Você está na página 1de 7

Características Do IP

1.1. POLÍCIA JUDICIÁRIA


 Fase Pré processual (Poder Executivo)
 POLÍCIA JUDICIÁRIA : atividade policial voltada a apuração de autoria e materialidade de uma infração
penal. (função repressiva)
 POLÍCIA ADMINISTRATIVA: atividade policial voltada a fiscalização e vigilância (função preventiva)
 A Polícia Civil exerce prioritariamente a atividade de polícia judiciária
 A Polícia Militar exerce prioritariamente a atividade de polícia administrativa (exceção: IPM)
 A Polícia Federal exerce ambas as funções (Ex: Crimes Federais e Polícia Aeroportuária)

1
1.2. INQUISITIVO

 Não existe ampla defesa e contraditório

 Porém o indiciado pode requerer diligências que são avaliadas pela autoridade policial

 O indiciado não está obrigado a produzir provas contra si mesmo (EX: não está obrigado a
escrever palavras para o exame grafotécnico)

1.3. SIGILOSO
 O sigilo não é absoluto, pois não atinge os membros do MP; a autoridade judiciária; o defensor público e o
advogado do indiciado.
 Para alguns atos exige-se o sigilo para o defensor do indiciado
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse
da sociedade.
SÚMULA VINCULANTE 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
1.4. ESCRITO
 O IP é escrito, mas não é formal;
Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas....

1.5. DISPENSÁVEL
 Quando já existe indícios de autoria e materialidade o IP é dispensável utiliza-se apenas as peças de
informação.
 Ex: APF
 Como consequência desta característica, os vícios do IP não implicam em anulação do processo penal. (Ex:
provas ilícitas)
Art 39 § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos
elementos que o habilitem a promover a ação penal
1.6. DISCRICIONÁRIO
 Quanto ao melhor momento para executar determinado ato a Autoridade Policial possui discricionariedade
 Não existe porém discricionariedade quanto a apuração dos fatos que é vinculada.
 O Delegado na conclusão do IP não deve fazer juízo de valor e sim apenas narrar os fatos.

2
Objetivo e Instauração do IP

2.1. OBJETIVO DO IP
 O Inquérito Policial visa obter os indícios de autoria e materialidade do crime.
 É procedimento administrativo prévio e anterior à instrução criminal.

2.2. INSTAURAÇÃO DO IP
 Pode ocorrer de 6 maneiras diferentes: De oficio; Requisição do MP ou do Juiz; Representação do Ofendido;
Requerimento do Ofendido; Requisição do MJ; e Delatio Criminis
2.2.1. INSTAURAÇÃO DE OFICIO
Art. 5° Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
 A Autoridade Policial instaura através de portaria, quando tomar conhecimento do crime;
 Somente para crimes de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

3
2.2. INSTAURAÇÃO DO IP

2.2.2. INSTAURAÇÃO POR REQUISIÇÃO DO MP OU JUIZ

Art. 5° Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:


II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público...

 A instauração é obrigatória não pela hierarquia que não existe, mas pela lei, exceto em caso de flagrante
ilegalidade.

 Somente para crimes de AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

2.2.3. INSTAURAÇÃO MEDIANTE REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO


Art 5º § 4° O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá
sem ela ser iniciado.
 Aplica-se às AÇÕES PENAIS CONDICIONADAS A REPRESENTAÇÃO
 Sem a representação a Autoridade Policial não pode instaurar o IP
 A representação é uma condição de procedibilidade
 A representação não obriga a Autoridade Policial a instaurar o IP se entender que não há crime a
apurar.
 O indeferimento da representação pode gerar recurso ao Chefe de Polícia
Art 5º § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para
o chefe de Polícia.
Ex: O Crime de Ameaça (Art 147 CP) só se instaura o inquérito mediante representação do
ofendido.

2.2.4. INSTAURAÇÃO MEDIANTE REQUISIÇÃO DO MJ


Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas
dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça.
 Trata-se de uma avaliação política prévia (critérios de conveniência e oportunidade)
 Sem a requisição a Autoridade Policial não pode instaurar o IP
 HIPÓTESE 1: do Art 7 § 3º b CP (crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil)
 HIPÓTESE 2: Os crimes contra honra do Presidente da República, depende de requisição do MJ
para a instauração do Inquérito. (Art 145 § único)

4
2.2.5. INSTAURAÇÃO MEDIANTE REQUERIMENTO DO OFENDIDO

Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:


II - mediante requerimento do ofendido
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe
de Polícia.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a
requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.

