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Da liberdade provisória:

Art. 5, LXVI, CF. “ninguém


será levado à prisão ou nela
mantido, quando a lei admitir a
liberdade provisória, com ou
sem fiança”.
LIBERDADE PROVISÓRIA SEM FIANÇA
 a) Clássica: liberdade provisória sem fiança ao
preso em flagrante quando incabível a conversão
em preventiva e a concessão de fiança (art. 310,
III, e 321, ambos do CPP);
 b) Justificantes: liberdade provisória mediante
termo de comparecimento a todos os atos
processuais quando o fato for praticado mediante
causas excludentes da ilicitude (art. 310, parágrafo
único, do CPP);
 c) Preso pobre: liberdade provisória sem fiança
quando cabível fiança, porém o preso não possui
condições econômicas para prestá-la (art. 350 do
CPP).
LIBERDADE PROVISÓRIA MEDIANTE
FIANÇA

 Noção Geral: caução/garantia real;


 Momento (art. 334 do CPP): qualquer
momento (desde a prisão em flagrante
até o trânsito em julgado);
 Legitimado Genérico. Delegado (art.
322, caput, do CPP): infração cuja
pena privativa de liberdade máxima
não seja superior a 4 (quatro) anos;
 Legitimado Genérico. Juiz (art. 322,
par. Único, do CPP): demais casos;

 Legitimado Específico (art. 332 do


CPP):
 a) prisão em flagrante: autoridade
presidente do auto de prisão em
flagrante;
 b) prisão por mandado: autoridade que
determina a prisão ou a quem tiver sido
requisitada a prisão;
 Inafiançável. Regra Ordinária. (arts. 323 e
324 do CPP):
 a) crimes de racismo (inafiançável - art. 5º,
XLII, CF);
 b) nos crimes de tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, terrorismo e
nos definidos como crimes hediondos
(inafiançável - art. 5º, XLIII, CF);
 c) nos crimes cometidos por grupos
armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático
(inafiançável - art. 5º, XLIV, CF);
 d) aos que, no mesmo processo, tiverem
quebrado fiança anteriormente concedida ou
infringido, sem motivo justo, obrigação
imposta (arts. 327 e 328 do CPP);
 e) em caso de prisão civil ou militar;

 f) quando presentes os motivos que


autorizam a decretação da prisão
preventiva;
 g) nos crimes contra o sistema financeiro
punidos com reclusão quando cabível prisão
preventiva (art. 31 da Lei n.º 7.492/86).
A liberdade provisória é vedada:
a) art. 7.º da Lei n. 9.034/95, que
trata das organizações
criminosas.
b) art. 3.º da Lei n. 9.613/98, que
trata da lavagem de bens e
capitais
 RELAXAMENTO DA PRISÃO
 Se a prisão for ilegal, deve o juiz
relaxá-la. O relaxamento tem
previsão constitucional, no art. 5º,
LXV.
 A prisão em flagrante é ilegal, quase
sempre em decorrência de violação
ao art. 302 do CPP, salvo aquelas
referentes ao procedimento de
lavratura do respectivo auto.
Portanto, é a matriz para qualquer
pedido de relaxamento.
 DISTINÇÃOENTRE LIBERDADE
PROVISÓRIA, RELAXAMENTO DE
PRISÃO E REVOGAÇÃO DA PRISÃO
PREVENTIVA.
 Legalidade da prisão: a liberdade
provisória incide sobre uma prisão legal,
mas cabível porque o juiz verifica que ela
não é necessária. O relaxamento da
prisão, por sua vez, incide na prisão
ilegal. E a revogação da prisão ocorre
quando uma prisão legal deixa de ter
pressupostos/requisitos.
A liberdade provisória é pedido que
normalmente se faz contra prisão em
flagrante, já que se preso
preventivamente, a medida adequada é
o relaxamento ou a revogação. Estas
duas últimas medidas distinguem-se,
neste ponto, vez que o relaxamento é
cabível quando a prisão é ilegal,
enquanto que a revogação na
preventiva e na temporária.
Anderson é muito nervoso e quando ingere bebidas alcoólicas fica muito
agressivo. Certa noite resolve sair para dançar com sua namorada em famosa
boate de Belo Horizonte. A noite transcorria maravilhosamente bem até que,
ao retornar do bar, vê sua namorada conversando com outro homem.
Inconsequente, Anderson empurra o homem e quebra a garrafa de cerveja no
braço da vítima, a deixando levemente sangrando. Os seguranças da boate
levam os dois para fora do estabelecimento e chamam a polícia. Ambos
dirigem-se ao distrito policial mais próximo e no caminho Anderson descobre
que a vítima era amigo de infância de sua namorada. Mesmo assim é feito o
relato do ocorrido com a vítima se mostrando interessada na persecução penal
e Anderson é preso em flagrante com todas as formalidades cumpridas pelo
ilustríssimo Delegado de Polícia. Anderson não se conforma com a prisão,
informa a autoridade policial que nunca se envolveu em nenhum crime, tem
bons antecedentes, é trabalhador de uma grande multinacional, tem residência
fixa e ainda informa que cumprirá a qualquer intimação do Delegado.
Anderson não imagina passar um minuto sequer no cárcere e está
arrependido. Você, advogado, é acordado de madrugada para tomar a medida
jurídica, exclusiva de advogado, mais urgente possível segundo
recomendação de Anderson.

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