Você está na página 1de 14

PRAZO PARA CONCLUSÃO DO INQUÉRITO ESTANDO O RÉU PRESO

→ 10 dias preso (improrrogável - doutrina)**; 30 dias solto (podendo ser prorrogado


por deliberação judicial). Sendo o caso de gravidade e complexidade do fato
investigado, poderá haver a prolongação da investigação, a quantidade de
prorrogações e o tempo dependerão do que o juiz decidir.

 ATENÇÃO PARA A MODIFICAÇÃO IMPOSTA PELO PACOTE ANTICRIME:

ART.3-B, § 2º Se o investigado estiver PRESO**, o juiz das garantias PODERÁ,


MEDIANTE REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL E OUVIDO O MINISTÉRIO
PÚBLICO, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 dias, após o
que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente
relaxada.

NÃO PRECISA SEQUER DE ALVARÁ DE SOLTURA, tendo em vista que a Prisão


temporária é decretada com prazo previamente estipulado.

Prisão temporária: THERESA G SETE: somente durante o Inquérito Policial

Tráfico de drogas

Homicídio doloso

Extorsão e extorsão mediante sequestro

Roubo

Estupro

Sequestro ou cárcere privado

Associação criminosa (antiga quadrilha ou bando)

Genocídio

Crimes contra Sistema financeiro

Envenenamento de água, substancia alimentícia ou medicinal com morte

Terrorismo

Epidemia com morte

PRISÃO TEMPORÁRIA

 Em regra, o prazo é 5 dias prorrogável por mais 5.


 Decretação somente por provocação: requerimento do MP ou
representação do delegado (o juiz precisa decidir em 24 horas do
recebimento da representação)
 Cabível apenas na fase investigatória
 Não pode ser decretada nas infrações de menor potencial ofensivo.
 SÓ OCORRE NO INQUÉRITO POLICIAL – FASE PRÉ PROCESSUAL.
 Roll é taxativo.

A imposição de requisitos mais rigorosos para a decretação da prisão


temporária. Assim, só caberá a medida extrema quando, além dos requisitos
previstos em lei, ocorre CUMULATIVAMENTE:

1) for imprescindível para as investigações do inquérito policial, constatada a


partir de elementos concretos, e não meras conjecturas, vedada a sua utilização
como prisão para averiguações, ou quando fundada no mero fato de o
representado não possuir residência fixa;

2) houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado, vedada a


analogia ou a interpretação;

3) for justificada em fatos novos ou contemporâneos que fundamentem a


medida;

4) a medida for adequada à gravidade concreta do crime, às circunstâncias do fato e


às condições pessoais do indiciado;

5) não for suficiente a imposição de medidas cautelares diversas.

6) NÃO TER RESIDÊNCIA FIXA OU NÃO FORNECER ELEMENTOS NECESSÁRIOS AO


ESCLARECIMENTO DE SUA IDENTIDADE, POR SI SÓ, NÃO É SUFICIENTE PARA
EMBASAR A PRISÃO TEMPORÁRIA.

7) Se for CRIME HEDIONDO OU EQUIPARADO: 30 dias (prorrogáveis por mais 30,


desde que fundamentadamente).

8) O querelante e o assistente de acusação não foram contemplados como


legitimados a provocar o juiz.

9) o mandado prisional é expedido em duas vias, sendo que uma serve de nota
de culpa para o preso. (na preventiva também).

10) A temporária se autorevoga pelo decurso do tempo, sendo que a libertação


do sujeito independe de alvará de soltura.

SOBRE FIANÇA, não esqueçam:

Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração
cuja pena privativa de liberdade máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao juiz, que decidirá em
48 (quarenta e oito) horas.

exceção: o ofensor que desrespeita medida a ele imposta, comete o crime tipificado
no artigo 24-A da Lei Maria da Penha e está sujeito a pena de 3 meses a 2 anos de
detenção. O Juiz também arbitra a fiança.

