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DIREITO INTERNACIONAL

DOS DIREITOS HUMANOS

THAISA HABER FALEIROS


O QUE É?
• Conjunto de normas e medidas internacionais
voltada à proteção dos direitos humanos;
• Proteção interna e externa;
• Caráter protetivo não dos Estados, mas do ser
humano;
• Objeto destacado dentro do Direito internacional;
• Novo paradigma temático para o Direito
internacional que passou a ser pensado a partir da
ótica dos direitos humanos.
ORIGEM HISTÓRICA

DOUTRINA INDICA TRÊS GRANDES


PRECEDENTES

O DIREITO HUMANITÁRIO
A LIGA DAS NAÇÕES
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO
TRABALHO
DIREITO HUMANITÁRIO
• Conjunto de normas e medidas que
disciplinam a proteção dos direitos humanos
em situações de graves violações de direitos,
especialmente em períodos de guerra;
• Atenção especial quanto aos prisioneiros de
guerra, dos combatentes feridos em batalha e
dos civis não envolvidos em conflito armado
• Discussões que surgiram pouco antes da
primeira guerra – primeiro grande dialogo
voltado aos direitos humanos
O MOVIMENTO INTERNACIONAL DA CRUZ
VERMELHA E O CRESCENTE VERMELHO
• Movimento internacional voltado à prestação de
assistência humanitária, que atua na proteção de
vidas e saúde das pessoas, sobretudo durante
conflitos armados e outras emergências
• Neutro e imparcial
• Fundado a partir do Comitê Internacional da Cruz
Vermelha (CICV)
• Conta ainda com as Sociedades Nacionais da Cruz
Vermelha e com a Federação Internacional da
Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho
COMITÊ INTERNACIONAL DA CRUZ
VERMELHA
• É uma organização humanitária, independente e
neutra, que atua na proteção e assistência às vítimas
da guerra e de outras situações de violência
• As bases de atuação do comitê são os princípios da
humanidade, imparcialidade, neutralidade,
independência, voluntariado, unidade e
universalidade
• O CICV e uma das organizações mais respeitadas do
mundo em matéria de direitos humanos, tendo sido
premiado com o Prêmio Nobel da Paz em três
oportunidades (1917, 1944 e 1963)
CRIAÇÃO DO CICV
• Foi criado em 1863 em Genebra na Suiça como uma
pequena organização de assistência a soldados feridos, a
partir de um trabalho desenvolvido pelo filantropo suíço
Jean-Henri Dunant.
• Testemunha da batalha de Solferino, 1859, com 40 mil
soldados mortos ou feridos em um único dia
• Sociedade de Genebra para o Bem estar Público criou o
“comitê dos cinco” em 1863, posteriormente
denominado de “Comitê Internacional para o Cuidado
dos Feridos”
• Organizar um conferência internacional visando efetivar
aquelas ideias.
CRIAÇÃO DO CICV
• Realização da Conferência
• Resultou na Primeira Convenção de Genebra
“para ameliação das condições dos feridos das
forças armadas no campo de batalha”
• Dez artigos e garantia a neutralidade e a
proteção para soldados feridos, membros de
assistência médica e certas instituições
humanitárias em caso de conflito armado
• Foi assinada por representantes de 12 Estados
• Previu a criação de sociedades nacionais de ajuda
CRIAÇÃO DO CICV
• Em 1876 – “Comitê Internacional para o Cuidado dos
Feridos” passou a adotar o nome de “Comitê Internacional
da Cruz Vermelha”.
• Desafios enfrentados na 1ª. Guerra.
• Organizou o retorno de 420 mil prisioneiros de guerra para
seus países.
• 1925 – criado um protocolo adicional para a convenção –
tornou ilegal o uso de gases sufocantes ou venenosos, bem
como agentes biológicos, como armas de guerra.
CRIAÇÃO DO CICV
• 1929 - surgiu a segunda Convenção de Genebra
“relativa ao tratamento de prisioneiros de guerra
• Segunda Guerra – Japão e URSS não aderiram à
Convenção e a Sociedade da Cruz Vermelha da
