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Escola Estadual Heitor Villa-Lobos

Rebeca Viana de Oliveira – no:38


Série: 2 Ano B

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
SERIAL KILLER: O ASSASSINO DO ZODÍACO

São Paulo
2022
Escola Estadual Heitor Villa-Lobos

DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA
SERIAL KILLER: O ASSASSINO DO ZODÍACO

Rebeca Viana de Oliveira – no:38


Série: 2 Ano B

Trabalho apresentado ao Itinerário Oficina de


produção textual: textos de divulgação científica,
como parte das atividades do 2o semestre
do 2o ano, da Escola Heitor Villa-Lobos,
sob a orientação do Professor Felipe “Zero”.

São Paulo
2022

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SUMÁRIO

I. INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
II. DEFINIÇÃO DE SERIAL KILLER. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
III. OS PRIMEIROS ASSASSINATOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05
3.1 LAKE HERMAN ROAD. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
3.2 BLUE ROCKS SPRINGS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .05
IV. AS PRIMEIRAS CARTAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
V. ASSASSINATOS POSTERIORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
5.1 LAKE BERRYESSA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .08
5.2 PAUL STINE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
VI. A.M SÃO FRANCISCO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
VII. KATHLEEN JOHNS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
VIII. NOVAS CORRESPONDÊNCIAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10
8.1 A ULTIMA CARTA DO ZODIACO. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
IX. SUSPEITOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
X. AS CARTAS DO ZODIACO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13
XI. CONCLUSÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14
XII. BIBLIOGRAFIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15

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1. INTRODUÇÃO

O Assassino do Zodíaco, também conhecido como O Zodíaco ou simplesmente


Zodíaco foi um serial killer enigmático dos Estados Unidos, que até os dias de hoje,
não teve sua identidade descoberta. Era ativo na California no final dos anos de 1960
e 1970. Foram apenas confirmados 5 corpos, todos dentro da área de São Francisco,
porem ele é suspeito de ter cometido no total 37 assassinatos.
O Zodíaco é conhecido majoritariamente por ter mandado mensagens criptografadas,
provocando e desafiando as autoridades, mensagens essas que até os dias de hoje
a maioria não foi decodificada.
Mas antes de tudo, iremos descobrir o que significa o termo serial killer e no decorrer
do trabalho conheceremos as primeiras vítimas do Zodíaco, veremos mais de suas
cartas e códigos, conhecendo e nos aprofundando na história de uns dos seriais
killers mais conhecidos da história da América, que até hoje não teve sua imagem
revelada.

2. DEFINIÇÃO DE SERIAL KILLER

Para conhecermos melhor sobre a história do Assassino do Zodíaco, antes teremos


que ter uma noção do termo utilizado para se referir ao mesmo e muito outros
assassinos: o termo serial killer.
Um serial killer é tipicamente uma pessoa que mata três ou mais pessoas geralmente
por conta de um anormal prazer psicológico, dando um espaço de tempo de mais de
um mês dentre os assassinatos. Enquanto a maioria das autoridades estabelece um
limite de três assassinatos, outros estendem esse limite para quatro ou diminuem para
dois.
A satisfação psicológica é o motivo mais comum dentre os seriais killers, e muito dos
seriais killers envolvem o contato sexual com a vítima. O Departamento Federal de
Investigação popularmente conhecido como FBI aponta que os motivos de um serial
killer podem incluir: raiva; caçar emoção; ganhos pessoais e a procura por atenção.
As vítimas podem ter algo em comum, como: status; aparência, gênero ou raça.
Geralmente o FBI vai focar num padrão específico que os seriais killers seguem.
Seguir esse padrão, possibilitara a chance de achar pistas para encontrar o assassino
junto dos seus motivos.

