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Processo Penal
RESUMO ATUALIZADO – 2023
PROCESSO PENAL
Direito Processual Penal é o processo realizado pela ação penal, onde o Estado visa punir o
agente infrator e este exerce seu poder de defesa, a fim de garantir sua liberdade.
O Processo Penal ou Persecução Penal tem como etapas:
E quando ocorre omissão (não existir lei que caracterize a atitude como crime) por parte da Lei,
a quem recorrer?
Nesse caso o Juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios
gerais de direito.
➢ Analogia: Será usado um outro preceito legal que trate de matéria semelhante, ou seja,
será utilizado outro meio (ex: julgamentos, regulamentos, direitos), para chegar a
solução.
➢ Costumes: É o uso de ações comuns adotadas durante o trâmite das ações penais.
➢ Princípios Gerais do Direito: São conceitos morais e sociais universalmente aceitos,
utilizados para orientação e compreensão do sistema jurídico, embora não estejam
escritos.
Trata da origem das normas processuais, sendo dividida em fontes materiais e fontes
formais.
o Fontes Formais Imediatas: São leis em sentido amplo, abrangendo a CF, a legislação
Infraconstitucional, os tratados, as convenções e Súmulas.
o Fontes Formais Mediatas: São analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
Contraditório é o ato de confrontar e cientificar uma parte dos atos praticados pela outra parte,
ou seja, ouvir os fatos de ambas as partes e confrontar o que foi dito.
Ampla Defesa possui dois aspectos a Defesa Técnica e Autodefesa, após a ciência da
denuncia e após o contraditório, o indiciado tem o direito de se defender das acusações podendo
ser através da Defesa Técnica (Advogado) ou Autodefesa (ele próprio), sendo que se violada pode
acarretar nulidade absoluta ou relativa, de acordo com o prejuízo que a defesa tiver.
É a busca da verdade dos fatos, mesmo que o réu seja revel (indivíduo que sabendo do fato,
não se manifesta para se defender), será necessário que a acusação prove de forma o fato,
inquestionável para que haja condenação.
As limitações impostas a esse princípio são o uso de provas ilícitas e revisão pro societate (se a
absolvição transitar em julgado surgirem provas fortíssimas contra o réu, a decisão, ainda assim,
não poderá ser revista).
Princípio da Publicidade
A regra é a publicidade e só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a
defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem, EXCETO nos casos de crime contra a
dignidade sexual que a regra será o sigilo.
➢ Prova Ilícita em Sentido Estrito é a prova obtida através da violação da norma/ lei de
direito material. Ex: Violação de intimidade do aparelho telefônico sem autorização.
➢ Prova Ilegítima é a prova obtida ou introduzida na ação por meio de violação
processual, ou seja, é a prova que viola uma parte do processo e não necessariamente
a lei ou norma.
É a busca pelo menor esforço no processo para que se chegue a conclusão, buscando a
economia processual e celeridade, buscando eliminar ou reduzir os atos desnecessários e inúteis,
durante a tramitação do processo.
Este princípio permite que as partes tenham uma nova apreciação, total ou parcial, da causa,
por órgão superior do Poder Judiciário, realizada por meio de recurso, sendo necessário o
preenchimento dos requisitos: tempestividade, legitimidade, interesse.
É realizado pela Polícia Judiciária (Polícia Civil e Polícia Federal), seu presidente é o
Delegado de Polícia, cuja finalidade é de colher informações sobre a infração penal praticada e
sua autoria, para que a ação penal possa ter prosseguimento.
O titular da ação é o Ministério Público ou o Ofendido, sendo ele o titular da ação, decidirá
em oferecer a denúncia ou queixa-crime, uma vez oferecida o Juiz analisará se há indícios
suficientes de autoria e materialidade para recebe-las.
Lembre-se de DITAdura!!!!
Destinatário
Imediato
Titular da
Ação
➢ Escrito: O inquérito será escrito, mão ou digitadas, sendo rubricadas todas as folhas e
as últimas assinadas.
