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dizerodireito.com.br/2019/11/lei-de-abuso-de-autoridade-parte-2.html
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo
razoável, deixar de:
CRIME DO CAPUT
Sujeito ativo
Sujeito passivo
Elemento subjetivo
Consumação
Desse modo, imagine que o juiz decreta a prisão mesmo sendo manifestamente descabida.
Antes que a providência seja cumprida, o indivíduo consegue do Tribunal uma ordem em
habeas corpus cassando a decisão de 1ª instância. Em tese, o crime estará consumado
mesmo não tendo havido a efetiva condução coercitiva.
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Como a pena mínima é igual a 1 ano, cabe suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei
nº 9.099/95).
Segundo o art. 310 do CPP, o juiz, ao receber o auto de prisão em flagrante, deverá,
fundamentadamente:
Os incisos I e II do parágrafo único do art. 9º têm por objetivo principal punir o magistrado
que, dentro de prazo razoável, deixa de dar cumprimento adequado ao art. 310 do CPP.
Inciso I
É o caso, por exemplo, em que o juiz recebe o auto de prisão em flagrante e constata que o
indivíduo foi preso por conta de um fato atípico ou percebe que não havia situação de
flagrância. Nestas hipóteses, exemplificativas, cabe ao juiz relaxar a prisão do indivíduo,
colocando-o em liberdade, salvo se houver algum outro motivo para o cárcere.
Inciso II
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Prisão preventiva é uma espécie de prisão de natureza cautelar, decretada na fase das
investigações ou durante a ação penal, desde que presentes os pressupostos e requisitos
previstos nos arts. 312 e 313 do CPP.
Ocorre que a prisão preventiva é uma medida extrema e somente deve ser decretada (ou
mantida) se não couber nenhuma outra medida cautelar. A prisão é a última das medidas
cautelares que deverá ser adotada. Assim, somente será determinada a prisão quando não
for cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 282, § 6º do CPP).
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para
informar e justificar atividades;
III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias
relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou
grave ameaça, quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do
Código Penal) e houver risco de reiteração;
VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do
processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à
ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.
Inciso III
Este inciso III é extremamente amplo. Isso porque ele não se limita aos casos de prisão em
flagrante. Na verdade, não se restringe nem mesmo aos casos de prisão.
Explico. No Brasil, o habeas corpus apresenta uma feição bem ampla, sendo cabível mesmo
quando o paciente não está preso e mesmo quando ato impugnado não implicar risco
imediato de prisão.
Cabe habeas corpus mesmo nas hipóteses que não envolvem risco imediato de prisão,
como na análise da licitude de determinada prova ou no pedido para que a defesa
apresente por último as alegações finais, se houver a possibilidade de condenação do
paciente. Isso porque neste caso a discussão envolve liberdade de ir e vir.
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STF. 2ª Turma. HC 157627 AgR/PR, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 27/8/2019 (Info 949).
Assim, o inciso III do parágrafo único do art. 9º pune, em suma, a demora no julgamento do
habeas corpus.
Vale relembrar que, apesar de ser mais comum a impetração de habeas corpus nos
Tribunais, existe também a possibilidade de o juízo de 1ª instância julgar habeas corpus. É o
caso, por exemplo, em que o impetrante questiona um ato do Delegado de Polícia.
A grande dúvida e polêmica envolvendo este tipo penal diz respeito ao conceito de “prazo
razoável”. Trata-se de conceito aberto que deverá ser analisado com base nas
peculiaridades do caso concreto.
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