Alemanha não se dispôs a cooperar
• Depois da guerra trabalhou junto com as sociedades
nacionais dos países mais afetados
• 1949 – Genebra – novas convenções internacionais
• Primeira entidade privada a participara das
assembleias da ONU
LIGA DAS NAÇÕES
• Entidade criada por alguns países, logo após a
1ª. Guerra Mundial, em 1920 – teve a
finalidade de promover a cooperação, paz e
segurança nacional
• Não teve muito êxito – logo veio a 2ª. Guerra
na qual ocorreram diversas barbáries
• Embrião da ONU
ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO
TRABALHO
• 1919 – após a 1ª. Guerra – entidade que visa instituir
e promover padrões internacionais de condições de
trabalho e bem estar aos trabalhadores;
• Temática dos direitos humanos passa a ser pauta das
discussões internacionais de todos os países
membros;
• Perspectiva de discussão maior de algo que é comum
a todos;
• Inciativa muito bem sucedida,
O PÓS 2ª GUERRA
O SURGIMENTO DA ONU
CRIAÇÃO DO TRIBUNAL DE
NUREMBERG
O CONTEXTO DA 2ª. GUERRA
• Grande marco histórico da internacionalização
dos direitos humanos;
• O processo histórico de afirmação dos direitos
humanos pode ser divido em antes e depois
da 2ª. Guerra
• Criação da ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS (ONU) – preservação da paz e
segurança internacional, para o
desenvolvimento das nações e para a
promoção dos direitos humanos
CRIAÇÃO DO TRIBUNAL DE NUREMBERG
• Tribunal Penal Militar;
• Julgar líderes nazistas;
• Marco no processo de afirmação dos direitos humanos;
• Criado em 1945 e atuou até 1949
• Juízes e promotores de nacionalidade dos países vencedores
• Julgou 22 pessoas
• Polêmicas: tribunal de exceção; julgamento apenas dos
alemães; legalidade e retroatividade penal; penas de prisão
perpétua e de morte por enforcamento; justificativas para
relativizar as garantias violadas
• Inaugurou a jurisdição penal internacional.
SISTEMAS JURÍDICOS
INTERNACIONAIS PROTETIVOS DE
DIREITOS HUMANOS.
SISTEMA GLOBAL E SISTEMAS
REGIONAIS
INTRODUÇÃO
• Conjunto de normas jurídicas internacionais que tem por objeto a
tutela dos direitos humanos e que estão integrados a um
Ordenamento;
• Criação da ONU e elaboração de seus documentos;
• Simultaneamente na Europa, África e América – entidades com
propósitos de afirmação dos direitos humanos – produzir
documentos;
• Conselho da Europa – defesa dos direitos humanos e o
desenvolvimento democrático
• OEA – Pacto de San José da Costa Rica
• Organização da Unidade Africana – Carta Africana dos Direitos do
Homem e dos Povos;
• Planos diferentes: global (universal) e regionais
• Sistema Universal; sistemas regionais
O RELACIONAMENTO ENTRE OS SISTEMAS
• Documentos quase idênticos
• Necessidade de tantos sistemas?
• Redundância certamente positiva;
• Conflito: “princípio da aplicação da norma mais
benéfica à pessoa humana”
• Exemplo: prisão em flagrante (art. 5º., LXII da CF);
Pacto (art. 7.5)
MECANISMOS CONVENCIONAIS E NÃO
CONVENCIONAIS
• Mecanismos convencionais: direitos humanos resultam de
convenções, tratados ou acordos internacionais
• Mecanismos não convencionais: resultam de “medidas de
consenso” da comunidade internacional – consgram a tese de que
violações sistemáticas de direitos humanos tem a peculiaridade de
serem aplicados em relação a qualquer Estado, ainda que não
tenha aderido – intervenção da comunidade internacional –
deliberação da ONU ou outra entidade – Resolução 1503 do
Conselho Econômico e Social da ONU – se inicia mediante petição
de qualquer indivíduo
• Convencionais: só podem ser aplicados em relação aos Estados
signatários das Convenções
• Exemplo: pena de morte - EUA

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