➢ Dispensável: Não é obrigatório para a instauração penal, podendo ser substituído caso
o acusador possua outras provas confiáveis para realizar a instauração penal.
➢ Ausência de rito próprio: Não existe uma sequência específica, podendo o Delegado
decidir o que deverá ser investigado primeiro.
➢ Indisponível: Iniciado o inquérito não poderá ser paralisado ou arquivado por vontade da
autoridade policial (Delegado), devendo continuar até o fim, emitindo Relatório de todas
as descobertas sobre o fato e em seguida envia-las ao Juiz, onde o representante do
Ministério Público emitirá a sua decisão em oferecer ou não a denúncia.
O local onde deve ser instaurado e de tramitação do inquérito é o mesmo onde deve ser
instaurada a ação penal, devendo as autoridades policiais limitar-se as suas circunscrições, sendo
essas definidas, como as áreas as quais desempenham suas atividades.
➢ De Ofício;
➢ Por Requisição do Juiz;
➢ Por Requisição do Ministério Público;
➢ Em Razão do Requerimento do Ofendido;
➢ Pelo Auto de Prisão em Flagrante.
➢ Instauração de Ofício
O inquérito é iniciado por iniciativa própria do Delegado, não havendo um pedido expresso
de qualquer pessoa. Isso ocorre quando a autoridade policial toma conhecimento de um crime,
ficando obrigado a instaurar o inquérito.
A notitia criminis (notícia do crime) pode chegar de várias maneiras ao Delegado, essas
diferentes maneiras são classificadas em:
a) Cognição Imediata: Quando o Delegado fica sabendo do crime em razão dos seus
trabalhos regulares.
b) Cognição Mediata: Quando toma conhecimento por intermédio de terceiros.
c) Cognição Coercitiva: Quando vem através da prisão em flagrante.
Quando for por ordem do Juiz ou Promotor de Justiça, o Delegado é obrigado a dar início às
investigações.
➢ Requerimento do Ofendido
Qualquer do povo que tenha conhecimento de um fato criminoso, poderá levar ao
conhecimento da autoridade o delito, a autoridade dará início através de portaria.
O requerimento conterá, sempre que possível:
a) Narração do fato;
b) Individualização do investigado ou seus sinais característicos e as razões de
convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos da
impossibilidade de fazê-lo;
c) Nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
O requerimento para instauração do inquérito pode ser feito em crimes de ação pública ou
privada.
Durante o inquérito, a autoridade policial deve enviar todos os esforços no sentido de solucionar
o crime ocorrido, descobrindo o autor e em que circunstâncias o fato ocorreu.
As atitudes que a autoridade deve adotar, logo após ter conhecimento da prática da infração
penal é:
I. Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
coisas, até a chegada dos peritos.
II. Apreender os objetos relacionados com o fato, após liberados pelos peritos criminais,
pois serão juntados ao inquérito, caso os objetos tenham sido utilizados na prática do crime,
serão encaminhados à pericia para que seja constatada a sua natureza e eficácia.
III. Colher as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias.
IV. Ouvir o ofendido.
I. Ouvir o indiciado, devendo o respectivo termo ser assinado por 2 testemunhas que tenham
presenciado a leitura do termo ao indiciado. O indiciado poderá permanecer em silêncio
durante todo o interrogatório.
II. Proceder o reconhecimento de pessoas, coisas e acareações, caso haja conflito no que foi
dito nos depoimentos.
Do Indiciamento
É o ato policial, realizado através do interrogatório, por meio do qual o suspeito é considerado
autor da infração investigada.
Requisitos: São necessários fortes indícios e coerentes da autoria, não podendo ser apenas
suspeitas.
I. Determinar se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras
perícias;
Corpo de Delito: Conjunto de vestígios materiais deixados no local do crime, podendo ser
realizado em cadáveres, em seres vivos ou objetos.
Art 167 “Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta”.
• Teste balístico.
Poderá ser feita para verificar a possibilidade de a infração penal ter sido praticada de certo
modo/ maneira, não será realizada caso o crime atente contra a moralidade, a ordem
pública ou contra os costumes.
II. Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar
aos autos sua folha de antecedentes, exceto se o indiciado apresentar documentação válida
que o identifique.
• Carteira de Identidade;
• Carteira de Trabalho;
• Carteira Profissional;
• Passaporte;
• Carteira de identificação funcional;
• Outro documento público que permita a identificação do indiciado.
III. Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e
quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e
caráter.
IV. Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidades dos filhos, indicado
pela pessoa presa.
Reconstituição do Crime
Tem a finalidade de verificar a possibilidade de a infração ter sido praticada de determinada
forma, não sendo o indiciado obrigado a tomar parte.
O ato deverá ser documentado por fotografias.
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Art 28. § 1° Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do
inquérito policial, poderá, no prazo de 30 dias do recebimento da comunicação, submeter a
matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva
lei orgânica”.
Prazo
Uma vez iniciado o inquérito a autoridade tem prazos para concluí-lo, sendo eles:
➢ Indiciado Solto 30 dias, poderá ser prorrogado, quantas vezes for necessário,
quando o fato for de difícil elucidação.
➢ Indiciado Preso 10 dias, improrrogável.
➢ Conclusão do Inquérito 30 dias
Ação Penal
Espécies
• A Ação Penal Pública- Ação Penal Pública é aquela em que a iniciativa de seu
desencadeamento é exclusiva do Ministério Público (órgão público).
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• Princípio da Inércia da Jurisdição: ao juiz não é dado iniciar um processo penal de ofício.
Ele precisa ser provocado.
• Princípio da Intransferência: a ação penal tem que ser proposta somente contra o suposto
autor do fato
• nos crimes contra a honra de altas Autoridades Federais, praticados por meio da
imprensa
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• Princípio da Inércia da Jurisdição: o juiz não inicia a ação de ofício. Precisa ser
provocado
• Princípio da Intranscendência: a ação penal deve ser proposta contra quem se imputa a
prática da ação penal
• Exclusiva
• Personalíssima
• Subsidiária da Pública
Jurisdição
Princípios da Jurisdição
o juiz natural - ninguém pode ser processado ou julgado senão pelo juiz
o investidura - só pode ser exercida por quem foi aprovado em concurso público da
magistratura
o indeclinabilidade - juiz não pode deixar de dar a prestação jurisdicional
o indelegabilidade - Nenhum juiz pode delegar sua jurisdição a outro
o improrrogabilidade - O juiz não pode invadir a área de atuação de outro
o inevitabilidade - As partes não podem recusar o juiz, salvo nos casos de suspeição
o inércia - O juiz não pode dar início à ação penal
Competência
Art. 69. Determinará a competência jurisdicional:
I - o lugar da infração; FORO (ratione loci)
II - o domicílio ou residência do réu; FORO (ratione loci)
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Os crimes dolosos contra a vida e cometidos por militares das Forças Armadas contra civil
serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no contexto:
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• JUSTIÇA FEDERAL E ESTADUAL - processar e julgar qualquer causa que não esteja
sujeita à Justiça Federal comum, do Trabalho, Eleitoral e Militar
Dos sujeitos da relação processual (Juiz, Ministério Público, acusado, defensor, assistente
da acusação, auxiliares da Justiça)
Sujeitos Processuais
• Sujeitos principais (ou essenciais): são aqueles sem os quais o processo não se
desenvolve.
❖ Juiz
São pressupostos para o exercício da função jurisdicional:
a) investidura— procedimento previsto em lei que dá ensejo à nomeação para o exercício das
funções próprias dos integrantes do Poder Judiciário;
❖ Ministério Público
A essência da atividade do Ministério Público no processo criminal, a quem cabe:
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❖ Acusado
Acusado (ou réu) é a pessoa em face de quem se deduz a pretensão punitiva, ou seja, é o
sujeito passivo da relação processual.
