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DA PRISÃO E DA LIBERDADE PROVISÓRIA

CPP: Prisão e Local - Avisa IMEDIATAMENTE a(o)


 - Juiz
 - MP
 - Familia do Preso ou Pessoa por ele indicada
Em até 24h
 - APF ao Juiz
 - Cópia integral à DP, caso não informe Adv
 - Nota de culpa ao preso
CRIMES QUE ADMITEM LIBERDADE PROVISÓRIA (regra): quase TODOS, porque a LP
pode ser concedida com ou sem fiança, Art. 310 CPP (logo, cabe até p/ autor de crime
inafiançável);
CRIMES QUE NÃO ADMITEM LIBERDADE PROVISÓRIA (exceção);
É vedada a liberdade provisória para a ROMA
R eincidente
O rg criminosa armada
M ilicia
A rma restrita
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização
criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito,
deverá denegar(negar/indeferir) a liberdade provisória, com ou sem medidas
cautelares.
Outra hipótese:
LMP - Lei Maria da Penha - 11.340/06
- § 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser:
I – Dispensada, na forma do art. 350 deste Código;
II – Reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços);
III – aumentada em até 1.000 (mil) vezes.
- Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade
máxima não seja superior a 4 (quatro) anos. -RA-ÇÃO não tem fiança nem prescreve: RACISMO e AÇÃO de grupos
armados;
Delta
1-100 - salários mínimos
NÃO SENDO SUPERIOR 4 ANOS
Juiz
10- 200 - salários mínimos
INFRAÇÃO MÁXIMA SUPERIOR A 4 ANOS
OBS: Delta não arbitra fiança no art.24- A da lei 11.340/06- LEI MARIA DA PENHA.
-Prisão preventiva pela domiciliar – LEP 70, CPP = 80 anos.

♦ O CPP exige apenas INDÍCIOS de autoria e não provas sólidas e conclusivas acerca da autoria delitiva, para decretação
da prisão provisória.

♦ A não realização de audiência de custódia no prazo de 24 horas não acarreta a automática nulidade do processo
criminal, assim como a conversão do flagrante em prisão preventiva constitui novo título a justificar a privação de
liberdade, ficando superada alegação e nulidade decorrente da ausência de apresentação do preso ao juízo de origem.

♦Na análise da prisão preventiva, a fuga constitui o fundamento de cautelaridade, em juízo prospectivo, razão pela
qual a alegação de ausência de contemporaneidade não tem o condão de revogar a segregação provisória.
♦STF que a gravidade em abstrato do crime perpetrado, por si só, não é fundamento idôneo para decretação da

segregação cautelar. ♦ A gravidade em concreto do crime e a periculosidade do agente constituem fundamentação


idônea para a decretação da custódia preventiva.

♦o policial atender o celular da pessoa detida? Sim!


JUIZ DAS GARANTIAS: atua na fase do inquérito policial e é responsável pelo controle da legalidade da investigação
criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais dos investigados. Sua competência abrange todas as infrações penais,
exceto as de menor potencial ofensivo, e se encerra com o recebimento da denúncia ou queixa. Suas decisões não
vinculam o juiz de instrução e julgamento.

PRISÃO TEMPORÁRIA: Com prazo de duração de 5 +5 dias, ela ocorre durante a fase de investigação do inquérito
policial. Ela é utilizada para que a polícia ou o Ministério Público colete provas para, depois, pedir a prisão preventiva do
suspeito em questão. Em geral, ela é decretada para assegurar o sucesso de uma determinada diligência. (juiz quem
decreta). – não pode de ofício pelo juiz.
LISTA DE CRIMES QUANDO HÁ INDÍCIOS, PODENDO: TCC HORSE GAE 5
Tráfico de drogas Crime contra o sistema financeiro Crime previsto na lei de terrorismo Homicídio doloso Roubo
Sequestro ou Cárcere privado Genocídio Associação criminosa (bando/quadrilha) Extorsão Extorsão mediante
sequestro Estupro Envenenamento com resultado morte Epidemia com resultado morte

♦ Não há previsão de prisão temporária em crime CULPOSO.

♦ A decretação de prisão temporária somente é cabível quando:

- For imprescindível para as investigações do inquérito policial;


- Houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado;
- For justificada em fatos novos ou contemporâneos;
- For adequada à gravidade concreta do crime, às circunstâncias do fato e às
condições pessoais do indiciado; e
- Não for suficiente a imposição de medidas cautelares diversas.

♦"As audiências de custódia, no prazo de 24 horas, deverão ser feitas em todas as modalidades prisionais, inclusive
prisões temporárias, preventivas e definitivas. A determinação é do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal
Federal."
PRISÃO PREVENTIVA: Qualquer fase, quando houver indícios que liguem o suspeito ao delito. Não tem prazo, porém

deve ser obrigatoriamente revista a cada 90 dias. ♦ O Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que a prisão
preventiva não pode ser revogada automaticamente após o prazo legal de 90 dias, devendo o juiz reavaliar a legalidade
e a atualidade dos fundamentos.

♦ Relaxar a prisão em flagrante somente se ilegal (Art. 310, I, CPP); se o juiz constatar que o agente praticou a conduta
ilícita em aparente excludente de ilicitude, deve conceder liberdade provisória.

♦JUIZ NÃO PODE DECRETAR DE OFÍCIO.