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3. OS PRIMEIROS ASSASSINATOS

3.1 LAKE HERMAN ROAD

O primeiro assassinato associado ao Zodíaco foi o tiroteio, utilizando um revólver .22,


direcionado a estudantes do ensino médio, Betty Lou Jensen de 16 anos e David
Arthur Faraday de 17 anos, em 20 de dezembro de 1968 na estrada Lake Herman,
dentro dos limites da cidade de Benicia. O casal estava em seu primeiro encontro e
planejavam ir ao concerto de natal na escola de Hogan, três quadras de distância da
casa de Jensen. Ao invés disso, pararam na casa de um amigo antes de ir a um
restaurante e então dirigir até a estrada. Entre as 22:15, Faraday estacionou o
Rambler próximo a um amontoado de pedregulho, conhecido por ser onde amantes
se encontravam. Pouco tempo depois, após as 23:00, seus corpos foram encontrados
por Stella Borges, que vivia próximo ao local.
Utilizando de análise forense, Robert Graysmith pontuou que outro carro estava
parado próximo no amontoado de pedregulho pouco antes das 23:00 e depois
estacionou perto do casal. O assassino possivelmente saiu do segundo carro e foi em
direção do Rambler, ordenando que saíssem do carro. Aparentemente Jensen saiu
primeiro do carro, mas quando Fanday saiu, no meio do caminho o assassino atirou
na sua cabeça. O atirador então atirou cinco vezes nas costas de Jensen logo após
ela fugir, seu corpo foi encontrado 23,7 metros longe do carro. O assassino então
fugiu.

3.2 BLUE ROCKS SPRINGS

O assassino do Zodíaco se manteve inativo, até 04 de julho do ano seguinte (1969).


Darlene Ferrin de 22 e Michael Magaeu de 19 anos, dirigiam até o parque Blue Rocks
em Vallejo, 6,4km de distância da estrada Lake Herman, e estacionaram. Enquanto
o casal se sentava no carro, um segundo carro entrou no estacionamento, parou perto
deles, mas quase imediatamente saiu. Depois de 10 minutos o segundo carro
retornou e estacionou atrás deles. O motorista logo desceu do carro, se aproximou
do passageiro do carro carregando uma lanterna e uma pistola Luger 9mm. O
assassino direcionou a lanterna para os olhos de Mageau e Ferrin antes de atirar
neles, cinco vezes. Ambas as vítimas foram atingidas, e muitas balas passaram de
Mageau para Ferrin. O assassino saiu de perto do carro, porem quando ouviu os
gemidos de Magaeu retornou e atirou na vítima duas vezes, antes de sair novamente
com o carro.

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Em 05 de julho de 1969, as 00:40, um homem telefonou para o departamento de
polícia de Vallejo e deu relato e alegou responsabilidade pelo ataque. O homem
também pegou créditos pelos assassinatos de Jensen e Faraday.
Ferrin foi dada como morta no hospital. Magaeu sobreviveu ao ataque apesar de ter
levado tiros no rosto, pescoço e peito. Magaeu descreveu seu agressor como um
homem branco, de 26 a 30 anos, com 88 a 91 quilos, possivelmente com 1 metro e
73, com um cabelo curto, castanho claro e ondulado.

4. AS PRIMEIRAS CARTAS

No dia 01 de agosto de 1969, três


cartas preparadas pelo assassino
foram recebidas pelo Vallejo Times
Herald, San Francisco Chronicle e
para o San Francisco Examiner. As
cartas quase que idênticas, foram
descritas por um psiquiatra como
escrita por alguém que você
esperaria estar pensativo e isolado.
Cada carta incluía um terço de um
criptograma de 408 símbolos onde o assassino alegou conter sua identidade.
A carta escrita pelo assassino e enviada ao San Francisco Chronicle dizia:
“Caro Editor, aqui é o assassino dos 2 jovens no último Natal no Lago Herman e da
moça no dia 4 de julho perto do campo de golfe em Vallejo
Para provar que os matei,
Eu vou contar alguns fatos que só eu e a polícia conhecemos.
Natal
1. Marca da munição Super X
2. 10 tiros foram disparados
3. O jovem estava de costas com os pés apontados para o carro
4. A jovem estava deitada sobre o lado direito pés voltados para Oeste
4 de julho
1. A jovem estava usando calças estampadas
2. O jovem foi baleado também no joelho.
3. Marca da munição foi western

