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DIREITO PROCESSUAL PENAL

1. FASES DA PENA (vingança)

A) VINGANÇA DIVINA - A ofensa à lei dos homens também será uma ofensa a lei de Deus.
Ritual – Não tem processo.
O código de Hamurabi foi talhado para gravar as leis divinas da babilônia.

B) VINGANÇA PRIVADA – AUTOTUTELA: Justiça com as próprias mãos.

C) VINGANÇA PÚBLICA – Monopólio

D) PROCESSO – Nasce a partir de um ritual na frente de alguém (história da criança


dividida no meio – Salomão).

2. INSTRUMENTALIDADE CONSTITUCIONAL DO PROCESSO PENAL

Instrumento em que surge na fase de vingança pública, é o instrumento que visa proteger
os direitos fundamentais. É uma ferramenta eu participa de uma diversidade de políticas
de segurança pública.

INTERESSE PÚBLICO VS INTERESSE PRIVADO

Nós enquanto sociedade é a possibilidade de punir de maneira legítima, diferença do


estado democrático. Legitimo a pena quando utilizo o atributo democrático.

Campo Penal

Direito penal

DIR. PROCESS. REU

CRIMINOLOGIA
Um presídio FEDERAL sem que tenha sido resolvido o problema do presídio central vai
interferir no “campo penal”.

Presos diferentes virão e presos articulados vão se aproximar do Estado.

NATUREZA JURÍDICA DO PROCESSO

- OSKAR VON BULLOW (deu autonomia ao processo) Gera autonomia para o processo se
estabelecer como ciência.

- TEORIA DARELAÇAÕ JURÍDICA

Autor

Relação entre autor – juiz – réu “sujeito de direitos” ( relação de direitos e obrigações segundo
bullow)

A natureza jurídica do processo advém de uma relação jurídica.

A teoria de BULLOW não se encaixa no processo penal, devido ao réu não ter OBRIGAÇÕES na
relação jurídica. Exemplo: Revelia do réu, o mesmo não tem obrigação no processo.

JAMES GOLDSCHMIDT

Era Judeu na Alemanha Nazista. Foi para Espanha fugido. Escreve uma carta o professor
uruguaio pedindo socorro, profere duas conferencias no Uruguai e morre.

Para ele o processo é RISCO, incerteza.

Teoria da SITUAÇÃO JURÍDICA, ao longo do processo as partes passam por situações jurídicas.

Há uma ótica de CHANCE dentro do processo.

M P – Ideia de CARGA (ônus da Prova, carga probatória é da ACUSAÇÃO).

DEFESA – Risco (potencializa a sentença desfavorável se no caso não contratar advogado)

Sentença pode ser favorável ou desfavorável.

Quando a guerra estoura tudo se coloca na ponta da lança, os direitos mais intangíveis tudo se
converte em expectativas.

FORMA DE PRODUÇÃO DA “VERDADE”

2) SISTEMAS

A) ACUSATÓRIO:

 Divisão de funções
 Separação de poderes

Direito Germânico Antigo


AUTOR VS RÉU

JUIZ

B) INQUISITÓRIO

 Concentração de funções
 Concentração de Poder

O inquisidor acusa, julga e defende.

Em 1215 a tortura passa a ser permitida de forma incorporadora no sistema, maneira de


solucionar conflitos, “produção da verdade”. Convivência entre a racionalidade e ordálias
(provas de fogo) Ex: Colocar o braço no barril de braço quente, se curar em 3 dias o réu é
inocente.

C) SISTEMA MISTO

1805 – França

Misto:

 Inquisitória
 Acusatória

No nosso sistema fase de investigação é inquisitória (delegado que preside)

CPP – tem formato inquisitorial (delegado preside e deixa um pedaço para o juiz)

CF/88 – Sistema Acusatório. (mostra que a constituição separa as atribuições,


advocacia, judiciário, etc. de maneira implícita).

Há uma oposição entre a CF/88 e o CPP.

A doutrina diverge quanto ao tema

Quando a um princípio implícito como no art. 156 há uma afronta ao princípio acusatório.

Ex: O duplo grau de jurisdição deixa implícito o princípio acusatório.

A ideia do sistema acusatório é dar espaço para as partes de se desincumbirem das cargas
“expectativas”.

Quanto mais o juiz participar do processo mais inquisitório se torna o processo.

22/03/2017

PRINCIPIOS CONSTITUCIONAIS

JURISDICIONALIDADE

NULUM CRIMEN SINE JUDICIO


PRINCIPIO DA NECESSIDADE

(necessidade de jurisdição) o processo penal se realiza dentro do processo

É um pressuposto para os outros princípios jurisdicionais. Necessidade de jurisdição.

Núcleo de defesa do direito de liberdade “TRIDE”:

 AÇÃO
 JURISDIÇÃO E; (principio da necessidade está inserido no meio)
 PROCESSO

JURISDICIONALIDADE

a) Juiz Natural
Art. 5° inciso XXXVII (proibição do Tribunal de exceção)
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;

Juízo constituído anteriormente e não posteriormente “TRIBUNAL DE NUREMBERG”.

b) Imparcialidade

Juiz como um terceiro imparcial (distante das partes), juiz como estranho aos interesses das
partes. Sistema acusatório é o que mais preza pela imparcialidade.

