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Ciclo Básico

DIREITOS HUMANOS
RESUMO ATUALIZADO – 2023

DIREITOS HUMANOS

DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA – ORIGEM E EVOLUÇÃO

Registros arqueológicos, antropológicos e bíblicos:

➢ O “Código” do Rei Ur-Nammu (cerca de 2040 a.C.) – Aplicava penas pecuniárias para
cometimento de delitos que tinham caráter social.

➢ O Código do Rei Hamurabi (cerca de 1690 a.C.) – Aplicava penas físicas para
cometimento de delitos.

➢ O Cilindro do Rei Ciro (cerca de 599 a.C. até 530 a.c) – (Império Persa)

➢ Sócrates
O filósofo Sócrates ensinou como deveria agir o homem de bem na condução de sua
vida e na busca do conhecimento verdadeiro

➢ Platão
Platão foi discípulo de Sócrates e o primeiro teórico idealista, ou seja, ele destacou-se
por ter lançada a Teoria idealista ou idealismo platônico

➢ Aristóteles
Aristóteles, filósofo grego nascido na cidade de Estagira, Macedônia, a 320 km de
Atenas, foi criado junto a um grupo de médicos, amigos de seu pai.

Dignidade Da Pessoa Humana - Conceito

➢ São Tomás de Aquino


São Tomás de Aquino defendeu a filosofia escolástica, que baseava-se no método cristão e
filosófico pregado na união entre a razão e a fé

➢ Kant
Immanuel Kant (1724-1804) foi um filósofo alemão, fundador da “Filosofia Crítica” - sistema
que procurou determinar os limites da razão humana.

Dimensões Da Dignidade
• Dimensão Ontológica – É a dimensão onde os contextos históricos e sociais não são
relevantes, importando primeiramente a dignidade da pessoa humana, pois a dignidade e a
responsabilidade pessoal não estão ligadas ao grupo social que ela faça parte.

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• Dimensão Cultural – É a dimensão que lida com a forma e os meios que a dignidade da
pessoa humana é inserida por cada grupo social no decorrer da história. Tem como ideia
principal a dignidade da pessoa humana ser implementada a partir de esforços
coletivos para alcançar um mundo melhor, utilizando, para isso, diálogo entre as
diferentes culturas, para que prevaleça a ideia de direitos humanos multiculturais.

• Dimensão Processual – Quando colocado no campo jurídico, o juiz atenderá aos fins
sociais e às exigências do bem comum, promovendo a dignidade da pessoa humana e
observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA ESTRUTURAL DOS DIREITOS HUMANOS

Um dos primeiros marcos históricos para a Declaração de Direitos Humanos foi a Magna
Carta Libertatum, outorgada por João Sem-Terra em 15 de junho de 1215.

A Magna Carta Libertatum – 1215 Garantias:


• liberdade da Igreja da Inglaterra;
• restrições tributárias;
• proporcionalidade entre delito e sanção;
• previsão do devido processo legal;
• livre acesso à justiça;
• liberdade de locomoção e
• livre entrada e saída do país.

➢ Declaração dos Direitos de Virgínia - Considerada a primeira declaração de direitos dos


tempos modernos – Elaborada para proclamar os direitos naturais e positivados inerentes ao
ser humano, permitindo se rebelar contra um governo “inadequado”;

➢ Declaração da Independência (Adotada na Convenção de Filadélfia);

➢ Constituição dos Estados Unidos da América.

Revolução Francesa e a Declaração Francesa dos Direitos


do Homem e do Cidadão, de 1789
Tinha como foco a luta dos franceses contra o feudalismo, já os Reis, nobres e padres resistiam
ao desaparecimento da política feudal, em razão dos privilégios que detinham.
O regime teve seu término, após a Assembleia Nacional Constituinte (antes denominada de
Estados Gerais) apresentar a primeira versão do que viria a ser a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão.

Principais aspectos que serviram como motivos para início da revolução social:

• Aspecto econômico: Ineficiência do Sistema feudal.


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• Aspecto político: Falta de liderança por parte da Monarquia absolutista.


• Aspecto social: Sociedade extratificada sem perspectiva de mobilidade social.
• Aspecto ideológico: Ideais iluministas X Dogmas religiosos

A Declaração dos Direitos do homem e do cidadão consagrou o respeito aos direitos


naturais e imprescritíveis.

2° Guerra Mundial – Holocausto e a Necessidade de


Ampliação da Proteção dos Direitos Humanos
No início do Séc. XX surgiram diplomas constitucionais cuja preocupação social era sua pauta
principal, tais como:

➢ Constituição Mexicana;

➢ Constituição de Weimar – Uma tentativa de conciliação das contradições sociais,


através da inserção dos direitos sociais;
➢ Declaração Soviética do Povo Trabalhador e Explorado;
➢ Constituição Soviética.

Através do Tratado de Versalhes foi criada a Liga das Nações, com a intenção de evitar que a
disputa entre as potências imperialistas pela conquista de mercados conduzisse novamente a
guerras mundiais. A Liga das Nações favoreceu a celebração de tratados internacionais e a criação
da Organização Internacional do Trabalho.

Criação da Organização das Nações Unidas e a Declaração


Universal de Direitos Humanos
Os seus objetivos incluem:

• manter a segurança e a paz mundial,


• promover os direitos humanos,
• auxiliar no desenvolvimento econômico e no progresso social, -proteger o meio ambiente e
• prover ajuda humanitária em casos de fome, desastres naturais e conflitos armados.
• Seis órgãos principais compõem as Nações Unidas:
• Assembleia Geral (assembleia deliberativa principal); -Conselho de Segurança (para decidir
determinadas resoluções de paz e segurança);
• Conselho Econômico e Social (para auxiliar na promoção da cooperação econômica e social
internacional e desenvolvimento);

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• Conselho de Direitos Humanos (para promover e fiscalizar a proteção dos direitos humanos
e propor tratados internacionais sobre esse tema);
• Secretariado (para fornecimento de estudos, informações e facilidades necessárias para a
ONU) e Tribunal Internacional de Justiça (o órgão judicial principal).

