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Teórica-16/02/23.
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Bibliografia:
Manual de Germano Marques da Silva- Curso de processo penal I, noções gerais , elementos
do processo penal.
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Existe o direito processual que é instrumental do direito penal. Há um princípio que permite
perceber o direito processual que é o ´Princípio da jurisdicionalidade´, o direito só poderá ser
aplicado através do direito penal. O direito Penal só se aplica através do processo penal e
com respeito aos princípios.
Teórica-17/02/23.
Noções introdutórias.
O QUE É O DIREITO PROCESSUAL PENAL?: Temos de partir desde a sua noção essencial, o
direito penal tem duas realidades ou refere-se ao ramo do direito que disciplina o direito
processual penal. É o conjunto de normas jurídicas que disciplinam o direito penal ou o
direito processual penal surge como a ciência que estuda este ramo de direito. Quando
estamos a pensar na doutrina ou na dogmática escrevemos com letras maiúsculas.
O Processo penal como refere Figueiredo dias ´´ sequencia de atos juridicamente pré
ordenados e praticados por certas pessoas autorizadas em ordem a vista da decisão sobre se
foi praticado algum crime e em caso afirmativo sob as consequências jurídicas e a sua justa
aplicação ´´.
É o direito que regula as normas que tem com fim a aplicação do direito penal. Tem como
fim descobrir a verdade material através da reconstrução histórica sem violar direitos
fundamentais e para isto esta o instituto das provas proibidas porque são absolutamente
proibidas num estado de direito democrático. Não é possível obter a prova de um facto por
exemplo através da tortura ou ameaça. Mas também existindo provas absolutamente
proibidas mas o legislador por vezes proíbe alguns direitos fundamentais para conseguir a
obtenção da verdade, exemplo: as escutas telefónicas. Há outro meio excecional que é
´´agente infiltrado´´. O agente encoberto é possível, é aquele que frequenta os meios, ele
esta apenas a assistir o que se passa. Agora, o agente infiltrado tem uma identidade falsa e
serve-se da organização criminosa e muitas vezes pratica atos de execução para conseguir
apanhar aos agentes em flagrante delito, mas ele não pode ser instigado ( ou seja, ele não
pode criar a vontade e determinar ao agente para praticar o crime).
Muitas vezes o direito processual penal faz parte do significado de direito penal em sentido
amplo. Em relação com outros ramos de direito o direito processual tem uma relação com o
direito constitucional. Muitos dos princípios do direito penal está consagrado na constituição
da republica portuguesa, também há princípios consagrados no direito internacional e não
só através da figura dos princípios, há varios institutos que estão preenchidos da
constituição, artigo 28º n2 e n4, ainda há outro artigo que é o 33º.
Direito processual penal Vs o direito processual civil: os dois tem fim diferente, nos casos
omissos pode-se recorrer ao código de processo civil e a dúvida se levanta em quando
estamos perante um caso omisso.
Processo disciplinar dos funcionários públicos: há uma autonomia desse processo disciplinar
do próprio direito penal, são procedimentos autónomos, o que muitas vezes acontece é que
esta a decorrer um processo disciplinar sobre o agente e ao mesmo tempo um processo
penal sobre o agente por corrupção e as consequências entre os dois serão diferentes.
O nosso estudo vai incidir sobre o processo penal poderá ser mais dinâmico mas também
vamos estudar desde uma perspetiva estática isolada uma das outras, vamos dar prioridade
ao estudo mais dinâmico.
COMO SE CARATERIZA O NOSSO SISTEMA PROCESSUAL PENAL?: para isto temos que saber
ao longo da história que tipos de sistema houve, e ao longo da historia tivemos 3 modelos,
este demostra a relação do estado com os cidadãos. Há três sistemas centrais:
1. Sistema do tipo acusatório de pendor liberal/ sistema adversarial puro: vê uma disputa
entre o estado e o individuo e por isso há uma separação clara entre a entidade que
acusa e entre a entidade que julga e só isso permite que haja uma imparcialidade entre a
entidade que julga, há uma divisão clara entre a entidade que acusa e a entidade que
julga, só desta forma garantimos a imparcialidade de quem julga.
2. Sistema inquisitório puro: que é de pendor autoritários. Como a única finalidade é a
descoberta da verdade o arguido tem uma posição de objeto pelo que há uma completa
violação dos direitos fundamentais, pelo que quem investiga e acusa é a mesma pessoa
o que significa que não haverá imparcialidade. Reconstrução histórica. Este sistema trata
ao arguido como objeto, é completamente desconsiderado os seus direitos. A entidade
que investiga e julga são as mesmas.
3. Sistema misto: adotado pela maioria dos países da europa incluído Portugal. O nosso
sistema é misto porque há uma clara divisão entre a entidade que investiga e acusa e a
entidade que julga. Ministério publico e tribunais. é misto porque o juiz de julgamento
continua a ter o poder de procurar a verdade. Se o juiz acha um facto que precisa de
mais provas ele poderá pedir mas dentro do objeto do processo para assim garantir a
imparcialidade. Por um lado há uma clara divisão entre a entidade que investiga acusa e
julga.
Antes do código atual vigorava o código de 1929 e tinha uma estrutura acusatória mas
materialmente era considerado um sistema acusatório. Só em 1945 é que a instrução passou
a ser do ministério publico e não ao juiz, mas como se vivia numa ditadura este ministério
era governamentalizada. Em 1972 no período chamado ´marcelista´ foi promovida a
fiscalização judicial do ministério publico e passa a ver a figura do juiz de instrução. Só surge
um novo código em 1987 e só aqui é que começamos a ter um sistema misto com a divisão e
a existir o principio da verdade material que tem uma importância fundamental, isto significa
que o juiz possa pedir prova relativa ao objeto do processo que já esta fixado apos a
acusação e investigação
O ministério publico age no interesse da procura da verdade, seja ela qual for.
Processo sumario: aplica-se em norma aos casos em que não pode ser aplicada
pena de prisão superior a 5 anos.331 CPP
Processo sumaríssimo: Também se aplica aos casos em que a pena de prisão não é
superior a 5 anos ou a aqueles casos em que só se aplica pena de multa. O
ministério publico se entender que no caso concreto deve ser aplicada pena ou
medida de segurança não privativa da liberdade.
Processo abreviado: também tem lugar nos casos de crime punível com pena de
prisão não superior a 5 anos e a pena de multa e ainda há provas evidentes onde
há indícios suficiente de se ter verificado com crime e quem é o seu agente 391-A
CPP.
Processo comum: tem carater subsidiário tendencialmente os crimes mais graves são
julgados no processo comum
Como sabemos que o crime é público, semipúblico e particular? No código penal é que nos
sabemos. exemplo 203º n3. Quando o legislador nada diz então é um crime publico.
Pratica-28/02/23.
Princípios.
Nos no direito penal substantivos estudamos varios princípios e de facto vimos que são princípios
que tem muita importância no direito penal, a importância no processo penal em várias das soluções
é ainda maior. Muitas das soluções para problemas concretos se encontram por referência direta aos
princípios. Temos de ter muito presente os conteúdos essenciais destes princípios porque são
decisivos. Muitas vezes a solução não esta explicita no código penal mas sim como referência aos
princípios.
Muito frequentemente acontece que o conteúdo de um ou mais princípios apontam para diferentes
soluções, pelo que frequentemente não é possível respeitar integralmente o conteúdo de dois ou
mais princípios do direito penal.
Princípio da presunção da inocência: o arguido até o transito em julgado deve ser tratado como se
fosse inocente mas nos podemos aplicar uma prisão preventiva, e isto parece contraditório.
Que os princípios colidam é muito comum e o que a doutrina e jurisprudência tem dito é que o juiz
deve fazer uma concordância pratica entre princípios, deve assegurar que o conteúdo de cada
princípio é respeitado e deve-se limitar o princípio para que se consiga o conteúdo essencial ser
respeitado.
A generalidade dos princípios constam de o artigo 32º da constituição mas há outros conjuntos de
princípios constitucionais que também são princípios cuja violação tem consequências no direito
penal, só que estes não são específicos do direito penal, por exemplo ´artigo 20 de tutela
jurisdicional efetiva´, ´princípio da igualdade´ .
A generalidade dos autores fala dos mesmos princípios só que os organizam de maneira diferente.
Eles são apresentados nos manuais de diferente forma mas isso é irrelevante porque temos que
desconsiderar essa organização e estar atentos aos conteúdos.
Princípio da investigação Vs verdade material: eles não são iguais, e são apresentados muitas
vezes como se fosse o mesmo. 340º CPP. No processo penal se procura a verdade material
enquanto no processo civil importa-se é pela verdade, O DIREITO PENAL DEVE ORGANIZAR-
SE PARA CONSEGUIR CHEGAR A AQUILO QUE REALMENTE ACONTECEU. O processo penal
tem que conseguir prosseguir a verdade de forma a que se consiga atingir essa verdade e
nesse sentido é que se diz que há uma distinção com o processo civil. Enquanto que no
processo civil o juiz limita-se a olhar para aquilo que as partes trouxeram. O processo penal
tem que ser orientado para chegar a verdade material, esta ideia de que o processo penal
tem que se estruturar, mas não há de forma expressa na constituição isto mas sim de forma
implícita. O princípio da verdade material diz que o processo penal tem que estar
organizado para chegar a verdade, agora o princípio da investigação diz que na procura dessa
verdade material, o juiz não está limitado aos elementos de prova que os diferentes sujeitos
processuais ofereçam para a investigação.