Têm capacidade para estar em juízo os entes suscetíveis de imputação criminal:
Diferentemente do que ocorre em relação aos menores de 18 anos, que se sujeitam às normas
de legislação especial e, portanto, são insuscetíveis de imputação criminal (inimputáveis), os
portadores de anomalia psíquica têm capacidade processual passiva, já que tanto as penas como
as medidas de segurança são aplicadas em decorrência de processo criminal
❖ Defensor
❖ Assistente De Acusação
A existência de um autor e de um réu é sempre necessária para a existência válida do
processo, razão pela qual esses sujeitos recebem a designação de partes necessárias.
❖ Auxiliares da Justiça
Os auxiliares da justiça não são, propriamente, sujeitos processuais, já que não participam da
relação processual, mas apenas auxiliam o juiz, esse, sim, sujeito da relação jurídica processual.
Esses órgãos auxiliares podem ser:
a) permanentes— os órgãos que atuam em todos os processos em trâmite pelo juízo, como o
escrivão e o oficial de justiça;
b) eventuais— que intervêm somente em alguns processos, nos quais realizarão tarefas
especiais, como os intérpretes e os peritos.
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Exceção
É o mecanismo processual por meio do qual o acusado exerce a defesa indireta, provocando a
apreciação de matéria que pode levar à extinção da ação ou ao retardamento de seu exercício.
❖ Exceção De Suspeição
A exceção de suspeição tem caráter dilatório e destina-se a afastar juiz que a parte reputa
parcial, ou seja, aquele que não tem neutralidade para apreciar a causa.
❖ Exceção De Litispendência
Uma exceção de natureza peremptória, oponível quando houver ações penais idênticas em
curso.
❖ Exceção de Ilegitimidade
É a situação prevista em lei que permite a um determinado sujeito propor a demanda judicial e a
um determinado sujeito ocupar o polo passivo dessa mesma demanda
Ninguém pode ser punido mais de uma vez pelo mesmo crime
Para garantir maior fidelidade na reconstituição do fato criminoso, a lei prevê o dever de a
autoridade policial, logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, ―apreender os
objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais‖
Procedimento para restituição do bem apreendido:
Deve ser feita pelo interessado que demonstrar ser dono do bem por meio de requerimento
dirigido a autoridade competente.
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❖ Medidas Assecuratórias
Além de constituir lesão aos interesses da coletividade, a infração penal, muitas vezes,
ocasiona danos, de natureza material ou moral, ao ofendido, que passa a ter a expectativa de ser
indenizado.
a) sequestro;
b) hipotecalegal;
c) arresto.
❖ Sequestro
❖ Hipoteca Legal
A segunda modalidade de medida assecuratória cuja adoção é disciplinada pelo Código de
Processo Penal é a hipoteca, que é conferida pela leiao ofendido, ou aos seus herdeiros,
sobre os imóveis do delinquente, para satisfação do dano causado pelo delito e pagamento
das despesas judiciais
Hipoteca legal é o direito real de garantia que tem por objeto bens imóveis pertencentes ao
devedor que, embora continuem em seu poder, asseguram, prioritariamente, a satisfação do
crédito.
De forma diversa do sequestro, a hipoteca recai sobre bens que compõem o patrimônio
lícito do autor da infração, ou seja, não tem por objeto os proventos da infração.
Requisitos para a Especialização da Hipoteca:
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❖ Arresto
O arresto também é modalidade de medida assecuratória que tem por objeto o patrimônio
lícito do agente, não se destinando, portanto, à constrição de bens adquiridos com o produto da
infração.
➢ Incidente De Falsidade
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➢ Corpo de delito é o conjunto de elementos sensíveis deixados pelo crime, isto é, ―aquilo
que torna o crime ou a contravenção palpável, sensível, tangível, perceptível aos sentidos.
➢ Exame de corpo de delito, por sua vez, é a espécie de perícia destinada a reunir vestígios
materiais deixados pelo fato criminoso, ou seja, é a perícia realizada no corpo de delito.
• Direto — é o que se realiza por meio da análise, pelos peritos, do próprio corpo de delito,
sem qualquer intermediação.
CPP Art. 158. “Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame
de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado.”.
