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3.20.

REQUISIÇÃO POLICIAL SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL


Art. 13-A. CPP Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de
13 de julho de 1990 Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o
delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da
iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos.
 CRIMES – Sequestro e cárcere privado / Redução a condição análoga à de escravo / Tráfico de
Pessoas / Extorsão com restrição de liberdade da vitima / Extorsão mediante sequestro / Tráfico
Internacional de criança ou adolescente
 REQUISIÇÃO – dados cadastrais e informações de vitimas e suspeitos (independente de
determinação judicial)

3.20. REQUISIÇÃO POLICIAL SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL


Art. 13-A. CPP - Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro)
horas, conterá:
I - o nome da autoridade requisitante;
II - o número do inquérito policial; e
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.
 PRAZO PARA FORNECER OS DADOS – 24 HS
 DADOS DA REQUISIÇÃO – nome da autoridade / nr do Inquérito / delegacia

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3.21. REQUISIÇÃO POLICIAL COM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas,
o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização
judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros –
que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso.
 REQUISIÇÃO ÀS EMPRESAS DE TELEFONIA – emissão dos sinais mediante autorização judicial
 OBJETIVO – obter a localização da vitima e ou criminosos

3.21. REQUISIÇÃO POLICIAL COM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL


Art. 13-B. § 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de
cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência.
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal:
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de
autorização judicial, conforme disposto em lei;
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30
(trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período;
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de
ordem judicial.
 Não se trata de interceptação telefônica (as conversas não interessam, mas sim a localização do
aparelho)

3.21. REQUISIÇÃO POLICIAL COM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL

Art. 13-B. § 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo
máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente
requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que
disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros –
que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata
comunicação ao juiz.

• APÓS 12 HS SEM DECISÃO JUDICIAL – MP ou Delegado podem requerer diretamente as


empresas apenas comunicando ao juízo que efetuou a requisição

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Exercício

01. Segundo dispõe o Código de Processo Penal, a autoridade policial, logo que tiver conhecimento da prática de
infração penal, deverá adotar algumas providências. A respeito do tema, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A autoridade policial deverá dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação
das coisas, até a chegada dos peritos criminais.
b) A autoridade policial deverá apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais.
c) A autoridade policial deverá averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
d) A autoridade policial deverá ordenar a identificação criminal do indiciado pelo processo dactiloscópico,
independentemente de ele possuir documento de identificação civil.
e) A autoridade policial deverá proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações.

01. Segundo dispõe o Código de Processo Penal, a autoridade policial, logo que tiver conhecimento da prática de
infração penal, deverá adotar algumas providências. A respeito do tema, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A autoridade policial deverá dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação
das coisas, até a chegada dos peritos criminais.
b) A autoridade policial deverá apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais.
c) A autoridade policial deverá averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
d) A autoridade policial deverá ordenar a identificação criminal do indiciado pelo processo dactiloscópico,
independentemente de ele possuir documento de identificação civil.
e) A autoridade policial deverá proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações.

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Fundamentação
a) CORRETA - Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: I - se
possível e conveniente, dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado
b) CORRETA - Art. 6º, II- apreender os instrumentos e todos os objetos que tiverem relação com o fato
c) CORRETA - Art. 6º , IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer
outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter
d) ERRADA - art. 6º, VIII- ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
Art. 5º LVIII CF- o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas
em lei
e) CORRETA - art. 6º, VI- proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;

02. Um delegado poderá deixar de realizar, a seu juízo, a seguinte diligência:


a) colheita de todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
b) determinação, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
c) oitiva do indiciado;
d) oitiva do ofendido;
e) diligência que for requerida pelo ofendido.

02. Um delegado poderá deixar de realizar, a seu juízo, a seguinte diligência:


a) colheita de todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
b) determinação, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
c) oitiva do indiciado;
d) oitiva do ofendido;
e) diligência que for requerida pelo ofendido.

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Fundamentação
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que
será realizada, ou não, a juízo da autoridade.

CONCLUSÃO E
DESTINAÇÃO DO
INQUÉRITO POLICIAL

4.1. PRAZO DE CONCLUSÃO DO IP


Art. 10 - O inquérito deverá terminar no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em
flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que
se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto, mediante fiança
ou sem ela.
...
§ 3º - Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer
ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado
pelo juiz.