 O posterior requerimento da autoridade policial pela segregação cautelar ou manifestação do Ministério
Público favorável à prisão preventiva suprem o vício da inobservância da formalidade de prévio
requerimento. STJ. 5ª Turma. AgRg RHC 136.708/MS, Rel. Min. Felix Fisher, julgado em 11/03/2021 (Info 691).
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Com as inovações promovidas pelo PAC, o juiz apenas pode atuar de ofício nas medidas cautelares diante da
necessidade de REVOGAÇÃO, SUBSTITUIÇÃO ou posterior necessidade de decretação da medida importa. Ou seja,
o dispositivo - com uma redação um pouco confusa - autorizou o juiz atuar de ofício apenas para revogar, substituir
ou voltar a decretar quando necessários nesses casos.
Contudo, em caso de descumprimento, não pode atuar de ofício.
Nesse sentido: Art. 282, §4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz,
mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor
outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste
Código. Art. 282, § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar
a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretála, se sobrevierem razões que a justifiquem

♦§ 2 A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora, respeitadas as restrições relativas à
inviolabilidade do domicílio.( bancas vem trocando essa parte final)
ESPÉCIES DE FLAGRANTES:
 Flagrante facultativo – exercício regular de direito
 Flagrante obrigatório – estrito cumprimento de dever legal.
 Flagrante diferido (ação controlada) – presente na lei de drogas, lei de lavagem de dinheiro e lei das
organizações criminosas. Espera-se o melhor momento para se efetuar a prisão. É lícito.
 Flagrante próprio - Está cometendo ou acaba de cometer a infração
 Flagrante impróprio - É perseguido e capturado logo após a prática da infração
 Flagrante presumido - É encontrado, logo depois, com armas, objetos ou papéis que façam presumir ser o
infrator
 Flagrante esperado – sabe-se que haverá o crime, então espera-se a ocorrência e efetua-se a prisão, sem,
contudo, induzir o agente. É viável, lícito.
 Flagrante forjado - o agente policial ou um terceiro cria prova de um crime que na realidade não foi praticado. É
ato ilegal. Fato atípico.
 Flagrante preparado – (agente provocador). Chamado crime de ensaio. Crime impossível (art. 17 CP).

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DOS RECURSOS EM GERAL:
♦ O princípio da variabilidade dos recursos implica na possibili-dade de atacar a mesma decisão com dois ou mais
recursos sucessivos; vale dizer, a interposição de um recurso não obsta o direito de impugná-la novamente, desde que
no prazo.
 De acordo com esse princípio, a parte pode variar de recurso, ou seja, pode interpor novo recurso em substituição a
outro anteriormente interposto, desde que o faça dentro do prazo legal.
 Esse princípio NÃO É APLICÁVEL AO PROCESSO PENAL! Após a interposição de um recurso, não pode
haver a substituição por outro, ainda que esteja dentro do prazo legal, porque se operou a preclusão
consumativa. Então professor, por que estamos tratando dele aqui? Porque o examinador pode te perguntar
sobre isso (e aqui e ali isso acontece) e você precisam saber do que se trata!
- Art. 580. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado
em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.

♦ - CPC, art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal recorrido que inadmitir recurso
extraordinário ou recurso especial, salvo quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão
geral ou em julgamento de recursos repetitivos.
- Pode haver assistente de acusação no JURI.
- Art. 567. A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a
nulidade, ser remetido ao juiz competente.
- Art. 569. As omissões da denúncia ou da queixa, da representação, ou, nos processos das contravenções penais, da portaria
ou do auto de prisão em flagrante, poderão ser supridas a todo o tempo, antes da sentença final.
- § 3o Interposto por termo o recurso, o escrivão, sob pena de suspensão por dez a trinta dias, fará conclusos os autos ao juiz,
até o dia seguinte ao último do prazo.

♦ Se a inimputabilidade não é a única tese defensiva, é mais benéfico ao réu ir a julgamento pelo Júri; assim, pode
eventualmente ser absolvido sem imposição de medida de segurança caso os jurados reconheçam alguma justificante,
por exemplo. Entretanto, sendo a inimputabilidade a única tese de defesa, não há possibilidade de o réu obter
condenação mais favorável, podendo o magistrado sumariamente, de plano, proferir decisão absolutória imprópria.

♦ RESE: O Recurso em Sentido Estrito (RESE) é um recurso dentro do Código do Processo Penal que tem por objetivo
impugnar decisões interlocutórias proferidas no desenrolar do processo penal. Essas decisões são expressamente
previstas em lei e estão presentes em um rol taxativo no art. 581 do CPP. Prazo = 05 dias corridos ou 20 dias XIV - que
incluir jurado na lista geral ou desta o excluir; RAZÕES = 2 DIAS.
- Não cabe contra sentença. ♦ INFORMATIVO 640 STJ - Admite interpretação extensiva

♦ APELAÇÃO:

PRONÚNCIA = RESE (consoantes)


Desclassificação = Rese (consoantes)
IMPRONÚNCIA = APELAÇÃO (vogais) (M.P perde, logo ele fica puto e APELA)
Absolvição = Apelação (vogais)
- Apelação sempre CAI.
Condenação - Absolvição - Impronúncia. 05 DIAS

- Apelação contra decisão do TRIBUNAL DO JURI é estrita, e poderá quando:


a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
♦Art. 492, § 2 Em caso de desclassificação, o crime conexo que não seja doloso contra a vida será julgado pelo juiz
presidente do Tribunal do Júri, aplicando-se, no que couber, o disposto no § 1 deste artigo.
- Súmula 705 do STF: “A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede
o conhecimento da apelação por este interposta.” (Ou seja, mesmo o réu falando que não quer recorrer, se o defensor o
faz, tem-se aceito valido o recurso.)
- Súmula 320 do STF: "A apelação despachada pelo juiz no prazo legal não fica prejudicada pela demora da juntada, por
culpa do cartório."
- Súmula 428 do STF: "Não fica prejudicada a apelação entregue em cartório no prazo legal, embora despachada
tardiamente."
- Súmula 708 do STF: "É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único
defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro."

♦ princípio da disponibilidade diferente do M.P, a defesa pode optar por desistir do RECURSO já interposto.

♦ DEFENSORIA tem prazo em dobro. M.P não tem prazo em dobro.

♦REVISÃO CRIMINAL: Tem por objeto a revisão do processo findo, ou seja, aquele que já terminou. (transitado em julgado)

♦Para que a revisional possa ser ajuizada, basta que tenha havido o trânsito em julgado de sentença condenatória ou
absolutória imprópria, sendo de todo irrelevante o fato de ter havido (ou não) o esgotamento dos recursos ordinários
postos à disposição da defesa.
♦ Súmula 393 do STF trata do tema e que não há necessidade. Não há prazo decadencial, a revisão criminal pode
ser ajuizada a qualquer momento, pode ser após extinção da pena e ainda após a morte do acusado. Não há efeito
suspensivo na revisão criminal.

