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• Materialização do direito penal não depende da intervenção jurídica da mesma forma que o
direito civil (material)
• Tipificação necessita do devido processo para que ocorra; fatos por si só não são crime
• Aos fatos são atribuídos sentidos após o processo penal; sentença penal condenatória
transitada em julgado e etc.
30/Agosto
Segurança pública
CF88, Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da
ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:
I - polícia federal;
II - polícia rodoviária federal;
Inquérito policial
Características
• Informalidade: por não possuir rigor formal na ordem dos trabalhos, diferente da ação penal
○ Rigorismo formal engessaria a investigação e a tornaria inócua
○ Delegado é livre para realizar sua investigação
• Inquisitoriedade: por não possuir contraditório nem ampla defesa; o acusado é o próprio
objeto da investigação
• Sigilosidade: investigação (e não o inquérito) é sigilosa; sigilosidade é o próprio espírito da
investigação
○ Uma vez realizada, a diligência deve ser documentada no inquérito
CPP, art. 20
Aplicabilidade
5/Setembro
Diligências
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos
criminais;
• Ver resumo
Indiciamento
• Colhidas as provas da suposta materialidade, deixa-se o interrogatório ao final
• Indiciamento não é um ônus, mas sim um direito
• Atribuição administrativa do delegado
• Comunica-se ao investigado seus indícios de autoria no crime
Lei 12.830/13, art. 2º § 6º O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado,
mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
○ Indiciamento é um direito do investigado
○ Permite ao investigado contratar advogado, trabalhar em prol de seus direitos etc.
• Não é ato vinculativo ao MP
○ MP pode arquivar, oferecer denúncia ou não, etc.
Relatório
Fim do inquérito policial
Por pessoa
• Competência por prerrogativa de função: decorre de cargo público
○ Famoso "foro privilegiado"
○ Arguição deve ser realizada de início
○ Presente em todas as constituições brasileiras até hoje
○ Trata de questões processuais e materiais
• Foro = território
• Juízo = sobre a vara, a natureza da infração
Foro
• Lugar da infração pode significar muita coisa; conceito aberto
○ Pode ser definido pragmaticamente como o local em que se pratica a conduta do verbo
nuclear do tipo, onde se iniciam os atos da conduta típica, pode ser qualquer lugar por
onde passa a ocorrência do crime
• CPP define o lugar da infração como o local da consumação do crime
○ Dois motivos são levados em consideração pela doutrina para justificar essa escolha
○ Motivo social (ideológico, para o professor): o local em que o crime se consuma é o local
em que o crime deve ser reprimido socialmente
○ Motivo probatório: por ser o local em que há maior facilidade de se colher provas
• Tentativa: lugar em que se praticou o último ato de execução
• Execução iniciada no Brasil e consumada fora dele: local onde por último se realizou ato de
execução (no Brasil)
○ Interesse de se punir, mesmo que não se consuma no outro país
• Crimes consumados em divisa, incerto, continuado ou permanente: critério da prevenção
○ Juízo que primeiro conheceu do processo
○ Crime continuado: qualquer local em que se consumou pode ser prevento
• Domicílio ou residência: não há distinção no processo penal
○ Não sendo conhecido o local da consumação, a competência se dará pelo
domicílio/residência do réu
○ Na dúvida, prevenção
• Foro de eleição: pessoa (ou MP) escolhe o foro
○ Só ocorre nos delitos de ação penal exclusivamente privada
Juízo
• Competência pela natureza da infração
• Delegada, via de regra, pelo CPP, pelas normas de cada estado
○ Possibilidade de criação de varas regionais ou até mesmo especializadas por tema
Conexão ou continência
• Modificam as competências originárias definidas pelo CPP
○ Conexão: coisas diversas; pelo menos duas pessoas ou crimes se conectam
○ Continência: uma única coisa, que contém outra
Conexão
Continência
• Diversas pessoas praticando o mesmo crime
• No caso de concurso formal de crimes, aberratio delictis,
20/Setembro
Citação
Art. 351. A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver
ordenado.
Art. 352. O mandado de citação indicará:
I - o nome do juiz;
II - o nome do querelante nas ações iniciadas por queixa;
III - o nome do réu, ou, se for desconhecido, os seus sinais característicos;
IV - a residência do réu, se for conhecida;
V - o fim para que é feita a citação;
VI - o juízo e o lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer;
VII - a subscrição do escrivão e a rubrica do juiz.
• Em caso de réu preso, ele deve ser citado na prisão pessoalmente pelo oficial de justiça
○ Por ser o mandado o padrão, não há motivo para não se fazer dessa forma com réus
presos
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça certificará a ocorrência e procederá à
citação com hora certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de
Processo Civil.
• No caso de infrutífera a tentativa de citação por mandado, prossegue-se para a citação por
edital
• Jurisprudência do STF fixou que legislação infraconstitucional não pode criar novas
possibilidades de exclusão de prescrição
○ Nesse caso, o processo é suspenso pelo prazo prescricional
○ Após a suspensão, começa a correr o prazo prescricional
Revelia
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar
de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.
Intimação
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer
ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior.
Prazos processuais
Art. 798. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias,
domingo ou dia feriado.
§ 1o Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento.
§ 2o A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo o prazo, ainda que
omitida aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr.
§ 3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.
§ 4o Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto pela parte
contrária.
§ 5o Salvo os casos expressos, os prazos correrão:
a) da intimação;
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte;
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho.
Sequestro
Art. 125. Caberá o seqüestro dos bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os proventos da infração, ainda que já
tenham sido transferidos a terceiro.
Art. 126. Para a decretação do seqüestro, bastará a existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens.
Art. 127. O juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou do ofendido, ou mediante representação da autoridade
policial, poderá ordenar o seqüestro, em qualquer fase do processo ou ainda antes de oferecida a denúncia ou queixa.
Art. 128. Realizado o seqüestro, o juiz ordenará a sua inscrição no Registro de Imóveis.
Art. 129. O seqüestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro.
Art. 130. O seqüestro poderá ainda ser embargado:
I - pelo acusado, sob o fundamento de não terem os bens sido adquiridos com os proventos da infração;
II - pelo terceiro, a quem houverem os bens sido transferidos a título oneroso, sob o fundamento de tê-los adquirido de
boa-fé.
Parágrafo único. Não poderá ser pronunciada decisão nesses embargos antes de passar em julgado a sentença
condenatória.
• Ver no código
Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do
Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público cujo perdimento tenha sido decretado.
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé.
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa em lei
especial.
Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito
a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do
sistema prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o
desempenho de suas atividades.
• O juiz pode autorizar que os bens sequestrados sejam utilizados pelos órgãos de segurança
pública, de acordo com o interesse público
Hipoteca legal
Arresto
Estrutura da sentença
• Semelhante à do processo civil
• Sentença penal condenatória, no entanto, possui também a fixação de pena (dosimetria)