Princípio da Livre apreciação da prova: ele no essencial significa que as provas em processo
penal não tem um valor pré-definido. Não existe uma hierarquia de provas, a prova é
apreciada pelo juiz, ele é livre na apreciação dos elementos das provas que foram levados
para os alvos. O juiz é livre na apreciação. O problema é que de facto se esta é analisada
assim com essa liberdade, esta liberdade se não for acompanhada de alguns mecanismos de
controlo haverá um risco de arbitrariedade e abusos. Que mecanismos de controlo são
esses? Recursos e fundamentação. Na fundamentação não basta o juiz uma sentença com
factos provados, o juiz tem de explicitar de porque deu esses factos como provados, não é
suficiente que o juiz diga que deu esses factos como provados, ele terá que fazer um analise
critico da prova, terá que dizer porque daquelas testemunhas aconteceu o que aconteceu ´´
analise critica da prova´´ isto vai permitir que o tribunal de recurso controle de facto a
racionalidade das razoes pelas quais o juiz concluiu nesse sentido.
Teórica-02/03/23
Fases.
Adquisição da notícia do crime: esta poderá dar início ao processo penal, o ministério publico
é que adquire esta notícia e poderá ser de três formas
1- Constatação direta: o ministério pode conhecer diretamente um facto crime e esse pode
ser semi publico o que pode acontecer se é semipúblico é não seguir em frente porque é
necessário queixa.
2- OPC: são os órgãos de polícia criminal que tem como função praticar atos determinados
pelo ministério publico ou pelo código penal ou outras leis avulsas.
3- Denuncias: 242º CPC. 386º CP.
Auto de notícia: crime de natureza publica mas a pessoa descreve um facto que
presenciou, este é levantado pela autoridade judiciaria sempre que o crime que
tenha conhecimento seja de natureza publica e … descreve os factos que a pessoa
presenciou que constitui crime, mas alem destes factos podem conter outros factos,
como por exemplo o dia, o local, o meio de prova, as medidas que foram tomadas
para evitar efeitos secundários. É um documento elaborado pela pessoa que
presenciou esse facto
Auto de ocorrência : também é um crime de natureza publica, a pessoa não
presenciou mas teve conhecimento.
Auto denuncia: o auto denuncia é um documento feito por autoridades policiais que
trata .
Medidas cautelares e de polícia: 248º a 253º. São medidas, atos necessários e urgentes que
os OPC tem que praticar antes da abertura de inquérito por forma a preservarem provas
fundamentais relativamente a aqueles crimes e as circunstâncias do crime. Aqui há um
princípio que é :
Medidas de polícia: estas são diferentes. São praticadas no âmbito da segurança interna e
são consideradas medidas administrativas. Exemplo: identificar pessoas suspeitas, entrar em
lugares ETC.
INQUERITO: é uma fase obrigatória no processo comum, cuja falta constitui nulidade
insanável. Artigo 118 n1 e 119º alínea D. é na fase de investigação por excelência não é só do
crime «, quando se diz que houve pratica de um crime não só é quando foi e quem soa os
agentes mas também implica investigar as causas pessoais, sociais e económicas da prática
do crime, eventualmente os próprios traços de personalidade do agente, para assim
determinar a medida exata da pena.
No caso de haver uma indemnização por perdas e danos que tenha causado o crime, esta
ocorre normalmente em conjunto com o processo civil de indemnização.
OT-03/03/23
Todas as especificidades que a lei penal tem na aplicação no tempo, espaço e interpretação.
Sobre a interpretação.
Sendo assim se estivermos perante uma norma processual penal em sentido material, temos
de olhar para a norma para saber que é strictu sensu ( se for assim então teremos que
recorrer as regras gerais de interpretação que estão no código civil, respetivamente ao artigo
9º do Cc). Também existe uma interpretação quanto ao resultado. Se for uma norma
processual penal material, a nível de interpretação teremos que saber a interpretação
extensiva para grande parte da doutrina só poderá ser aplicada em direito penal se for mais
favorável para o agente.
Sobre a integração analógica: para conseguir integrar teremos de ter uma lacuna, um caso
omisso, pode ele não estar previsto na lei nem no pensamento, a integração analógica
acontece quando esta não esta prevista nem na letra nem no pensamento. Em direito penal
depende, se for uma aplicação analógica que vai favorecer ao arguido.
Artigo 7º do código de processo penal: aqui é uma norma especifica que regula as lacunas
mas esta norma só se aplica se estivermos perante uma norma em sentido estrito.
Aplicação da lei penal no tempo: primeiro temos que ver se essa norma processual penal é
estricto sensu ou material.
1- Tempus regit actus : a lei processual penal é de aplicação imediata uma vez entrada em
vigor, tal implica que aquela lei strictu sensu se aplique não só nos casos que se irão
realizar mas também aos caos pendentes depois do ato ao menos que desta resultar um
agravamento da posição do arguido, nomeadamente o seu direito de defesa, artigo 5º n2
alínea A.
2- Princípio do respeito por o anterior processado: todos os atos praticados segundo a lei
anterior são validos e não interfere a nova lei.
Outra discussão que há é que imaginemos que a lei penal transforma um crime publico em
semipúblico e como é mais favorável então aqui depende de queixa enquanto antes não era
assim.
Teórica-03/03/23.
Acusação
Arquivamento em caso de (…)
277º
283º-
285
280º
281º
392º
Mas há exceções, estes estão no artigo 50º, 68 n2, 246º n4. Se o ministério publico esta perante um
crime semipúblico ou particular onde é preciso queixa então não se abre o inquerido 262º n2. Artigo
50º . 49º. 68º n2.
Nos casos da verificação dos pressupostos processuais onde o inquérito é substituído por um
interrogatório sumario feito pelo ministério publico 382º.
O ministério publico tem de abrir o inquérito ao menos que estivermos perante uma situação que
seja Manifestamente infundada, artigo 58 n1, 246 n6 alínea A . de resto ele tem sempre de abrir o
inquérito, apenas tem notícia do crime terá de abrir.
Pratica-07/03/23
Princípio do acusatório : assenta numa separação clara entre a entidade que investiga e acusa do
órgão que julga, este é o primeiro conteúdo essencial. Em contraposição com o princípio do
inquisitório. Garantia de um julgamento independente e imparcial. É um princípio mais misto. Ideia
de que o juiz de julgamento julga mas nos limites de aquilo que é o conteúdo de acusação. O juiz de
julgamento está limitado pelo despacho de pronuncia por aquilo que o arguido foi julgado. Saber
também se aquilo que se apura em julgamento, o juiz não pode condenar por algo que altere
substancialmente aos factos que estavam na acusação. Porque é que o nosso processo penal tem
esta preocupação? Para garantir a imparcialidade. Este princípio parte de facto de um pressuposto
que é de facto o pressuposto de que há uma igualdade de armas entre os varios sujeitos processuais.
Há algumas realidades entretanto que este sistema acusatório puro em que toda a produção de
prova seja deixado para os varios sujeitos tirando ao juiz este mecanismo de investigar não sempre
será bom para alcançar a verdade. Aquilo que os estudos tem demostrado é que na realidade não há
uma igualdade de armas porque em muitos casos as armas a disposição do ministério publico são
francamente superiores. Nós temos uma profunda desigualdade de armas que poderão levar a uma
problemática na procura da verdade.
O sistema acusatório puro associado a um contexto de desigualdade de armas são sistemas em que
há um risco de injustiça muito grande.
O juiz tem na fase de julgamento tem poderes de investigação na medida em que o código tem um
sistema de acusação mitigado 340º
Estes dois princípios tem conteúdos diferentes e a ideia de presunção de inocência tem um
conteúdo mais basto. Diz que o processo penal tem que estar organizado em todas as suas fases
( esta presente sempre nas suas fases) como se estivesse a lidar com um inocente. Até o transito
em julgado o arguido tem de ser olhado para o direito penal como se estivesse a olhar para um
inocente.
O principio inde pro reu: esta no momento da apreciação da prova e este diz-nos que depois de
produzida toda a prova e que não pode o juiz afirmar sobre se determinada coisa aconteceu ou
não o juiz tem que decidir sobre aquela duvida de maneira mais favorável.
A questão da relação entre estes dois princípios, para o professor a presunção de inocência vai
muito mais alem que o indubio pro reu mas de facto que essa dúvida é uma decorrência sobre o
princípio da presunção de inocência. Havendo duvidas sobre a interpretação de um artigo ou
ficando com duvidas dos factos que acontece ? este não se aplica aqui porque esta só diz
respeito sobre as provas, não pode ser invocado este principio para a aplicação de duvidas sobre
a interpretação jurídica.
Teórica-09/03/23
O ministério publico tem de abrir também inquérito quando há uma denuncia inconsistente?: se
o ministério concluir que a denuncia é manifestamente infundada poderá não abrir o inquérito.
Mesmo sendo infundada o ministério publico tem de registar essa denuncia segundo os artigos
51º n1, 246 n6 A, 247 n5.
Este despacho pode ter natureza tacita?: quando há a comunicação da noticia de um crime por
parte dos OPCs, o magistrado competente não chama a si ao processo ´´não avoca a si o
processo´´, nesse caso diz uma parte da doutrina que podemos considerar que ele alegou as
competências para o ministério publico. O ato tácito seria o não avocar. O nosso código de
processo penal não preve isto
A partir da abertura do inquérito ele passa a ter um número de forma a individualizar o processo
da seguinte maneira ´NUIPC´.
Direção do inquérito: ao ministério publico é que cabe a direção do inquérito, o princípio que esta
aqui é o principio da investigação sob garantia judiciaria. a investigação criminal tem que fazer-se
na estrita legalidade. Há certos atos que são considerados ainda mais pesados para os direitos
fundamentais pelo que não só é preciso a intervenção do ministério publico mas também a do JIC
mesmo no inquérito.