Preserva a GESTÃO DA PROVA. Quanto mais agir de ofício mais interferirá no processo de
provas.

Art. 212 CPP

Art. 212.  As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não


admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou
importarem na repetição de outra já respondida.

        Parágrafo único.  Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a


inquirição.

Neutralidade é diferente da imparcialidade. Neutralidade das coisas, minha concepção, o que


penso das coisas.

 Superego (adquirido na infância) – freios inibitórios.


 Ego
 ID (sem limites)

Consciência

Inconsciência

Emoção e Razão estão conectadas. O inconsciente decide antes do consciente.

 Impedimento
 Suspeição
 Incompatibilidade

IMPARCIALIDADE SUBJETIVA:

Meu veredito sobre um caso, a imparcialidade subjetiva está na cabeça da pessoa, ex: os juízes
julgam antes de dar a sentença, julgam porque são pessoas. A sentença é fruto de um
processo mental racional, porém envolve razão e emoção. Diferença sútil

c) Prazo Razoável

Art. 5° LXXIII

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração


do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.            (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.

EMENDA CONSTITUCIONAL - 45

+ PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA

Diretrizes:

a) Complexidade do caso penal: dependendo da complexidade do caso se justifica a sua


demora e vice-versa.

b) Comportamento das partes: Conduta social segundo o código pode aliviar a pena. A
defesa quando procrastina o processo atrasa seu andamento.

c) Serviços Judiciários: Exemplo: demora na intimação.

LIVRO: CARNELUTI – AS MISÉRIAS

29/03/17

PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA

Art. 5° LVII

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória;
A jurisprudência entendia que não podia prender o sujeito antes de sentença condenatória
(recurso especial - STJ ou recurso extraordinário - STF)

O supremo retrocedeu em termos jurisprudenciais, agora condena o sujeito em segundo grau,


em fase recursal (TRIBUNAL). “PROBLEMA”

PRINCÍPIO FUNDANTE

Não se esgota, acompanha o réu, não há como conceber o processo penal sem a presunção de
inocência até o transito em julgado.

LIMITES

a) POSTULADDO
 INTERNO: Se a partir da análise de uma prova, ela observa um postulado, é exigido da
parte acusatório juízos de defesa, a dúvida está para o réu é um postulado de dever do
processo, só pode prender o réu quando estiver certeza. Interno ao processo. O dever
de dar a vantagem ao réu conforme constituição.

 EXTERNO: Externo ao processo, envolve a imagem do sujeito.

b) REGRA – REFLEXOS NA ANÁLISE DA PROVA


Sempre vou analisar a prova com o preceito de enxergar a presunção de inocência,

05/04/2017

Tipos de prisão:

Em flagrante e a prisão por ordem escrita de juiz competente (preventiva, temporária etc.).

PRISÃO E LIBERDADE

1 - Considerações iniciais:

ESPÉCIE DE PRISÃO

2 – PRISÕES EM FLAGRANTE

A regra é no final do processo ser preso, (matar alguém: por si só o fato não gera uma situação
de perigo).

Anteriormente o fato de ser preso em flagrante mesmo sem situação de perigo já autorizava a
prisão do sujeito, “negação o princípio da presunção de inocência”.
a) Natureza Jurídica
Hoje o flagrante não prende por si só de forma isolada, a natureza jurídica é de uma
prisão PRÉ-CAUTELAR, pois no final do procedimento o magistrado poderá ou não
proceder à prisão preventiva ou outras.

b) Legitimados
Art. 301 CPP
Quem pode prender em flagrante? Qualquer pessoa pode dar voz de prisão em
flagrante, o policial tem dever legal de agir (policial 24h por dia). Pessoas comuns não
tem o dever legal de agir.

c) FORMA
Verbal, “voz de prisão em flagrante”, por ser verbal o controle judicial se dará
posterior, juiz avaliará a legalidade da prisão, conclusão da prisão deve ser feita em
24h,

d) PRAZO
Art. 306 §1° CPP
24h do início ao fim do procedimento para concluir a prisão em flagrante.
Pode passar às 24h podendo chegar a 30 dias, porém a perseguição deve acontecer de
forma ininterrupta “flagrante impróprio”.

3 – ESPÉCIES DE PRISÃO EM FLAGRANTE

Art. 302 CPP

(Etapas do crime – ITER CRIMINIS “cogitação – preparação – execução – resultado”)

 Flagrante Próprio
Art. 302, I (execução)
Art. 302, II (resultado)

 Flagrante Impróprio
Art. 302, III e IV
Inconsistência.
Situação de flagrante não e tão nítida
Distante do resultado, presumir que o sujeito está relacionado ao fato anterior.

CRIME PERMANENTE

Resultado se prolonga (potrai) no tempo de maneira contínua. Exemplo: sequestro. Enquanto


durar a permanência pode-se dar voz de prisão em flagrante.

OUTRAS CLASSIFICAÇÕES:

FLAGRANTE:

 FORJADO
É flagrante ilegal, cria-se a cena do crime, forja-se a cena.