O Ser Humano como Sujeito de Direito Internacional. Gerações e


Dimensões dos Direitos Humanos – Direitos Humanos de 1°, 2°, 3°
e 4° Dimensão – Historicidade e Evolução
Criada pelo jurista, Karel Vasak, a teoria das gerações, hoje denominada de dimensões dos
direitos humanos, cada dimensão foi associada a liberdade, igualdade e fraternidade, lema da
Revolução Francesa.

1° Dimensão – Ligada a liberdade, os direitos dessa geração são compostos por direitos civis e
políticos, buscando restringir o poder absoluto do monarca, colocando limites à ação estatal.

2° Dimensão – Ligada a igualdade, tem como marco a Constituição Mexicana, a Constituição


Alemã de Weimar e o Tratado de Versailles (criou a Organização Internacional do Trabalho,
reconhecendo os direitos dos trabalhadores).

3° Dimensão – Ligados a Solidariedade Social (Fraternidade), são detentores dos direitos a


comunidade, os interesses difusos e coletivos, o meio ambiente equilibrado e ao patrimônio
histórico
4ª Dimensão: resultante da globalização dos direitos humanos, correspondendo aos direitos de
participação democrática (democracia direta), direito ao pluralismo, bioética e limites à manipulação
genética, fundados na defesa da dignidade da pessoa humana contra intervenções abusivas de
particulares ou do Estado.

Direito Internacional Humanitário (Direito De Genebra E Direito De


Haia) O Comitê Internacional Da Cruz Vermelha - CICV – Princípios
Humanitários
É composto pelas leis das Convenções de Genebra e da Convenção de Haia.

Direito de Genebra: com o único objetivo de proteção das vítimas de guerra, tanto
os militares fora de combate, como as pessoas que não participem nas operações militares e
seus bens afetados por conflitos armados;

Direito de Haia: constituído pelo direito da guerra propriamente dito, ou seja, pelos princípios
que regem a conduta das operações militares, direitos e deveres dos militares participantes na
conduta das operações militares, limita os meios de ferir o inimigo, limita o uso de armas e os
métodos de combate

Cruz Vermelha: O Comitê Internacional da Cruz Vermelha surgiu para prestar assistência
médica em áreas de conflito armado.
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Os Princípios Fundamentais humanitários são:

➢ Humanidade;
➢ Imparcialidade;
➢ Neutralidade;
➢ Independência;
➢ Voluntariado;
➢ Unidade;
➢ Universalidade.

INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DOS


TRATADOS: CONCEITO DE TRATADO; NOÇÕES SOBRE RATIFICAÇÃO E INCORPORAÇÃO
DOS TRATADOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO INTERNO; HIERARQUIA CONSTITUCIONAL
DOS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS

Noções Sobre A Ratificação E Incorporação Dos Tratados

O processo de formação dos tratados envolve os poderes Executivos e Legislativo. O


Executivo, representado pelo Chefe do Executivo ou Ministério das Relações Exteriores,
sendo posteriormente apreciado pelo poder Legislativo, se aprovado é ratificado pelo
Presidente da República.

Hierarquia Constitucional dos Tratados de Direitos Humanos


Os Tratados Internacionais, de acordo com o conteúdo e a forma de aprovação, passam a ter
três hierarquias distintas:

➢ Equivalentes às Emendas Constitucionais – Tratados e convenções internacionais


de direitos humanos, aprovados em cada Casa do Congresso Nacional, em dois
turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros.

➢ Status de Supralegal – Tratados e convenções internacionais de direitos humanos,


aprovados pelo procedimento ordinário, situando-se abaixo da Constituição e acima
da legislação ordinária.

➢ Lei Ordinária – Tratados e convenções internacionais que não versem sobre direitos
humanos.

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INTRODUÇÃO À TEORIA GERAL DOS DIREITOS HUMANOS. PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA


NORMA MAIS FAVORÁVEL AO SER HUMANO. ADAPTAÇÃO DA LEGISLAÇÃO INTERNA AOS
TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS. DENÚNCIAS DE VIOLAÇÃO DE
DIREITOS HUMANOS. VIOLAÇÃO DE TRATADOS INTERNACIONAIS POR AGENTES DE
SEGURANÇA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Adaptação Da Legislação Interna Aos Tratados


Internacionais De Direitos Humanos
Ao impacto dos tratados internacionais de direitos humanos no Direito brasileiro, três hipóteses
poderão ocorrer, a norma do tratado poderá:

➢ Coincidir (concordar, ser igual) com o direito assegurado pela Constituição, será
reproduzida as normas do Direito Internacional dos Direitos Humanos na
Constituição.

➢ Integrar (complementar) e ampliar o universo de direitos constitucionalmente


previstos, ou seja, as normas do tratado podem complementar a norma
constitucional ampliando seu conteúdo.

➢ Contrariar preceito do Direito Interno, neste caso será decidia pela norma mais
favorável à vítima.

Princípio Da Primazia Da Norma Mais Favorável Ao Ser Humano


O principal objetivo dos tratados é conferir às pessoas a mais ampla proteção possível. Por
isso, busca-se incentivar a mais ampla harmonia e interação entre as suas disposições e as
normas editadas internamente, o que, na prática, reduz possíveis conflitos, pois estimula uma
interpretação ampliativa de todas as normas, sempre em benefício dos destinatários

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. NAÇÕES UNIDAS COM O PROPÓSITO DE


PACIFICAÇÃO. CONSELHO DE SEGURANÇA. A CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA. O
BRASIL COMO MEMBRO. OS DIREITOS HUMANOS E A JUSTIÇA INTERNACIONAL

Organização Das Nações Unidas. Nações Unidas Com O


Propósito De Pacificação, Conselho De Segurança, A Corte
Internacional De Justiça, O Brasil Como Membro, Os
Direitos Humanos e a Justiça Internacional

A Organização das Nações Unidas (ONU) teve como fundamento a necessidade de preservar
as futuras gerações, devendo estar envolvida em todas as grandes crises existentes no âmbito da
sociedade internacional.
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A maior preocupação dos Estados ao criarem a referida organização internacional era de


constituir um sistema que pudesse garantir maior segurança e paz no âmbito internacional, bem
como criar um sistema de proteção aos direitos humanos em razão das atrocidades que haviam
sido praticadas ao longo da história.