Infrações que não deixam vestígios — para demonstração de sua existência material não é
imprescindível o exame de corpo de delito. Ex.: injúria verbal, furto simples.
Videoconferência
• necessidade de prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que
o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o
deslocamento;
• quando haja relevante dificuldade para o comparecimento do réu em juízo, por enfermidade
ou outra circunstância pessoal;
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Interrogatório
É o ato processual em que o acusado é ouvido pelo juiz acerca da imputação que lhe é
feita.
É por meio do interrogatório que o acusado exerce o direito de audiência, ou seja, o direito de
permanecer em silêncio ou de influir diretamente no convencimento do juiz, manifestando-se sobre
a imputação e indicando provas.
❖ Características do Interrogatório
• Ato personalíssimo
• Ato oral
• Ato público
• Ato bifásico
❖ Direito ao Silêncio
Art. 5º, LXIII, da CF “O preso será informado de seus direitos, entre os quais
o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de
advogado.”
❖ Participação do Defensor
Caso o advogado constituído pelo acusado não esteja presente no momento do interrogatório
poderá o juiz nomear defensor para o ato, sem que isso importe em nulidade
❖ Oitiva Do Ofendido
Só em hipótese de absoluta impossibilidade pode-se prescindir da oitiva do ofendido, ―como
no caso de falecimento, incapacidade absoluta, desaparecimento e outras insuperáveis.
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❖ Das Testemunhas
Testemunha é a pessoa física distinta dos sujeitos processuais chamada a juízo para prestar
informações sobre fatos relacionados à infração, mediante assunção de compromisso de dizer a
verdade.
• Testemunho de Policiais
• Dever de Testemunhar
Dever de comparecimento e dever de prestar compromisso.
O depoimento dessas pessoas é, portanto, facultativo e, acaso optem por testemunhar, delas
não será tomado o compromisso (art. 208 do CPP), o que permite concluir que serão ouvidas na
qualidade de informantes
a) o parente do réu que, apesar de não obrigado a depor, opte por fazê-lo (ascendente ou
descendente, o afim em linha reta, o cônjuge e o irmão do acusado);
b) os deficientes mentais;
c) os menores de 14anos
Estão proibidas de depor as pessoas que, em razão de sua função, ministério, ofício ou
profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar
seu depoimento.
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b) Testemunhas indiretas — aquelas que souberam dos fatos por intermédio de outrem sem,
no entanto, os terem presenciado.
e) Testemunhas numerárias — são as que, arroladas pelas partes de acordo com o limite
procedimental, prestam compromisso.
f) Testemunhas referidas — são aquelas que, embora não arroladas pelas partes, são
ouvidas por determinação judicial em razão de a elas outras testemunhas terem feito
referência
A pessoa cujo reconhecimento se pretender será colocada ao lado de outras que com ela
tenham qualquer semelhança, convidando-se o reconhecedor a apontá-la.
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Reconhecimento de Coisas
Pode interessar ao processo o reconhecimento de:
b) coisas com as quais foi levada a efeito a infração penal — instrumentos do crime;
c) coisas que, de modo acidental, foram modificadas, alteradas, deslocadas por ação do
delinquente ou, indiretamente, em consequência dessa ação;
Acareação
Consiste o ato em colocar frente a frente duas ou mais pessoas que apresentaram versões
essencialmente conflitantes sobre questão importante para a solução da lide, para que sejam
confrontadas sobre essas divergências.
A providência tem por finalidade provocar a retratação em relação ao ponto do depoimento
que se mostra em antagonismo com o outro relato.
Pressupostos da Acareação
A realização da acareação pressupõe:
b) que haja divergência entre as declarações dessas pessoas, referente a ponto relevante
para o resultado final do processo.
Sujeitos
Admite-se a acareação (art. 229 do CPP):
a) entre acusados;
b) entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida;
c) entre testemunhas;
d) entre as pessoas ofendidas.
Prova Documental
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Indícios
➢ Indícios são as circunstâncias conhecidas e provadas, que, tendo relação com o fato,
Da Busca e Apreensão
É a providência de natureza cautelar destinada a encontrar e conservar pessoas ou bens
que interessem ao processo criminal.