 PROVOCADO

É flagrante ilegal, Art. 17 CP (crime impossível), quando a forma for ineficaz ou o objeto
que recais a conduta for impróprio, a execução não será punível - “tentativa”. Ex: Matar
cadáver.

O agente provocador vai estimular instigar o ITER CRIMINIS, porém ele nunca chegará no
“resultado”, o agente controla o iter criminis. Ex: policial estimula uma pessoa a vender
drogas e logo prendê-lo (FLAGRANTE PROVOCADO) – o agente estimulou e domina. Nessa
situação NÃO SE PRENDE O SUJEITO.

Prender na execução – crime tentado

Prender no resultado – crime consumado.

 PREPARADO

É hipótese de flagrante preparado, o controle da cena do crime, das circunstâncias do


crime o impedem de consuma-lo. Ex: Meio que utiliza para roubar é ineficaz (polícia já
preparou o local, controlou).

 ESPERADO

Noção de que o delito vai acontecer, porém não tenho certeza, se houver a prisão em
flagrante esse será LÍCITO.

 DIFERIDO / RETARDADO / PROLATADO

Situação de ação controlada, a ação controlada é uma autorização que o juiz dá para o
agente policial não prender em flagrante (ta vendo o crime acontecer e não prender –
prevaricação), o agente continua investigando, porém se deparando com cenas de
flagrância, mas, não prende, autorização de flagrância se prolonga pela concessão do juiz
(de modo geral procedimento utilizado contra crimes de organizações criminosas)

Juiz fixa o tempo da ação controlada.

4 – MORFOLOGIAS DO PROCEDIMENTO

Delegado de polícia

Cima

Delegado de polícia – comunicação (art. 306) juiz, MP, Família, adv, ou 3° – oitivas (art. 304),
condutor, testemunha.

Embaixo
constitucionais Art. 5° LXII, LXIII, - apreensões, arrecadações – interrogatório – nota de culpa

Meio

Juiz Art. 310

Juiz não pode decretar prisão de ofício (somente se promotor pediu) “ sistema acusatório”. É
comum o promotor ser comunicado os autos irem para o juiz e o mesmo decretar a prisão de
ofício, após somente o promotor de MP irá analisar o caso.

Apreensões: da arma ou arrecadação da arma, pode ser qualquer coisa dependendo da


circunstância.

Condutor: responsável pelo preso (também pode ser arrolado como testemunha).

Interrogatório: deve constar o aviso ao sujeito que ele foi informado de seus direitos
constitucionais.

Nota de culpa: Nota de culpa é uma garantia do réu (entende-se que o infrator violou a lei). É
a primeira manifestação do estado sobre a lei que o estado disse que foi violada.

Quando chegar ao juiz o mesmo analisará a legalidade dessa prisão.

ESSA LINHA É UM AUTO DE PRISÃO em FLAGRANTE (ainda não há inquérito nem processo).

GRAU B1
PRISÃO TEMPORÁRIA – Lei 7960/89

“É Prisão vinculada à investigação”.

1. Considerações Iniciais
 Atos constitucionais (ex: ato Const. N°5 – proibição de habeas corpus) eram
normas que criaram espaços jurídicos para normas de exceção.

 As garantias constitucionais são fortes devido ás exceções existentes em 1964,


por exemplo adentrar a casa alheia para investigação à noite, hoje não é mais
permitido, somente durante o dia.
 Antigamente se construía a prisão através da investigação (tortura), eram
várias as maneiras, o sujeito deveria manter-se vivo. (período da ditadura
militar). “ERAM CHAMADOS DE DOP’S”.

LIVROS: Sdidmore – Elio Gaspari – Fico – Susel Rosa.

 Medida Provisória 111. (o princípio da reserva legal diz que só pode restringir a
liberdade através de produto formal “lei” e não medida provisória). Momento
esse em que a policia passa a ter que investigar.

 Prisão que visa atender a própria investigação.

2. Legitimados

 O juiz pode determinar a prisão preventiva (na fase investigatória).

Delegado: expedi ao juiz após ouvir o MP que é o titular da ação penal.

3. Momento Procedimental

4. Prazo Legal

 Prazo é de 5 dias, prorrogáveis por mais 5 dias. Delegado pede a


determinação que é concedida, logo se quiser ampliação é necessário fazer
novo pedido ao juiz.
 A prisão de investigação é na própria delegacia de polícia.

 Prazo é de 30 dias prorrogáveis por mais 30 em delitos hediondos ou


equiparados . Lei 8072/90

5. Hipóteses

Lei 7.960/89

Art. 1° Caberá prisão temporária:

I - quando imprescindível para as investigações do inquérito policial; (pergunta a


se fazer: tenho como continuar a investigação sem prender a pessoa???)

II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos


necessários ao esclarecimento de sua identidade; (este inciso é inútil).

III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na
legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: (rol
taxativo, soma-se os incisos não é “ou”).

a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2°);


b) seqüestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1° e 2°);

c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°);

e) extorsão mediante seqüestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°);

f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo
único);

g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223,
caput, e parágrafo único);

h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo
único);

i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°);

j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal


qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285);

l) quadrilha ou bando (art. 288), todos do Código Penal;

m) genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei n° 2.889, de 1° de outubro de 1956), em


qualquer de sua formas típicas;

n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n° 6.368, de 21 de outubro de 1976);

o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n° 7.492, de 16 de junho de 1986).

p) crimes previstos na Lei de Terrorismo.   (Incluído pela Lei nº 13.260, de 2016)

FASE INVESTIGATÓRIA

Investigação preliminar

Características:

 Discricionariedade: o rito compele os sujeitos a andarem no caminho processual,


situações preestabelecidas pela lei.