♦ DAS NULIDADES E DOS RECURSOS EM GERAL- Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar
prejuízo para a acusação ou para a defesa.

♦alegação de nulidade (relativa ou absoluta), deve vir acompanhada da demonstração do efetivo prejuízo.

- Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:


I - Por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II - Por ilegitimidade de parte;
III - por falta das fórmulas (faltar alguns requisitos) ou dos termos seguintes: a) a denúncia ou a queixa e a
representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado os que não deixarem, sendo suprido por
prova testemunhal.
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da intentada pela parte
ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos concedidos à acusação e à
defesa;
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos processos perante o
Tribunal do Júri;
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir o julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos pela lei;
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri; 07 são sorteados para compor o Conselho de
Sentença
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
V - em decorrência de decisão carente de fundamentação.
 Ausência de defesa: Nulidade absoluta
 Defesa deficiente: Nulidade relativa
- Os embargos infringentes e de nulidade são recursos manejados exclusivamente pelo réu a fim de desafiar acórdão
de segunda instância (em sede de apelação, recurso em sentido estrito ou agravo em execução) desfavorável a seu
interesse, que julgou o feito de forma não unânime. 10 dias.
- Devem ser intimados da sentença condenatória tanto o acusado quanto o seu defensor (QUANDO DEFENSORIA), sendo
certo que o prazo para a interposição de recurso será contado da data da última intimação.se for advogado privado, basta a
intimação do adv.
-Na hipótese de divergência entre o acusado e o seu advogado a respeito de interesse recursal manifestado, deve prevalecer o
entendimento da defesa técnica, seja no sentido da desistência, seja no sentido da interposição do recurso.
- Tese 12: A inquirição das testemunhas pelo Juiz antes que seja oportunizada às partes a formulação das perguntas, com
a inversão da ordem prevista no art. 212 do Código de Processo Penal, constitui nulidade relativa.

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JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA
Determinará a competência jurisdicional:
I - o lugar da infração:
II - o domicílio ou residência do réu;
III - a natureza da infração;
IV - a distribuição;
V - a conexão ou continência;
VI - a prevenção;
VII - a prerrogativa de função.

♦A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do juízo
federal do lugar da apreensão dos bens. (Súmula n. 151/STJ)

♦) A competência é determinada pelo lugar em que se consumou a infração (art. 70 do CPP), sendo possível a sua modificação na
hipótese em que outro local seja o melhor para a formação da verdade real.
♦ Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de
tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.

♦CPP Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pela prevenção. (EX: sequestro que passa por diversos Estados, quem dos Estados tomar ciência 1, a
competência e dele).

♦ No concurso de jurisdições da mesma categoria, irá preponderar o lugar da infração à qual for cominada a pena mais
grave.

♦ É irrelevante o lapso temporal da dissolução do vínculo conjugal para se firmar a competência do Juizados Especiais de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher nos casos em que a conduta imputada como criminosa está vinculada à
relação íntima de afeto que tiveram as partes.
- REGRAS SOBRE COMPETÊNCIA
Em regra: a competência é firmada pelo lugar em que se consumar a infração (art, 70, teoria do resultado).
Exceções:
 Crimes plurilocais: teoria da ubiquidade; foro de eleição. (02 COMARCAS)
 Crimes tentados: local do último ato da execução.
 Crimes à distância (2 países): local do último ato da execução dentro do território nacional.
 Crimes permanentes: habituais e continuados: prevenção.
 Crimes formais: local do crime.
Obs: competência do domicílio do réu —> local desconhecido, não sabe o local da infração.
DICA: NUNCA ocorre pelo domicílio da vítima. Se a questão falar que é pelo domicílio da vítima, já pode marcar errado.

♦ Segundo o dispositivo, alterado pela Lei 14.155/2021, nos CRIMES DE ESTELIONATO praticados mediante
depósito, emissão de cheques sem fundos ou com o pagamento frustrado, ou mediante transferência de valores ,
a competência será definida pelo local do domicílio da vítima e, em caso de pluralidade de vítimas, será fixada
pela prevenção.
 Conexão Intersubjetiva (art. 76, I, CPP):
Compreende espécie de conexão em que duas ou mais infrações, interligadas, são praticadas, necessariamente,
por duas ou mais pessoas. Tal modalidade de conexão tem como subespécies:
 Conexão Intersubjetiva por simultaneidade (art. 76, I, 1ª parte, CPP) : “se, ocorrendo duas ou mais infrações,
houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas (...)”. as infrações são praticadas por
várias pessoas, em semelhantes condições de tempo e lugar, sem vínculo subjetivo entre elas, ou seja,
inexiste prévio ajuste entre elas. Ex.: após o tombamento de um caminhão na rodovia, pessoas saqueiam sua
mercadoria. Todos os autores do furto deverão ser julgados em um único processo.
 iConexão Intersubjetiva por concurso (art. 76, I, 2ª parte, CPP): “se, ocorrendo duas ou mais infrações,
houverem sido praticadas (...) por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar (...)”. As
infrações são praticadas pelas pessoas em concurso de agentes, ainda que em diferentes condições de tempo
e lugar. Neste caso, temos concurso de agentes dilatado no tempo e não há prévio ajuste entre os agentes.
Ex.: gangue que pratica vários delitos em determinada cidade, porém em bairros diversos, para dificultar o
trabalho da polícia.
 Conexão Intersubjetiva por reciprocidade (art. 76, I, 3ª parte, CPP): “se, ocorrendo duas ou mais infrações,
houverem sido praticadas (...) por várias pessoas, umas contra as outras (...)”. As infrações são praticadas por
várias pessoas umas contra as outras. Ex.: lesões corporais recíprocas entre torcedores.

Conexão OBJETIVA:
 Teleológica: um crime é cometido para garantir a execução de outro.
 Probatória ou instrumental: ocorre quando as provas de um crime interferem no julgamento de outro.

♦ HABEAS CORPUS é considerado um remédio constitucional, ou seja, um instrumento processual para garantir a
liberdade de alguém, quando a pessoa for presa ilegalmente ou tiver sua liberdade ameaçada por abuso de poder ou
ato ilegal.