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Aqui está a parte de um código as outras duas partes desse código estão sendo
enviadas aos editores do Vallejo Times e do SF Examiner. Quero que o senhor
publique esse código na primeira página do seu jornal.
Nesse código está minha identidade.
Se o senhor não publicar esse código até a tarde da sexta-feira, lº de agosto de 69,
vou iniciar uma matança louca sexta-feira à noite. Vou perambular todo o fim de
semana matando pessoas solitárias à noite e continuar matando de novo, até que eu
tenha uma dúzia de pessoas no fim de semana.”
As cartas foram eventualmente publicadas e os assassinatos ameaçados não
aconteceram.
E no dia 07 de agosto, 1969, outra carta foi recebida, com a saudação “Querido editor,
esse é o Zodíaco falando”. Esse foi a primeira vez que o assassino usou esse nome
como identificação. A carta era uma resposta para o comandante Stiltz pedindo mais
detalhes que provariam que ele tivesse matado Faraday, Jensen e Ferrin. Nela o
Zodíaco incluiu detalhes sobre os assassinatos que não tinham sido revelados para
o público, bem como uma mensagem para a polícia para quando eles decifrassem o
código “eles me terão”.
O autor Soren Roest Korsgaard explica que o parágrafo do “episodio” em uma das
cartas se referia ao episódio “Musem Piece” de Alfred Hitchcock Presents, uma série
americana produzida por Alfred Hitchcock, com a temática de drama, suspense e
mistério. A junção da lanterna junto da arma foi um elemento da série adotado pelo
Zodíaco. O Assassino usava referencias e ações, se apropriando de elementos da
história de Hitchcock.
Em 08 de agosto, Donal e Bettye Harden de Salinas, California, decodificaram o
criptograma de 408 símbolos. Nele continha mensagens com erros ortográficos na
qual o assassino parecia fazer referência ao “The Most Dangerous Game” (o jogo
mais perigoso). O autor também disse que ele estava coletando escravos para a sua
pós vida. Não aparecem nomes no texto decodificado, e o assassino disse que não
iria dar sua identidade porque iria diminuir ou parar sua coleta de escravos.

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5. ASSASSINATOS POSTERIORES

5.1 LAKE BERRYESSA

Em 27 de setembro de 1969, estudantes do colégio


Pacific Union, Bryan Hartnell e Cecelia Shepard
estavam fazendo um piquenique no lago de
Berryessa. Quando um homem se aproximou deles
usando uma roupa preta, com um capuz e um óculos
de sol sobre os buracos dos olhos, na parte da frente
da roupa podia-se ver o símbolo do Zodíaco, um
círculo cortado por uma cruz ao centro, como se fosse
a mira de uma arma. Ele se aproximou deles com uma
arma, que Hartnell acreditava ser uma .45. O homem
encapuzado alegou ser um fugitivo de uma prisão
com um nome de duas palavras, em Colorado ou
Montana (um policial inferiu mais tarde que o homem
estava se referindo a uma prisão em Deer Lodge,
Montana), onde ele havia matado um guarda e, posteriormente, roubou um carro,
explicando que agora ele precisava de seu carro e dinheiro para viajar para o México
porque o veículo que ele estava dirigindo estava "muito quente".
O homem disse para Shepard amarrar Hartnell antes
dele a amarrar. O assassino checou e apertou as
amarras de Hartnell depois de descobrir que
Shepard prendeu as mãos de Hartnell frouxamente.
Bryan pensou ser apenas um roubo bizarro, mas o
homem puxou uma faca e esfaqueou os dois
repetidamente, Hartnell sofreu seis e Shepard dez
ferimentos no processo. O assassino voltou para o
carro de Bryan e desenhou na porta do carro
detalhes de seus ataques incluindo os de Bryan e Cecelia. Hartnell sobreviveu,
porem Shepard morreu dois dias depois.

5.2 PAUL STINE

Duas semanas depois do assassinato de Cecelia, um homem entrou no taxi de Paul


Stine pedindo para ser levado até Washington e Maple Streets no Presidio Heights.
Por motivos desconhecidos, Stine dirigiu um quarteirão depois de Maple para Cherry
Street. O passageiro então atirou na cabeça de Stine com um revólver 9mm, pegou
a carteira de Stine e suas chaves e rasgou a camiseta ensanguentada de Stine. O