 Natureza jurídica administrativa e informativa.

 Procedimento Inquisitorial, concentração de funções no delegado.

CRIMES DE MENOR POTENCIAL OFENCIVO (pena de igual ou inferior a 2 anos) ou


CONTRAVENÇÕES PENAIS.

Modelo de investigação:
 Termo Circunstanciado (procedimento célere) Lei 9.099/95

Exemplo: Art. 125 caput.

Delegado: ocorrência policial ouve o autor do fato e a vítima, exame de corpo de delito
(formou-se o termo circunstanciado, após vai para um juizado especial criminal).

 Brigada militar também pode lavrar Termo Circunstanciado.

CRIMES:

 Inquérito policial (polícia judiciária).


 Procedimento investigatório criminal (MP)

Quem pode dar início ou instaurar a PORTARIA (primeiro ato jurídico no inquérito):

É o Delegado de Polícia, pode fazer de ofício ou ser provocado, deve haver o impulso
oficial desde o primeiro momento. Se o delegado não fizer de ofício ele fará uma
NOTÍCIA CRIME provocado pela vítima ou pelo policial (crime de ação penal pública
incondicionada).

Crimes que precisam da autorização da Vítima (crimes graves):

Chama-se de REPRESENTAÇÃO a ação penal condicionada. Exemplo: Injúria racial, crime grave
e exige representação.

Terceiro:

Exemplo: Violência contra a mulher, quem quer que seja (pode ser briga de vizinhos), ação
penal pública incondicionada. = Notícia Crime. Terceiro só pode noticiar, como não é vítima
não pode o mesmo representar.

Ministério Público:

Ministério Público pode REQUISITAR (exigir, determinar), promotor não preside inquérito
policial “quem preside é somente o delegado”. É instaurado pela promotoria através de
portaria (procedimento investigatório criminal).

O único inquérito que o promotor conduz é o CIVIL (defesa comunitária – patrimônio histórico,
etc.).

CPP (refletir sobre a requisição de ofício do juiz).

Art. 5o  Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:

        I - de ofício;

        II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público,


ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
DILIGÊNCIAS PRELIMINARES

Quando a pessoa mente sobre a denuncia crime é cometido o crime de denunciação caluniosa.
Normalmente a vítima vira autor. Na notícia crime não é preciso diligencias preliminares.

LOCAL DO FATO NO CRIME:

Identificar as pessoas, isolar o local, preservar postura do cadáver, etc. Caracteres que vão
constituir crime.

 Levantamento do Local do fato: Prova técnica, prova pericial.

03/05/17

INQUÉRITO POLICIAL

O procedimento chama-se Inquérito Policial

 Levantamento do Local do Fato: Importante estar numerado para saber-se a ordem


cronológica. Súmula 14. Exemplo: se surgirem elementos que indiquem o local, o
delegado fará REPRESENTAÇÃO ao juiz, o delegado não tem poderes pra pegar e
entrar na casa de uma pessoa (MBA - Mandado de Busca e Apreensão), por estar
previsto ai um DIREITO FUNDAMENTAL, juiz houve o MP, então podendo liberar o
MBA devido o seu entendimento.
 Se juiz da um Mandado, ele dá os limites desse mandado, o que for aprendido a mais
será questionado no processo, exemplo: mandou apreender armas e aprenderam
armas e documentos.
 AUTO DE APREESÃO
 DEPOIMENTOS DE “TESTEMUNHA”: É quando alguém presencia um crime ou fato
relacionado ao inquérito. É procedimento inquisitório (concentrado no delegado) que
faz as perguntas. Quando o acusado ameaça uma testemunha, o delegado faz uma
representação e pede a Prisão Preventiva do sujeito (JUIZ – MP) “não escuta-se o ADV.
Nesse caso, porque acredita-se que o advogado contará para o cliente que querem
prende-lo. Não há contraditório nessa fase do procedimento, pode o advogado fazer
um habeas corpus no TJ, ou pedir para o juiz reconsiderar a sua posição anterior de
liberdade.
 RECONSTITUIÇÃO DO CRIME: Pode ser feito.
 ACARIAÇÃO: Relatos que colidem depoimentos, etc.
 AUTOS DO DML (Quando há morte) – NECRÓPSIA: vem aos autos o exame.
 DOCUMENTO:
 RELATÓRIO: Ou o delegado vai INDICIAR ou pode ARQUIVAR (posição do estado, juízo
de valor na qual o estado adequa tipicamente a conduta ao tipo penal).
 CADERNO PROCEDIMENTAL: É enviado para o MP, que terá 3 opções:
ARQUIVAMENTO, DENUNCIA-CRIME OU REQUISITAR DILIGÊNCIAS (o delegado deve
cumprir o requerimento, quem requisita determina).
 Até aqui é considerado um PROCEDIMENTO INQUISITORIAL ADMINISTRATIVO
 Art. 155 CPP: Tem-se PROVA quando houver CONTRADITÓRIO JUDICIAL, só fala-se em
prova quando houver processo, e só há processo quando houver RECEBIMENTO DA
DENÚNCIA.

