no Estatuto de Roma3, tais Martens que foi o primeiro texto jurídico a
como o crime de genocídio, o crime contra a evocar a existência de normas uniformes de
humanidade, o crime de guerra e o crime de proteção dos indivíduos “sob a proteção e
agressão, e que são, portanto, definidos por um a regulamentação dos princípios do direito
instrumento único de direito internacional, internacional, uma vez que estes resultam dos
tendo por objetivo, ao menos em teoria, a costumes estabelecidos entre povos civilizados,
proteção de valores do conjunto das comunidades dos princípios da humanidade e dos ditames da
humanas, considerando o fato de que se trata consciência pública”.
de uma jurisdição internacional permanente Em seguida, após o massacre dos armênios
com vocação universal, essas definições foram na Turquia ocorrido em 1915 e por ocasião
construídas de maneira diferente ao longo da da Conferência de Paz de Paris em 1919, uma
história. comissão foi nomeada a fim de examinar
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impede, no entanto, que esses crimes sejam jurídico que permita caracterizar esses crimes,
caracterizados pelos direitos domésticos, o que criar infrações penais no seio do direito nacional,
permitiria o exercício da jurisdição nacional, que, adaptar as normas de processo e regular as
aliás, possui primazia em relação à jurisdição formas de cooperação com a Corte.
internacional. A esse respeito, no domínio penal, as
normas contidas nos tratados internacionais
3. A DEFINIÇÃO DOS CRIMES assim como a promulgação do tratado pelo
INTERNACIONAIS NO DIREITO decreto presidencial não são suficientes para
COMPARADO orientar a elaboração do direito nacional,
sabendo-se que não se admite a aplicação direta
Se, de um lado, o desenvolvimento do das previsões de um tratado internacional ao
direito internacional penal criou um novo encontro dos princípios nullum crimen sine lege
regime jurídico para o tratamento dos crimes praevia, nullum crimen sine lege stricta, nullum
internacionais, de outro lado o fato de proteger crimen sine lege scripta nullum crimen sine
valores concernentes à comunidade humana lege, consagrados pela Constituição brasileira
em seu conjunto fez com que essas convenções no quadro do princípio da legalidade, tão caro
internacionais adquirissem um caráter de ao direito brasileiro a que os penalistas possuem
ius cogens, de forma a impor aos Estados sua ainda tanto apego, sem consideração a outros
observância. O direito internacional se encontra, valores.
portanto, na origem da imposição de algumas Por consequência, segundo entendimento
obrigações positivas aos Estados, dentre as dominante, os crimes devem ser caracterizados,
quais se encontra a obrigação de adequar seus em todas as suas circunstâncias, pela lei
respectivos direitos nacionais. interna, promulgada conforme o devido processo
A existência de ordenamentos jurídicos legislativo, não importando o teor do direito
nacionais que passam a conter normas de direito internacional e do ius cogens. De outro lado, as
internacional permite a análise comparada normas internacionais possuem valor de fonte
desses crimes, como é o caso do direito brasileiro de interpretação, conforme a decisão exarada
(A) e do direito francês (B) que serão aqui no julgamento do Habeas Corpus n° 70389
cotejados no que diz respeito ao cumprimento pelo Supremo Tribunal Federal no Brasil, que
dessa obrigação positiva. utilizou a Convenção das Nações Unidas sobre a
repressão do crime de tortura como uma norma
A. Os crimes internacionais no direito de integração, porquanto não existia à época
brasileiro uma lei brasileira específica para a repressão da
tortura10.
Apesar de o Brasil ter ratificado o Estatuto
de Roma, por meio do Decreto n° 4.388/2002, Se comparado ao Estatuto de Roma, o
seu direito penal interno não é acompanhado da sistema jurídico brasileiro possui algumas
adoção de um processo legislativo que preveja previsões esparsas, sendo algumas distintas e
e caracterize os crimes contra a humanidade, outras semelhantes à definição dada pelo direito
os crimes de genocídio, os crimes de guerra e internacional. Tal se produz, por exemplo, em
tampouco os crimes de agressão. relação a alguns dispositivos legais de crimes
como o genocídio, a tortura, o racismo ou a
Desde a internalização do Estatuto da
prática de violências sexuais. Em relação a
Corte Penal Internacional pelo direito nacional
outros crimes, inexiste qualquer disposição de
brasileiro, alguns esforços legislativos tiveram
direito nacional.
