será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”. LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA a) Clássica: liberdade provisória sem fiança ao preso em flagrante quando incabível a conversão em preventiva e a concessão de fiança (art. 310, III, e 321, ambos do CPP); b) Justificantes: liberdade provisória mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais quando o fato for praticado mediante causas excludentes da ilicitude (art. 310, parágrafo único, do CPP); c) Preso pobre: liberdade provisória sem fiança quando cabível fiança, porém o preso não possui condições econômicas para prestá-la (art. 350 do CPP). LIBERDADE PROVISÓRIA MEDIANTE FIANÇA
Noção Geral: caução/garantia real;
Momento (art. 334 do CPP): qualquer momento (desde a prisão em flagrante até o trânsito em julgado); Legitimado Genérico. Delegado (art. 322, caput, do CPP): infração cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos; Legitimado Genérico. Juiz (art. 322, par. Único, do CPP): demais casos;
Legitimado Específico (art. 332 do
CPP): a) prisão em flagrante: autoridade presidente do auto de prisão em flagrante; b) prisão por mandado: autoridade que determina a prisão ou a quem tiver sido requisitada a prisão; Inafiançável. Regra Ordinária. (arts. 323 e 324 do CPP): a) crimes de racismo (inafiançável - art. 5º, XLII, CF); b) nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos (inafiançável - art. 5º, XLIII, CF); c) nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático (inafiançável - art. 5º, XLIV, CF); d) aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo, obrigação imposta (arts. 327 e 328 do CPP); e) em caso de prisão civil ou militar;
f) quando presentes os motivos que
autorizam a decretação da prisão preventiva; g) nos crimes contra o sistema financeiro punidos com reclusão quando cabível prisão preventiva (art. 31 da Lei n.º 7.492/86). A liberdade provisória é vedada: a) art. 7.º da Lei n. 9.034/95, que trata das organizações criminosas. b) art. 3.º da Lei n. 9.613/98, que trata da lavagem de bens e capitais RELAXAMENTO DA PRISÃO Se a prisão for ilegal, deve o juiz relaxá-la. O relaxamento tem previsão constitucional, no art. 5º, LXV. A prisão em flagrante é ilegal, quase sempre em decorrência de violação ao art. 302 do CPP, salvo aquelas referentes ao procedimento de lavratura do respectivo auto. Portanto, é a matriz para qualquer pedido de relaxamento. DISTINÇÃOENTRE LIBERDADE PROVISÓRIA, RELAXAMENTO DE PRISÃO E REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. Legalidade da prisão: a liberdade provisória incide sobre uma prisão legal, mas cabível porque o juiz verifica que ela não é necessária. O relaxamento da prisão, por sua vez, incide na prisão ilegal. E a revogação da prisão ocorre quando uma prisão legal deixa de ter pressupostos/requisitos. A liberdade provisória é pedido que normalmente se faz contra prisão em flagrante, já que se preso preventivamente, a medida adequada é o relaxamento ou a revogação. Estas duas últimas medidas distinguem-se, neste ponto, vez que o relaxamento é cabível quando a prisão é ilegal, enquanto que a revogação na preventiva e na temporária. Anderson é muito nervoso e quando ingere bebidas alcoólicas fica muito agressivo. Certa noite resolve sair para dançar com sua namorada em famosa boate de Belo Horizonte. A noite transcorria maravilhosamente bem até que, ao retornar do bar, vê sua namorada conversando com outro homem. Inconsequente, Anderson empurra o homem e quebra a garrafa de cerveja no braço da vítima, a deixando levemente sangrando. Os seguranças da boate levam os dois para fora do estabelecimento e chamam a polícia. Ambos dirigem-se ao distrito policial mais próximo e no caminho Anderson descobre que a vítima era amigo de infância de sua namorada. Mesmo assim é feito o relato do ocorrido com a vítima se mostrando interessada na persecução penal e Anderson é preso em flagrante com todas as formalidades cumpridas pelo ilustríssimo Delegado de Polícia. Anderson não se conforma com a prisão, informa a autoridade policial que nunca se envolveu em nenhum crime, tem bons antecedentes, é trabalhador de uma grande multinacional, tem residência fixa e ainda informa que cumprirá a qualquer intimação do Delegado. Anderson não imagina passar um minuto sequer no cárcere e está arrependido. Você, advogado, é acordado de madrugada para tomar a medida jurídica, exclusiva de advogado, mais urgente possível segundo recomendação de Anderson.
A irretroatividade das futuras novas sanções disciplinares do vindouro Código de Ética e Disciplina: da Polícia Militar do Estado de São Paulo em relação às transgressões disciplinares praticadas antes do início da vigência das novas normas repressivas