1. Repressivo, caso mais comum nos tribunais, ajuizado quando a prisão ilegal já ocorreu; e,
2. Preventivo, também chamado de “salvo-conduto”, para evitar que a coação ilegal da liberdade aconteça.

♦é ação autônoma, logo não possui ligação direta com o processo criminal em que surgiu. Assim, não cabe se falar
em PREVENÇÃO.

♦Súmula nº 693 do STF: “Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de multa, ou relativo a processo
em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada”.
- Súmula 319 do STF: "O prazo do recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, em habeas corpus ou mandado de
segurança, é de cinco dias."
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-Para não confundir conexão com continência é só se lembrar do seguinte: no exército -> quem faz continência? duas
pessoas. Logo, continência está para pessoas. Conexão está para crimes.

- Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de
tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.

-Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:

I - no concurso entre a jurisdição comum e a militar; (AQUI CADA QUAL JULGA O SEU)

II - no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores. (CADA QUAL JULGA O SEU)
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PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO E ORDINÁRIO
- Art. 394. O procedimento será comum ou especial. § 1o O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo.
- I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena
privativa de liberdade;
arrolar até 8 testemunhas.

- II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa
de liberdade; 5 testemunhas

Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o


juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para
responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.

- III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. não ultrapassem 2 anos e a
competência para o julgamento destes é do Juizado Especial Criminal (JECRIM).
Nesta primeira audiência haverá, primeiramente, uma tentativa de conciliação que poderá ser de duas formas:

- Composição Civil: acordo entre vítima e acusado com a finalidade de se alcançar a reparação do dano causado.
- Transação Penal: acordo entre o acusado e o MP onde se estabelece alguma pena alternativa e, se o acusado cumprir o
acordo, o MP deixará de propor ação penal. Porém, caso o acusado não venha a cumprir o acordo, a situação inicial retornará e
o MP irá dar início a ação penal.
NÃO DANDO ACORDO SERÁ: 5 testemunhas e em casos mais complexos pode vir a ser aceito até 8 testemunhas
- Obrigação de depor e dispensa:
CPP - Art. 206 - A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão,
entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o
cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do
acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a
prova do fato e de suas circunstâncias.
A dispensa significa que se a pessoa não quiser, ela não precisará depor, salvo se não
tiver outro meio de se produzir a prova a qual que ela saiba, pois dessa maneira a
obrigação de depor continua válida, mas em todas as opções não se prestará o
compromisso.
CPP - Art. 208 - Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e
deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se
refere o art. 206. (ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda
que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado,).
↦ Não é possível citação por edital.
↦ Sendo necessária a citação do réu por edital (por estar em local desconhecido), o processo não poderá
continuar nos Juizados, devendo ser encaminhado ao Juízo comum.
↦ Será adotado rito Sumário

♦ STF HC 87.324-SP: “Não é lícito ao Juiz, no ato de recebimento da denúncia, quando faz apenas juízo de
admissibilidade da acusação, conferir definição jurídica aos fatos narrados na peça acusatória. Poderá fazê-lo
adequadamente no momento da prolação da sentença, ocasião em que poderá haver a emendatio libelli ou a mutatio
libelli, se a instrução criminal assim o indicar.”
 Exceção: é possível a realização do juízo desclassificatório prévio, quando a classificação jurídica do
crime repercute na definição da competência.

♦ FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO (FPF):


 Aplica aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções
desempenhadas.
 Competência são: STF, STJ, TRF e TJ/ TJDFT;
 Apenas para crimes comuns e de responsabilidade, não podendo ser estendida para ações de
improbidade administrativa, que têm natureza civil. (STF)
 É inconstitucional dispositivo de Constituição Estadual que confere FPF, no TJ, para Procuradores
de Estado, Procuradores de Assembleia Legislativa, Defensores Públicos e Delegados Polícia.
 INFO 819 STF: se durante a investigação, conduzida em 1ª instância, de crimes praticados por
pessoas sem foro privativo, surgir indício de delito cometido por uma autoridade com foro no STF, o
juiz deverá paralisar os atos de investigação e remeter todo o procedimento para o Tribunal. Cabe apenas ao próprio
tribunal ao qual toca o foro por prerrogativa de função promover, sempre que possível, o desmembramento de
inquérito e peças de investigação correspondentes, para manter sob sua jurisdição, em regra, apenas o que envolva
autoridade com prerrogativa de foro, segundo as circunstâncias de cada caso , RESSALVADAS as situações em que os
fatos se revelem de tal forma imbricados que a cisão por si só implique prejuízo a seu
 a) REGRA: O Tribunal do foro competente fará a CISÃO das Investigações para ficar apenas com
a parte relativa ao Agente que possui o Foro por Prerrogativa de Função.
 b) EXCEÇÃO: O Tribunal não poderá fazer a CISÃO das investigações quando tal CISÃO
implique em PREJUÍZO para o esclarecimento dos fatos.

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INQUÉRITO e INVESTIGAÇÕES
- TCO É substituto do IP - Quando o crime é de elevado potencial ofensivo - só usa TCO em crimes de menor potencial ofensivo.

♦ É constitucional norma estadual que prevê a possibilidade da lavratura de termos circunstanciados pela Polícia
Militar e pelo Corpo de Bombeiro Militar.
STF. Plenário. ADI 5637/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 11/3/2022 (Info 1046).
- A LEI 13.491/2017, trouxe alteração sobre os crimes militares. Antes da referida lei, para ser enquadrado como crime militar,
o fato, necessariamente precisaria estar no CPM. Com o advindo da nova lei, aplica-se a crimes comuns a competência militar,
quando correlacionada ao militar, passo que, crimes antecessores, também pode ser enquadrado com a nova lei, entretanto
deve-se garantir a lei mais branda ao tempo do crime.
- Oficialidade x oficiosidade
Oficialidade - Segundo este princípio, a pretensão punitiva do Estado deve se fazer valer por órgãos públicos, ou seja, a
autoridade policial, no caso do inquérito e o Ministério Público, no caso da ação penal pública.
oficiosidade - A autoridade policial e o Ministério Público, regra geral, tomando conhecimento da possível ocorrência de
um delito, deverão agir ex officio (daí o nome princípio da oficiosidade), não aguardando qualquer provocação.
- Embora inexista qualquer subordinação hierárquica entre o delegado de polícia, o promotor de Justiça e o juiz de
direito, o certo é que a requisição formulada por estes dois últimos possui um inequívoco caráter de ordem.
- O arquivamento de inquérito policial por excludente de ilicitude realizado com base em provas fraudadas não faz coisa
julgada material.

