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Momento do Crime
Para Ferrajolli o momento do Crime (FAD) tem como personagem principal a vítima,
porque necessita socorro. O réu se prende depois. O foco nesse momento é a vítima.
Durante o Processo
Já no processo penal, o eixo, o personagem principal é o réu, pois não se pode condenar
um inocente (fato que é tido com a desgraça do Processo Penal), pois um erro judicial é
um erro de todas as partes envolvidas.
Resumão do Gustavão
PROCESSO PENAL I – M1 2
Juiz Expectador: não age pelas partes, somente cuida para que não haja ilegalidade no
processo.
Tarzietá: juiz alheio as partes, neutro.
Fair Play: partes jogam limpo, sendo leais entre si.
A CF determina que o juiz seja “expectador”.
Publicidade – Exceções
Publicidade no processo penal é a regra. Entretanto existem exceções:
1. Processo em que envolva crianças ou adolescentes.
2. Quando houver decretação judicial ou previsão legal.
3. Votação na Sessão do Júri.
Resumão do Gustavão
PROCESSO PENAL I – M1 3
É necessário o juiz ser neutro no processo, distante das partes, sendo um “arbitro de
boxe”.
Paridade de Armas
Devem existir as mesmas condições processuais, tanto para o MP, como para a Defesa.
Verdade Real?
Não se atinge. O principio da verdade real é arcaico, antigo e ultrapassado. Roxin apoia
essa ideia, mas se pode recriar a cena do crime.
Favor Rei
In dubio pro reu – Em caso de dúvida, deve se ir a favor do réu. Não se pode condenar u
inocente, mas pode-se absolver um culpado. Só se condena quando se tem certeza
absoluta.
INQUERITO POLICIAL
Necessidade do IP – Dispensabilidade.
O CPP, de 1941, foi feito para a realidade da época. O IP é entendido como algo atrasado.
O IP é necessário?
FAD é quando se busca a materialidade a autoria. O principio da anterioridade??? só
considera relevante fatos ilícitos cometidos contra terceiros. Além disso, não interessa
para o Direito Penal e para o Direito Processual Penal. É necessário saber se o fato
aconteceu, e se ele é relavante para o direito (o direito penal não se preocupa com
pensamentos)
Materialidade: o fato ocorreu?
Autoria: Pode existir IP sem autor “a investigar”, pois o autor será apurado. Já para Ação
Penal necessita-se precisar o autor do delito.
O IP não é indispensável, podendo entrar-se com ação penal diretamente. Temos a
tradição e o costume do IP, não sendo obrigatório, mas pode ser dispensável (pois basta
ir ao MP, e entregar as provas do crime).
Em 99% das vezes, o IP antecede a Ação Penal. É dispensável, mas é usado pelo costume e
tradição.
Finalidade do IP
Resumão do Gustavão
PROCESSO PENAL I – M1 4
Vantagens do IP
o Maior abrangência policial no Brasil: Tem mais delegacias que fóruns nas
cidades, principalmente nos interiores.
o Maior proximidade com a população: maior proximidade da policia com a
população.
o Policia é mais barata que o judiciário: o custo do judiciário é superior ao da
policia.
Desvantagens do IP
o Seleção de investigação: originário do poder discricionário do Delegado,
definindo o que realmente investigar.
o Contaminação politica da polícia: políticos tende a interferir no andamento
das investigações.
Inicio do IP
o Portaria
Ato da autoridade policial quando chega ao seu conhecimento um FAD. Se a
autoridade percebe FMD, investiga-se para esclarecer e fazer justiça.
o Requisição
É necessário algo para iniciar o IP, onde existem elementos de prova. Poder ser
requisitado pelo Juiz ou pelo MP. Trata-se de uma ordem do juiz ou do promotor
para que se investigue um FMD. Entretanto, o delegado não tem vinculação
funcional com o MP ou com o Juiz.
Resumão do Gustavão
PROCESSO PENAL I – M1 5
o Requerimento
Pode ser feito por cidadão da sociedade. Trata-se de um pedido.
o Prisão em Flagrante
Ocorre pela flagrância, através de um Auto de Prisão em Flagrante, que já é o
inicio do IP.
Relatório do IP – Art. 10 §§ 1º e 2º
Deve ser feito um resumo objetivo, pelo delegado, e nunca subjetivo, sem conter a
opinião do Delegado. Este relatório, deve ser enviado ao Ministério Público.
Resumão do Gustavão
PROCESSO PENAL I – M1 6
Tem prazo para ser terminado. Em caso de réu preso, o prazo é de 10 dias. Em caso de
réu solto, pode ser por mais 30 dias. As prorrogações podem ocorrer porque o indiciado
está solto e não ocorre prejuízo.
Lei 12345/2016 – altera o Estatuto da Advocacia, permitindo acesso ao IP. É um
contraditório “meia boca”.
XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração,
autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que
conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade
absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos
investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive,
no curso da respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos;
§ 10. Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de
que trata o inciso XIV.
Termino do IP
o Preso
o Solto
o Regra Geral
AÇÃO PENAL
Em caso de oferecimento de denuncia, e a mesma seja recebida pelo Juiz, o IP torna-se Ação
Penal. Ocorre a denuncia pelo MP, quando existem elementos suficientes de materialidade
(certeza), e autoria (indícios).
Resumão do Gustavão