No âmbito da investigação com os OPCs temos que falar de competências delegadas, o ministério
publico pode delegar nos OPCs o encargo de proceder a qualquer diligencias e investigações relativas
ao inquérito, os que podem ser delegados poderão ser os que estão referido no artigo 270º n1 e n3.
Mas há determinadas matérias que estão completamente reservadas ao ministério. Este delegar
competência pode ser feito por um despacho de natureza genérica, isto significa que o MP pode
dizer os limites e as penas aplicáveis que pode ser aplicado 270º n4.
Prazos do inquérito:
Os prazos estabelecidos na lei são meramente ordenadores. O que significa que se passar o prazo
não significa nenhuma invalidade. O máximo que pode acontecer será responsabilizar aos
magistrados. Por outro lado temos uma norma constitucional que é o 32 n2, sobre a presunção de
inocência. Exemplo: o magistrado titular do processo se não vai cumprir o prazo indicado na lei para
a realização do inquérito, deve comunicar ao superior hierárquico imediato a violação daquele prazo
indicando as razoes do atraso e o período que necessita para concluir o inquérito 276 n6. Se houver
ultrapassar o prazo poderá avocar o processo 276 n7. Uma vez ultrapassado o prazo há um fim de
justiça para os casos de segredo de justiça, mas o JIC pode determinar que esse prazo de fim de
segredo seja adiado por um período de 3 meses e poderá ser prologado mais uma vez 89º n6.
OT-10/03/23.
Temos que ter em conta as normas que se aplicam a lei penal que tem haver com a
responsabilidade criminal do arguido.
Nos quando temos uma lacuna e não saibamos que regras temos que ver o primeiro que temos
que fazer é ver se é uma norma processual penal material ( aqui temos que aplicar as regras de
direito penal, ´´se for favorável aplico´´) se for uma lei processual penal strictu sensu vamos ao
artigo 4º e o nosso legislador diz que nos casos omissos quando as disposições deste código não
possa ser aplicado então aplica-se as normas
Esta a decorrer um processo penal, o crime era publico e surge uma lei que volta aquele crime
semipúblico: para prosseguir o processo era preciso queixa.
Sobre a aplicação no espaço vigora o principio da territorialidade o qual diz que todos os
processos submetidos são aplicáveis as regras de processo penal independentemente da
nacionalidade dos agentes ao menos que exista uma convenção internacional que preveja a
aplicação de lei processual penal estrangeira artigo 6º.
A lei processual penal aplica-se as pessoas que sem prejuízo haver algumas especificidades
fundadas em direito internacional como é o caso da convenção das relações diplomáticas. Artigo
157º CRP.
A propósito do inquérito uma das relações importantes é o princípio da coadjugaçao (…). Por
parte dos OPCs é o princípio de judicialização da investigação criminal, este princípio significa
que toda a investigação tem que haver supervisão por parte do ministério publico e o Juiz de
instrução criminal. Este princípio é tao importante porque a investigação criminal é uma fase de
processo penal que colide necessariamente com direitos fundamentais e temos que conciliar diz
princípios, por um lado toda a atividade tem que respeitar o principio da legalidade mas os
princípios que estão aqui mais presentes são:
1- O princípio da verdade material para haver uma aplicação correta do direito material.
2- Princípio do respeito pela dignidade humana.
Que natureza assume essas relações entre as autoridades?: há uma dependência funcional dos
OPCs fase aos titulares do processo ( juiz de instrução criminal) mas os OPCs continuam a ter
uma autonomia orgânica, hierárquica fase a autoridade judiciaria e continuam a ter uma
independência técnica e tática.
Quanto a dependência funcional: artigo 2 º n4 LOIC, isto significa que as orientações ou âmbito,
objeto do processo e os limites fase a investigação criminal, são determinados pelas autoridades
judiciais. Esta dependência funcional é alcançada por uma rigorosa limitação da autoridade
judiciarias e OPCs. Tem de haver um quadro de, confiança, cooperação, segurança. Todos os
artigos que diz que cabe a autoridade judiciaria 119º n1 CRP , 48º CPP. 243 N3 248 N1 CPP.
Teórica-10/03/23.
Nulidades processuais: não só existem no processo. Mas sempre que um ato processual não
observe uma disposição haverá invalidade desse ato se a lei diretamente o dizer, se a lei não
estabelecer então a regra é a irregularidade.
122º o início deste artigo não é correto porque o que acontece não é a nulidade tornar o ato
invalido mas antes acontece uma invalidade.
Há uma consequência mais grave para grande parte da doutrina do que as nulidades que é a
figura das provas proibidas.
OBJETO DO INQUERITO: cada inquérito tem por objeto um crime ou varios crimes e não são
qualquer crimes mas sim aqueles que são noticiados, ou seja, a notícia do crime que pode
revestir determinação sobre os seus elementos e os agentes tem necessariamente por
objetos factos e estes vão ser objeto do inquérito. O inquérito pretende esclarecer os factos
noticiados. O inquérito tem como função desde logo delimitar o facto ou objeto do processo.
É por isso que as vezes o que pode acontecer é que o facto noticiado, o facto esclarecido e o
facto indicado poderão não ser idênticos na sua qualificação jurídica.
Se o facto noticiado for um crime publico e entre o facto noticiado e esclarecido no inquérito
houver uma alteração mas manter a sua identidade parcial então o ministério publico tem
legitimidade para prosseguir o inquérito, já se o for um crime e semipúblico e no decurso se
venha a esclarecer que o crime não corresponde a descrição do facto noticiado.
Pratica-14/03/23
Regime da detenção: o ponto de partida para o estudo desta matéria é o artigo 27 da CRP
que consagra depois do Direito da liberdade como direito fundamental, fala que esta
privação da liberdade só poderá acontecer nas situações referidas no artigo 27º. Ora, é o n3
do artigo 27 que anuncia os casos em que esta autorizada essa privação que é o regime da
detenção.
O n3: autoriza quando houver flagrante delito, quando houver indícios da prática de um
crime cuja pena é superior a 5 anos (…).
1- O seu carater provisório: essa provisoriedade tem o limite de 48h e em alguns casos não
poderá ser mais de 6h.
2- A detenção tem de ter uma finalidade especifica:
Detenção para fins de identificação policial, artigo 250º CPP: o número um diz que os
órgãos de polícia criminal podem deter uma pessoa para fins de identificação
pessoal sempre que seja por as situações elencadas no número 1. pratica de crimes,
processos de extradição (…). As formas de identificação estão nas seguintes alíneas.
O n6 fala que não sendo possível identificação ele poderá ser levado a posto de
policia mais perto mas a sua detenção não poderá superar 6h.
Detenção processual cujo regime está no artigo 254 ss CPP: esta é que vamos focar.
Ela pode ter essencialmente duas finalidades, alínea A, a pessoa pode ser detida
para que no prazo de 48h o detido ser julgado sob forma de processo sumario desde
que se verifique os pressupostos do processo sumario e a outra situação é (…).
Qualquer um de nós podemos ser detidos como testemunhas para garantir essa
testemunha em julgamento no máximo de 24h
Distinção essencial:
Detenção em flagrante delito: 256º diz que é flagrante delito. E é todo crime que esta por ser
cometido ou acabou de concretizar o crime. Mas também os casos em que o agente é depois
do crime perseguido ou encontrado com objeto ou sinais que demostram que acabou de
cometer o delito. Em função do 256º é comum distinguir:
FLAGRANTE DELITO EM SENTIDO ESTRITO: 256º a primeira parte do n1.
QUASE- FLAGRANTE DELITO: segunda parte do n1 e 256º
SITUAÇAO DE PRESUNÇAO DO FLAGRANTE DELITO: 256º n2
Agora aqui a situação é saber quem pode deter alguém em flagrante delito e o 255º diz quem pode/
deve proceder a uma detenção. Tratando-se de um crime publico o ministério tem autonomia, nos
semi públicos depende da apresentação de queixa que é titular deste direito que normalmente é o
ofendido. Também estão a situações dos crimes particulares em que o procedimento necessita
queixa e de uma pretensão particular. É o próprio artigo que tipifica o crime.
Tratando de crime particular só há identificação do infrator mas não há nem sequer detenção.
Teórica-16/03/23
Houve uma Substituição do princípio do segredo pelo princípio da publicidade artigo 86º n1. Aqui
esta a pensar-se na publicidade externa, isto significa, face a terceiros.
O processo pode ser sujeito a segredo de justiça mediante requerimento do arguido, assistente ou o
ofendido ao JIC, e o Juiz de instrução criminal depois de ouvir ao ministério publico pode por
despacho dizer que este processo deve estar sujeito ao segredo de justiça. Quando é que deve ser
sujeita a este principio?: quando entenda que a publicidade prejudica os direitos dos participantes
processuais ou porque afeta a eficácia da investigação ou porque pode afetar a honorabilidade do
suspeito do arguido. 86 n2. Há outra situação em que o processo pode ficar sujeito a segredo de
justiça: o MP pode decidir quando entender que face aos interesses da investigação ou dos direitos
dos sujeitos processuais (…) 86 n3.
Na prática o que tem acontecido é que embora o nosso legislador tem passado com a substituição
deste principio de segredo no inquérito continua a vigora o principio do segredo por questões de
segurança jurídica.
Este segredo quando é cedido pelo JIC não impede que os sujeitos processuais possam pedir ao MP a
consulta do processo. Estando o processo em segredo de justiça, podem os sujeitos pedir ao
ministério publico, aqui estamos perante a relação interna e quando se proíbe é a externa.
Caso o ministério P se oponha a que os sujeitos vejam o processo podem os sujeitos do processo
requerer ao JIC.