PROVAS DE CONTRADITÓRIO DIFERIDO: Produzo a prova, porém poderei impugnar no final


do procedimento. Exemplo: uma pessoa que atira com revolver, ela fica com os elementos na
mão, essa prova só é levantada no momento do fato. “Quando há necessidade urgente”, pois a
ação do tempo poderia torna-las inútil.

INQUÉRITO POLICIAL: Após juiz analisar o inquérito e aceitar a queixa crime, esse inquérito se
torna sem serventia.

TEORIA DA DISSONANCIA COGNITIVA: Bern Scrunemann.

Separou juízes em dois grandes grupos no mesmo caso penal, a síntese diz que o juiz que tem
acesso aos autos ele assimila-se com a tese da acusação. A dissonância é um estado de
incoerência, porém a mente humana procura um estado de coerência. É mais difícil a indução
ao estado de dissonância. A

INVESTIGAÇÃO CRIMINAL: Serve para o MP, Instrumentaliza-o (acusação).

Delegado NÃO ARQUIVA INQUÉRITO.

MP ------ ARQUIVAMENTO ----- JUIZ ------ ARQUIVA (se concorda)

JUIZ, pode revisar o pedido de arquivamento, pode mandar para o Procurador Geral da justiça,
acusando o promotor de improbidade adm, por não dar andamento na ação penal. Se o
Procurador Geral mandar arquivar o juiz não terá mais opções a não ser arquivar.

ARQUIVAMENTO TÁCITO: Não gera coisa julgada formal ( princípio da ação penal é o da
indivisibilidade) “houve a falta de denúncia pelo MP de um dos sujeitos”. Jurisprudência
minoritária, pois o promotor já avaliou a denúncia. Exemplo do Tício – Caio e Mévio (mévio
não foi denunciado).

OPNIO DELICTI: Quando promotor já avaliou a instrução e ofereceu a denúncia.

A denúncia pode ser aditada enquanto não terminar a instrução.

Uma investigação arquivada pode ser reaberta se surgirem novas provas.


SUJEITOS PROCESSUAIS

 JUIZ:
Imparcial, distante dos interesses das partes. (vai se dar por característica do sistema),
quanto mais autonomia as partes tiverem, mais acusatório é o sistema, e quanto mais
o juiz tiver autonomia, mais inquisitório é o sistema .

 SISTEMA PROCESSUAL:
Juiz não deve investigar, apesar do art. 156 permitir que o juiz se propõe a investigar a
prova. A função do juiz deve ser de tutelar os direitos fundamentais.
A prestação processual envolve uma imputação ou não de responsabilidade penal, na
fase de investigação.

Teoria da Transparência: ligado a civil low, na Belgic o juiz participa do processo, e


depois julgavam, a partir desse casso foi consolidando a jurisprudência, esses institutos
reconheceram a imparcialidade no aspecto objetivo. São externos ao processo e
inviabilizam o magistrado de prestar a jurisdição.

IMPEDIMENTOS: Situações externas ao juiz, situações objetivas.


Art. 252 e 253 CPP.

Art. 252.  O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:

        I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em


linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, como defensor ou
advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial, auxiliar da justiça ou
perito;

        II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido


como testemunha;

        III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato


ou de direito, sobre a questão;

        IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha


reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente
interessado no feito.

        Art. 253.  Nos juízos coletivos, não poderão servir no mesmo processo os


juízes que forem entre si parentes, consangüíneos ou afins, em linha reta ou
colateral até o terceiro grau, inclusive.

“São fatos externos ao processo”, Exemplo: o laço consanguíneo, a presunção decorre


da própria lei, não é a opnião do juiz (subjetivo) sobre determinado caso. É feita em
simples petição nos autos
SUSPEIÇÕES: Art. 254 CPP

Art. 254.  O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por
qualquer das partes:

        I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;

        II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a


processo por fato análogo, sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;

        III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau,
inclusive, sustentar demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por
qualquer das partes;

        IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;

        V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;

        Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no


processo.

Cabe a parte produzir a prova, não teremos a interrupção do julgamento caso a


parte não alegue a suspeição. A EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO é a devida peça
para arguir a suspeição. A discussão é se o rol é taxativo ou exemplificativo, a
jurisprudência diz que o rol é taxativo.

EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO:
A resposta a acusação + a Suspeição se dão em atos apartados, na alegação de
suspeição narra-se o fato que torna o juiz suspeito, para comprovar os fatos com
provas, (juiz da uma resposta a suspeição), os autos sobem e o Tribunal decide sobre a
suspeição.

INCOMPATIBILIDADES: Art. 112 CPP

Art. 112.  O juiz, o órgão do Ministério Público, os serventuários ou funcionários de


justiça e os peritos ou intérpretes abster-se-ão de servir no processo, quando houver
incompatibilidade ou impedimento legal, que declararão nos autos. Se não se der a
abstenção, a incompatibilidade ou impedimento poderá ser argüido pelas partes,
seguindo-se o processo estabelecido para a exceção de suspeição.