QUEBRA: quando ocorre o descumprimento injustificados de algum dos deveres, cabe


RESE;

PERDA: ocorre quando ocorrido o trânsito, o condenado vem frustrar a efetiva


punição, negando-se ou evadindo-se p/ n cumprir a pena, fugindo da autoridade
policial, cabe RESE com efeito suspensivo.

CASSAÇÃO: esta ocorre quando for concedida por equívoco, ocorra uma nova
tipificação do delito para infração inafiançável; se houver aditamento da inicial
acusatória e, com isso, a soma das penas mínimas ultrapassar o mín legal de 2 anos,
deve haver a cassação. Cabe RESE sem efeito suspensivo

Consoante dispõe o artigo 334, do CPP, a fiança poderá ser arbitrada em qualquer
fase do processo, enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória.

O valor será perdido na totalidade se o condenado não se apresentar para início do


cumprimento da pena definitivamente imposta. Não cabe a perda total da fiança
em prisão cautelar ou provisória.

O arbitramento de fiança, tanto na esfera policial quanto na concedida pelo


competente juízo, independe de prévia manifestação do representante do MP

Não dispondo, de recursos para pagar a fiança arbitrada, é caso de se dispensá-lo


dessa, impondo-lhe medidas cautelares diversas que se façam necessárias.

REFORÇO

I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;

II - quando houver depreciação material ou perecimento dos bens hipotecados ou


caucionados, ou depreciação dos metais ou pedras preciosas;

III - quando for inovada a classificação do delito.

 Consequências:

→ SE não for reforçada: A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido à prisão.

→ os valores dados em garantia serão devolvidos a quem os prestou.

→ impugnável por RESE.


QUEBRA DA FIANÇA:

 Descumprimento de obrigação imposta;


 perda da METADE DA FIANÇA.
 Sanção processual aplicada pelo poder judiciário;
 Consequências (art. 343 do CPP): a) perda da metade do valor da fiança, b)
imposição de outra medida cautelar ou prisão preventiva, c) impossibilidade,
naquele mesmo processo, de nova prestação de fiança (art. 324, I, CPP).
 A decisão pela quebra da fiança, sendo interlocutória, comporta recurso em
sentido estrito (art. 581, VII, CPP)

PERDA DA FIANÇA:

 acusado condenado e intimado que não se apresenta.


 Ocorre quando transitada em julgado a sentença condenatória que imprima
ao réu pena privativa de liberdade, independentemente do regime, se
fechado, aberto ou semiaberto, o condenado terá que se recolher ao cárcere
para iniciar o cumprimento da pena.
 A decisão que decreta a perda, privativa do juiz, comporta recurso em
sentido estrito (art. 581, VII, CPP)
 PERDA TOTAL DA FIANÇA

Impeditivos legais da fiança concedida pelo Delta:

-Terrorismo

-Tráfico ilícito de entorpecentes

-Tortura

-Racismo

-Ação de grupos armados.

A CF promoveu a vedação da fiança aos crimes: racismo (injúria racial); hediondos e


equiparados; ação de grupos armados – em que pese inafiançáveis, a CF não vedou a
liberdade provisória sem fiança. Portanto, a concessão de liberdade provisória
independe se o crime for afiançável ou não.

Fiança concedida pelo Juiz:


Crimes cuja pena seja superior a 4 anos.

1º Ressalva: independente do quantum, o juiz pode estipular ou não a fiança.

2º Ressalva: No caso de descumprimento de medida protetiva, apenas o juiz poderá


conceder fiança.

Não pode ser concedido nova fiança:

ü Quebra de fiança

ü Prisão civil e militar

ü Presente os motivos da prisão preventiva.

Após o auto de prisão em Flagrante será tomada as seguintes PROVIDÊNCIAS:

1. comunicação imediata ao juiz/ mp/ família ou pessoa por ele indicada;


2. remessa do APF em 24 horas para o juízo competente;
3. remessa em 24 horas para a Defensoria P. caso o sujeito não indique
advogado;
4. entregar nota de culpa ao sujeito em 24 horas;
5. decisão judicial sobre fiança em 48 HORAS.