Estando o inquérito em segredo de justiça a sua violação é crime segundo o artigo 371º CP.
Assistente: o titular dos interesses que a lei pretende salvaguardar, exemplo: o arguido.
Artigo 68 n1 alínea A.
287º n1 alínea B.
Se houver um despacho de arquivamento mas surgirem novos elementos então ele poderá
ser aberto outra vez 279º 277º n1.
O professor Paulo sousa Mendes considera que deve ser dada a possibilidade ao arguido
para fazer fase a essa situação de incerteza quanto a sua liberdade, isto é, a luz da nossa lei
sempre que houver novos elemento poderá abrir outra vez, isto significa que o sujeito fica
numa situação em que sempre poderá haver abertura do processo, para o professor para
evitar isto então deve atribuir-se ao arguido e não apenas só ao ofendido o pode de requerer
a abertura de instrução para poder obter o despacho de não pronuncia.
Para evitar esta situação de insegurança jurídica deve-se atribuir ao arguido a possibilidade
de poder abrir a instrução (…). Este artigo para o professor 287 n1 alínea A quando diz que a
abertura de instrução poderá ser feito no prazo de 20 dias com a informação d
arquivamento (…) este artigo é inconstitucional porque vai em contra do inter
OT-17/03/23
Princípios.
A fase de investigação criminal é uma fase particularmente difícil em que tem de existir um equilíbrio
material onde se procuram as provas e também tem de respeitar-se os direitos fundamentais.
LOIC: 2º n7. A autoridade judiciaria pode chamar a si e atribuir esse poder a um OPC.
Os OPC tem a sua autonomia hierarquia e também mantem a sua independência tática e pratica: isto
quer de que apesar de haver dependência funcional o legislador pretender limitar a ingerência na
vida interna orgânica e hierárquica das policias criminas e garantir assim a autonomia
Há determinados artigos do nosso código que dão a entender que podem dar o perigo da
policializaçao da investigação criminal. Exemplo: a lei orgânica da polícia judiciaria no seu artigo 9 diz
que uma autoridade policial pode (…)
Desfecho do arquivamento
Desfecho da acusação: é um ato processual de exclusiva competência do ministério publico
em que ele manifesta formalmente a pretensão de que o arguido seja submetido a
julgamento pela prática de determinados crimes e por ele condenado. o despacho de
acusação:
1. O ministério publico deve ter acolhido indícios suficientes de que foi cometido o crime e que
tiver identificado os agentes e há indícios suficientes de que foi cometido o crime quando
desses indícios resultarem uma possibilidade razoável ao arguido ver ser aplicada uma pena
ou medida de segurança. 283º n2 CPP. Para parte da doutrina (Paulo sousa Mendes e
castanheira neves) deve-se deduzir acusação quando o ministério publico esteja convencido
da culpa do arguido com certeza e ele também tem que estar convencido da possibilidade do
arguido vir ser condenado se houver julgamento 283 CPP. O ministério publico tem que estar
mais convencido de fazer uma acusação do que uma absolvição e isto resulta do principio da
presunção de inocência. ´´ o grau de convicção e prova deve ser o mesmo que é requerido no
julgamento final com a diferença de que o material provatório do ministério publico não é
tao completo como o que vai existir no julgamento (…), este material provatório recorrido no
inquérito não foi discutido pelos sujeitos processuais, ou seja, não foi sujeito ao
contraditório.
Neste desfecho é também importante o crime em causa por que nos crimes públicos e
semipúblicos o ministério publico pode acusar independentemente de intervenção de
terceiros, já nos crimes particulares é necessário que antes do final do inquérito que o
ofendido já se constitui como assistente deduza uma acusação particular e (…) 285º n1.
Nos crimes particulares que deduz a acusação é o assistente e o ministério publico pode
acompanhar a acusação particular (…).
Nos crimes semipúblicos ele pode desistir da queixa. Como o procedimento criminal para
existir precisa de queixa o ofendido poderá desistir 116 n2 CP e 50 n1 CPP. E NESTE CASO O
PROCESSO É ARQUIVADO porque volta-se inadmissível e proíbe também que seja renovado.
Se for um crime particular o particular é que vai (…)
Que acontece quando o assistente não acusar: o ministério publico vai arquivar.
2. É também necessário que nos casos de pequena e media criminalidade que não se
verifiquem certas circunstâncias que determinem um desfecho diferente da acusação.
3. o despacho de acusação mesmo que houver indícios suficientes é subsidiário, só ocorre se
não se verificarem certas circunstâncias do desfecho diferente da acusação, se for possível o
arquivamento em caso de dispensa de pena então não haverá acusação.
4. Se não for possível suspender provisoriamente o processo e puder usar-se a forma de
processo sumaríssima envio do processo a forma sumaríssima.
5. Se for possível enviar o processo para mediação a luz da lei 21/2007 é esse mecanismo que
são mecanismos de diversão.
Todas estas são formas de tentar ultrapassar a morosidade da justiça na pequena e media
criminalidade
120 CPP.
OT-21/03/23
Regime de detenção.
A detenção fora de flagrante delito tem de ser Por mandato do juiz ou nos casos em que é
permitida a detenção preventiva o ministério publico quando para alem das finalidades do
artigo 254º se verifique alternativamente alguma das situações alternativas do 257º das
alíneas.
Medidas de coação e de garantia: 191º ss CP. O nosso código de processo penal prevê 7
medidas de coação e duas medidas de garantia patrimonial. As medidas de coação quais são
desde a mais impactante ate a menos:
Estas são meios processuais, que se traduzem numa limitação da liberdade ou do património
dos arguidos que tem como finalidade acautelar a eficácia do procedimento criminal quer no
que se refere a perspetiva tramitação
Nas medidas de coação com exerção do termo de identidade e residência a aplicação dessa
medida de coação só é legitima se essa aplicação se fundar ou tiver como objetivo a
persecução dos objetivos descritas no artigo 204º.
Outra vez com exerção do O termo de identidade e residência é uma competência judicial
( Juiz) a aplicação de qualquer outra medida de coação não é do ministério publico.
O juiz de instrução pode aplicar uma medida de coação diferente daquela que foi solicitada
pelo MP? 194 N2 N3. Depende. Permite que o juiz de instrução permite se for a alínea A e B
… como estamos na fase de inquérito e é o ministério publico eu vai avaliar então será ele
quem sabe qual ser a melhor medida de coação.
Teórica-23/03/23
Uma vez notificada a acusação o arguido pode pedir a abertura da instrução no prazo de 20
dias a contar da notificação daquela ou pode simplesmente aguardar a remessa da acusação
para julgamento. 113º n7.
Há uma discussão na doutrina que diz respeito sobre a aplicação nos crimes particulares a
dispensa da pena porque o artigo 280º diz que não dá a faculdade de o arquivamento no caso
deste tipo de crimes ( Paulo sousa Mendes) mas há outra parte da doutrina que defende aplicar
analogicamente 280 n1 quando se trata de um crime particular mas isto implica que o ministério
publico esteja de acordo e o MP tem que fazer um despacho( Paulo pinto de Albuquerque), aqui
como não resulta de um agravamento da posição do arguido e é mais favorável então será
possível a analogia
Este despacho não é possível de impugnação a não ser que não sejam respeitado os
pressupostos mas aqui o fundamento seria violação da lei. 280 n3
1- Suspensão provisória do processo: trata-se de uma medida que impõe ao arguido uma
serie de injunções/ordens ou regras de conduta, no fundo é um arquivamento se o
arguido cumprir essa injunção. As injunções mais frequentes são entregar ao estado ou
instituições privadas uma certa quantia. 281º n2 C. ou por exemplo também poderá
indenizar ao lesado ou dar a satisfação moral ao lesado, não exercer certas profissões,
não frequentar determinados lugares. Esta não pode exceder dois anos ao menos que se
verificarem as situações do 282º n5 diz que essas injunções podem ir até 5 anos. 281 n5-
Só podem aplicar penas em julgamento e dar este poder ao ministério publico seria
inconstitucional, pelo que há partes da doutrina que diz que isto não é constitucional.
A contra argumentação é que: não é inconstitucional porque estas injunções só são
aceites pelo arguido e não tem natureza de penas criminais e dai a possibilidade de ela
poder ser aplicada pelo MP em concordância com o JIC.
2- Envio do processo a forma sumaríssima
3- (…)
OT-24/03/23
Teórica-24/03/23
Quando há indícios suficientes do crime ou dos seus agentes e se tratar de crimes de pequena-media
criminalidade o desfecho não é a acusação, há outra serie de desfechos que não só a acusação. Isto
para referir que o inquérito não tem só apenas o despacho de acusação e o despacho de
arquivamento.
A suspensão provisoria alarga-se normalmente ate dois anos ressalvado os casos a luz do artigo 282º
n5 pode a duração ir ate 5 anos.
Estar perante um crime cujo máximo de pena não exceda 5 anos de prisão e que não possa ser
aplicado pena e medida de segurança privativa de liberdade 392 n1.
Envio do processo para mediação: esta numa lei extravagante 21/2007. A mediação é uma
alternativa ao procedimento criminal.
A mediação pressupõe uma solução negociada entre a vítima e o infrator mediada por uma entidade
competente que são os mediadores. É fixada livremente pelos arguidos mas não pode prever
sanções privativas da liberdade ou que ofendam a dignidade…. 116 CP
Pratica-28/03/23
Obrigação de apresentação periódica 198º: só é aplicável quando esteja em causa o crime punível
superior a 6 meses e é cumulável com qualquer outra medida de coação com exceção de prisão
preventiva e (,,,).