➢ Busca é o nome que se dá ao conjunto de ações dos agentes estatais para a procura e
descoberta daquilo que interessa ao processo.
➢ Apreensão é o ato consistente em retirar pessoa ou coisa do local em que esteja para fins
de sua conservação.
A busca e apreensão tem natureza variada, já que pode constituir:
b) meio de obtenção de prova — na hipótese em que a diligência, por si, não permite formar
convicção acerca do fato probando, mas propicia o encontro de elemento útil à
demonstração da infração;
Oportunidade e Iniciativa
A diligência de busca e apreensão pode ser realizada:
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Busca Domiciliar
a) em caso de flagrante delito, desastre, ou para prestar socorro: durante o dia ou à noite.
b) por determinação judicial: apenas durante o dia.
Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou
antes das 5h (cinco horas)
Busca Pessoal
Realiza-se busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo
arma proibida ou objetos relacionados com infração penal.
Não pode fundar-se em parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos
que indiquem a necessidade da revista, em face do constrangimento que causa.
➢ prisão em flagrante
➢ prisão preventiva.
Prisão Em Flagrante
Flagrante próprio ou real:
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A perseguição pode durar vários dias, desde que os policiais estejam o tempo todo em
diligências, no encalço dos criminosos
O sujeito não é perseguido, mas localizado, na posse das coisas que a situação fática leve à
conclusão de que ele é autor do delito.
❖ Flagrante obrigatório
As autoridades policiais e seus agentes que presenciarem a prática de infração penal têm o
dever de dar voz de prisão em flagrante ao criminoso.
❖ Flagrante facultativo
Qualquer do povo pode prender quem se encontra em flagrante delito
❖ Flagrante Esperado
Flagrante esperado é uma forma de flagrante válido e regular, no qual agentes da autoridade,
cientes de que um crime poderá ser cometido em determinado local e horário, sem que tenha
havido qualquer preparação ou induzimento, deixam que o suspeito aja, ficando à espreita para
prendê-lo em flagrante no momento da execução do delito.
❖ Flagrante Forjado
Trata-se de hipótese de flagrante nulo, que deve ser relaxado, porque foram criadas provas de
um delito inexistente exatamente para viabilizar a prisão
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a) policiais colocam droga no carro de alguém para prendê-lo por crime de tráfico;
Prisão Preventiva
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a
prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
a) quando o autor da infração tiver sido preso em flagrante e o juiz, ao receber a cópia do auto
no prazo de 24 horas da prisão, convertê-la em preventiva;
b) quando o autor da infração não tiver sido preso em flagrante, mas as circunstâncias do caso
concreto demonstrarem sua necessidade;
Após a decretação da prisão preventiva, o réu não pode ficar preso por tempo indeterminado.
Para o cumprimento dos diversos atos processuais em caso de réu preso, dentre outros, como
conclusão do inquérito em 10 dias e o oferecimento da denúncia em 05 dias
Prisão Temporária
É uma medida privativa da liberdade de locomoção, decretada por tempo determinado,
destinada a possibilitar as investigações de crimes considerados graves, durante o inquérito
policial.
I — Quando for imprescindível para as investigações durante o inquérito policial, ou seja,
quando houver indícios de que, sem a prisão, as diligências serão malsucedidas.
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A prisão temporária só pode ser decretada pelo juiz, que, entretanto, não pode fazê-lo de
ofício, dependendo de requerimento do Ministério Público ou representação da autoridade policial.