Aspectos Gerais do Sistema Global (ONU)


Suas línguas oficiais são: Inglês, francês, espanhol, russo, chinês e árabe.

• Sua sede na cidade de Nova Iorque.


• Sua estrutura básica é constituída em:
• Assembleia Geral;
• Conselho de Segurança;
• Conselho Econômico e Social;
• Conselho de Tutela;
• Secretariado;
• Corte Internacional de Justiça.

Conselho de Segurança
Formado por quinze membros, sendo cinco permanentes (EUA, Rússia, China, França e Grã-
Bretanha). Suas decisões devem ser cumpridas pelas Nações Unidas, com a possibilidade de veto
dos membros permanentes.

Tem como função a de:

➢ Regulamentar os litígios entre os Estados-membros;


➢ Regulamentar os armamentos;
➢ Agir em casos de agressão e amaça à paz;
➢ Decidir sobre medidas a serem tomadas para a execução das sentenças da Corte
Internacional de Justiça.

O Brasil não é membro permanente do CSNU, por vários fatores, a exemplo:

➢ O Brasil não tem histórico de nação beligerante;


➢ Não possui economia nacional estabilizada apta a influenciar na economia mundial;
➢ Não tem influência significativa na política internacional.

Corte Internacional de Justiça


É o principal órgão judiciário das Nações Unidas;

➢ É composto por quinze juízes, não podendo dois deles ser nacionais do mesmo Estado;
➢ Possuem mandato de nove anos, podendo ser renovado;
➢ São eleitos pela Assembleia Geral em conjunto com o Conselho de Segurança;
➢ Devem ser pessoas que gozem de alta consideração moral, com capacidade para
desempenhar funções judiciárias.

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➢ Tem sua sede em Haia, sendo obrigatório juiz e escrivão residir na cidade

O Brasil como Membro e o Tribunal Penal Internacional


Embora o Brasil tenha votado a favor da aprovação do texto do Estatuto do Tribunal Penal
Internacional na Conferência de Roma, alguns tópicos entram em conflitos com cláusulas pétreas
do ordenamento jurídico Brasileiro, são elas:

➢ Entrega de brasileiro nato;


➢ A coisa julgada pro reo;
➢ Imunidades materiais e formais previstas na Constituição de 1988;
➢ Imprescritibilidade;
➢ Pena de caráter perpétuo.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS E DECLARAÇÃO AMERICANA DOS


DIREITOS E DEVERES DO HOMEM. ASSEMBLEIA GERAL DAS NAÇÕES UNIDAS, DE
10DEZ48. HISTORICIDADE E APLICABILIDADE.

Declaração Americana Dos Direitos E Deveres Do Homem


Aprovada na IX Conferência Internacional Americana, em Bogotá, a Declaração Americana
dos Direitos e Deveres do Homem foi o primeiro acordo internacional sobre direitos
humanos, antecipando a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Seu objetivo foi consagrar junto aos povos americanos os direitos essenciais do homem,
tornando a sua proteção internacional a orientação principal do direito americano reconhecendo
que tais direitos não derivam do fato de ser o homem cidadão de determinado Estado.

A Declaração apresenta a seguinte estrutura:

➢ Exposição de motivos “considerandos”;


➢ Preâmbulo;
➢ Capítulo primeiro – Direitos;
➢ Capítulo segundo – Deveres.

PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS E SEUS PROTOCOLOS


FACULTATIVOS. PACTO INTERNACIONAL DE DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E
CULTURAIS. CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS - “PACTO DE SÃO
JOSÉ DA COSTA RICA”. COMISSÃO E CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS.
CASOS PRÁTICOS DE VIOLAÇÃO PELO ESTADO BRASILEIRO

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Convenção Americana Sobre Direitos Humanos - “Pacto De São


José Da Costa Rica”; Comissão E Corte Interamericana De Direitos
Humanos; Casos Práticos De Violação Pelo Estado Brasileiro
Prevê, entre outros direitos e garantias, a impossibilidade da constrição da liberdade por dívida
Dispõe o artigo 7, nº 7 do Pacto de San José da Costa Rica: “Ninguém deve ser detido por
dívidas. Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente
expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar”.
a referida convenção trata de todos os direitos fundamentais da pessoa humana, seus direitos
civis e políticos, visando garantir a integridade física, psíquica e moral
A Comissão é composta por sete membros (denominados Comissários), que deverão ser
pessoas de alta autoridade moral e de reconhecido saber em matéria de direitos humanos. Os
membros da Comissão serão eleitos por quatro anos e só poderão ser reeleitos uma vez, sendo
que o mandato é incompatível com o exercício de atividades que possam afetar sua independência
e sua imparcialidade, ou a dignidade ou o prestígio do seu cargo na Comissão.
a Corte Interamericana só pode ser acionada (jus standi) pelos Estados contratantes e pela
Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que exerce a função similar à do Ministério Público
brasileiro.

Candelária
Mais de 50 crianças e adolescentes de rua costumavam dormir na praça da Igreja da
Candelária, região central do Rio de Janeiro. Na madrugada de 23 de julho de 1993, policiais
militares, em horário de folga, atiraram contra nove deles, com idades entre 11 e 20 anos; dos
atingidos, apenas um sobreviveu.

CONVENÇÃO INTERNACIONAL E INTERAMERICANA CONTRA A TORTURA E LEI Nº 9455/97


(CRIMES DE TORTURA). CONVENÇÃO CONTRA A TORTURA E OUTROS TRATAMENTOS OU
PENAS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES, ADOTADA EM 10DEZ84. CONVENÇÃO
INTERAMERICANA PARA PREVENIR E PUNIR A TORTURA, ADOTADA EM 09DEZ85.
RECLUSOS. REGRAS MÍNIMAS PARA O TRATAMENTO DE PRISIONEIROS, ADOTADA PELO
1º CONGRESSO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE A PREVENÇÃO DO CRIME E TRATAMENTO
DOS CRIMINOSOS, REUNIDO EM GENEBRA EM 1955, E APROVADAS PELO CONSELHO
ECONÔMICO E SOCIAL EM 31JUL57 E 13MAI77.