Considerando que a prisão em flagrante é espécie de prisão provisória (ou


cautelar), dispensa a existência de mandado judicial para sua efetivação e o
condutor, ao entregar o preso à autoridade competente, deve exigir o recibo de
entrega do preso.

Art. 306, § 2º No mesmo prazo [24 (vinte e quatro) horas], será entregue ao preso,
mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da
prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.

 Do auto lavrado deve constar a informação sobre a existência de filhos,


idade e se possuem deficiência, bem como o nome e contato do
responsável por cuidar dos filhos, indicado pela pessoa presa.
 Espécies de flagrante:
 FLAGRANTE PRÓPRIO/PERFEITO: Está cometendo/acaba de cometer a
infração
 FLAGRANTE IMPRÓPRIO/IMPERFEITO/QUASE
FLAGRANTE/IRREAL: Perseguido após cometer infração
 FLAGRANTE PRESUMIDO/FICTO /ASSIMILADO: Encontrado com
instrumentos, armas e objetos.
 FLAGRANTE PREPARADO/PROVOCADO: A autoridade instiga o infrator a
cometer o crime, criando a situação para que ele cometa o delito e seja preso
em flagrante. É crime impossível (Súmula 145 do STF).
 FLAGRANTE FORJADO/URDIDO: O fato é simulado pela autoridade
para incriminar falsamente alguém. Ex.: Policial coloca droga no bolso da
vítima. A doutrina se divide, sobre a incidência em: Denunciação caluniosa ou
abuso de autoridade.
 FLAGRANTE ESPERADO: A autoridade policial toma conhecimento de que será
praticada uma infração penal e se desloca para o local onde o crime
acontecerá. Ex.: Campana policial.
 FLAGRANTE DIFERIDO: A autoridade policial deixa de realizar a intervenção no
ilícito praticado para em momento posterior realizá-la, quando julgar mais
proveitosa à persecução penal.

RESUMO SOBRE PRISÃO PREVENTIVA:

-Juiz não pode decretar de Oficio.

Se o juiz decretar a prisão preventiva de ofício:

· Regra: a prisão deverá ser relaxada por se tratar de prisão ilegal.

· Exceção: se, após a decretação, a autoridade policial ou o Ministério Público


requererem a manutenção da prisão, o vício de ilegalidade que maculava a
custódia é suprido (convalidado) e a prisão não será relaxada. Foi o que decidiu a
5ª Turma do STJ:

O posterior requerimento da autoridade policial pela segregação cautelar ou


manifestação do Ministério Público favorável à prisão preventiva suprem o vício
da inobservância da formalidade de prévio requerimento. STJ. 5ª Turma.

-Poderá ser decretada como garantia da ordem pública;

-Da ordem econômica;

-Por conveniência da instrução criminal;

-Para assegurar a aplicação da lei penal;

-Quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de


perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado.

Será admitida a decretação da prisão preventiva:

I - nos crimes \dolosos\ punidos com pena privativa de liberdade máxima


superior a 4 (quatro) anos;

II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em


julgado,
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança,
adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução
das medidas protetivas de urgência;

IV- Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a
identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes
para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade
após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da
medida.

–––>> Necessidade de reavaliação da prisão preventiva a cada 90 dias.

Quando o acusado encontrar-se foragido, não há o dever de revisão ex officio da


prisão preventiva, a cada 90 dias, exigida pelo art. 316, parágrafo único, do
Código de Processo Penal.

O transcurso do prazo previsto no parágrafo único do art. 316 do Código de


Processo Penal não acarreta, automaticamente, a revogação da prisão
preventiva e, consequentemente, a concessão de liberdade provisória. STF.
Plenário. ADI 6581/DF e ADI 6582/DF, Rel. Min. Edson Fachin, redator do acórdão Min.
Alexandre de Moraes, julgados em 8/3/2022 (Info 1046).