ainda lugar a fim de adaptar e harmonizar o
respectivo sistema de justiça, sem sucesso, no Quanto ao crime de genocídio, a Lei n°
entanto. 2.889/56 o define como sendo o fato de matar
membros de grupo nacional, étnico, racial ou
A despeito da criação de um grupo de
religioso, provocando graves lesões à integridade
trabalho nomeado pelo Ministério da Justiça
física ou mental desses membros, ou ainda de
brasileiro e encarregado de elaborar um projeto
submetê-los intencionalmente a condições
de lei, não existe nenhum avanço no que
de vida que os levem à destruição física total
concerne à entrada em vigor das disposições do
ou parcial, bem como adotar medidas visando
Estatuto de Roma pela via de um instrumento
a impedir nascimentos no seio do grupo ou
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Lei n° 6.764/2002 que trata da prática de crimes É de se sublinhar que a Lei de 26 de dezembro
contra o Estado Democrático de Direito, dentre de 1964 restringiu seu campo de aplicação aos
eles os crimes de agressão à soberania, a traição crimes cometidos pelos crimes cometidos pelos
e a violação do território, os quais, conforme o membros dos Governos dos países europeus do
caso, podem ser considerados como crimes de Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, não
agressão. se aplicando nem às forças japonesas (levando
em conta que a França não havia ratificado o
B. Os crimes internacionais no direito Estatuto de Tóquio) nem aos crimes cometidos
francês fora do âmbito da Segunda Guerra Mundial, pois
a lei francesa não previa criminalização geral de
Contrariamente ao que ocorre no direito
crimes contra a humanidade.
penal brasileiro que exige a necessidade de uma
lei específica, no que toca ao direito francês se Nesse sentido, a Câmara Criminal francesa
faz suficiente seja a previsão de dispositivos estimou que não seria possível qualificar como
internos incriminando os crimes internacionais, crime contra a humanidade os atos cometidos
seja um texto internacional integrado pelo direito durante a guerra da Indochina, adotando a
interno. No entanto, subsiste a compreensão mesma solução no que concerne aos atos
comum segundo a qual o costume internacional cometidos durante a guerra da Argélia.
não substitui a ausência de textos incriminando Posteriormente, o Código Penal de 1992,
os crimes internacionais12. que entrou em vigor em 1° de março de 1994,
Por consequência, face à jurisdição francesa, previa a incriminação dos crimes contra a
uma pessoa pode ser processada por crimes humanidade, portando suas características
internacionais como o genocídio, os crimes gerais, inscrevendo-os no Título I dos crimes
contra a humanidade e os crimes de guerra, os contra a pessoa, especificamente nos artigos 211
quais são formalmente previstos pelo direito e seguintes do Código Penal.
penal francês. Por outro lado, o crime de agressão Em seguida, por meio da Lei n° 2010-
não pode ser reprimido na França porquanto 930 de 9 de agosto de 2010, o Código Penal
não é previsto pela lei francesa e notadamente francês adotou o Estatuto de Roma, de forma a
porque a emenda ao Estatuto de Roma ainda não tornar a legislação nacional simétrica ao direito
foi ratificada por disposição interna. internacional, cumprindo com sua obrigação
Se o direito francês for analisado em positiva de harmonização.
ordem cronológica, a primeira previsão de A partir de então, o artigo 211-1 do Código
crimes contra a humanidade foi feita pela Lei Penal francês caracteriza o crime de genocídio
de 26 de dezembro de 1964, contendo, nesta como “le fait, en exécution d’un plan concerté
época, a noção segundo a qual os crimes contra tendant à la destruction totale ou partielle d’un
a humanidade eram uma espécie de crime de groupe national, racial, ethnique ou religieux,
guerra. Essa lei os retratou segundo a descrição ou d’un déterminé à partir de tout autre critère
feita pelo Estatuto de Nuremberg, reconhecendo arbitraire, de commettre ou de faire commettre,
sua imprescritibilidade, de forma a lhes atribuir à l’encontre de membres de ce groupe les actes
um estatuto diferente ao de direito comum. suivants: atteinte volontaire à la vie, atteinte
Atualmente, a repressão penal francesa dos grave à l’intégrité physique ou psychique,
crimes internacionais pode ser dividida em crime soumission à des conditions d’existence de
contra a humanidade e crime de guerra, sendo o nature à entraîner la destruction totale ou
genocídio uma espécie do primeiro, o que é uma partielle du groupe, mesures visant à entraver
particularidade da legislação nacional. les naissances et transfert forcé d’enfants”. Além
disso, o seu artigo 211-2 prevê como crime a
Na decisão de 20 de dezembro de 1985,
prática de provocação pública e direta, por todos
conhecida como affaire Barbie, a Corte de
os meios, a cometer genocídio.