Convenção Interamericana Para Prevenir e Punir a Tortura


O art. 2º estabelece a definição de tortura:

Todo ato pelo qual são infligidos intencionalmente a uma pessoa penas ou sofrimentos
físicos ou mentais;
Com fins de investigação criminal;
Como meio de intimidação;
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Como castigo pessoal, ou como medida preventiva, como pena ou com qualquer outro
fim.
O art. 10 determina que nenhuma declaração que se comprove haver sido obtida mediante
tortura poderá ser admitida como prova em um processo, salvo em processo instaurado contra
a pessoa ou pessoas acusadas de haver obtido prova mediante atos de tortura – mas unicamente
como prova de que, por esse meio, o acusado obteve tal declaração.

LEI Nº 9.455 - Lei De Tortura

O “Jornal Nacional” de 31 de março de 1997 exibiu cenas que foram filmadas durante cinco dias
por um cinegrafista amador, onde podiam ser vistos policiais a postos entre as ruas Naval e Afonso
Brás, na cidade de Diadema (Grande São Paulo)
A Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997, define tortura como sendo “constranger alguém com
emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:

➢ Com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira


➢ pessoa;
➢ Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
➢ Em razão de discriminação racial ou religiosa

Para a Lei brasileira, a tortura exige:

➢ sofrimento físico ou mental causado a alguém;


➢ emprego de violência ou grave ameaça;
➢ para obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
➢ ou para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
➢ ou, então, em razão de discriminação racial ou religiosa.

SEGURANÇA PÚBLICA E DIREITOS HUMANOS. DECLARAÇÃO DOS PRINCÍPIOS BÁSICOS


DE JUSTIÇA RELATIVOS ÀS VÍTIMAS DA CRIMINALIDADE E DE ABUSO DE PODER,
APROVADA EM 29NOV85. ABORDAGEM PRÁTICA SOBRE OS PRINCÍPIOS.
CONTEMPORANEIDADE E ANÁLISE DE TRANSVERSALIDADE. CÓDIGO DE CONDUTA E
USO DA FORÇA. CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA
APLICAÇÃO DA LEI, ADOTADO EM17DEZ79. PRINCÍPIOS ORIENTADORES PARA
APLICAÇÃO EFETIVA DO CÓDIGO DE CONDUTA PARA OS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS
PELA APLICAÇÃO DA LEI. PRINCÍPIOS BÁSICOS SOBRE O USO DA FORÇA E ARMAS DE
FOGO PELOS FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS PELA APLICAÇÃO DA LEI, ADOTADO EM
07SET90

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Declaração Dos Princípios Básicos De Justiça Relativos Às


Vítimas Da Criminalidade E De Abuso De Poder, Aprovada
Em 29NOV85.
Entendem-se por “vítimas” as pessoas que, individual ou coletivamente, tenham sofrido
um prejuízo, nomeadamente um atentado à sua integridade física, um sofrimento de ordem moral,
uma perda material, ou um grave atentado aos seus direitos fundamentais, como consequência de
atos ou de omissões violadores das leis em vigor num Estado Membro, incluindo as que proíbem o
abuso de poder.

❖ Sistema De Proteção a Vítimas e Testemunhas


Esse programa foi produzido com o fim de apoiar a criação de programas equivalentes nos
Estados, mediante convênio com a Secretaria de Direitos Humanos do Ministério da Justiça,
sendo administrado pela GAVTA – Gerência de Assistência a Vítimas e Testemunhas
Ameaçadas.
Com a criação do Sistema de Proteção a Vítimas e Testemunhas, surgiu o Programa
Federal de Assistência a Vítimas e a Testemunhas Ameaçadas (PROVITA), que teve como
finalidade amparar as pessoas acometidas pela violência.

Da Assistência E Proteção As Vítimas Da Criminalidade E Do


Abuso De Poder, No Estado De São Paulo

❖ PROJETO BEM ME QUER (SP)


O Centro de Referência da Saúde da Mulher conta com atendimento especializado, no Hospital
Perola Byington em São Paulo, para oferecer a mais elevada qualidade de atenção em saúde
para mulheres, adolescentes e crianças em situação de violência sexual e também conta com uma
unidade do Instituto Médico Legal (IML), especializada no atendimento de casos de violência
sexual.

Princípios Básicos Sobre O Uso Da Força E Armas De Fogo Pelos


Funcionários Responsáveis Pela Aplicação Da Lei, Adotado Em
07SET90
• LEGALIDADE
• NECESSIDADE
• PROPORCIONALIDADE
Portanto:

➢ Uso da força – excepcional


➢ Uso da arma de fogo – medida extrema

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MULHERES: CONVENÇÃO INTERNACIONAL E INTERAMERICANA DE PROTEÇÃO ÀS


MULHERES. CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DE TODAS AS FORMAS DE
DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS MULHERES, ADOTADA EM 18DEZ79. CONVENÇÃO
INTERAMERICANA PARA PREVENIR, PUNIR E ERRADICAR A VIOLÊNCIA CONTRA A
MULHER (“CONVENÇÃO DE BELÉM DO PARÁ”), ADOTADA EM 09JUN94. LEI MARIA DA
PENHA – DEFINIÇÃO E ABRANGÊNCIA. ATUAÇÃO DO POLICIAL NO ATENDIMENTO DESTE
TIPO DE OCORRÊNCIA. ESTUDO DAS AÇÕES AFIRMATIVAS PROMOVIDAS.

Convenção Interamericana Para Prevenir, Punir E Erradicar A


Violência Contra A Mulher (“Convenção De Belém Do Pará”),
Adotada Em 09JUN94
➢ O respeito irrestrito aos Direitos Humanos foi consagrado na Declaração Americana dos
Direitos e Deveres do Homem e na Declaração Universal dos Direitos Humanos e
reafirmado em outros instrumentos internacionais e regionais;

➢ A violência contra a mulher constitui uma violação dos direitos humanos e das liberdades
fundamentais e limita total ou parcialmente à mulher o reconhecimento, gozo e exercício de
tais direitos e liberdades.