NÃO CABE A PRISÃO PREVENTIVA nos seguintes casos:

- Contravenções penais;

- Crimes culposos; (algumas bancas entendem e cobram dessa forma)

- Quando o acusado tiver agido acobertado por uma excludente da ilicitude.

- Diante da simples gravidade do crime;

- Diante do clamor público ou da simples revolta ou repulsa social.

Segundo o STJ, a decretação de prisão preventiva deve observar PRINCÍPIO DA


CONTEMPORANEIDADE, de modo que “a decisão judicial deve apoiar-se em motivos
e fundamentos concretos, relativos a fatos novos ou contemporâneos, dos quais se
possa extrair o perigo que a liberdade plena do investigado ou réu representa
para os meios ou os fins do processo penal (arts. 312 e 315 do CPP)”.

A contemporaneidade diz respeito aos motivos ensejadores da


PRISÃO PREVENTIVA e não ao momento da prática supostamente criminosa em si,
ou seja, é desimportante que o fato ilícito tenha sido praticado há lapso temporal
longínquo, sendo necessária, no entanto, a efetiva demonstração de que, mesmo
com o transcurso de tal período, continuam presentes os requisitos (i) do risco à
ordem pública ou (ii) à ordem econômica, (iii) da conveniência da instrução ou, ainda,
(iv) da necessidade de assegurar a aplicação da lei penal.
O RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA DO COAF PODE SER USADO PARA
DEMONSTRAR A CONTEMPORANEIDADE DA PRISÃO PROVISÓRIA. (STJ)

EM SENTIDO CONTRÁRIO: PARA BUSCA e APREENSÃO NÃO REQUER


CONTEMPORANEIDADE: Aqui, a Corte (STJ) afastou tal requisito, pois a referida
medida se insere na qualidade de cautelar de natureza REAL (e não
pessoal). Especificamente, ela se encontra disciplinada no Capítulo XI do Título
VII, intitulado "Da Prova" e, lá, constam requisitos próprios da referida
diligência, dentre os quais NÃO SE VERIFICA a necessidade de
contemporaneidade.

NÃO se pode decretar a preventiva do autor de contravenção penal, mesmo que


ele tenha praticado o fato no âmbito da violência doméstica e mesmo que tenha
descumprido medida protetiva a ele imposta.

A prisão temporária somente pode ser decretada para investigar um dos delitos
taxativamente elencados na Lei.

O interrogatório judicial é obrigatória a presença do defensor, sendo causa de


nulidade absoluta,

Já o interrogatório do investigado ( ou seja, no curso do inquérito policial), a


presença do defensor é facultativa.

O STF decidiu que a decretação de prisão temporária somente é cabível quando:

1. for imprescindível para as investigações do inquérito policial;


2. houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado;
3. for justificada em fatos novos ou contemporâneos;
4. for adequada à gravidade concreta do crime, às circunstâncias do fato e
às condições pessoais do indiciado; e
5. não for suficiente a imposição de medidas cautelares diversas da prisão.

A fuga do paciente do distrito da culpa, após o cometimento do delito,


é fundamentação suficiente a embasar a manutenção da custódia preventiva,
ordenada para garantir a aplicação da lei penal.

Sobre a decretação da prisão preventiva, é importante ressaltar que, no caso de


descumprimento das medidas cautelares diversas da prisão, sua DECRETAÇÃO É
POSSÍVEL AINDA QUE AUSENTES OS REQUISITOS DO ART. 313 DO CPP, sob pena de
se negar coercibilidade às medidas.

O Superior Tribunal de Justiça () decidiu que não há excesso de prazo em que


dura mais de 2 anos e 6 meses, especialmente se a demora não decorre da
morosidade ou desídia do Poder Público, mas à complexidade intrínseca do
processo, bem como à atuação da própria defesa.
Não se admite o excesso de prazo, mas a prorrogação do prazo em caso de
extrema e comprovada necessidade (Lei 7.960/1989, art. 2º, caput). O excesso de
prazo configura constrangimento ilegal.