♦INSTAURAÇÃO DO IP
CRIMES de Ação Penal CONDICIONADA:
1) Representação da vítima ou do representante legal;
2) Requisição do Ministro da Justiça;
3) Requisição do juiz ou MP, desde que acompanhada da representação da vítima ou
da requisição do ministro da justiça;
4) Auto de prisão em flagrante, desde que instruído com representação da vítima.
CRIMES de ação penal publica INCONDICIONADA:
1) Ex officio ela autoridade policial, através de portaria;
2) Requisição do ministério público ou juiz;
3) Requerimento de qualquer do povo, não importando a vontade da vítima
4) Auto de prisão em flagrante
5) Requerimento da vítima ou do seu representante legal
CRIMES de Ação Penal PRIVADA:
1) Requerimento do ofendido ou representante legal;
2) Requisição do MP ou juiz, desde que acompanhada do requerimento do ofendido
ou de seu representante legal;
3) Auto de prisão em flagrante, desde que instruído com o requerimento da vítima ou
do representante legal.

♦diante de uma requisição da autoridade judiciária (juiz) ou do Ministério Público, o Delegado deverá instaurar o IP,
não podendo se recusar a cumpri-la, pois requisitar é sinônimo de exigir nos termos da Lei.
 Todavia, quando o requerimento de instauração de Inquérito for do ofendido, de forma verbal ou escrita, ou vier
a informação da
 ocorrência de crime de qualquer pessoa, o delegado poderá fazer o seu juízo de valor das informações antes
de determinar a abertura de Inquérito.

♦(...) Para que se possa saber qual é a autoridade jurisdicional competente para apreciar o habeas corpus objetivando o
trancamento da investigação, é de fundamental importância saber como o inquérito foi instaurado. Em outras palavras,
a competência para o julgamento do writ é determinada com base na autoridade coatora que determinou a
instauração das investigações. (...)Trecho retirado da obra de Renato Brasileiro

♦ ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO: AGORA CABE AO MP !!!


 O membro do Ministério Público opina pelo arquivamento do inquérito policial;
 Encaminham-se os autos para instância superior dentro do próprio Ministério Público;
 A vítima, o suspeito e a autoridade policial são intimados pelo MP para a comunicação do arquivamento do
inquérito;
 Há um prazo de 30 dias para que a vítima, ou o seu advogado, recorra do arquivamento caso discorde da
decisão;
 Se a vítima ou seu advogado não entrar com recurso, o processo é avaliado pela própria instância superior do MP.
PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
JUSTIÇA ESTADUAL: Preso (10) l Solto 30
JUSTIÇA FEDERAL: Preso (15 +15) l Solto 30
LEI DE TÓXICOS: Preso (30+30) l Solto (90 + 90)
INQUÉRITO MILITAR: Preso (20) l Solto (40 + 20)
CRIMES CONTRA ECONOMIA POPULAR: 10 improrrogável

♦ DADOS CADASTRAIS:
- MP ou Delegado;
- SEM autorização judicial;
- Para órgão público ou empresa privada;
- 24h para atenderem solicitação.

♦SINAIS DE LOCALIZAÇÃO:
- MP ou delegado;
- COM autorização judicial;
- Para órgão público ou empresa privada
- 72h para instaurar inquérito, contados da ocorrência policial;
- 30 dias é o tempo que as empresas vão fornecer os sinais, prorrogável por igual período;
- 12h juiz inerte, manda bala, pede direto para a empresa e só comunica o juiz depois, ou seja, SEM AUTORIZAÇÃO
JUDICIAL POR INÉRCIA DO JUIZ POR 12h.

♦ Diz-se “per relacionem” a técnica de fundamentação por meio da qual se faz remissão ou referência às alegações.
Entende-se legal tal técnica, quando da fundamentação obrigatória da dilação da interceptação telefônica. Ex:
Considerando que os fundamentos da sentença anterior são contemporâneos, tendo em vista que.... (Justificar porque
ainda é cabível aquela sentença ou fundamentos do MP), renovo a interceptação por mais 15 dias...

♦A suspeição de autoridade policial não é motivo de nulidade do processo, pois o inquérito é mera peça informativa,
de que se serve o Ministério Público para o início da ação penal. Assim, é inviável a anulação do processo penal por
alegada irregularidade no inquérito, pois, segundo jurisprudência firmada no STF, as nulidades processuais estão
relacionadas apenas a defeitos de ordem jurídica pelos quais são afetados os atos praticados ao longo da ação penal
condenatória. STF. 2ª Turma. RHC 131450/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 3/5/2016 (Info 824).
Notitia Criminis: É quando a autoridade policial toma conhecimento de fato
criminoso, por qualquer meio.

 IMEDIATA; (Atividades Rotineiras)


 MEDIATA; (Expediente Formal, ex.: requisição (manda fazer) do MP ou
requerimento(pede) do ofendido)
 COERCITIVA. (Prisão em Flagrante)

DELATIO CRIMINIS: Quando esta notícia de crime surge através de uma delação
formalizada por qualquer pessoa do povo

 SIMPLES; (Comunicação feita à polícia por qualquer do povo)


 POSTULATÓRIA; (Comunicação feita à polícia pela vítima) -
 INQUALIFICADA; (Comunicação anônima feita à polícia)

♦ o stf declarou inconstitucional a condução de investigado ou réu para interrogatório (art. 260 do cpp não foi
recepcionado pela cf).
contudo é plenamente válida a condução coercitiva de testemunhas!