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4.1.1. RÉU PRESO
 10 dias
 Regra Improrrogável
 O não cumprimento do prazo autoriza o Habeas Corpus

4.1.2. RÉU SOLTO


 30 dias + prorrogações sucessivas em casos de difícil elucidação
(limite é a prescrição do crime)
 As prorrogações devem ser solicitadas ao Juiz que, ouvindo o MP, decide

4.1.3. OUTROS PRAZOS


 Polícia Federal (Lei 5010/66) : 15 + 15 (réu preso) / 30 (réu solto)(CPP)
 Entorpecentes (Lei 11343/06): 30 + 30 (réu preso) / 90 + 90 (réu solto)

4.3. DESTINAÇÃO DO IP
 Remete ao Juiz competente (não pode arquivar IP na delegacia)
 Se for Ação Penal Privada aguarda o oferecimento da Queixa em cartório por 6 meses (prazo
decadencial)
 Se for Ação Penal Pública Incondicionada remete-se ao MP que deve agir

Art. 17 - A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito

4.4. AÇÕES DO MP
a) Oferecimento da Denúncia (indícios de autoria e materialidade)
b) Solicitação de Novas Diligencias (indispensáveis ao Oferecimento da Denúncia) (solicitação feita ao
Juiz)
c) Arquivamento (falta de provas)

OBS: Após o oferecimento da denúncia, o MP pode solicitar diligências complementares, porém agora
diretamente a quaisquer autoridades.

OBS: A Resolução do Conselho da Justiça Federal Nº 63 / 2009 autoriza a tramitação do IP


diretamente entre PF e MPF, sem necessidade de passar pelo Juiz Federal, nos casos de mera
prorrogação de prazo do IP para novas diligências.

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4.5. ARQUIVAMENTO DO IP
4.5.1. MOTIVOS DE ARQUIVAMENTO
Falta de Provas
 Fato Atípico (fato não é crime)
 Coisa Julgada (fato já foi julgado anteriormente)
 Causa Extintiva de Punibilidade (autor não pode mais ser punido) (Art 107 CP)
OBS: Apenas na hipótese de arquivamento por falta de provas o IP pode ser desarquivado
(desde que surjam novas provas). Nos demais casos o IP não pode ser desarquivado fazendo
Coisa Julgada Material. (Súmula 524 STF)
OBS: Havendo mais de um acusado o MP deve manifestar-se sobre cada um denunciando ou
requerendo o arquivamento.

4.5. ARQUIVAMENTO DO IP
4.5.2. 1ª HIPÓTESE – JUIZ CONCORDA
 MP requer o arquivamento – Juiz concorda – Despacho: Arquive-se

4.5.3. 2ª HIPÓTESE – JUIZ DISCORDA


 MP requer o arquivamento – Juiz Discorda – Remete ao PGR / PGJ
 Se o PGR concordar com o arquivamento, o juiz deverá arquivá-lo
 Se o PGR discordar do arquivamento, oferecerá pessoalmente a denúncia ou designará outro
membro do MP para fazê-lo

OBS: O pedido de arquivamento deve necessariamente partir do MP, pois é o titular da ação penal.
Não pode o juiz de oficio determinar o arquivamento.
OBS: Não existe recurso contra a decisão de arquivamento do IP

4.5. ARQUIVAMENTO DO IP
4.5.4. INVESTIGAÇÃO APÓS O ARQUIVAMENTO
 Nos casos de arquivamento por falta de provas é possível, se houver notícia de novas provas.
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base
para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver
notícia.

4.5.5. ARQUIVAMENTO DO IP X REPARAÇÃO CIVIL


 O arquivamento do IP não impede a reparação civil
Art. 67. Não impedirão igualmente a propositura da ação civil:
I - o despacho de arquivamento do inquérito ou das peças de informação;

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Exercício

01. É certo afirmar:


I. Basicamente, o Inquérito Policial possui por finalidade colher indícios sobre autoria e materialidade, dando
possibilidade ao Ministério Público de oferecer denúncia.
II. Caso o Ministério Público entenda não ser o caso de denúncia, pode determinar: o arquivamento; a baixa dos
autos em diligência; a extinção da punibilidade.
III. O inquérito policial é indispensável para o oferecimento da denúncia.
IV. Segundo o Código de Processo Penal, estando o réu preso, o prazo para a conclusão do inquérito policial será
de 10 dias, estando solto, de 30 dias.
Analisando as proposições, pode-se afirmar:
a) Somente as proposições II e III estão corretas
b) Somente as proposições I e IV estão corretas
c) Somente as proposições I e III estão corretas
d) Somente as proposições II e IV estão corretas

01. É certo afirmar:


I. Basicamente, o Inquérito Policial possui por finalidade colher indícios sobre autoria e materialidade, dando
possibilidade ao Ministério Público de oferecer denúncia.
II. Caso o Ministério Público entenda não ser o caso de denúncia, pode determinar: o arquivamento; a baixa dos
autos em diligência; a extinção da punibilidade.
III. O inquérito policial é indispensável para o oferecimento da denúncia.
IV. Segundo o Código de Processo Penal, estando o réu preso, o prazo para a conclusão do inquérito policial será
de 10 dias, estando solto, de 30 dias.
Analisando as proposições, pode-se afirmar:
a) Somente as proposições II e III estão corretas
b) Somente as proposições I e IV estão corretas
c) Somente as proposições I e III estão corretas
d) Somente as proposições II e IV estão corretas

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Fundamentação
I. Basicamente, o Inquérito Policial possui por finalidade colher indícios sobre autoria e
materialidade, dando possibilidade ao Ministério Público de oferecer denúncia. C
II. Caso o Ministério Público entenda não ser o caso de denúncia, pode determinar: o
arquivamento; a baixa dos autos em diligência; a extinção da punibilidade. E
III. O inquérito policial é indispensável para o oferecimento da denúncia. E
IV. Segundo o Código de Processo Penal, estando o réu preso, o prazo para a conclusão do
inquérito policial será de 10 dias, estando solto, de 30 dias. C ART 10 CPP
Analisando as proposições, pode-se afirmar:
a) Somente as proposições II e III estão corretas
b) Somente as proposições I e IV estão corretas
c) Somente as proposições I e III estão corretas
d) Somente as proposições II e IV estão corretas

02. Julgue as assertivas abaixo e responda:


I. A jurisprudência do STJ admite a possibilidade de instauração de procedimento investigativo com base em
denúncia anônima, desde que acompanhada de outros elementos.
II. A decisão judicial de arquivamento do inquérito policial com fundamento na atipicidade do fato praticado produz
coisa julgada material, impedindo-se a reabertura das investigações preliminares mesmo diante do surgimento de
novas provas.
III. O Inquérito Policial é sigiloso e, como tal, é defeso ao delegado de polícia permitir o acesso de advogados, seja
da vítima ou do investigado, aos autos do Inquérito.
IV. O Inquérito Policial é um procedimento administrativo investigatório que visa à obtenção de indícios e provas
para definição de autoria e materialidade do crime, a fim de munir o titular da ação penal pública ou privada para
que este possa propô-la contra o provável autor da infração investigada.

Estão corretas apenas as assertivas:


a) I e II;
b) II e IV;
c) III e IV;
d) I, II e IV;
e) II, III e IV.

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Estão corretas apenas as assertivas:
a) I e II;
b) II e IV;
c) III e IV;
d) I, II e IV;
e) II, III e IV.

Fundamentação
Julgue as assertivas abaixo e responda:
I. A jurisprudência do STJ admite a possibilidade de instauração de procedimento investigativo com
base em denúncia anônima, desde que acompanhada de outros elementos. C
II. A decisão judicial de arquivamento do inquérito policial com fundamento na atipicidade do fato
praticado produz coisa julgada material, impedindo-se a reabertura das investigações preliminares
mesmo diante do surgimento de novas provas. C
III. O Inquérito Policial é sigiloso e, como tal, é defeso ao delegado de polícia permitir o acesso de
advogados, seja da vítima ou do investigado, aos autos do Inquérito. E
IV. O Inquérito Policial é um procedimento administrativo investigatório que visa à obtenção de indícios
e provas para definição de autoria e materialidade do crime, a fim de munir o titular da ação penal
pública ou privada para que este possa propô-la contra o provável autor da infração investigada. C
Estão corretas apenas as assertivas:

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