Suspensão de exercício, função, trabalho 199º: só é aplicável quando a pena for maior de dois anos
de prisão. Se trata de uma enumeração taxativa a do artigo 199º. Esta medida de coação só pode ser
aplicada se o respetivo exercício poderá ser determinado como o crime que foi realizado. 66 a 69º CP
Estas sanções acessórias.
Proibição e imputação de condutas Artigo 200º: até aqui a aplicação de qualquer medida de coação
exigia indícios de que as penas tivessem X numero de anos. Aqui tem que existir fortes indícios da
pratica desse crime para poder aplicar esta medida de coação, tem que ser doloso e punível com
pena de prisão superior a três anos. Esta medida é só acumulável com a obrigação de não contatar
com determinadas pessoas. É uma lista taxativa a do artigo 200º.
Obrigação da permanência na habitação 201º: a primeira exigência é que esta só é aplicável quando
se demostre a insuficiência das anteriores medidas . também que haja altos indícios da pratica do
crime e que esta seja punível com pena superior a 4 anos. Lei 33/2010 nos termos desta lei a
vigilância tem que ser aceite pelo arguido e das pessoas que com ele vive. O tempo de aplicação é
descontado por inteiro o tempo da 80 CP.
Prisão preventiva: a mais grave da medida de coação 193 n3, só é aplicável quando todas as
anteriores sejam insuficiente. esta medida esta sujeita a prazos máximos artigo 215º. 213º. 212º.
1- Sobre a primeira questão em saber se a detenção foi legal, como nos temos aqui três
detenções a questão da legalidade deve ser colocada em questão igual que o procedimento.
A detenção foi legal?: aqui a questão essencial é saber se a detenção foi feita dentro ou fora
de flagrante delito. Para que uma detenção possa ser qualificada como flagrante delito esta
deve ser enquadrada em qualquer um dos números do 256º. Quando diz a hipóteses
´´entretanto´´ e aqui era preciso problematizar porque o n2 diz que devia ter acabado de ser
cometido, aqui a jurisprudência não tem respondido se é um minuto ou dois depois, pelo
que é necessário que interpretemos este ´´entretanto´´ como imediatamente a seguir. No
pressuposto de que esse entretanto interpretamos como ´´logo a seguir´´ então se for assim
aqui a detenção do A do B e o C seriam legais ?, relativamente ao A de que há indícios no
momento da prática de ofensas a integridade física simples e injurias poderá levar a
detenção ? sim porque é semipúblico mas só se a seguir o ofendido fizer queixa??no caso
das injurias não há lugar a detenção (é um crime particular 198º). Estes estarão
dependentes do tipo de crime.
2- Temos aqui duas perguntas essenciais, se poderiam ter apresentado queixa (legitimidade) e
o prazo que a pessoa dispõe. legitimidade do bento e da júlia, saber se estavam em tempo.
Sobre o Bento e Júlia eles tinham legitimidade para apresentar queixa. Qualquer pessoa
pode apresentar queixa em qualquer crime publico? Não, a queixa só poderá ser
apresentada pelos ofendidos 113º CP. A júlia e o bento sim tinham legitimidade mas os dois
por diferentes crimes já que foram vítimas de diferentes crimes. Eles dois também tinham
um prazo para apresentar queixa, eles ainda estavam a tempo artigo 115º CP. Em princípio os
titulares de queixa dispõe de 6 meses a partir do momento (…). 255º n3, a circunstância do
bento e a júlia não ter exercido logo impedia que a detenção se pudesse manter com
fundamento de crime semipúblico. Ambos tinham legitimidade e exerceram esse direito a
tempo. O bento e a júlia na mesma segunda feria constituíram-se como agentes artigo 68º
alínea A CPP, podiam fazer isto, 183º também estavam a tempo.
3- Não foi legal esta manutenção das detenções: primeiro, o António esta indiciado de um
crime particular ( pelo que não era possível detenção) e o crime publico pelo que a
manutenção não era possíveis porque os titulares da queixa não o fizeram então não podia
ter havido manutenção. 254º . é de facto 220º 221º possivelmente o habeas corpus
4- Aconteceu que os arguidos foram presentes ao juiz de instrução e o juiz estabeleceu uma
caução de 5mil euros: artigo 197º . em primeiro lugar depende a caução quando houver
crime com pena de prisão e no nosso caso existe porque os crimes que estão em causa
levam a pena de prisão. A questão coloca-se em que o juiz teria de demostrar que esta era
necessária segundo os perigos elencados no artigo 204º. O ministério publico não solicitou
ao juiz nenhuma medida de coação pelo que ele não pode aplicar uma medida de coação
194º n1. Quando diz ´´oficiosamente´´ isto quer dizer que não houve solicitação.
Teórica-30/03/23
Tem de ser requerida e é a segunda fase. Ela ocorre apena nos casos onde houver um despacho
do ministério publico de acusação ou no caso de um crime particular um desfecho por parte do
assistente.
A fase de instrução é uma espécie de recurso por parte dos despachos mas este não se chama
recurso porque só se pode falar de recurso quando houver uma decisão judicial.
Quem é que tem legitimidade para requerer a abertura da instrução?: vamos começar por saber
quando é que o arguido pode requerer a abertura da instrução 287 n1 A, ele pode requerer sempre
que houver despacho de acusação do ministério publico ou acusação particular nos crimes particular.
Pode pedir a instrução Relativamente a fatos que o MP ou o assistente que tanha acusada e tem 20
dias a contar da notificação da acusação. O objetivo fundamental vai ser comprovar que a acusação
não tem fundamento ou apenas enfraquecer a prova indiciada da acusação.
Pode o arguido requerer a abertura da instrução com base em não razoes de facto mas sim em
razoes de Direito, por exemplo ele não estar de acordo com a qualificação jurídica dos factos?: há
uma parte da doutrina que é minoritária que diz que é circunscrita aos factos e não se pode estender
a razoes de direito, os argumentos são os seguintes:
Outra parte da doutrina fase ao princípio de defesa 32 CRP, ele pode requerer a instrução não só
para discutir questões de facto mas também questões de direito e não pode estar limitado nesta sua
faculdade, alem disto se olhamos para a letra da lei o legislador não refere que tipo de razoes em
relação a esses factos. Também ao que diz respeito a igualdade de armas.
É necessário que tenha havido despacho de arquivamento e ele não concorde, aqui ele pode
requerer a abertura da instrução mas também poderá vir requerer quando houver um despacho de
acusação do MP que ele também não concorda.
Requerer a abertura da instrução não é por quaisquer factos, tem que ser factos que levem a
alteração substancial dos factos referidos no despacho de acusação do MP. Conjugação do artigo 287
n1 alínea B com o artigo 284º n1. Sempre que estivermos perante um crime publico e semi publico e
profere um despacho de acusação mas para o assistente ele diz que há factos que deveriam ser
mencionados no despacho. ´´figura da acusação pelo assistente´´ quando os factos invocados não
provocam uma alteração. Factos que já provocam uma alteração substancial então já não pode
complementar a acusação mas vai ter que requerer a abertura da instrução.
Artigo 1 alínea F.
OT-31/03/23
369º CP.
32 n5 CRP.
Princípio da investigação sobre garantia judicial : significa que os OPCs vão ser supervisionado por
uma autoridade judiciaria.
Teorica-31/03/23
A instrução é uma fase facultativa, pelo que para existir precisa de ser requerida.
Abertura da instrução quando houver novos factos que implicam a alteração do objeto do processo.
Artigo 1º alínea F: é um artigo essencial para perceber o objeto do processo, principalmente ao que
diz respeito a modificação do objeto do litígio.
119º D
287º n3
Pratica-18/04/23
Sobre o caso de o António furtar o computador: estávamos aqui em flagrante delito, mas em que
situação de flagrante delito? …
OT- 21/04/23
Princípio da livre apreciação da prova 127º CPP: no nosso ordenamento jurídico vigora o sistema da
prova livre em contraposição com o sistema de prova legal. A prova livre significa que o valor das
provas não esta fixado, atualmente a prova esta fixado segundo as regras de experiência comum e
científica. Retira-se deste princípio de que a apreciação da prova é feito de acordo com a livre
convicção do juiz, dito assim parece que o juiz tem arbitrariedade, isto significa que ele tem que
fundamentar a sua função e tem o dever e poder de investigar (princípio da verdade material).
Há uma figura que temos que falar que é o facto de houver provas com valor reforçado:
1- Prova documental
2- Prova Pericial
3- Confissão do arguido
Estas provas devido a sua natureza tem mais valor que outra prova. Se o arguido confessa a prática
de um crime, em princípio essa declaração tem de ser tida em consideração e em determinadas
situações dispensa outro tipo de provas. Isto não significa que se retira a livre apreciação da prova
porque o juiz pode suspeitar do conteúdo das declarações do arguido e da imputabilidade do
próprio sujeito. Pelo que não vai ter esta valor de prova plena nem prova pleníssima.
Prova plena: cede perante prova em contrário
Prova pleníssima: Não precisa de prova em contrário
Quando há um documento autêntico o juiz pode ter dúvida sobre a sua autenticidade e a sua
falsidade
Princípio in dúbio pro reu: significa que se houver dúvida na questão da prova essa dúvida tem que
ser valorada a favor do reu. Por tanto, este princípio só se aplica a prova de questão de facto, se
houver uma dúvida de uma questão de direito aqui não é a favor do reu.
Princípio da imediação : o juiz tem de ter contato direto com todas as provas que existem no
processo, só excecionalmente o juiz pode dizer que se presume a leitura da prova. Este significa o
contato direto com a prova pelo órgão competente 355 só excecionalmente quando for impossível a
prova poderá ser admitido a prova indireta ( no sentido de que não é diretamente recebida pelo
juiz).