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autor do crime foi observado por três adolescentes que estavam do outro lado da rua
as 21:55, e então telefonaram para a polícia enquanto o crime acontecia.
A dois quarteirões da cena do crime, os patrulheiros Don Fouke e Eric Zelms,
respondendo ao chamado, observaram um homem branco andando pela calçada
leste da Jackson Street e pisando em uma escada que levava ao jardim da frente de
uma das casas da rua, lado norte da rua; o encontro durou apenas cinco a dez
segundos.
O assassinato de Stine inicialmente foi tachado apenas
como um roubo rotineiro que escalou para um homicídio.
No entanto, em 13 de outubro, no jornal de São Francisco
Chronicle, receberam uma nova carta do Zodíaco que
tomava os créditos pelo assassinato e que continha um
pedaço da blusa manchada de sangue de Stine para provar
esse fato. As três testemunhas adolescentes trabalharam
com um artista da polícia para desenhar um retrato do
assassino de Stine. Os detetives Bill Armstrong e Dave
Toschi foram atribuídos ao caso. O departamento de polícia
de São Francisco investigou uma estimativa de 2,500
suspeitos durante anos. Esse foi o último assassinato
confirmado do Assassino do Zodíaco.

6. A.M SÃO FRANCISCO

Em 20 de outubro de 1969, alguém alegando ser o Zodíaco ligou para o


Departamento de Polícia de Oakland (OPD), exigindo que um dos dois advogados
proeminentes, F. Lee Bailey ou Melvin Belli, aparecesse no A.M. San Francisco, um
talk show na KGO-TV apresentado por Jim Dunbar. Bailey não estava disponível, mas
Belli apareceu no programa. Dunbar apelou aos telespectadores para manter as
linhas abertas. Alguém alegando ser o Zodíaco ligou várias vezes, e Belli pediu ao
chamador um nome menos sinistro e o chamador escolheu "Sam". O interlocutor
disse que não revelaria sua verdadeira identidade, pois tinha medo de ser enviado
para a câmara de gás (então o método de pena da Califórnia).
A ligação foi posteriormente rastreada até um paciente em uma instituição mental, e
os investigadores concluíram que o homem não era o Zodíaco.

7. KATHLEEN JOHNS

Na noite de 22 de março de 1970, Kathleen Johns fazia uma viagem entre San
Bernardino e Petaluma para visitar sua mãe, quando foi abordada por um homem que
deu sinal para que ela parasse o carro. O homem disse para a jovem que a roda

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traseira de seu carro estava solta, e que ele poderia consertar se fosse da vontade
dela, Kathleen aceitou a ajuda do estranho, porém ao invés de apertar a roda ele
afrouxou a mesma. Quando a jovem deu partida no carro novamente e andou alguns
metros a roda se soltou, o homem então aproveitou a situação e ofereceu carona à
mulher, que acompanhada de seu filho de colo, aceitou prontamente.
O homem então partiu pela rodovia e pouco tempo depois começou a ameaçar a
mulher e seu filho, dizendo que mataria a jovem depois que atirasse o bebê pela
janela do automóvel, desesperada a mulher se atirou para fora do carro e se escondeu
em meio a vegetação, o assassino ainda tentou encontrar a mulher, rondou a
localização por algum tempo, porém não conseguindo encontrar a jovem acabou
desistindo e indo embora. Dias depois, após depoimento à polícia, Kathleen
reconheceu o homem que a havia sequestrado naquele dia em um cartaz de
procurado na delegacia, o cartaz em questão pertencia ao Zodíaco.

8. NOVAS CORRESPONDÊNCIAS

O serial killer enviou quatro cartas cifradas para a


imprensa. Apenas duas foram decifradas até hoje,
incluindo o criptograma de 8 de novembro de
1969, contendo 340 símbolos. Essa cifra não era
resolvida durante 51 anos, mas, foi decifrada em 5
de dezembro em 2020 por um time de cidadãos,
incluindo o americano engenheiro em software
David Oranchak, o australiano matemático Sam
Blake e o programador belgico Jarl Van Eycke. Na
mensagem decriptografada, o Zodíaco negou ser
o “Sam” que falou no A.M São Francisco, explicando que ele não tinha medo da
câmara de gas “porque iria me mandar para o paraiso mais cedo”. O FBI pontuou que
a mensagem decodificada não dava novas pistas para saber da identidade do
Zodíaco.
Em 9 de novembro, 1969, o Zodíaco enviou uma carta de sete páginas declarando
que dois policiais o pararam e realmente falaram com ele três minutos após ele atirar
no Stine.
O Zodíaco continuou se comunicando com as autoridades até o restante de 1970, via
cartas e cartões de felicitações para a imprensa, Em uma carta, em 20 de abril de
1970, o Zodíaco escreveu, “Meu nome é ______,” seguido de 13 caracteres que não
foram resolvidos até o dia de hoje. O Zodíaco se pronunciou dizendo que não foi o
responsável pelo bombardeio a estação de polícia de São Francisco (se referindo ao
bombardeio que levou a morte de Brian McDonnell) mas adicionou “tem mais gloria
em matar um policial porque ele pode atirar de volta”. A carta incluía um diagrama de
uma bomba que o Zodíaco afirmou que usaria para explodir um ônibus escolar. Atrás