Se, na delegacia, a autoridade policial conceder a liberdade provisória mediante


o pagamento de fiança e o preso tiver o dinheiro em mãos, mas não puder
efetuar o depósito de pronto, constando em termo, o valor poderá ser entregue
ao escrivão, que, dentro de três dias, deverá dar o destino correto à quantia.

INTERNAÇÃO PROVISÓRIA

Internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados COM


VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA, quando os peritos concluírem ser inimputável ou
semi-imputável e houver RISCO DE REITERAÇÃO;

Para aplicação dessa medida, é necessária a instauração de prévio incidente de


insanidade mental, nos termos do art. 149 do CPP.

Atente-se, porém, que não está condicionada à existência de laudo pericial, pois,
tendo em vista a possível demora para sua elaboração, é possível sua aplicação com
base em outras provas que atestem o estado mental do acusado.

A internação provisória deve ser cumprida em hospital de custódia e tratamento


psiquiátrico, conforme art. 96, I, do Código Penal.

→ O delegado poderá representar ao juiz pela realização do incidente, não


possuindo atribuição para determinar a instauração.

→ a instauração do incidente implica na suspensão do processo (crise de


instancia), sem influir na evolução do prazo prescricional.

DA PRISÃO DOMICILIAR

Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em


sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente
for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;

II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de


idade ou com deficiência;
IV - gestante;

V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze)
anos de idade incompletos.

Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos
estabelecidos neste artigo.

Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe
ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão
domiciliar, desde que:

I - não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;

II - não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.

Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem
prejuízo da aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319
deste Código.

Liberdade Provisória - a principal finalidade da liberdade provisória é impedir a


manutenção de prisão desnecessária, mantendo o acusado vinculado ao
processo.

O Juiz poderá conceder liberdade provisória mesmo em casos de Crimes


Inafiançaveis

ROMA - não pode liberdade provisória

Reincidente em crime doloso

Organização criminosa

Milicia

Arma de uso restrito

Lei 11.340/06, Art. 12 - C , § 2º Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à


efetividade da medida protetiva de urgência, não será concedida liberdade
provisória ao preso.

CPP, Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:

I - comparecimento periódico em juízo...;

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares ...;


III - proibição de manter contato com pessoa determinada ...;

IV - proibição de ausentar-se da Comarca ...;

V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga ...;

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de


natureza econômica ou financeira ...;

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com V.G.A.,
quando os peritos concluírem ser inimputável ou semi-imputável e houver risco de
reiteração;

VIII – fiança...;

IX - monitoração eletrônica.

inf. 544 - O descumprimento de medida protetiva de urgência prevista na Lei Maria


da Penha (art. 22 da Lei 11.340/2006) não configura crime de desobediência (art. 330
do CP). *OBS.: mesmo após a nova Lei 13.641, o descumprimento não ocasionará a
tipificação do crime de desobediência, pois o art. 24-A previu tipo específico!

Lei Maria da Penha

§ 2º – Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá


conceder fiança.

Resumo sobre MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA (MPU)

- ART. 24-A - DESCUMPRIR DECISÃO JUDICIAL QUE DEFERE MEDIDAS PROTETIVAS


DE URGÊNCIA.

- DETENÇÃO 3 meses a 2 anos.

- FIANÇA - apenas o Juiz poderá conceder.

- Obs.: descumprimento de MPU também é CAUSA DE AUMENTO DE PENA do


FEMINICÍDIO (1/3 até a metade).

- Descumprimento só é punido a título de DOLO (direto/eventual), tanto por


AÇÃO (ex: desrespeito ao distanciamento), quanto por OMISSÃO (ex: deixa de pagar os
alimentos arbitrados pelo juiz).

