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Ordem judicial
A prisão preventiva somente pode ser decretada por ordem judicial – mandado expedido por
juiz competente – art. 5º, LXI, da CF.
Não pode, no entanto o juiz decretá-la de ofício. De acordo com o que dispõe o art. 311 do
CPP, deve haver requerimento do MP, do querelante, do assistente de acusação ou representação da
autoridade policial.
Pode ser decretada em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal.
Se o problema mencionar que o juiz decretou a prisão preventiva de ofício, essa prisão é
ILEGAL – deve ser relaxada!!
Pressupostos
A prisão preventiva somente pode ser decretada quando presentes os pressupostos
presentes nos arts. 312 e 313 do CPP:
Necessidade/adequação
Além de observar os requisitos determinados pelo art. 312 do CPP e s condições de
admissibilidade previstas no art. 313, o juiz deve se pautar no binômio necessidade/adequação
determinado pelo art. 282 do CPP.
Isso quer dizer que a prisão preventiva somente terá cabimento quando demonstrada sua
real necessidade e adequação ao caso, ou seja, quando não couber outro tipo de medida restritiva
como a liberdade provisória com imposição de medidas cautelares.
Fundamentação
A decisão que determina a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada. É o que
dispõe o art. 315 do CPP. O mesmo artigo determina como deve ser fundamentada a decisão:
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e
fundamentada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá
indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da
medida adotada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou
acórdão, que: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com
a causa ou a questão decidida; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no
caso; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos
determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019)
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem
demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
A decisão que não atender ao disposto no art. 315 será considerada nula, nos termos do art.
564, V, do CPP.
Se o problema mencionar uma decisão eivada de nulidade, a prisão será ilegal e deverá ser
relaxada.
Prazo
Diferente da prisão temporária, a preventiva não tem prazo de duração determinado,
podendo durar o tempo do processo.
No entanto, conforme dispõe o art. 316, p. único, decretada a prisão preventiva, deverá o
órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias,
mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal.
Revogação da prisão preventiva
Requerimento a ser feito quando a prisão preventiva for legal, mas não mais
subsistirem os motivos que a ensejaram.
Por exemplo, nos casos em que se determina a prisão preventiva para
conveniência da instrução criminal em razão de o réu estar ameaçando
testemunhas. Superada a instrução processual, ouvidas as testemunhas, a
motivação da prisão deixa de existir. Caberá o pedido de revogação da prisão
preventiva.
O pedido deve ser direcionado ao Juiz de Direito e fundamentado nos artigos
316 e 282, §5º do CPP.
Pode ser requerido ao juiz que imponha medidas cautelares diversas da
prisão, com fundamento no art. 319 do CPP.
REVOGAÇÃO
RELAXAMENTO
Prisão Legal
Não subsistem os Prisão
motivos que a Ilegal
decretaram
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da... Vara Criminal da Comarca de.... (competência
estadual e crimes comuns).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da... Vara do Júri da Comarca de... (competência
estadual e crimes dolosos contra a vida).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais
da Capital. (somente na capital/SP – fase de inquérito policial – crimes comuns)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da... Vara Criminal da Subseção Judiciária de.../...
(competência federal e crimes comuns).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da... Vara do Júri da Subseção Judiciária de.../...
(competência federal e crimes dolosos contra a vida).
DOS FATOS
Narrar os acontecimentos contidos no problema, sem
inventar nenhum dado. Também não é aconselhável copiar o problema.
DO DIREITO
A defesa, segura do conhecimento de Vossa Excelência e
certa de que nenhum detalhe escapará da análise criteriosa dos autos em apreço, vem aduzir os
argumentos que demonstram a ilegalidade da prisão e que, por consequência, autorizam sua
revogação.
Desenvolver o raciocínio, demonstrando que cessaram
os motivos que ensejaram a prisão preventiva; fazer referência às medidas cautelares (arts.
282 e 319 do CPP).
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, digne-se
determinar:
A revogação da prisão preventiva, a fim de que possa o
requerente responder em liberdade a eventual processo;
A expedição do competente alvará de soltura;
A aplicação de medida cautelar, se entender necessário;
Vista ao Ministério Público.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local..., data...
___________________________
Advogado... – OAB/... nº....
MODELO DE REQUERIMENTO DE RELAXAMENTO DA PRISÃO PREVENTIVA
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da... Vara Criminal da Comarca de.... (competência
estadual e crimes comuns).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da... Vara do Júri da Comarca de... (competência
estadual e crimes dolosos contra a vida).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Corregedor do Departamento de Inquéritos Policiais
da Capital. (somente na capital/SP – fase de inquérito policial – crimes comuns)
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da... Vara Criminal da Subseção Judiciária de.../...
(competência federal e crimes comuns).
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal da... Vara do Júri da Subseção Judiciária de.../...
(competência federal e crimes dolosos contra a vida).
DOS FATOS
Narrar os acontecimentos contidos no problema, sem
inventar nenhum dado. Também não é aconselhável copiar o problema.
DO DIREITO
A defesa, segura do conhecimento de Vossa Excelência e
certa de que nenhum detalhe escapará da análise criteriosa dos autos em apreço, vem aduzir os
argumentos que demonstram a ilegalidade da prisão e que, por consequência, autorizam seu
relaxamento.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, digne-se
determinar:
Termos em que,
Pede deferimento.
Local..., data...
___________________________
Advogado... – OAB/... nº....