♦ REPRODUÇÃO SIMULADA DOS FATOS > Decorre do direito à não autoincriminação (Nemo tenetur se detegere - direito de
não produzir provas contra si mesmo). Segundo doutrina majoritária, o imputado deverá comparecer, mas não
poderá ser obrigado a participar. Nenhum dos atos que exigem comportamento ATIVO (bafômetro, acareação,
reconstituição/ reprodução simulada dos fatos) podem ser objeto de imposição ao imputado (tão somente atos que
demandem comportamento passivo, como por exemplo, reconhecimento pessoal).

♦ -STF Info 1.045 - 2022: A desconformidade ao regime procedimental do art. 226 do CPP deve acarretar a nulidade do
ato e sua desconsideração para fins decisórios, justificando-se eventual condenação somente se houver elementos
independentes para superar a presunção de inocência.
 Distinguishing - STJ 733 - 2022: Apesar de haver reconhecimento sem as formalidades do art.
226, a condenação pode ser mantida se havia outras provas e a autoria delitiva não estava em
dúvida mesmo antes desse reconhecimento.
 Se a vítima é capaz de individualizar o autor do fato, de forma que não denota riscos de um
reconhecimento falho, é desnecessário instaurar o reconhecimento de pessoa - o procedimento
do art. 226 do CPP. → “quando houver necessidade” + prova de autoria não é tarifada pelo
CPP, podendo ser comprovada por outros meios.

♦ não é necessária a presença de advogado durante o interrogatório policial do réu. ♦ Não há nulidade na juntada
posterior de provas colhidas durante o inquérito, a defesa tem que se manifestar sobre elas antes da sentença.

♦ O Desarquivamento é competência exclusiva do MP. Não depende de autorização judicial.

♦CORPO DE DELITO - como o nome já diz é o objeto material onde tá a prova. Ex - arma do crime, corpo da vítima
lesionada.
- EXAME DE CORPO DE DELITO - é o exame em si feito pelo expert.
DAS PROVAS:
 PROVAS CAUTELARES: aquelas em que há um risco de desaparecimento pelo decurso do tempo, e por isso o
contraditório será diferido (ex.: interceptação telefônica). Em regra, dependem de autorização judicial;
 PROVAS NÃO REPETÍVEIS: uma vez produzida, não tem como ser novamente coletada ou produzida. Em regra,
não dependem de autorização judicial. Assim como nas provas cautelares, o contraditório também será diferido;
 PROVAS ANTECIPADAS: são produzidas com observância do contraditório real, perante a autoridade judicial, em
momento processual distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes do início do processo, em virtude
de urgência e relevância. Precisam de autorização judicial (ex.: depoimento “ad perpetuam rei memoriam”,
previsto no art. 225, do CPP.
INFORMATIVO 843 DO STF: Em regra, a busca em veículo é equiparada à busca pessoal e não precisa de mandado
judicial para a sua realização. A apreensão de documentos no interior de veículo automotor constitui uma espécie de
"busca pessoal" e, portanto, não necessita de autorização judicial quando houver fundada suspeita de que em seu
interior estão escondidos elementos necessários à elucidação dos fatos investigados. Exceção: será necessária
autorização judicial quando o veículo é destinado à habitação do indivíduo, como no caso de trailers, cabines de
caminhão, barcos, entre outros, quando, então, se inserem no conceito jurídico de domicílio. STF. 2ª Turma. RHC
117767/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 11/10/2016 (Info 843).

 Para que se reconheça a nulidade pela inobservância da regra do art. 400 do CPP (interrogatório como último ato
da instrução) é necessária a comprovação de prejuízo. (Ou seja, trata-se de uma nulidade relativa). STJ. 3ª Seção.
RvCr n. 5.663/DF, relator Ministro Joel Illan Paciornik, julgado em 11/5/2022.
 Não há nulidade pelo de o juiz não aceitar o rol de testemunhas apresentado pela defesa fora da fase estabelecida
no art. 396-A do CPP. (Ou seja, não configura cerceamento de defesa o indeferimento da
apresentação extemporânea do rol de testemunhas). STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 161.330-RS, Rel. Min. Reynaldo
Soares da Fonseca, julgado em 05/04/2022 (Info 738).
 As empresas de tecnologia que operam aplicações de internet no Brasil sujeitam-se à jurisdição nacional e, como
tal, devem cumprir as determinações das autoridades nacionais do Poder Judiciário — inclusive as requisições
feitas diretamente — quanto ao fornecimento de dados eletrônicos para a elucidação de investigações
criminais, ainda que parte de seus armazenamentos esteja em servidores localizados em países estrangeiros. STF.
Plenário. ADC 51/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 23/2/2023 (Info 1084).

♦ Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de ofício ou a pedido fundamentado de
qualquer das partes.

♦Lei 8.625/93
Art. 41 Parágrafo único. Quando no curso de investigação, houver indício da prática de infração penal por parte de
membro do Ministério Público, a autoridade policial, civil ou militar remeterá, imediatamente, sob pena de
responsabilidade, os respectivos autos ao Procurador-Geral de Justiça, a quem competirá dar prosseguimento à
apuração. (há a prerrogativa do magistrado também).

♦ STANDARD PROBATÓRIO:
Podemos definir como os critérios para aferir a suficiência probatória, o "quanto" de prova é necessário para proferir
uma decisão, o grau de confirmação da hipótese acusatória. É o preenchimento desse critério de suficiência que legítima
a decisão. O standard é preenchido, atingido, quando o grau de confirmação alcança o padrão adotado.
 Não há previsão legal, mas vem sendo adotado pelos Tribunais Superiores.
 No momento do recebimento da denúncia o standard probatório é menos rigoroso - o que categoricamente
impede, mormente nesta análise de cognição sumária, sobrepor-se à jurisdição de primeiro grau e, em substituição
ao juízo competente para a instrução e julgamento do feito, reconhecer prontamente a ausência de elementos de
autoria. STJ. 6ª Turma. RHC 617.542/MG, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 22/03/2022.
TEMAS SOBRE INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA:
 Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer das seguintes
hipóteses:
 I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
 II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
 III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.
 É legítima a prova obtida por meio de interceptação telefônica para apuração de delito punido com detenção, se
conexo com outro crime apenado com reclusão (STJ).
 A interceptação das comunicações telefônicas poderá ser determinada pelo juiz:
 por ofício;
 por requerimento:
 da autoridade policia ⇨ na investigação criminal;
 do representante do Ministério Público ⇨ na investigação criminal e na instrução processual penal.