A incompatibilidade existe e não se confunde com impedimento e suspeição, a


incompatibilidade é um procedimento “aberto”. Há a possibilidade de alegar a
incompatibilidade quando gerar por exemplo o impedimento ou a suspeição de um juiz,
em que na prática é muito grave de se alegar.

10/05/2017
Ação penal pública e ação penal privada; institutos relacionados às ações penais

MINISTÉRIO PÚBLICO

1* Considerações Iniciais

Sem o MP não se tinha o sistema ACUSATÓRIO. A acusação antigamente era dita pelo juiz, que
realizavam a acusação e davam o provimento judicial em nome do rei (sistema inquisitório), o
direito não era voltado ao indivíduo. É graças ao MP que podemos falar em imparcialidade do
Juiz, criou-se o MP para se estabelecer as condições de imparcialidade do juiz, transferindo-se
ao MP (promotor), sendo uma Instituição do Estado.

2* “IMPARCIALIDADE” e pedido de absolvição.

A acusação é PARCIAL, só pode ser feita dentro de limites, o acusador acusa por ter poderes
constitucionais para acusar, e tem por base o princípio da LEGALIDADE, não pode acusar
alguém sem provas, sem justa causa. Quando o processo não permite pede-se arquivamento,
absolvição, etc, não procedimentos que não envolvem imparcialidade e sim o princípio da
legalidade.

3* Impedimentos, Suspeições, Incompatibilidades.

São aplicadas ao juiz e cabe aplicar ao promotor de justiça quando cabíveis da mesma forma.

ACUSADO E DEFENSOR

 Direito à Defesa:
É direito constitucional, previsto no Art. 5° (cláusula pétrea), exemplo: direito de se
entrevistar reservadamente a um advogado, aconselhamento técnico.

 Defesa Pessoal: Interrogatório. Momento em que o sujeito fala sua versão sobre os
fatos, tem dupla interpretação, Exemplo: Sujeito fala que estava em Tramandaí, porém
pega-se o ticket do pedágio, informações para constituir meios de prova, o
interrogatório é uma FONTE DE PROVA (ponto de partida). Outra parte da doutrina diz
ser MEIO DE PROVA (valor maior, reconstrução do fato histórico), documento, perícia,
etc, da ao interrogatório um status à defesa, não pode ser afirmado no nosso sistema
atual. Se o réu mentir por exemplo, não será punível, ele não tem o direito de mentir
(direito tutelado de mentir).

 Defesa Técnica: Prerrogativas.


ASSISTÊNCIA À ACUSAÇÃO

1* Considerações Iniciais:
A vítima ingressa no processo com assistente de acusação, visa auxiliar determinados
aspectos probatórios.

2* Legitimados:
O Art. 31 do CPP indica os assistentes de acusação no caso de vítima morta.

3* Interesse Processual
Sentença Penal condenatória faz coisa julgada no Cível, o que o penal decidir os outros
circundam, por causa da cognição probatória (muito mais profunda). A sentença se
torna um título executivo no Cível, adentrando posteriormente a um processo de
execução, que gera efeitos patrimoniais quando a vítima utiliza-se deste procedimento
contra o réu (interesse econômico, interesse de justiça). Existem autores que dizem a
vítima ter um interesse de justiça na jurisdição criminal.

4* Habilitação – Momento Procedimental


Não existe assistência à acusação na fase de investigação, é fase inquisitorial
(concentração), é necessário o processo. O juiz recebe a denúncia Art. 395 CPP, só
depois da denuncia o assistente pode viabilizar a Habilitação do assistente de
acusação.
O assistente pode:
 Produzir prova
 Recorrer
 Arrazoar
 Falar nos autos
 Questionar testemunhas (após o MP na audiência)
“não pode juntar rol de testemunhas”. Assistente entra em momento posterior as
testemunhas

Se houver sentença de absolvição o assistente pode recorrer.


Se houver sentença condenatória o assistente não pode recorrer ( o promotor pode
recorrer)

Nessa fase o assistente tem duas prerrogativas

O recurso de apelação no processo penal é de dois tempos “termo de apelação”


(prazo de 5 dias), logo complemento com as razoes de apelação (3 dias).

O assistente sempre será intimado após a intimação do promotor do MP.

5* Poderes
GRAU B2

LIVRO: FUNDAMENTOS DE DIREITO PROCESSUAL PENAL – LOPES JR, AURY

AÇÃO PENAL

Pretensão penal acusatória, envolve direito abstrato potestativo (não depende da vontade do
outro). Vou a juízo provocar o estado de jurisdição (só o estado de jurisdição tem a pena), o
MP como instituição de estado provoca a aplicação da pena para realização da ação pena.

Espécies:

AÇÃO PENAL PÚBLICA

Cabe ao MP (estadual ou federal) exercer a ação penal pública.

 INCONDICIONADA: A Ação Penal Pública Incondicionada será promovida


por DENÚNCIA do Ministério Público – e não é preciso a autorização ou
representação de ninguém. O promotor de Justiça não tem um querer, mas
um dever de promover a denúncia. “não depende da vontade da vítima”. S

Exemplo: Homicídio. Sempre que houver lesão contra a mulher é


incondicionada.