Cassação empregou expressões do Estatuto do
Tribunal de Nuremberg para determinar os Nomeando-os como “outros crimes contra
elementos constitutivos dos crimes contra a a humanidade, o artigo 212-1 refere-se à prática
humanidade, apoiando-se sobre as noções de atos de atos cometidos, em conformidade a um
desumanos e perseguições que não poderiam ser plano concertado contra um grupo de população
ligadas à criminalidade nacional. civil no quadro de um ataque generalizado ou
sistemático tais como: a ofensa voluntária à
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nacional para a responsabilização dos autores considerar o futuro como sendo o de um novo
de graves violações aos direitos humanos e às paradigma rumo à jurisdição universal capaz de
leis e costumes de guerra, em cumprimento ao julgar violações aos interesses da comunidade
princípio da complementariedade. humana como um todo. Embora lento, este é
Por outro lado, ainda existem graves lacunas um processo inexorável.
no direito brasileiro no que concerne à definição Apesar de todas as adversidades que essa
dos crimes internacionais, culminando em nova justiça encontra e mesmo que não seja
imperfeições no exercício da jurisdição nacional. razoável concluir que esses novos paradigmas da
Face à ordem jurídica internacional, a lei penal justiça penal permitirão reduzir a criminalidade
brasileira apresenta largas omissões, impedindo internacional, é verdade que esse modelo
a investigação, processamento e punição de conheceu um avanço significativo capaz de
crimes de massa. conferir maior estabilidade à justiça em âmbito
Se, de um lado, os sistemas jurídicos mundial, consolidando a existência de dois
nacionais são ainda assimétricos no tratamento sistemas penais paralelos de jurisdição, o da
punitivo de graves violações a direitos da Corte Penal Internacional e o dos Estados.
humanidade e se o direito penal doméstico de Resta a questão de saber de que maneira o
alguns Estados caminha a passos lentos, como direito penal, ancorado nos princípios fundantes
é o caso do Brasil, em que o direito é afastado do direito internacional dos direitos humanos,
do direito internacional, como se existissem se orientará em direção a este novo padrão de
duas ordens diversas, de outro lado é possível vocação cosmopolita.
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NOTAS
1. FOUCHARD, Isabelle. Crimes Internationaux. 6. A convenção foi proposta por Raphael Lemkin,
Entre internationalisation du droit pénal et a quem foi atribuída a criação da expressão
pénalisation du droit international. Bruxelles, genocídio em resposta oficial a à Winston
Bruylant, 2014. Churchill sobre os “crimes sem nome »
2. DELMAS-MARTY, Mireille. Os crimes cometidos pelos nazistas durante a Segunda
internacionais podem contribuir para o debate Guerra Mundial. Ver: REBUT, Didier, Droit
entre universalismo e relativismo de valores? pénal international. Paris, Dalloz, 2012,
In DELMAS-MARTY, Mireille & CASSESE, p. 617.
Antonio (Orgs). Crimes internacionais 7. Como é o caso da Convention internationale
e Jurisdições Internacionais. Trad. Silvio sur la prévention et la répression des crimes
Antunha. Barueri, Manole, 2004. contre l’humanité.
3. Apesar de o Estatuto de Roma não ter utilizado 8. Ou, segundo o artigo 7, em função de outros
o termo “crime internacional”, seu artigo 1° critérios universalmente reconhecidos como
faz referência aos “crimes mais graves que inadmissíveis em direito internacional.
possuam alcance internacional”. 9. Esta exigência fora satisfeita em 26 de junho de
4. A Comissão sobre a responsabilidade dos 2016 com a ratificação da emenda pelo Estado
autores da guerra e sobre a aplicação das penas da Palestina.
permitiu a redação de artigos que dizem respeito 10. A Lei n° 9455/97 que prevê os crimes de tortura
às reparações previstas pelo Tratado de Versalhes no Brasil entrou em vigor em 1997.
(artigos 231 a 244), em que o Estado alemão e
seus aliados reconhecem sua responsabilidade 11. AMBOS, Kai. Persecução Penal Internacional
por todas as perdas e violações sofridos pelos na América Latina e Espanha. São Paulo:
Estados vencedores. Ver: Commission on the IBCCrim, 2003, p. 41.
Responsibility of the Authors of the War and 12. REBUT, Didier. Droit pénal international,
on Enforcement of Penalities. The American Paris, Dalloz, 2012, p. 612.
Journal of International Law, Vol. 14, Nº. 1/2
13. Crim. 1er juin 1995, Bull. crim, n° 202.
(Jan. - Apr., 1920).
5. BETTATI, Mario. Droit humanitaire. Paris,
Dalloz, 2012.
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