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do diagrama, ele escreveu: " = 10, SFPD = 0." Sendo a sigla SFPD para
Departamento Policial de São Francisco.
Em 28 de Abril mandou uma carta para o Chronicle escrito: “Eu espero que vocês
divertam-se quando eu tiver minha EXPLOSÃO”, seguido da assinatura do Zodíaco.
Atrás do cartão, havia detalhes de como o Zodíaco usaria uma bomba num ônibus
escolar a não ser que publicassem detalhes do que ele escreveu e ainda queria ver
as pessoas usando “uns botões do Zodíaco”.
Numa carta novamente para o Chronicle, em 24 julho de 1970, o Zodíaco, pegou os
créditos pelo rapto de Kathlenn John, 4 meses depois do incidente. 26 de julho de
1970, em outra carta o Zodíaco grifou uma música do The Mikado, adicionando sua
própria letra sobre fazer uma “pequena lista” com os jeitos que ele planejava torturar
seus “escravos” no “paraiso”. A carta foi assinada com o enorme símbolo do Zodíaco
e uma nova pontuação: " = 13, SFPD = 0".

8.1 A ÚLTIMA CARTA DO ZODIACO

O Zodíaco se manteve inativo durante três anos, até que o Chronicle recebeu uma
carta do Zodíaco, postada em 29 de janeiro de 1974, enaltecendo O Exorcista como
“a melhor comedia satírica que eu já vi”. A carta incluía um trecho do verso da música
de The Mikado e um símbolo incomum na parte inferior que permaneceu inexplicável
pelos pesquisadores. Zodíaco concluiu a carta com uma nova pontuação, “Eu = 37,
SFPD = 0”.

9. SUSPEITOS

Arthur Leigh Allen


Em 6 de outubro de 1969, Allen foi entrevistado pelo detetive John Lynch, do
Departamento de Polícia de Vallejo. Allen foi visto nas proximidades do ataque do
Lago Berryessa contra Hartnell e Shepard em 27 de setembro de 1969; ele alegou
que mergulhava em Salt Point no dia dos ataques. Allen voltou a chamar a atenção
em 1971 quando seu amigo Donald Cheney relatou à polícia em Manhattan Beach,
Califórnia, que Allen havia falado de seu desejo de matar pessoas, usar o nome
Zodíaco e proteger uma lanterna em busca de visibilidade à noite. De acordo com
Cheney, esta conversa ocorreu na tarde em 1 de janeiro de 1969.
Outra evidência existia contra Allen foi uma carta enviada ao Departamento de Polícia
de Riverside do assassino de Bates foi datilografada com uma máquina de escrever
real de um fabricante denominado Elite, a mesma marca encontrada durante a busca
em fevereiro de 1991 de sua residência. Ele possuía e usava um relógio de pulso da
marca Zodiac. Ele morava em Vallejo e trabalhava a poucos minutos de onde uma
das primeiras vítimas (Ferrin) morava e de onde um dos assassinatos ocorreu.

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Lloyd Cunningham, policial aposentado especialista em caligrafia, que trabalhou no
caso do Zodíaco por décadas, acrescentou: "Eles me deram caixas de banana cheias
dos escritos de Allen, e nenhum de seus escritos chegou perto do Zodíaco. Nem o
DNA extraído dos envelopes". cartas aproximaram-se de Arthur Leigh Allen." Embora
a polícia use frequentemente examinadores de documentos durante as investigações,
as decisões judiciais sobre a validade científica da análise de caligrafia foram
misturadas a negativas.