O objeto da prova fase ao artigo 184º serão todos os factos juridicamente relevantes para ver a
existência de um crime, a punibilidade, a medida concreta da pena e a responsabilidade civil.
Elementos do crime onde nos temos de decorrer sempre a prova indireta e que é a prova mais difícil
em penal que são os elementos subjetivos porque esta relação mental do sujeito com o facto só se
poderá fazer indiretamente.
Teórica-21/04/23
Instrução.
Sobre o assistente. Quando é que pode ser rejeitado o Requerimento de Abertura Instrução?:
1- por ser Ex temporário : a luz do 107-A há mais dias. O prazo de 20 dias conta para todos se
houver mais de um acidente. 113º n14.
2- Por incompetência do juiz: declarada a incompetência o processo é remetido para o tribunal
competente. Artigo 32º e 33º cpp.
3- Por inadmissibilidade legal da instrução : é uma nulidade insanável pelo que o JIC tem que
recusar
O Rai não é rejeitado fora destas situações e o JIC tem de notificar (…) .
287º n5
61º n1 alínea G.
69º n2 alínea A .
Para alem de aferir a bondade há outra finalidade da instrução que é a possibilidade de haver
reformulação do processo. Isto acontece quando houver um requerimento de abertura de instrução
quando invocar factos novos o JIC vai ter de pronunciar-se sobre estes factos e vai haver um
despacho de pronuncia.
Durante o debate instrutório se surge um novo facto, se houver um facto novo que é autonomizavel
ele não poderá ter em consideração e terá de comunicar ao MP para este depois ser julgado. Aqui
será importante saber o momento porque dependerá do momento, porque no despacho de
pronuncia ou não pronuncia e no julgamento isto não poderá acontecer 309º n1, esta pode ser
arguida ou seja sanável. Artigo 359º.
se do debate instrutório houver uma alteração o juiz poderá fazer três coisas
303 n1.
Princípio do acusatório está aqui presente.
Aqui o objeto da instrução são os factos descritos pelo assistente ou na acusação implícita do rai do
assistente.
A instrução esta sujeito ao princípio do contraditório. O ato mais importante da instrução é o debate
e aqui esta como resulta do artigo 289º n1 e do 32º n5 CRP.
Princípio da audiência e da defesa: O professor Paulo sousa Mendes, refere-se ao facto de nenhuma
decisão que atinga a esfera jurídica de uma pessoa pode ser tomada sem que seja dada a
possibilidade de ser ouvida e sempre seja Dada a possibilidade de provas e controlar as provas
oferecidas entre si. 32º n1 e n7 CRP. Também diz que este princípio está presente na audiência de
julgamento, no debate instrutório e também no inquérito quando é altura em que o arguido é
interrogado. 272º n1. CPP.
Princípio da publicidade: normalmente o juiz decreta o segredo de justiça porque tendo em conta a
boa investigação ou honorabilidade dos participantes processuais envolvidos no processo penal. Aqui
é mais o segredo externo ao impedir que as pessoas possam assistir ao debate instrutório.
Sobre os prazos de duração: 306º n1. Estes prazos são meramente ordenadores pelo que não leva a
consequências legais.
O nosso legislador tem preocupação dos prazos pelo que o legislador dá a possibilidade ao JIC
recusar diligencias inúteis e esta recusa não se pode recorrer.
Teórica-27/04/23
Todos esses atos que ele acha necessário são considerados em sentido estrito. O JIC deve indeferir
atos de instrução requerido pelo assistente ou arguido se considerar que não são necessários. 291º
N2 CP. O JIC deve interrogar ao arguido sempre que este o solicite mas isto não significa que ele deve
interrogar sempre que o solicite mas pelo menos que ele seja interrogado uma vez na instrução caso
o solicite.
A omissão deste interrogatório leva a nulaçao mas esta nulidade é sanável. 120 n2 alínea D e N3
alínea C.
Os atos praticados no inquérito só são repetidos se não foram observadas as legalidades formais ou
se é necessária a sua repetição para cumprir as finalidades da instrução. Artigo 291 n3. Quer o
ministério publico, o assistente ou o … pode assistir aos atos de instrução e pedir esclarecimento
sobre os factos quando entenderem necessários a descoberta da verdade 289 n2º
Quanto ao debate instrutório: é o último ato, é obrigatório e pretende a discussão oral com o juiz e
ver se no processo resulta questões de facto e de direito que justifiquem a submissão do arguido a
julgamento 298º. Neste debate podem participar, o defensor, o assistente, o advogado, o ministério
publico (…) menos as partes civis. Aqui esta presente o princípio do contraditório.
O defensor do arguido ou o arguido pronunciam-se neste debate em último lugar 301 n2. Se
olharmos para o artigo 63º o arguido pode tirar eficácia aos atos realizados pelo defensor em seu
nome mas o terá de fazer de forma expressa anterior à aquela decisão.
A componente essencial do debate instrutório é discutir as provas que foram adquiridos durante a
fase do inquérito e na instrução, mas também a produção de alegações de direito sobre a
admissibilidade da acusação.
Se houver uma questão controversa pode ainda haver produção de prova suplementar no debate
instrutória que poderá ser requerida mas será o JIC quem diz quais serão as questões controvérsias.
302 n2 n1. Ainda pode ser o JIC oficiosamente requerer novos atos de instrução que poderão
terminar a interrupção do debate. 304 n2.
1- Despacho de pronúncia: ocorre quando o juiz de instrução diz que foi recolhido
indícios suficientes de que se verificaram os pressupostos de que dependem a aplicação da
pena ou medida de segurança do arguido mas também significa que a atuação do MP foi
conforme a lei e por esta razão o JIC decide a submissão da causa a julgamento. Ainda 308
n1. Esta decisão tem natureza é meramente processual pelo que ele não vai decidir sobre a
matéria de facto.
2- Despacho de não pronúncia: acontece ou porque não existem indícios suficientes
da prática do crime e/ou quem foi o seu agente e também quando faltarem quaisquer outros
pressupostos de que depende a aplicação ao arguido da pena ou da medida de segurança.
Na instrução sempre há uma previa apreciação da legalidade dos atos do inquérito e/ou da
instrução como resulta do artigo 308 n3.
Esta decisão de submeter a julgamento não é uma decisão de mérito mas apenas uma situação
processual.
Temos de ver primeiro se o despacho de pronuncia é valido e só será se se pronunciar de factos que
são considerados objeto do processo e tem que constar do MP ou de acusação particular ou aqueles
que constar no RAI do assistente ou ainda pode incluir factos que não constam naquelas já
enunciadas se ele ainda invocar factos novos mas que não provoquem uma alteração substancial do
processo.
Factos que constam da acusação do ministério publico ou se se pronunciar sobre factos da acusação
particular no qual o MP também de desbruza sobre esses factos, aqui se pode recorrer porque
estamos perante aquilo que é chamado de dupla conforma . 310 n1.
399º
O despacho de pronuncia já não será valido quando se pronuncia sobre factos que constituem uma
alteração substancial do objeto do processo, nesse caso, a luz do artigo 309 n1 o despacho é nulo
mas é uma nulidade sanável porque o artigo 309 n2 esta nulidade tem que ser arguida em 9 dias a
contar da data da notificação. O despacho de pronuncia também não será valido quando não conter
os pressupostos que dever ter o despacho. 283 n2 e n3 , n4. Também é sanável esta nulidade porque
tem de ser arguida nos termos do artigo 120º
Quando o despacho de pronuncia não é valido, é nulo e não é recorrível mas é reclamável
Quando há prova a luz do artigo 124 podem ser objeto de prova todos os factos juridicamente
relevantes para estabelecer a existência de um crime (…). Isto tem haver com o facto do pedido de
indemnização civil ocorrer em conjunto com a indemnização penal, só excepcionalmente não
ocorreram (aqui está presente o princípio da suficiência).
Normalmente quando se fala do objeto de prova, estes factos muitas vezes são factos que permitem
inserir outros factos ( elementos subjetivos do crime).
Também se pode falar de prova indireta quando há outra prova que pode debilitar uma das provas.
Faculdade que os sujeitos processuais tem de participar vivamente na produção da prova, quer
requerendo a sua admissão e quer participando na sua produção.
- [ ] O arguido tem o direito de defesa pelo que participar ativamente na prova requerendo é
fundamental.
- [ ] Nos casos dos tribunais decorre do princípio da verdade material. ( o nosso sistema e acusatório
e está sempre em conjunto com o princípio da verdade material )
Na fase de instrução como passa a ser público o processo todos os sujeitos processuais podem
requerer prova 291.
Na fase de julgamento quer a acusação e quer a defesa podem apresentar meios de provas a luz do
princípio da oralidade e da a mediação, o juiz vai ter que ter contato direto com os meios de prova.
Artigo 283, 215, 163.
Sempre que houver violação de normas de direito o provatório a consequência é a invalidade mas
para outra parte da doutrina já outra figura que são as “provas proibidas”.
Sempre a violação de normas de direito provatório levaram a ser consideradas provas proibidas?:
exemplo 187 e 188. Para uma parte da doutrina só haverá proibição de prova quando a violação
destas normas indicar a afetação relevante de um direito fundamental ou essas normas violadas
visarem a proteção de interesses considerados pela ordem jurídica mais relevante que a descoberta
da verdade no processo.
Se não houver nulidade haverá o chamado irregularidade.
Sempre que se utiliza um método proibido de prova está prova proibida não se usa. Mas poderá
haver um método lícito de obtenção de prova mas que não seja considerada essa prova recolherá da
porque é proibida. Diferença entre método é valoração da prova.
A luz do artigo 126 n 1 e n2. Ainda de propósito dentro da distinção da proibição de prova:
- [ ] Proibições relativas de provas: são proibições que resultam da violação de regras aplicáveis a
obtenção de prova e a luz do critério devem gerar prova proibida.