Regra: Toda vez que não estiver escrito “nada” é incondicionada.

 CONDICIONADA: (A ação Penal Pública) dependerá, quando a lei o exigir,


de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido
(manifestação de vontade da parte ofendida de informar e ver o Estado
atuando a seu favor). Ou de quem tiver qualidade para representá-lo. Uma
vez feita a representação não é possível desistir, visto o MP aderir o princípio
da indisponibilidade e obrigatoriedade.
Exemplos: Perigo de contágio Venéreo (Art. 130 CPP), Furto de coisa comum
(Art. 156 CPP), Injúria racial, violência contra a mulher, etc.

6 meses contada da data do fato ou conhecimento, e é retratável até o


reconhecimento da denúncia.

Regra: Quando cita que se procede por “representação”.

MINISTÉRIO PÚBLICO:

 Considerações Iniciais: Sistema acusatório. Graças ao MP podemos falar em


imparcialidade
 Imparcialidade: Acusação é Parcial (dentro dos limites da lei) e do princípio da
Legalidade, não havendo provas é pedido o arquivamento ou absolvição do
sujeito.
 Impedimento, Suspeição e Incompatibilidade: Cabíveis ao Promotor assim
como para o Juiz.
AÇÃO PENAL PRIVADA

MP não participa, ação penal é da vítima que exerce a QUEIXA CRIME (estabelece os
limites da acusação penal) se dá nas ações penais privadas. Exemplo: Injúria, Calúnia,
Difamação.

Regra: Quando o crime se procede por “queixa crime”.

JECRIM – lei 9.099/95

No andar do processo os benefícios são oferecidos, não se sabe se pela


vítima ou pelo MP, há uma discussão doutrinária. A maneira lógica é que
a vítima ofereça de forma proporcional.

 COMPOSIÇÃO DE DANOS: paga-se em valor $$$

 TRANSAÇÃO PENA: Serviço comunitário, cesta básica, etc, continua


de bons antecedentes.

AÇÃP PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA AÇAO PENAL PÚBLICA:

Prazo de 5 dias para denúncia criminal de réu preso e 15 para réu solto. Em casos
que ocorre a omissão do MP, por inércia do promotor de justiça que perdeu o prazo.
Exemplo: Pessoa vítima de um roubo fica aborrecida por seu inquérito estar parado na
promotoria, está inerte perante a causa, o advogado da pessoa vai oferecer queixa
crime.

Natureza Jurídica da ação: É público, o querelante somente demanda a ação visto a


inércia do MP.

É PACÍFICO:

É pacífico o entendimento que se a vítima (querelante) faltar a audiência,


imediatamente o MP retoma a titularidade da ação.

Quando o querelante propõe a queixa-crime e narrou não de forma abstrata,


incompleta, o MP pode ADITAR a queixa-crime e completa-la.

É CONTROVERTIDO:

Logo após o querelante propor a queixa-crime, o MP retoma a titularidade de pornto.

31/05/17
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL PRIVADA

 OPORTUNIDADE E CONVENIÊNCIA: Sujeito não é obrigado a processar ninguém que


não queira, apesar de ofensas recebidas. Esfera de deliberação da vítima.
 DISPONIBILIDADE: Se posso entrar ou não com a ação é lógico que a mesma pode ser
interrompida.
 INDIVISIBILIDADE: Na ação penal pública e compreendida como algo controvertido e
não absoluto, já na ação penal privada se um crime foi cometido por 5 pessoas, tenho
que processar as 5. Porque se deixar alguém de fora caracteriza a RENÚNCIA TÁCITA
(deixo de processar por vontade pessoal), os efeitos da renúncia pode ser aproveitado
pelos demais, esse é o perigo.

RENÚNCIA:
Instituto processual UNILATERAL, é anterior ao processo, pode ser:

 Expressa – Exemplo: cláusula de renúncia em um termo de quitação, quem renuncia é


o ofendido. A ofendida vai renunciar o direito de queixa.

 Tácita – Exemplo: tenho 3 pessoas para denunciar e denuncio somente 1, estou


renunciando tacitamente

PERDÃO:
Perdão é BILATERAL, se entrar com uma ação e perdoar uma pessoa, dependerá dessa pessoa
para retirar a ação, porque ela deve aceitar o perdão. Pode ser expressa ou tácita.

 Expressa - Qualquer manifestação de vontade clara e escrita.

 Tácita – Ato incompatível, exemplo: está com litígio com uma pessoa, porém está se
socializando com ela

PEREMPÇÃO
É uma sanção em razão da negligência da parte, extinguindo-se a queixa crime. “Querelante é
o acusador”. Deve o juiz pedir CONDENAÇÃO e não “a mais nobre justiça”, esse fato ocorre a
perempção, quando deixa de fazer as razões finais de condenação.
Art. 60.  Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-
se-á perempta a ação penal:

        I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do


processo durante 30 dias seguidos;

        II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não


comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60
(sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;

        III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a


qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o
pedido de condenação nas alegações finais;

        IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem


deixar sucessor.