➢ A violência contra a mulher é uma ofensa à dignidade humana e uma manifestação de


relações de poder historicamente desiguais entre mulheres e homens, e transcende todos
os setores da sociedade, independentemente de sua classe, raça ou grupo étnico, níveis de
salário, cultura, nível educacional, idade ou religião, e afeta negativamente suas próprias
bases.

➢ A eliminação da violência contra a mulher é condição indispensável para seu


desenvolvimento individual e social e sua plena e igualitária participação em todas as
esferas da vida.

➢ A adoção de uma convenção para prevenir, punir e erradicar toda forma de violência contra
a mulher, no âmbito da Organização dos Estados Americanos (OEA), constitui uma
contribuição positiva para proteger os direitos da mulher e eliminar as situações de violência
que possam afetá-las.

LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006 - LEI MARIA DA PENHA

Art. 1º Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e
familiar contra a mulher
§1º O poder público desenvolverá políticas que visem garantir os direitos humanos das
mulheres no âmbito das relações domésticas e familiares no sentido de resguardá-las de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

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§ 2º Cabe à família, à sociedade e ao poder público criar as condições necessárias para o


efetivo exercício dos direitos enunciados no caput.

Das Formas De Violência Doméstica E Familiar Contra A Mulher


Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

• Física
• Psicológica
• Sexual
• Patrimonial
• Moral

Da Assistência à Mulher Em Situação De Violência Doméstica e


Familiar
§2º O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para
preservar sua integridade física e psicológica:
I - Acesso prioritário à remoção quando servidora pública, integrante da administração
direta ou indireta;
II - Manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de
trabalho, por até seis meses;
III - Encaminhamento à assistência judiciária, quando for o caso, inclusive para eventual
ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação de casamento ou de
dissolução de união estável perante o juízo competente

§ 7º A mulher em situação de violência doméstica e familiar tem prioridade para


matricular seus dependentes em instituição de educação básica mais próxima de seu
domicílio, ou transferi-los para essa instituição, mediante a apresentação dos
documentos comprobatórios do registro da ocorrência policial ou do processo de
violência doméstica e familiar em curso.

Do Atendimento Pela Autoridade Policial


Art. 10-A. É direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar o
atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado por servidores -
preferencialmente do sexo feminino - previamente capacitados.
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o
registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:

• Ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se


apresentada;

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• Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;

• Remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido
da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;

• Determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros


exames periciais necessários;

• Ouvir o agressor e as testemunhas;

• Ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências
policiais contra ele;

Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física
ou psicológica da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus
dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de
convivência com a ofendida:

• Pela autoridade judicial;

• Pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou

• Pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível
no momento da denúncia

Das Medidas Protetivas De Urgência


Art. 18. Recebido o expediente com o pedido da ofendida, caberá ao juiz, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas:

• Conhecer do expediente e do pedido e decidir sobre as medidas protetivas de urgência;

• Determinar o encaminhamento da ofendida ao órgão de assistência judiciária, quando for o


caso, inclusive para o ajuizamento da ação de separação judicial, de divórcio, de anulação
de casamento ou de dissolução de união estável perante o juízo competente;

• Comunicar ao ministério público para que adote as providências cabíveis. Determinar a


apreensão imediata de arma de fogo sob a posse do agressor

Das Medidas Protetivas De Urgência Que Obrigam O Agressor


Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

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• Suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão


competente
• Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; Proibição de
determinadas condutas, entre as quais:
• Aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de
distância entre estes e o agressor;
• Contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
• Frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica
da ofendida;
• Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de
• atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
• Prestação de alimentos provisionais ou provisórios;
• Comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação; e
• Acompanhamento psicossocial do agressor, por meio de atendimento individual e/ou em
grupo de apoio

Das Medidas Protetivas De Urgência À Ofendida


Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:

• Encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção


ou de atendimento;
• Determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio,
após afastamento do agressor;
• Determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens,
guarda dos filhos e alimentos;
• Determinar a separação de corpos;
• Determinar a matrícula dos dependentes da ofendida em instituição de educação básica
mais próxima do seu domicílio, ou a transferência deles para essa instituição,
independentemente da existência de vaga.

TRÁFICO ILEGAL DE PESSOAS. PROTOCOLO PARA PREVENIR, SUPRIMIR E PUNIR O


TRÁFICO DE PESSOAS, ESPECIALMENTE MULHERES E CRIANÇAS, QUE COMPLEMENTA A
CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS CONTRA O CRIME ORGANIZADO TRANSNACIONAL –
PROTOCOLO DE PALERMO. TIPIFICAÇÃO PENAL NO ORDENAMENTO JURÍDICO
BRASILEIRO

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Convenção Das Nações Unidas Contra O Crime Organizado


Transnacional
A infração será de caráter transnacional se:

• For cometida em mais de um Estado;


• For cometida num só Estado, mas uma parte substancial da sua preparação, planejamento,
direção e controle tenha lugar em outro Estado;
• For cometida num só Estado, mas envolva a participação de um grupo criminoso organizado
que pratique atividades criminosas em mais de um Estado; ou for cometida num só Estado,
mas produza efeitos substanciais noutro Estado.

Protocolo Adicional À Convenção Das Nações Unidas Contra O


Crime Organizado Transnacional Relativo À Prevenção, Repressão
E Punição Do Tráfico De Pessoas, Em Especial Mulheres E
Crianças – Protocolo De Palermo
❖ Os objetivos do Protocolo são os seguintes

a) Prevenir e combater o tráfico de pessoas, prestando uma atenção especial às mulheres e


às crianças;

b) Proteger e ajudar as vítimas desse tráfico, respeitando plenamente os seus direitos


humanos;

c) Promover a cooperação entre os Estados Partes de forma a atingir esses objetivos.

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
§1º Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que
informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer
natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores
a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional.