 Aplica-se tanto aos crimes de Ação Penal Privada, como aos crimes de Ação Penal Pública
 Nos Crimes de AÇÃO PENAL PRIVADA, sem o requerimento do ofendido, a Autoridade Policial não
pode instaurar o IP.
 O indeferimento do requerimento permite recurso ao Chefe de Polícia
 Este requerimento feito pela vítima é chamado NOTITIA CRIMINIS

2.2.6. DELATIO CRIMINIS

 É a comunicação de crime feita por qualquer cidadão


 A instauração do IP deve ser precedida de uma VPI (Verificação da Procedência das Informações)
 Verificação da Procedência das Informações – não é inquérito ainda e pode ser arquivado pela
Autoridade Policial
Art 5º § 3° Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em
que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta,
verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.

OBS: O STF já manifestou-se contrário a instauração de IP motivado apenas por denúncia anônima

FORMAS DE INSTAURAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL


• A Autoridade Policial instaura através de portaria, quando
DE OFICIO tomar conhecimento do crime;
• Somente para crimes de AÇÃO PÚBLICA
INCONDICIONADA
• A instauração é obrigatória, exceto em caso de flagrante
REQUISIÇÃO DO ilegalidade.
MP OU JUIZ • Somente para crimes de AÇÃO PENAL PÚBLICA
INCONDICIONADA
REPRESENTAÇÃO • Aplica-se às AÇÕES CONDICIONADAS A REPRESENTAÇÃO
DO OFENDIDO • Sem a representação a Autoridade Policial não pode
instaurar o IP
• Uma avaliação política prévia
• Crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
REQUISIÇÃO DO MJ Brasil
• Os crimes contra honra do Presidente da República
• Requerimento feito pela vítima
NOTITIA CRIMINIS • Aplica-se tanto aos crimes de Ação Penal Privada, como aos
crimes de Ação Penal Pública
DELATIO CRIMINIS • É a comunicação de crime feita por qualquer cidadão
• A instauração do IP deve ser precedida de uma VPI

5
01. Tradicionalmente, o inquérito policial é conceituado como um procedimento investigatório, cuja
principal finalidade é a obtenção de justa causa para a propositura da ação penal. Sobre o inquérito
policial é correto afirmar que:
a) é procedimento prévio imprescindível;
b) poderá ser arquivado diretamente pela autoridade policial;
c) é sigiloso, razão pela qual o defensor do indiciado não poderá ter acesso a elemento de prova
algum, ainda que documentado no procedimento investigatório;
d) dependerá de representação, caso a investigação trate de crime em que a ação penal seja pública
condicionada;
e) é prescindível, logo é uma faculdade da autoridade policial instaurá-lo ou não, ainda que haja
requisição do Ministério Público.

01. Tradicionalmente, o inquérito policial é conceituado como um procedimento investigatório, cuja


principal finalidade é a obtenção de justa causa para a propositura da ação penal. Sobre o inquérito
policial é correto afirmar que:
a) é procedimento prévio imprescindível;
b) poderá ser arquivado diretamente pela autoridade policial;
c) é sigiloso, razão pela qual o defensor do indiciado não poderá ter acesso a elemento de prova
algum, ainda que documentado no procedimento investigatório;
d) dependerá de representação, caso a investigação trate de crime em que a ação penal seja
pública condicionada;
e) é prescindível, logo é uma faculdade da autoridade policial instaurá-lo ou não, ainda que haja
requisição do Ministério Público.

Fundamentação
a) é procedimento prévio imprescindível;
b) poderá ser arquivado diretamente pela autoridade policial;
c) é sigiloso, razão pela qual o defensor do indiciado não poderá ter acesso a elemento de prova
algum, ainda que documentado no procedimento investigatório;
d) dependerá de representação, caso a investigação trate de crime em que a ação penal seja pública
condicionada;
e) é prescindível, logo é uma faculdade da autoridade policial instaurá-lo ou não, ainda que haja
requisição do Ministério Público.

6
7

Você também pode gostar