Sempre que houver uma prova proibida: a prova não poderá ser utilizada no processo. É como se a
prova não existisse
122n2.
Há uma imbricação íntima entre a proibição de provas e nulidades. Há muitas vezes necessidades de
ir ver o regime das nulidades insanáveis nas provas proibidas.
Diversamente da nulidade quando a prova proibida serviu para fundamentar a condenação ela pode
dar aço a um recurso extraordinário da revisão. Nos outros tipos de sentença então já não pode ser.
Teorica-04/05/23
Estamos na ultima fase do processo comum depois passaremos aos processos especiais.
O professor Paulo sousa Mendes pensa que há outros motivos,´´ se da acusação nos
retiramos que houve violação do princípio da investigação sob garantia judiciaria´´. se as
diligencias praticadas não for com supervivência do ministério publico então pode haver
despacho de rejeição da acusação.
O juiz de julgamento também pode rejeitar a acusação porque pensa que há nulidades que
podem ser sanadas 122º n2.
Despacho de não aceitação da acusação subsidiaria na parte que represente uma alteração
substancial dos factos novos do objeto do processo: 311 n2 alínea B: como sabemos há uma
acusação complementar/subsidiaria/subordinada quando há uma alteração já que aqueles
que invoca o assistente ou o ministério publico (nos crimes particulares), neste caso o juiz de
julgamento vai não aceitar essa acusação porque quando alguém quer alegar estes factos
novos tem de pedir a abertura da instrução.
Princípio da publicidade : uma das principais vantagens é para não haver arbitrariedade na aplicação
de direito. Artigo 206 CRP. E 321º do código de procedimento penal. O juiz pode ceder e que haja
segredo externo
Princípio da concentração devem ser praticados tanto quanto possível no tempo 328º. Isto para
manter fresco tudo o que aconteceu na audiência de julgamento.
Alteração substancial dos factos: se na audiência eles souberem de um facto novo, se for
autonomizavel o juiz remete para o MP para abrir um novo processo e essa comunicação
vale como denuncia.
Mas imaginemos as situações de concurso
1- Sentença 365º
OT-05/05/23
Pratica-09/05/23
Teórica-11/05/23
359º
259 n1
Se o facto novo não for individualizável temos de ver se este facto agrava os limites máximos
Os factos que alterem o objeto do processo não podem ser considerados nesse julgamento
pelo juiz ao menos que exista acordo.
Sentença: ato decisório dos juízes que conheçam o final do objeto do processo. Só se pode
falar em sentença quando o juiz decide sobre o mérito da causa ´´se há ou não
responsabilidade penal´´. Se o tribunal decidir apenas questões processuais não se falam em
sentença mas sim em despacho.
Identificação do arguido, assistentes, das partes civis, dos crimes imputados ao arguido, qual
foi a posição que o arguido tomou fase a acusação. Os factos provados e os factos não
provados. Tem de haver uma exposição de facto e de direito que fundamentam a decisão.
No caso de ser uma sentença condenatória tem de justificar a medida das provas e aquilo
que levou a essa 374º 375º. Qualquer vicio na fundamentação é causa de nulidade na
sentença 379º.
Só a fundamentação e a decisão são requisitos que tem de ser observado sob pena de
nulidade 379º.
PROCESSOS ESPECIAIS: as formas especiais prevalecem sobre a forma comum, a forma comum é
subsidiaria. Se por acaso utilizo uma forma comum quando devia utilizar forma especial o processo é
nulo embora seja uma nulidade sanável 120 n2., em contraposição se for o caso contrário seria uma
nulidade insanável 119º alínea F. esta aplica-se a pequena e media criminalidade.
Pratica-12/05/23
Caso:
Teórica-12/05/23
Processo sumario, âmbito de aplicação: o arguido tem de ter sido detido em flagrante delito
256º. A detenção tem de ter sido efetuada por uma autoridade judicial, agente policial ou
por qualquer outra pessoa que tenha depois entregado a algum polícia ou órgão judicial no
prazo que não exceda duas horas e ter de ter sido redirigido o auto de entrega 391º n1 B.
depois o outro requisito é que estejamos perante um crime punível com pena de prisão não
superior a 5 anos mesmo nos casos de concurso.
390º n1 alínea C.
382 n2
384 n1 e n2
387 n2
A audiência de julgamento no processo sumario tem que ser iniciada até o limite de 20 dias depois
da detenção 387º n2 alínea C.
No caso do arguido ser apresentado para julgamento que acontece?: dá-se inicio por via de regra no
mais curto prazo possível e a audiência tem que ser iniciada no mínimo de 20 dias. Iniciada a
audiência será tomada declarações do arguido, inquirição do assistente, da parte civil, Dos peritos se
houver e testemunhas.
Quanto ao MP: ele pode substituir a apresentação da acusação pela leitura pelo auto de notícia da
autoridade que tiver prosseguido a detenção. 399 n4
387º n2 alínea C
O julgamento está sujeito as disposições do processo comum mas aqui eta sempre a intervenção de
um tribunal singular. A sentença é sempre produzida oralmente mas se o juiz quiser aplicar uma
pena privativa da liberdade ou as circunstâncias do caso o justificarem, nesse caso ele elabora a
sentença por escrito e depois procede com a sua leitura.
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Processo abreviado 391-A até 391-G. é necessário provas evidentes e simples
391-A N1 e N3
Prova evidente.
Especialidades do processo abreviado: a acusação tem de ser deduzidas no prazo de 90 dias a contar
da notícia do crime (publico) ou apresentação de queixa nos restantes casos
391 alínea B
283 n3 n7.
Aqui não há instrução, por tanto, se houver acusação publica ou particular passamos logo para
julgamento.
392º n1.
Pratica-16/05/23
A alínea F do artigo 1º: ou os novos factos imputam um crime mais graves ou um crime diverso. Se os
novos factos não conduzirem a imputação de um crime mais gravemente punível ainda pode levar a
modificação quando for um crime diverso.
Crime diverso não tem de ser um diferente tipo legal de crime desde que a descrição seja
substancialmente diferente daquela que esta na pronúncia. O crime diverso segundo a
doutrina e jurisprudência tem procurado dar corpo a este ´´crime diverso´´ explicando o que
deve entender-se. ´´diferente valoração social do facto´´ . mas esta EXPRESSAO pouco
acrescenta, aquilo que na interpretação se faz é em cada situação que se discute se estamos
ou não num crime diverso em função da própria razão de ser não se permite que (…). Aqui o
arguido tem direito a defender-se pelo que ele organiza a sua estratégia em razão de uma
concreta imputação e por esta razão não pode ser aceite que seja modificado no próprio
processo, isto para assegurar que o arguido se possa defender. Nos casos de fronteira, aquilo
que o juiz deve perguntar é que se a introdução desse novo facto esse prejudica ou não a
estratégia de defesa ou não do arguido. Se esta forma de exercer este direito de defesa será
ou não suficiente para salvaguardar os direitos do arguido.
1- Modalidade de detenção que precedeu Rui o agente da PSP: presunção de flagrante delito
256 n2
2- Sobre a Tânia poder requerer a abertura da instrução?: não pode ter requerido a abertura
da instrução porque ela pretende apenas quer uma diferente qualificação jurídica e para
introduzir uma nova qualificação jurídica ela não pode, apenas pode fazer uma acusação
subsidiaria 284º.
5-aqui sobre o juiz de julgamento poder condenar fidalgo por homicídio consumado?: não, ele
não foi acusado por um crime de homicídio consumado, ele não está acusado por esse tipo de
crime, aqui há um facto novo mas ainda há a imputação objetiva dos factos com a relação. Que
ele não pode ser considerado é pacifico 259º. Quid juris ? o juiz o que faz a partir de aqui fazer
duas de dois coisas, se é autonomizavel este facto então manda ao MP e se não é então ele não
poderá ser considerado nem poderá dar início a noutro processo. para ser autonomizavel este
facto por si só tem de subsumir num tipo de crime e este já esta a ser julgado, aqui viola-se o
nebis in idem.
PRATICA-19/05/23
Caso:
Só podia ser tido em consideração se houver acordo entre todos. Mas este não pode ser
individualizado porque não se podia subsumir a um crime diverso.
Na parte do artigo n1 alínea F este era alterado no crime diverso (teoria do professor Federico que
diz que crime diverso é a valoração social muda).
Teórica-19/05/23
Participante processuais:
Sujeitos processuais: os participantes que influem ativamente no processo como um todo e por isso,
aos sujeito processuais pertencem direitos autónomos de conformação da concreta tramitação do
processo como um todo. Existem 5 sujeitos processuais:
1- O tribunal: são órgãos do estado o qual ele exerce a sua função jurisdicional, aqui há
administração da justiça 110 N1 202 N1 CRP. Aqui há dois princípios que pautam:
princípio da independência judicial: o tribunal só está submetido a lei, artigo 203 CRP. E
consequentemente há total independência dos juízes quer pessoal quer objetiva porque os
juízes não estão sujeitos a nenhuma …. Os juízes são instituíveis contra a sua vontade 216 n6
CRP. Relacionado com esta independência pessoal e objetiva esta outra ideia que é a
imparcialidade do juiz, esta como já percebemos deve ser garantida a todo o custo, alias toda
a matéria do objeto e alteração dos factos, uma parte de essa matéria esta condicionada
para garantir a imparcialidade do juiz. Também pode-se ver a imparcialidade do juiz por
exemplo nas situações de escusa 39º e 40º CPP. Estes impedimentos devem ser requeridos
pelo ministério publico, pelo arguido, pelo assistente ou pela parte civil 41 n1 e n2, e
também pode ser declarados oficiosamente.