Da Investigação E Dos Meios De Obtenção Da Prova


Art. 3º Em qualquer fase da persecução penal, serão permitidos, sem prejuízo de outros
já previstos em lei, os seguintes meios de obtenção da prova:

➢ Colaboração premiada;
➢ Captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos;
➢ Ação controlada;

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➢ Acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais


constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou
comerciais;
➢ Interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação
específica;
➢ Afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação
específica;
➢ Infiltração, por policiais, em atividade de investigação,

DA COLABORAÇÃO PREMIADA
Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em
até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos
daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o
processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes
resultados:

➢ A identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das


infrações penais por eles praticadas;
➢ A revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa;
➢ A prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização
criminosa;
➢ A recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais
praticadas pela organização criminosa;
➢ A localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada

DA AÇÃO CONTROLADA

Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa


relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que
mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no
momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações

REFUGIADOS. CONVENÇÕES RELATIVAS AO ESTATUTO DOS REFUGIADOS E


PROTOCOLO SOBRE ESTATUTO DOS REFUGIADOS. CONCEITO DE REFUGIADO. DIREITOS
E DEVERES DOS REFUGIADOS. DIFERENÇA ENTRE MIGRAÇÃO E REFÚGIO. DESLOCADOS
INTERNOS. ACNUR. DOCUMENTOS QUE SÃO FORNECIDOS ÀS PESSOAS QUE
SOLICITARAM REFÚGIO. DOCUMENTO EXIGIDO PARA O CIDADÃO CONSIDERADO
REFUGIADO. CASOS DE MIGRANTES DO MERCOSUL – LEI Nº 9.474 DE 22 DE JULHO DE
1997 (IMPLEMENTAÇÃO DO ESTATUTO DOS REFUGIADOS). DECRETO Nº 6.975, DE 07 DE
OUTUBRO DE 2009 E DECRETO Nº 6.964, DE 29 DE SETEMBRO DE 2009. ESTUDO DAS
AÇÕES AFIRMATIVAS PROMOVIDAS.

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Protocolo Sobre O Estatuto Dos Refugiados


No Brasil, a solicitação de refúgio, tem início na Polícia Federal, onde são tomadas por termo
declarações, que o solicitante presta à autoridade imigratória. O solicitante é informado de que
deverá comparecer à sede da Cáritas Arquidiocesana, no DF ou em SP ou Instituto de migrações e
DH (DF e RR), para preenchimento de questionário e indicação de elementos de provas para
fundamentar seu pedido.

Após a solicitação de refúgio, o estrangeiro será entrevistado por um funcionário da


Coordenação-Geral do Sistema do Comitê Nacional para os Refugiados (SISCONARE). O caso
será submetido a apreciação do Comitê que é vinculado ao MJ, que irá decidir quanto ao
reconhecimento ou não da condição de refugiado.
O asilo é uma instituição que visa à proteção frente à perseguição atual e efetiva. Já nos
casos de refúgio é suficiente o fundado temor de perseguição.

O asilo pode ser solicitado no próprio país de origem do indivíduo perseguido. O refúgio,
por sua vez, somente é admitido quando o indivíduo está fora de seu país.

LEI DE MIGRAÇÃO
§ 1º Para os fins desta Lei, considera-se:
II - Imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que trabalha ou reside e se
estabelece temporária ou definitivamente no Brasil;
V - Visitante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que vem ao Brasil para estadas
de curta duração, sem pretensão de se estabelecer temporária ou definitivamente no
território nacional

❖ Dos Vistos
Art. 6. O visto é o documento que dá a seu titular expectativa de ingresso em território
nacional.

Art. 7. O visto será concedido por embaixadas, consulados-gerais, consulados, vice-


consulados e, quando habilitados pelo órgão competente do Poder Executivo, por
escritórios comerciais e de representação do Brasil no exterior.

❖ Dos Tipos de Visto

Art. 12. Ao solicitante que pretenda ingressar ou permanecer em território nacional


poderá ser concedido visto:
I. de visita;
II. temporário;
III. diplomático;
IV. oficial;
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V. de cortesia.

❖ Do Visto de Visita
Art. 13. O visto de visita poderá ser concedido ao visitante que venha ao Brasil para
estada de curta duração, sem intenção de estabelecer residência, nos seguintes casos:
I. turismo;
II. negócios;
III. trânsito;
IV. atividades artísticas ou desportivas;
V. outras hipóteses definidas em regulamento.

❖ Da Repatriação
Art. 49. A repatriação consiste em medida administrativa de devolução de pessoa em
situação de impedimento ao país de procedência ou de nacionalidade

❖ Da Deportação
Art. 50. A deportação é medida decorrente de procedimento administrativo que consiste
na retirada compulsória de pessoa que se encontre em situação migratória irregular em
território nacional.

❖ Da Expulsão
Art. 54. A expulsão consiste em medida administrativa de retirada compulsória de
migrante ou visitante do território nacional, conjugada com o impedimento de reingresso
por prazo determinado

❖ Das Vedações
Art. 61. Não se procederá à repatriação, à deportação ou à expulsão coletiva.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL. DIREITOS FUNDAMENTAIS: DIREITO À SAÚDE, À EDUCAÇÃO,


AO TRABALHO E À PROPRIEDADE

Direitos Fundamentais
➢ Direito à Educação
➢ Direito à Saúde
➢ Direito ao Trabalho
➢ Direito à Propriedade

Esse conjunto de direitos apresenta as seguintes características, dentre outras, citadas por
nossa doutrina:

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I. Imprescritibilidade: os direitos humanos fundamentais não se perdem pelo decurso do


prazo;
II. Inalienabilidade: não há possibilidade de transferência dos direitos humanos fundamentais,
seja a título gratuito, seja a título oneroso;
III. Irrenunciabilidade: os direitos humanos fundamentais não podem ser objeto de renúncia.
Dessa característica surgem discussões importantes na doutrina como a
renúncia do direito à vida e a eutanásia, o suicídio e o aborto;
IV. Inviolabilidade: impossibilidade de desrespeito por determinações infraconstitucionais ou
por atos das autoridades públicas, sob pena de responsabilização civil,
administrativa e criminal;
V. Universalidade: a abrangência desses direitos engloba todos os indivíduos, independente
de sua nacionalidade, sexo, raça, credo ou convicção político-filosófica;
VI. Efetividade: a atuação do Poder Público deve ser no sentido de garantir a efetivação dos
direitos e garantias previstos, com mecanismos coercitivos para tanto, uma vez
que a Constituição Federal não se satisfaz com o simples reconhecimento
abstrato;
VII. Interdependência: as várias previsões constitucionais, apesar de autônomas, possuem
diversas intersecções para atingirem suas finalidades.
VIII. Complementariedade: os direitos humanos fundamentais não devem ser interpretados
isoladamente, mas sim de forma conjunta com a finalidade de
alcance dos objetivos previstos pelo legislador constituinte.