- O art. 24-A não se aplica a fatos anteriores à lei que o incluiu (inclusão em
03/04/2018).
- Antes de ser previsto como crime, em 2018, o descumprimento de MPU tinha
como possíveis consequências a aplicação de multa e a decretação de prisão
preventiva, MAS JAMAIS CONFIGUROU CRIME DE DESOBEDIÊNCIA.

- A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que


deferiu as medidas.

- O juízo de tipicidade demanda o descumprimento de uma decisão judicial que


tenha deferido medida protetiva de urgência. Assim, na eventualidade de o
agressor descumprir uma decisão policial que tenha determinado seu
afastamento do lar (art. 12-C), a conduta não terá o condão de tipificar o crime do
art. 24-A. (Renato Brasileiro)

AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA:

 É aplicada em todas as modalidades de prisão.


 O Juiz após receber o APF - em até 24h após a prisão, deverá promover a
Audiência de custódia

Finalidades:

· Proteção a integridade física do preso

· Constatação da necessidade de ser mantida a prisão

Presenças:

· Acusado

· Advogado (ou Defensor Público)

· Membro do M.P

O Juiz poderá tomar as seguintes providências:

· Relaxar a prisão ILEGAL

· Conceder liberdade provisória (com ou sem fiança)

A ausência de realização de audiência de custódia não implica a nulidade do


decreto de prisão preventiva (presente os requisitos).

A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da


audiência de custódia no prazo responderá pela omissão (administrativa/civil/
penal)

Não é cabível a realização de audiência de custódia por meio de


videoconferência (OBS: O STF concedeu parcialmente liminar na ADI 6.841 para
autorizar audiências de custódia por videoconferência, enquanto perdurar a
pandemia da Covid-19)

Informativo 917 STF >> A decisão que, na audiência de custódia, determina o


relaxamento da prisão em flagrante sob o argumento de que a conduta praticada é
atípica não faz coisa julgada. Assim, esta decisão não vincula o titular da ação penal,
que poderá oferecer acusação contra o indivíduo narrando os mesmos fatos e o juiz
poderá receber essa denúncia.

Em regra, a decisão judicial que reconhece atipicidade da conduta faz coisa


julgada material, porém quando isso ocorre na audiência de custodia não haverá
a exclusão da tipicidade, pois a finalidade da audiência de custódia é APENAS
ANALISAR A LEGALIDADE DA PRISÃO.

Na audiência de custódia o juiz pode de acordo com Art 302 do CPP:

1. Relaxar a prisão se for ilegal


2. Converter o flagrante em prisão preventiva desde que: A pedido do Delegado
ou MP
3. Cumprir os requisitos do Art 312 e Art 313 do CPP
4. Inaplicabilidade das medidas diversas da prisão
5. Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança, desde que cumpridas as
medidas cautelares previstas

Homicídio doloso simples, em regra, NÃO é hediondo.

Exceção: quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que


cometido por um só agente.

(Art. 1º, inciso I, Lei 8.072/90 - crimes hediondos e equiparados)

Constituição Federal:

Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou


anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os
mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;

Código de Processo Penal:

Art. 323. Não será concedida fiança:

I - nos crimes de racismo;

II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e


nos definidos como crimes hediondos;
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;

IV - (revogado);

V - (revogado).

Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança:

I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança anteriormente concedida ou


infringido, sem motivo justo, qualquer das obrigações a que se referem os ;

II - em caso de prisão civil ou militar;

III - (revogado);

IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão preventiva


().

Art. 333. Depois de prestada a fiança, que será concedida independentemente de


audiência do Ministério Público, este terá vista do processo a fim de requerer o que
julgar conveniente.

AgRg no HC 626529-MS (2022) STJ

JUIZ QUE DECRETA MC DIVERSA DA REQUERIDA PELO MP NÃO AGE DE OFÍCIO

“A escolha pelo Magistrado de MEDIDAS CAUTELARES pessoais, em sentido diverso


das requeridas pelo Ministério Público, pela autoridade policial ou pelo
ofendido, NÃO É considerada como atuação ex officio.”

Você também pode gostar