CADEIA DE CUSTÓDIA:

♦ “a quebra da cadeia de custódia não significa, de forma absoluta, a inutilidade da prova colhida. É preciso não se
esquecer que a cadeia de custódia existe não para provar algo, mas para garantir uma maior segurança – dentro do
possível – à colheita, ao armazenamento e à análise pericial da prova [...]. Desta forma, a análise do elemento coletado e
periciado, se houver quebra dos procedimentos de cadeia de custódia, interferirá apenas e tão somente na valoração
dessa prova pelo julgador”. (Manual de Processo Penal. Salvador: Juspodivm, 2021, p. 754).
===================================================================================================
DA AÇÃO PENAL Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoalmente ou por procurador com poderes
especiais, mediante declaração, escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autoridade policial.

♦ Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.

♦ Ação Penal pública condicionada a representação:


 Cabe Retratação até oferecimento da denúncia
 Cabe Retratação da retratação desde que dentro do prazo decadencial de 6 meses, contado da data em que seja
sabido o autor do crime.

♦ Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto de prisão em flagrante ou por meio de portaria
expedida pela autoridade judiciária ou policial.

♦ Súmula 714-STF: É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à
representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de
suas funções.

♦ Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
I – Quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias
seguidos;
II – Quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir
no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo;
III – quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva
estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV – quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.

♦ Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de
necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
♦Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá ser proposta quando não tiver sido,
categoricamente, reconhecida a inexistência material do fato.

♦ Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:


I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;
II - a decisão que julgar extinta a punibilidade;
III - a sentença absolutória que decidir que o fato imputado não constitui crime.

♦ O recebimento do aditamento da denúncia que traz modificação fática substancial enseja a interrupção da
prescrição. Precedentes.

♦Emendatio libelli : Art. 383 do CPP. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá
atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de aplicar pena mais grave.

♦ O juiz estará IMPEDIDO quando houver circuntâncias que envolve ele dentro do processo. (TIVER FUNCIONANDO/
ELE PRÓPRIO.)
Art. 252. O juiz não poderá exercer jurisdição no processo em que:
I - tiver funcionado seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive, como defensor ou advogado, órgão do Ministério Público, autoridade policial,
auxiliar da justiça ou perito;
II - ele próprio houver desempenhado qualquer dessas funções ou servido como testemunha;
III - tiver funcionado como juiz de outra instância, pronunciando-se, de fato ou de direito, sobre a
questão;
IV - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consangüíneo ou afim em linha reta ou colateral até o
terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.
o juiz se da por SUSPEITO quando houver circuntâncias fora do processo. (SE FOR, SE ELE, SE TIVER, SE FOR)
Art. 254. O juiz dar-se-á por suspeito, e, se não o fizer, poderá ser recusado por qualquer das partes:
I - se for amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer deles;
II - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, estiver respondendo a processo por fato análogo,
sobre cujo caráter criminoso haja controvérsia;
III - se ele, seu cônjuge, ou parente, consangüíneo, ou afim, até o terceiro grau, inclusive, sustentar
demanda ou responder a processo que tenha de ser julgado por qualquer das partes;
IV - se tiver aconselhado qualquer das partes;
V - se for credor ou devedor, tutor ou curador, de qualquer das partes;
Vl - se for sócio, acionista ou administrador de sociedade interessada no processo.

 ♦STF: A proibição de um réu foragido participar de audiência virtual não implica renúncia tácita ao direito de
participar do ato. O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar em habeas corpus
para que um acusado não sofra tal restrição imposta pelo juízo da causa. HC 214.916/SP.
DIVERGÊNCIA ENTRE STF x STJ
 STJ: A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça reconheceu a impossibilidade de participação, em
audiência virtual, de réu que está foragido. Argumentou-se que "não é lícito à parte argumentar em favor
do reconhecimento de um vício para obter benefício contrário ao ordenamento jurídico, que, neste caso, é o de continuar
se furtando ao cumprimento da prisão preventiva, sob pena de violação ao princípio de que ninguém pode se beneficiar
da própria torpeza (nemo auditur propriam turpitudinem allegans)." HC 761.853/SP.

♦ CONTRAVENÇÕES PENAIS:
Súmula 38 - STJ: Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção
penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades.
É de competência da justiça comum estadual o julgamento de contravenções penais, mesmo que conexas com crimes de
competência da justiça comum federal de primeiro grau.
Atenção: Quem processa e julga as contravenções praticadas contra a União, Autarquia e Empresa Pública
Federal? Serão julgadas pela Justiça ESTADUAL, sempre, mesmo que conexas com crime de competência da federal,
conforme art. 109, IV da CF.
Exceção: contravenção praticada por agente com foro por prerrogativa de função. A contravenção então poderá ser
julgada na justiça federal. Ex.: Juiz federal → TRF.
ANPP 13.964: sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá
propor acordo: por escrito e precisa de defensor (obrigatoriamente).
*(A Lei exige a manifestação do Ministério Público, mas não condiciona a celebração do acordo pelo Delegado à autorização
do Parquet. – OU SEJA DELEGADO PODE PROPOR! jurisprudência).
♦Precisa das condições para o estabelecimento cumulativa e alternativamente:
1. reparar o dano ou restituir a coisa à vítima...,
2. renunciar voluntariamente a bens e direitos...,
3. prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas...,
4. pagar prestação pecuniária...,
5. cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público...

♦ - NÃO se aplica o ANPP nas seguintes hipóteses

 I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei (cai muito);
 II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual,
reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;
 III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não
persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo;
 IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por
razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.