Gary Francis Poste


Em 6 de outubro de 2021, um grupo de quarenta investigadores e jornalistas
independentes chamados Case Breakers afirmou ter descoberto a identidade do
assassino como sendo de um homem chamado Gary Francis Poste, embora o
departamento de polícia de Vallejo não tenha confirmado essa informação. Gary
Francis Poste morreu em 2018. A polícia local, contudo, permaneceu cética a respeito
desta nova informação, afirmando que os achados destes investigadores se
baseavam principalmente em "provas circunstanciais". Falando para a CNN e outros
canais de televisão americanos, o FBI negou que o caso estivesse resolvido e afirmou
que nenhuma nova evidência concreta foi apresentada. O autor Tom Voigt,
considerado um especialista no caso do Assassino do Zodíaco, chamou o resultado
da investigação dos Case Breakers de "besteira".

Jack Tarrance
Em 2007, um homem chamado Dennis Kaufman afirmou que seu padrasto Jack
Tarrance era o Zodíaco. Kaufman entregou vários itens para o FBI, incluindo um
capuz semelhante ao usado pelo zodíaco. Segundo fontes de notícias, a análise de
DNA conduzida pelo FBI nos itens foi considerada inconclusiva em 2010.

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10. AS CARTAS DO ZODIACO

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11. CONCLUSÃO

O assassino do Zodíaco teve seu perfil estudado no livro de John Douglas, O Caso
que nos assombra, como sendo narcisista, paranoico e solitário, que sempre foi
levado pela urgência em conseguir atenção, poder e, acima de tudo, credibilidade.
Ele sempre sentiu a necessidade de provar sua superioridade intelectual, a fim de
compensar seus próprios sentimentos de inferioridade e inadequação.
Em suas cartas, como em seus crimes, o assassino apresentava uma dupla natureza:
muito educado e altamente inteligente, embora analfabeto, e altamente organizado,
porém, pelo menos em alguns casos, desorganizado (deixou sobreviventes,
impressões digitais e foi visto por várias testemunhas, incluindo dois policiais). Esta
combinação fornece uma representação mista. Também é evidente, a partir de suas
comunicações, que o Zodíaco era propenso a mudanças de humor: às vezes
provocando espertamente, às vezes caindo em desgraça, tentando compensar seu
medo e complexo de inferioridade através de palavras virulentas ou provocações
grosseiras.
Até quando estava planejando seus crimes, o Zodíaco se tornou um dos mais notórios
seriais killers de todos os tempos em apenas alguns anos de atividade. Ele conseguiu
a atenção que tanto buscava, e até hoje não sabemos ao certo quantas vítimas ele
matou, e nem quem ele realmente é.

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12. BIBLIOGRAFIA

WIKIPEDIA, The Free Ensyclopedia. Zodiac Killer. Disponível em:


https://en.wikipedia.org/wiki/Zodiac_Killer. Acesso em 03 de novembro de 2022.

WIKIPEDIA, A enciclopédia livre. Assassino do Zodíaco. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Assassino_do_Zod%C3%ADaco. Acesso em 06 de
novembro de 2022.

CRIMINAL MINDS WIKI. The Zodiac Killer. Disponível em:


https://criminalminds.fandom.com/wiki/The_Zodiac_Killer. Acesso em 05 de
novembro de 2022.

GREY, Orrin. Inside the Insidious Mind of the Zodiac Killer; The line up. Disponível:
https://the-line-up.com/zodiac-killer. Acesso em 03 de novembro de 2022.

CRIME MUSEUM. THE ZODIAC KILLER. Disponivel:


https://www.crimemuseum.org/crime-library/serial-killers/the-zodiac-killer/. Acesso
em 06 de novembro 2022.

WIKIPEDIA, The Free Encyclopedia. Serial killer. Disponível em:


https://en.wikipedia.org/wiki/Serial_killer. Acesso em 03 de novembro de 2022.

BIANCHIN, Victor. Como foi decifrada a carta do Assassino do Zodíaco?; Super abril.
Disponível: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-foi-decifrada-a-carta-do-
assassino-do-zodiaco. Acesso em 06 de novembro de 2022.

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