Crianças: Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança e ECA. Histórico de criação


do ECA. Objetivos da Lei. Diferença entre criança e adolescente. Direito à convivência
familiar e comunitária. Medidas protetivas de acolhimento familiar e de acolhimento
institucional. Adoção – formas, requisitos objetivos e características (ato personalíssimo, ato
excepcional, ato irrevogável, ato incaducável, adoção é plena e constituída por ato judicial).
Adoção à brasileira. Adoção Direta ou Intuitu Personae.

Estatuto Da Criança De Do Adolescente – Lei Nº 8.069


Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto
às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público


assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
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Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:


a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
infância e à juventude.

Dos Direitos Fundamentais Do Direito À Vida E À Saúde


Art. 8º-A. Fica instituída a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a
ser realizada anualmente na semana que incluir o dia 1º de fevereiro, com o objetivo de
disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a
redução da incidência da gravidez na adolescência.

Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade


Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes
públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de
cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem
castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina,
educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções
cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com agravidade do caso:
I. Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;
II. Encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
III. Encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
IV. Obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;
V. Advertência.
Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho
Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais

Da Família Substituta

Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção,
independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta lei.
§ 1º Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido por
equipe Inter profissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau de
compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião devidamente
considerada.
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§ 2º Tratando-se de maior de 12 (doze) anos de idade, será necessário seu


consentimento, colhido em audiência.

Da Guarda

Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato judicial
fundamentado, ouvido o Ministério Público

Da Tutela

Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até 18 (dezoito) anos
incompletos.

Da Adoção
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o disposto nesta lei.
§ 1º A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando
esgotados os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou
extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta Lei.
§ 2º É vedada a adoção por procuração.
§ 3° Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas,
inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando.

Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do pedido, salvo se
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes.

Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independentemente do estado


civil.
§ 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
§ 2º Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente
ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família.
§ 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do que o adotando.
§ 4º Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros podem adotar
conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o regime de visitas e desde que
o estágio de convivência tenha sido iniciado na constância do período de convivência e
que seja comprovada a existência de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não
detentor da guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão.

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Art. 48. O adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter
acesso irrestrito ao processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes,
após completar 18 (dezoito) anos.
Art. 49. A morte dos adotantes não restabelece o poder familiar dos pais naturais.
Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual o pretendente possui
residência habitual em país-parte da Convenção de Haia e deseja adotar criança em outro
país-parte da Convenção

CRIANÇAS: CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA, CF E ECA.


ECA: DIREITO FUNDAMENTAL DE PROFISSIONALIZAÇÃO E PROTEÇÃO AO TRABALHO.
DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA E AO DESPORTO. AUTORIZAÇÃO PARA VIAJAR. ECA:
CONSELHOS TUTELARES. RESPONSABILIDADES EM RAZÃO DE ATOS INFRACIONAIS.
MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS – DEFINIÇÃO, ESPÉCIES E EXECUÇÃO. RESPONSABILIDADE
DOS PAIS. ECA: CRIMES CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE. TRÁFICO
INTERNACIONAL DE CRIANÇA E ADOLESCENTE.

Do Direito À Educação, À Cultura, Ao Esporte E Ao Lazer


Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:
Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso
na idade própria;
Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino;
Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;
Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;
Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente trabalhador;
Atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de material
didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Do Direito À Profissionalização E À Proteção No Trabalho


Art. 60. É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na
condição de aprendiz.

Art. 61. A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem
prejuízo do disposto nesta lei.

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Art. 62. Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as


diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.

Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

• Garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular;


• Atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;
• Horário especial para o exercício das atividades.

Art. 64. Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.

Art. 65. Ao adolescente aprendiz, maior de quatorze anos, são assegurados os direitos
trabalhistas e previdenciários.

Art. 66. Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.

Art. 67. Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de


escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado
trabalho:

Noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e às cinco horas do dia seguinte;

Perigoso, insalubre ou penoso;

Realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico,


moral e social;

Realizado em horários e locais que não permitam a frequência à escola.

Da Autorização Para Viajar


Art. 83. Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 (dezesseis) anos poderá viajar para
fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem
expressa autorização judicial

Das Medidas De Proteção


Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:]

I. Por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;


II. Por falta, omissão ou abuso dos pais ou Responsável;
III. Em Razão de sua conduta.
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Da Prática De Ato Infracional


Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção
penal.
Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas
previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à
data do fato.
Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art.
101

Das Medidas Sócio- Educativas


Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao
adolescente as seguintes medidas:

I. Advertência;

II. Obrigação de reparar o dano;

III. Prestação de serviços à comunidade;

IV. Liberdade assistida;

V. Inserção em regime de semi-liberdade;

VI. Internação em estabelecimento educacional;

IDOSOS: ESTATUTO DO IDOSO; LEI Nº 10.741, DE 01 DE OUTUBRO DE 2003 – ESTATUTO


DO IDOSO – PROTEÇÃO, DIREITOS E GARANTIAS. ESTUDO DAS AÇÕES AFIRMATIVAS
PROMOVIDAS. ÍNDIOS: REALIDADE SOBRE O ÍNDIO NO BRASIL. ESTATÍSTICAS SOBRE
ÍNDIO. ESTATUTO DO ÍNDIO. CONVENÇÃO DA ONU DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA. PROMULGAÇÃO DA CONVENÇÃO INTERNACIONAL SOBRE OS DIREITOS DA
PESSOA COM DEFICIÊNCIA. ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.

Idoso
➢ política nacional do idoso (PNI) pessoa com 60 anos ou mais.
➢ a Organização Mundial da Saúde (OMS) (2002) define o idoso a partir da idade cronológica,
portanto, idosa é aquela pessoa com 60 anos ou mais, em países em desenvolvimento e
com 65 anos ou mais em países desenvolvidos.