• Oitiva do Condutor
• Interrogatório do Preso
• Lavratura do Auto
Nota de Culpa
É um documento por meio do qual a autoridade dá ciência ao preso dos motivos de sua
prisão, do nome do condutor e das testemunhas. A nota deve ser assinada pela autoridade e
entregue ao preso, mediante recibo, no prazo de vinte e quatro horas a contar da efetivação da
prisão
Relaxamento da Prisão
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• Internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave
ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável e houver risco de
reiteração (art. 319, VII)
• Fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo,
evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial
(art. 319,VIII)
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Liberdade Provisória
É a liberdade concedida, em caráter provisório, ao indiciado ou réu, preso em decorrência
de prisão em flagrante, que, por não necessitar ficar segregado, em homenagem ao princípio da
presunção de inocência, deve ser liberado, sob determinadas condições
Revisand
Questão 1:
Nos crimes de ação penal pública incondicionada, a instauração do inquérito policial:
a) depende de comunicação verbal do ofendido.
b) depende de requisição do Ministério Público.
c) depende de requisição da autoridade judiciária.
d) depende de requerimento escrito do ofendido.
e) pode ser feita, de ofício, pela autoridade policial.
Questão 2:
A respeito do inquérito policial, é correto afirmar:
a) O inquérito policial, uma vez instaurado, não poderá ser arquivado pela autoridade policial.
b) O inquérito policial constitui-se na única forma de investigação criminal.
c) O inquérito policial pode ser presidido pelo Ministério Público.
d) O princípio do contraditório deve ser observado no inquérito policial.
e) O sigilo do inquérito policial, necessário à elucidação do fato, se estende ao Ministério
Público.
Questão 3:
Sobre o inquérito policial, é INCORRETO afirmar que:
a) estando o indiciado solto, o prazo para seu encerramento é de 30 (trinta) dias, podendo ser
solicitada dilação de prazo.
b) é presidido por autoridade policial ou por membro do Ministério Público.
c) se trata de procedimento escrito, inquisitivo e sigiloso.
d) após instaurado, não pode ser arquivado pela autoridade policial.
e) não é regido pelos princípios do contraditório e da ampla defesa.
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Questão 4:
A condenação de um réu sem defensor viola o princípio:
a) da oficialidade.
b) da publicidade.
c) do juiz natural.
d) da verdade real.
e) do contraditório.
Questão 5:
Assinale a opção correta acerca das disposições constitucionais aplicáveis ao direito processual
penal.
a) A garantia constitucional do contraditório e da ampla defesa aos litigantes, em processo
judicial, e aos acusados em geral não se aplica ao processo administrativo.
b) Segundo disposição expressa da Constituição Federal de 1988, o civilmente identificado não
pode, em nenhuma hipótese, ser submetido a identificação criminal, em respeito ao princípio
da dignidade da pessoa humana.
c) Segundo previsão expressa da Constituição Federal de 1988, assegura-se aos presos o
respeito à integridade física e moral e às presidiárias, condições para que possam
permanecer com seus filhos durante o período de amamentação.
d) Só será admissível a concessão de extradição de estrangeiro por crime político ou de
opinião se ele tiver sido processado e sentenciado pela autoridade judicial competente.
e) São inadmissíveis, no processo judicial, as provas obtidas por meios ilícitos, e, exceto nas
hipóteses da prática de crimes hediondos, ninguém será considerado culpado até o trânsito
em julgado da sentença penal condenatória.
Questão 6:
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Questão 7:
a) o civilmente identificado não será submetido à identificação criminal, salvo nas hipóteses
previstas em lei.
b) em nenhuma hipótese se admite ação penal privada nos crimes de ação pública.
c) a prisão de qualquer pessoa, mas não o local onde se encontre presa, será comunicada
imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.
d) o preso tem direito à identificação dos responsáveis pela sua prisão, mas não por seu
interrogatório policial.
e) a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo unicamente com a natureza
do delito e a idade do apenado.
Questão 8:
a) a audiência não poderá ser adiada pela ausência do defensor, ainda que justificada;
b) para constituição do defensor é sempre indispensável o instrumento de mandato;
c) a intimação do réu não revel para o ato de seu interrogatório é facultativa;
d) o acusado revel será julgado independente da presença de defensor ou advogado;
e) a intimação do defensor público nomeado será pessoal.
Questão 9:
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Questão 10:
Gabarito: 1-E, 2-A, 3-B, 4-E, 5-C, 6-D ,7-A ,8-E ,9-A ,10- A
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