TÍTULO 3 DA AÇÃO PENAL (ESTUDAR P PROVA)

A partir do artigo 24 até o 62

14/06/2017

PROVA PENAL

1.0 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

a) RECONSTRUÇÃO FATO HISTÓRICO


b) RAZÃO – EMOÇÃO:
Lei vai relativizar, conceito de verdade entra como maneira transversal, verdade
processual, possível.
c) JUÍZO DE CERTEZA:
A decisão penal não pode ser emotiva, fundamento deve objetivo, deve ir ao encontro
da verdade racional.

2.0 SISTEMAS
a) PROVA TARIFADA: Hierarquia de provas, esse sistema não vigora, o nosso sistema é o
da persuasão racional ou livre convicção.

b) LIVRE CONVICÇÃO

3.0 FASES

a) PROPOSIÇÃO:

b) ADMISSÃO:

c) PRODUÇÃO:

4.0 PROVA ILÍCITA

Grande relevância, visões distintas do processo penal.


Violação fora dos limites do direito. Ex: escuta de
telefone quando passado o dia limite estipulado pelo juiz,
gera a prova ilícita. Exemplo 2: A testemunha não pode ler
a denúncia.

a) PROVA ILÍCITA - diferente de PROVA ILEGÍTIMA?


A prova ilegítima seria a prova que ofende as normas
infraconstitucionais, Ex: testemunha ouvida além do
número legal (8),
Art. 157 (prova ilícita e ilegítima são equiparadas),
ambas são ilicitudes.

b) PROVAA ILÍCITA DERIVADA

- fruits of poisonous tree

- inevitable Discovery

- independente source

Nasce de uma prova ilícita, porém faz chegar a outras


provas idôneas. Nascem em julgamento da 1° corte dos EUA.

Teoria dos frutos da árvore envenenada:(fruits of


poisonous tree)
A doutrina dos frutos da árvore envenenada (em inglês,
“fruits of the poisonous tree”) é uma metáfora legal que
faz comunicar o vício da ilicitude da prova obtida com
violação a regra de direito material a todas as demais
provas produzidas a partir daquela. Aqui tais provas são
tidas como ilícitas por derivação.

“se a árvore é envenenada os frutos que nascem dela também


estão envenenados”.

Portanto, segundo esta teoria, as provas obtidas por meio


de uma primeira prova que foi descoberta por meios
ilícitos, deverão ser descartadas do processo na
persecução penal, uma vez que se considerarão ilícita por
derivação.

DESCOBRIMENTO INEVITÁVEL (inevitable Discovery) e


TEORIA DA FONTE INDEPENDENTE (independente
source).
Para facilitar na distinção das teorias supracitadas
é só lembrarmos os seguintes casos já mencionados: “Caso
do Mensalão” (Teoria da Fonte Independente), onde havia a
presença concreta de dois meios para a obtenção das
informações bancárias, um meio lícito e outro ilícito e;

A origem do mandado do juiz é um ato independente, essa


teoria também excepciona a prova ilícita.

Caso Nix v. Williams (Teoria do descobrimento


Inevitável), só existe um meio de prova, o ilícito, mas
através do exercício mental pode-se, de forma hipotética,
constatar que o corpo seria encontrado inevitavelmente.

O artigo 157 do CPP nasce das decisões norte americanas, de


seus precedentes.

21/06/17
PROVA DOCUMENTAL
Também pode ser eletrônico.
- CONCEITO (espécie)

- MOMENTO PROCEDIMENTAL

A qualquer momento pode ser juntado no processo, até mesmo nos memoriais. Há uma
limitação, não pode ser juntado no rito do júri, o júri é um procedimento bifásico, a sentença
serve como um filtro de legalidade, para ver se vai a júri ou não, a fase de preparação de
julgamento e logo a fase do júri.

 LIMITAÇÃO

A limitação implica que 3 DIAS ANTES DO JURI NÃO É PERMITIDO A JUNTADA DE


DOCUMENTOS, CONTADOS DA INTIMAÇÃO DO ADVOGADO DA PARTE CONTRÁRIA (PARA O
MESMO TER TEMPO PARA ANALISAR A DOCUMENTAÇÃO).

PROVA TESTEMUNHAL

O momento da proposição é um só, diferente disso a prova testemunhal entra em


PRECLUSÃO.

Ex: ART. 41 e 396 – A.

“procedimento sumário e sumaríssimo”.

- COMPROMISSO LEGAL

Inimigo não é obrigado a depor, amigo íntimo, parentes.

- PESSOAS NÃO OBRIGADAS A DEPOR

Mãe depor contra filho, pai depor contra filho.

- PESSOAS PROIBIDAS DE DEPOR

Advogados

- SISTEMÁTICA = REGRA DO ART. 212

Art. 212.  As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à


testemunha, não admitindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não
tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de outra já
respondida.

        Parágrafo único.  Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá


complementar a inquirição.
DO EXAME DE ACORDO DE DELITO E DAS PERÍCIAS

- PERITO:

* OFICIAL

* PESSOA IDÔNEA

- ASSISTENTE TÉCNICO:

* PROCESSO

* INVESTIGAÇÃO

QUESITOS CORPORAIS – EXAME

EXAME COMPLEMENTAR

IMPOSSIBILIDADE/ PERÍCIA – ART. 167

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