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❖ A Carta Magna, em seu artigo 230, diz que:


A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando
sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e garantindo-lhes o direito
à vida.

❖ São direitos dos idosos, entre outros:


➢ A gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos maiores de 65 anos de idade;

➢ No sistema de transporte coletivo interestadual, reserva de 2 (duas) vagas gratuitas por


veículo para idosos com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos ou desconto de
50%, no mínimo, no valor das passagens, para os idosos que excederem as vagas gratuitas,
com renda igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos;

➢ A reserva de 5% (cinco por cento) das vagas nos estacionamentos públicos e privados, as
quais deverão ser posicionadas de forma a garantir a melhor comodidade ao idoso.

ESTATUTO DO ÍNDIO – LEI nº 6.001, de 19DEZ73

• Índio ou silvícola - É todo indivíduo de origem e ascendência pré-colombiana que se


identifica e é identificado como pertencente a um grupo étnico cujas características culturais
o distinguem da sociedade nacional;
• Comunidade Indígena ou Grupo Tribal - É um conjunto de famílias ou comunidades
índias, quer vivendo em estado de completo isolamento em relação aos outros setores da
comunhão nacional, quer em contatos intermitentes ou permanentes, sem, contudo, estarem
neles integrados.

Art 4º Os índios são considerados:


• Isolados - Quando vivem em grupos desconhecidos ou de que se possuem poucos e vagos
informes através de contatos eventuais com elementos da comunhão nacional;
• Em vias de integração - Quando, em contato intermitente ou permanente com grupos
estranhos, conservam menor ou maior parte das condições de sua vida nativa, mas aceitam
algumas práticas e modos de existência comuns aos demais setores da comunhão nacional,
da qual vão necessitando cada vez mais para o próprio sustento;
• Integrados - Quando incorporados à comunhão nacional e reconhecidos no pleno exercício
dos direitos civis, ainda que conservem usos, costumes e tradições característicos da sua
cultura.

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Afrodescendentes. História e o contexto do Negro no Brasil. Realidade atual. Preconceito e discriminação racial ou de classe.
Estatuto da Igualdade Racial. Crime de racismo e Injúria Racial .

Primeiras Leis
➢ BILL ABERDEEN: lei aprovada pelo parlamento britânico em março de 1845 e que
concedia ao Almirantado Inglês o direito de aprisionar navios negreiros, que realizassem o
transporte de cativos da África para as Américas, inclusive os casos de navios em águas
territoriais brasileiras, e de julgar seus comandantes.

➢ LEI EUSÉBIO DE QUEIRÓS: a lei foi uma modificação que ocorreu em 1850 na legislação
escravista brasileira.

➢ LEI DO VENTRE LIVRE: também conhecida como “Lei Rio Branco” foi uma lei abolicionista,
promulgada em 28 de setembro de 1871 (assinada pela Princesa Isabel). Esta lei
considerava livre todos os filhos de mulher escravas nascidos a partir da data da assinatura.

➢ LEI DOS SEXAGENÁRIOS: conhecida como Lei Sararaiva-Cotegipe, foi promulgada em 28


de setembro de 1885. Essa lei concedia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de
idade.

➢ LEI ÁUREA, aprovada em 13 de maio de 1888, assinada pela Princesa Isabel, que marcou
definitivamente e, subitamente, o fim da escravidão.

❖ Dualidade: Preconceito Racial Ou Preconceito De Classes?

Raça
É o termo para designar conjuntos de indivíduos que possuem características semelhantes e
que sejam transmitidas por hereditariedade.

Racismo
É um sentimento ou um comportamento que consiste em intensificar o sentido racial de um
grupo étnico. Esta situação costuma dar-se em menosprezo de outro grupo e constitui uma forma
de discriminação.

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Preconceito
Juízo pré-concebido, que se manifesta numa atitude discriminatória, perante pessoas, crenças,
sentimentos e tendências de comportamento.

Discriminação
A discriminação significa fazer distinção por motivos arbitrários como a origem racial, o sexo, o
nível socioeconômico etc.

Apartheid
O termo apartheid se refere a uma política racial implantada na África do Sul. De acordo com
esse regime, a minoria branca, os únicos com direito a voto, detinha todo poder político e
econômico no país, enquanto à imensa maioria negra restava a obrigação de obedecer
rigorosamente à legislação separatista.

MORADORES DE RUA. CONHECIMENTOS DAS CARACTERÍSTICAS E REALIDADES DESTA


POPULAÇÃO PERANTE O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO. DISCURSO DO ÓDIO E
INTOLERÂNCIA. DIFERENÇAS – DIREITOS E CONTEMPORANEIDADE. DIFERENÇAS,
IGUALDADES E DIREITOS HUMANOS

Moradores Em Situação De Rua


As situações que levam as pessoas viver em situação de rua:
• Envolvimento com drogas e álcool;
• Abandono familiar / Vínculos familiares interrompidos;
• Desemprego e falta de oportunidades;
• Falta de Moradia;
• Migração;
• Discriminação.

CIDADANIA E TRÂNSITO

Cidadania E Trânsito
Juridicamente, cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado.
Buscando um conceito mais amplo, cidadania quer dizer a qualidade de ser cidadão, e
consequentemente sujeito de direitos e deveres.

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Trânsito Brasileiro
O artigo 144 da Constituição Federal dispõe ser a segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I. Polícia Federal;

II. Polícia Rodoviária Federal;

III. Polícia Ferroviária Federal;

IV. Polícias civis;

V. Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares;

VI. Polícias penais federal, estaduais e distrital

Documentos Internacionais
Em 1968, representantes dos países participantes da Convenção de Viena, inclusive o Brasil,
subscreveram a Convenção sobre Trânsito Viário. Trata-se de um acordo internacional que
estabelece uma série de regras que devem ser seguidas por todos os condutores de veículos
quando trafegam em qualquer um desses países, a fim de facilitar o trânsito viário internacional e
aumentar a segurança nas rodovias.

ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS E ASSERTIVIDADE

Administração De Conflitos e Assertividade


Assertividade é a habilidade social de fazer afirmação dos próprios direitos e expressar
pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto,
de modo a não violar o direito das outras pessoas.

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