 ♦Será formalizado por escrito (Juiz aqui só celebra, porém poderá recursar por falta de requisitos legais); Competência
do cumprimento do juiz da execução;

♦ § 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes criminais

♦ - RECUSA DO MP - § 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução penal, o
investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior (MP)
♦ Súmula Vinculante 14 É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova
que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
Logo, não altera a característica inquisitorial do IP

♦ Nos termos do que decidiu o STJ no RHC nº 102.381/BA, o Ministério Público não possui legitimidade para ofertar o
ANPP em ações penais privadas.

♦RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL PENAL. TRÁFICO ILÍCITO DE DROGAS. BUSCA PESSOAL. REQUISITOS DO ART. 244 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. AUSÊNCIA DE
FUNDADA SUSPEITA. ABORDAGEM EM VIA PÚBLICA MOTIVADA APENAS POR IMPRESSÃO DE NERVOSISMO. ILICITUDE DAS PROVAS OBTIDAS. ABSOLVIÇÃO. RECURSO
ESPECIAL PROVIDO.1.
A percepção de nervosismo do averiguado por parte de agentes públicos é dotada de excesso de
subjetivismo e, por isso, não é suficiente para caracterizar a fundada suspeita para fins de busca pessoal, medida
invasiva que exige mais do que mera desconfiança fundada em elementos intuitivos.
3. À falta de dados concretos indicativos de fundada suspeita, deve ser considerada nula a busca pessoal
amparada na impressão de nervosismo do Acusado por parte dos agentes públicos.
4. Recurso especial provido, a fim de anular as provas obtidas ilicitamente, bem como as provas delas
decorrentes e, em consequência, absolver o Recorrente, nos termos do art. 386, inciso II, do Código de Processo
Penal. (REsp n. 1.961.459/SP, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado em 5/4/2022, DJe de 8/4/2022.)

♦DOSIMETRIA DA PENA:
Na aplicação da pena, adota-se o critério trifásico, assim temos que:
 1ª fase – circunstâncias judiciais – NÃO pode ultrapassar a pena-base.
 2ª fase – atenuantes e agravantes – NÃO pode ultrapassar a pena-base.
 3ª fase – causas de aumento e diminuição – PODE ir AQUÉM da pena mínima ou ALÉM da pena máxima.
Concurso de causas de aumento:
 Causas de aumento parte geral: o juiz deve aplicar as duas, observando o princípio da incidência isolada, ou
seja, o segundo aumento recai sobre a pena precedente e não sobre a pena já aumentada.
 Causas de aumento parte especial: quando previstas na parte especial, o artigo 68, paragrafo único do CP
anuncia: "No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se
a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua"
Súmula 443 do STJ: O aumento na terceira fase de aplicação da pena no crime de roubo circunstanciado exige
fundamentação concreta, não sendo suficiente para a sua exasperação a mera indicação do número de majorantes.

===================================================================================================
GERAL Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a INEXISTÊNCIA de conexão necessária entre o delito de
organização criminosa e os demais eventualmente praticados no seu contexto, permitindo a tramitação
concomitante das respectivas propostas acusatórias perante juízos distintos e atestando a não ocorrência, em tais
hipóteses, do vedado bis in idem.” (ou seja, não e preciso que haja a conexão direta e necessária, bastando a prática de
um ato)

♦ 1. O oferecimento de denúncia pelo delito de roubo, com base em fato pelo qual o denunciado já foi denunciado e
condenado por crime de receptação, constitui violação ao princípio non bis in idem e abuso do direito de denunciar, o
qual deve ser prontamente coibido pelo judiciário. (Ex: joão foi condenado por receptação, entretanto, posteriormente,
apareceu provas de que ele foi o autor do roubo. Não pode mais ser condenado por roubo!)

♦ Ministério Público: Em matéria penal, NÃO possui prazo recursal em dobro. Em matéria cível tem prazo em dobro
para contestar e em dobro para recorrer.
- Defensoria Pública: Em matéria penal, possui prazo recursal em dobro. Em matéria cível tem prazo em dobro para
contestar e recorrer.

♦ Segundo a orientação firmada por esta corte, é ADMISSÍVEL a utilização de medida cautelar inonimada para atribuir efeito
suspensivo a recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público contra decisão que revogou a prisão preventiva.”

♦ CPP. Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de
infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá
propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime,
mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:

♦ O direito processual brasileiro adota o sistema do isolamento dos atos processuais, de maneira que, se uma lei
processual penal passa a vigorar estando o processo em curso, ela será imediatamente aplicada, sem prejuízo dos atos já
realizados sob a vigência da lei anterior. OBS: no curso de uma ação penal, nova lei processual extinga com um
recurso que era exclusivo da defesa, antes da prolação da decisão anteriormente recorrível. (aqui também se aplica
desde logo o novo ato processual). Porém, a doutrina aponta que, se for um ato MISTO, tal qual junção de uma LEI e um
ATO processual e, se – a lei anterior for mais benéfica, deve prevalecer a 1, fazendo uma dicotomia.

"Por unanimidade, a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que
a Lei Maria da Penha se aplica aos casos de violência doméstica ou familiar contra
MULHERES TRANSEXUAIS. Considerando que, para efeito de incidência da lei, mulher
trans é mulher também, o colegiado deu provimento a recurso do Ministério Público
de São Paulo e determinou a aplicação das medidas protetivas requeridas por uma
transexual, nos termos do , após ela sofrer agressões do seu pai na residência da
família.

"Este julgamento versa sobre a vulnerabilidade de uma categoria de seres humanos,


que NÃO PODE SER RESUMIDA À OBJETIVIDADE DE UMA CIÊNCIA EXATA. As
existências e as relações humanas são complexas, e o direito não se deve alicerçar em
discursos rasos, simplistas e reducionistas, especialmente nestes tempos de
naturalização de falas de ódio contra minorias", afirmou o relator, ministro Rogerio
Schietti Cruz."
https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias/05042022-Lei-Maria-da-
Penha-e-aplicavel-a-violencia-contra-mulher-trans--decide-Sexta-Turma.aspx

- Hipóteses em que os prazos no processo penal não correrão (art. 798, §4º do CPP):
 Impedimento do juiz
 Força maior
 Obstáculo judicial oposto pela parte CONTRÁRIA (não é pelo MP)
-

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