Também o juiz pode ser declarado suspeito, 43 n1 e n4.
princípio do juiz natural: de acordo com este princípio a nenhum tribunal pode ser subtraída
causa que lhe tenha sido atribuída pelas regras de distribuição de competência através de lei
anterior, através deste princípio visa-se que não sejam criados tribunais ad hoc.
STJ
Tribunais de 2 instância: tal como o STJ eles organizam-se por secções consoante a matéria.
Artigo 210 n4.
Tribunais de 1 instância: estes organizam-se segundo a matéria ( tribunais de competência
genérica e tribunais de competência especializada). Também por território (área territorial
em que exercem a sua jurisdição, comarca).
Qual é o tribunal que segundo a sua espécie/estrutura deve conhecer o caso penal de certa
natureza?:
Tribunal de júri : Crimes cuja pena máxima for superior a 8 anos de prisão, salvo se
se tratar de crimes de terrorismo ou de criminalidade altamente organizada. Estes
tribunais são raramente utilizados
Como iremos ver o que vai determinar qual tribunal é a gravidade e a espécie de crime. Através da
matéria é que vamos saber.
Em segundo lugar, depois de saber qual é o tribunal, vamos ver qual é o tribunal que segundo a sua
localização no território seja chamado a conhecer aquela causa penal. «determinar a competência
territorial».
Há ainda que determinar o tribunal competente dentro da mesma instância na fase processual em
questão ou o tribunal competente para o desenvolvimento do processo. E aqui falasse em
competência.
o nosso código de processo penal tem varios critérios, há um critério material, qualidade do agente,
competência em relação da hierarquia. Parte geral do código penal que vai do artigo 8º até o artigo
47º e quanto a lei que regula o sistema judiciário 62/86 de 2008.
1- MP
2- O arguido
3- O assistente
4- Os defensores
Já quanto as partes civis, o professor figueiredo dias diz que não são verdadeiros sujeitos processuais
porque são civis 129º CP.
Pratica-23/05/23
2 Teste:
Nós tínhamos uma situação em que o agente era condenado e também aplicado um agravamento
mas o tribunal entendia que era melhor a aplicação de um concurso efetivo. A pergunta era saber se
o tribunal podia condenar em concurso efetivo quando o agente havia sido condenado de forma
diferente?: aqui a doutrina divide-se. O enunciado sugere que aquilo que o Juiz de julgamento fez
não foi colocar factos novos mas sim enquadrar de forma diferente os factos da acusação, se for
assim, a alteração da qualificação jurídica levaria para (…).
1- Podia punir como instigador? Claramente não pode porque não tendo X acusado ser
condenado. Esta seria a resposta fácil mas a questão interessante seria saber se este facto ou
não é autonomizavel, se há margem para que o tribunal pudesse extrair certidão de que o X
possa ser considerado instigador. Aqui o princípio da acesoriedade limitada diz-nos que 28º
e 29º CP, este princípio diz que a responsabilidade do participante depende da demostração
de que o facto do autor é típico e ilícito e nesse sentido se diz que há uma relação de
dependência. Aqui o problema surge é o problema do duplo julgamento.
Pratica-30/05/23
Frequência de 2019:
Carlos e Diogo como atuaram: aqui não há dúvidas de que estamos perante fragrante delito. Sobre o
crime de furto não há dúvidas de que atuaram bem, mas ao que diz a seguir de requerer ao JIC a
constituição como arguido e depois enviar ao MP. Aqui não atuaram corretamente porque eles
próprios podem ter procedido eles próprios a constituição de arguido, nos termos do 259º.
Depois, sobre ser julgado em processo sumario: o furto qualificado é até 5 anos mas se for nos
termos do n2 então não poderá. No 381º diz que tem de haver detenção em flagrante delito, aqui
poderia haver um problema com a moldura abstrata. 381 n2.
O MP atuou de forma correta ao que diz respeito a medida de coação? O MP não tem que pedir ao
JIC o termo de identidade a residência, porque este é a única medida que não tem que ser requerida
ao JIC, é aplicada apenas por ele próprio (MP). 204º.
O JIC na fase de inquérito pode aplicar uma medida de segurança mais gravosa mas isto dependerá
de fundamentação. Nos na nossa hipótese não temos explicação de porque é que o JUIZ pensa que
são insuficientes. O juiz teria que fundamentar e demostrar que através da prisão preventiva é que
se salvaguarda.
Sobre o JIC recusar a abertura da instrução. A suspensão provisoria do processo é uma decisão do
MP, peloi que o arguido que quer isto tem que a requerer ao MP com a concordância do JIC e isto
nunca poderia ser requerido através da abertura de instrução.
Sobre a abertura da instrução por requerimento de Bruno?: sim, porque não há dúvida de que ele
quer introduzir um facto novo, portante este é um facto novo pelo que não temos que entrar na
discussão dos limites máximos, aqui haveria privação da liberdade que seria sequestro e passaria a
ser roubo por uso da força.
Sobre a validade do despacho de pronuncia: na pronúncia o juiz não pode pronunciar por factos que
não constem da abertura da instrução e da acusação do MP. Relativamente aos factos de organização
terrorista estes como estavam ausentes, aqui não poderiam fazer parte do despacho de pronúncia na
parte em que se pronuncia pelo crime de organização terrorista.
Como o crime de terrorismo é individualizável poderia enviar ao MP para abrir um novo processo.
Sobre a comparticipação criminosa o filipe é cúmplice, presta através da disponibilidade material
auxílio ao facto, mas acontece que o JIC não podia julgar como cúmplice porque ele aqui não pode
condenar naquele processo em curso porque o arguido é diferente alem de ser um facto novo.
Mas aqui não violação do Nebis in idem porque aqui não se vai apurar a responsabilidade do
Hernesto mas antes a responsabilidade de outro sujeito.
Mas o risco que não se consegue eliminar é o risco de a mesma matéria poder ser julgada e termos
processos contraditórios.
Teórica- 01/06/23
Competência material:
Qual é o tribunal competente segundo o seu território:
Determinar o tribunal competente funcional no sentido de instância e esta chamasse
competência hierárquica:
Quando houver um conflito entre o critério qualitativo e quantitativo prevalece o critério qualitativo
que é um critério especial.
Determinação da competência territorial: esta delimita a sua jurisdição segundo a sua localização no
território, aqui os artigos que nos interessa são os artigos 19 a 23º CPP. O critério geral é o do lugar
delito e este varia dependendo se estamos perante um crime consumado ( aqui o que importa é o
lugar da consumação ) mas se for um crime formal ( não é preciso nenhum resultado para estar
preenchido no crime e aqui o lugar da ação é o lugar típico). Se for um crime de sangue ( crime que
compreende como elemento do tipo a morte) é competente o tribunal onde o agente atuou ou devia
ter atuado 19 n2.
Se fores crimes praticados em atos sucessivos ou reiterados (duradouros) aqui o tribunal competente
é o tribunal cuja área se tenha praticado o último ato.
Nos crimes tipo sequestro importa o lugar onde tiver cessado a consumação.
Artigo 30 n2 CP, NESTE CRIME IMPORTA O LUGAR DO ULTIMO CRIME 19º n3.
Quanto aos crimes tentados ou quando houver a prática de um ato preparatório punível importa a
área onde tiver sido praticado o último ato de execução 19º n4.
Se houver um delito de duvidosa localização, vai-se dar prevalência a localização onde se deu a
conhecer a notícia do crime primeiro.
Se o crime foi cometido parte em Portugal e parte no estrangeiro vai ser competente o lugar onde foi
praticado por última vez o ato relevante para a lei portuguesa, artigo 22º.
264º CPP
Qualquer magistrado é competente para atos do inquérito quando são urgentes 264º n4.
24, 25 e 26º
Há que distinguir o vicio de competência do vicio de jurisdição: se houver um vicio de jurisdição essa
consequência é a inexistência da própria sentença e pode ser conhecida em qualquer momento. Se
houver uma incompetência:
Se for material: pode ser levantada oficiosamente e também pode ser suscitada pelo MP, pelo
arguido ou assistente até o transito em julgado da decisão final, declarada a incompetência do
tribunal o processo é remetido ao tribunal competente e se vai anular apenas os atos que não se
teriam praticado se o processo tivesse corrido perante o tribunal competente 33º n1 e é ordenado
sempre que possível os atos necessários para conhecer da causa.
Se estivermos a falar de uma incompetência territorial ela só poderá ser declarada até o inicio do
debate instrutório artigo 32º n2.
Pratica- 02/06/23
Teórica-2/06/23
O que carateriza um sujeito processual é interferir diretamente na tramitação do processo.
Suspeito: ainda não é um sujeito processual mas a lei oferece certos direitos. Pessoa
relativamente a qual exista indício de que cometeu um crime ou que participou na realização
de um crime artigo 1 alínea E.
O suspeito não pode ser em caso algum prestar provas ou declarações auto incriminatórias.
Princípio da não autoincriminação.
Arguido: toda pessoa que é constituída como sujeito processual e contra quem decorre um
processo criminal. Do ponto de vista processual já não há indicio mas sim uma suspeita
fundada de que cometeu o crime
Há varios momentos em que a pessoa pode ser constituída como arguido:
Acusação
Abertura da instrução quando houve despacho de arquivamento 57 n1
Quem tem legitimidade para se constituir como assistente: os titulares dos interesses que a
lei especialmente no sentido de diretamente quis proteger para incriminar aquela conduta.
Desde que maiores de 16 anos.
284º
Tratando-se de crime particular a pessoa tem que se constituir como existente 10 dias apos a
apresentação da queixa