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10 do CPP:
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso
preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias,
quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
§ 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao juiz competente.
§ 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser
encontradas.
§ 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos,
para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos
individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente:
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI 6.299) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI 6.305)
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões apresentadas pela autoridade
policial e observado o disposto no § 2º deste artigo;
§ 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o
Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a
investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada.
INDICIADO SOLTO: O inquérito policial conclui-se em 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado quando o fato for de difícil
elucidação, o delegado deverá requerer ao juiz a prorrogação, devendo ser ouvido o MP antes que o juiz decida.
O Ministério Público poderá discordar e oferecer a denuncia ou requerer o arquivamento do inquérito policial.
Se o MP concordar com a prorrogação do prazo das investigações, o juiz deferirá novo prazo, ademais, caso indeferir o prazo,
poderá ser interposta correição parcial, com o intuito de corrigir falhas.
O prazo para concluir o inquérito poder ser prorrogado quantas vezes for necessário, enquanto não ocorrer uma causa de
extinção da punibilidade (art. 107 do CP).
INDICIADO PRESO por prisão preventiva ou flagrante: Será obedecido o prazo de 10 (dez) dias, quando o juiz receber a
cópia do flagrante em 24 (vinte e quatro) horas a contar da prisão, converte-la em prisão preventiva a partir da efetiva prisão
em flagrante.
Por exemplo: Se entre a prisão em flagrante e sua conversão em preventiva ultrapassar três dias, o inquérito terá mais 7
(sete) dias para que seja finalizado.
Na hipótese do juiz receber a cópia e, posteriormente, conceder a liberdade provisória, o prazo para que
Se o indiciado estava solto, quando decretada a prisão preventiva, o prazo de 10 (dez) dias contará à partir
Obs. O prazo para conclusão do inquérito com o indiciado prezo e de natureza penal e com indiciado solto
é de natureza processual.
Obs. Se o inquérito não for concluído no prazo de 10 dias com indiciado prezo, caberá a interposição
de habeas corpus.
Prazos especiais para conclusão do Inquérito Policial:
LEI DE DROGAS (Lei n. 11.343/06, artigo 51):
Os prazos poderão ser duplicados pelo magistrado conforme prevê o artigo 51, parágrafo único, da Lei de
Drogas.
• JUSTIÇA FEDERAL (Lei n. 5.010/66, artigo 66) - 15 dias, prorrogáveis por igual período.
INQUÉRITOS MILITARES – 20 dias caso o indiciado esteja preso e 40 dias prorrogáveis por mais 20 se o indiciado
estiver solto.
CPPM – Art. 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver preso, contado esse prazo a partir
do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de quarenta dias, quando o indiciado estiver solto, contados a
partir da data em que se instaurar o inquérito.
§ 1º Este último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela autoridade militar superior, desde que não estejam
concluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja necessidade de diligência, indispensáveis à elucidação do fato. O
pedido de prorrogação deve ser feito em tempo oportuno, de modo a ser atendido antes da terminação do prazo.
• CRIME CONTRA ECONOMIA POPULAR – o inquérito deverá ser concluído no prazo de 10 dias esteja o
indiciado preso ou solto!
Lei 1.521/1951 - Altera dispositivos da legislação vigente sobre crimes contra a economia popular.
Art. 10. Terá forma sumária, nos termos do Capítulo V, Título II, Livro II, do Código de Processo Penal, o
processo das contravenções e dos crimes contra a economia popular, não submetidos ao julgamento pelo
júri. (Vide Decreto-lei nº 2.848, de 1940)
§ 1º. Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por portaria) deverão terminar no prazo de 10 (dez)
dias.
§ 2º. O prazo para oferecimento da denúncia será de 2 (dois) dias, esteja ou não o réu preso.
§ 3º. A sentença do juiz será proferida dentro do prazo de 30 (trinta) dias contados do recebimento dos autos da
autoridade policial (art. 536 do Código de Processo Penal).
§ 4º. A retardação injustificada, pura e simples, dos prazos indicados nos parágrafos anteriores, importa em crime
de prevaricação (art. 319 do Código Penal).
Arquivamento do Inquérito Policial
O inquérito policial será finalizado por meio de um relatório, onde o delegado de polícia fará uma exposição de tudo que foi apurado e
investigado, em seguida remeterá para o foro competente.
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a
iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado.
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística,
ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
(obs. segundo o sistema acusatório os autos do inquérito deverão ser remetidos ao Ministério Público).
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial
poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
O inquérito tem por característica a INDISPONIBILIDADE (art. 17). Uma vez instaurado o inquérito policial, a autoridade
policial não poderá arquivá-lo por sua própria iniciativa, pois essa competência é do Ministério Público, o arquivamento só
pode ser decretado por decisão do juiz mediante manifestação do promotor.
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o
órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para
a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
(Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência) (Vide ADI 6.298) (Vide ADI 6.300) (Vide ADI 6.305)
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo
de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão
ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
(Obs. Além da vítima ou de seu representante legal, o Juiz competente também poderá submeter a matéria à revisão
da instância competente do órgão ministerial, caso verifique patente ilegalidade ou anormalidade no arquivamento.)
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do
arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação
judicial.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
Súmula 524 do STF: Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não
pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas.
É pacifico que é possível o arquivamento para os casos previstos nos artigo 395 que trata da rejeição da denúncia e do
artigo 397, que trata da absolvição sumária, ambos do CPP.
• Coisa julgada formal, Segundo RANGEL a coisa julgada formal é a imutabilidade da sentença como ato processual que já não é
mais recorrível por força de preclusão dos recursos, se finda todo e qualquer tipo de alteração da sentença por meio de outros
recursos, devido ao exaurimento dos prazos recursais. Não há análise e julgamento sobre o mérito (ou seja, sobre o fato processual
ou caso penal), a decisão faz coisa julgada formal. Torna imutável a decisão no mesmo processo, mas não impede que seja proposta
nova ação pelos mesmos fatos, portanto, o processo pode ser reaberto a qualquer tempo, até a extinção da punibilidade, desde que
surjam novas provas. Ex. decisão de impronúncia.
• Coisa julgada material - para Ada Pellegrini Grinover, a coisa julgada formal é pressuposto da coisa julgada material. Enquanto a
primeira torna imutável dentro do processo o ato processual sentença, pondo-a com isso ao abrigo dos recursos definitivamente
preclusos, a coisa julgada material torna imutáveis os efeitos produzidos por ela e lançados fora do processo. É a imutabilidade da
sentença, no mesmo processo ou em qualquer outro, entre as mesmas partes. Ex. Sentença que declara a prescrição.
• Segundo RANGEL, a condenação criminal será sempre coisa relativamente julgada, na medida em que se
admite revisão criminal ou habeas corpus para desconstituir qualquer prisão injusta, ou ocorrência do erro judicia.
Contudo, a sentença absolutória não admite revisão criminal e faz coisa julgada material.
.Arquivamento do Inquérito Policial
IP ------------ MP (Se manifesta pelo arquivamento) --------------- Juiz
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a
autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.
Se a autoridade policial tiver noticia de provas novas poderá desarquivar o Inquérito Policial e proceder a novas pesquisas.