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• Inquisitivo
• As funções de acusar, defender e julgar se reúnem em uma só pessoa, no juiz inquisidor.
• Características: processo sigiloso, sem contraditório visando sempre a confissão do réu (a confissão era
considerada a rainha das provas).
• Acusatório
• As funções de acusar, defender e julgar são distribuídas para personagens diferentes, especializados.
• Misto
• é uma combinação dos dois sistemas anteriores, dividindo em duas fases.
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@prof.maurosturmer
Persecução penal
• O caminho a ser percorrido pelo Estado para exercer seu direito de punir:
2ª etapa – judicial –
1ª etapa – extraprocessual
contraditória – Processo.
– inquisitiva – inquérito.
INQUÉRITO - CONCEITO
• Procedimento administrativo, preparatório, inquisitivo e sigiloso,
presidido pela autoridade policial, que tem por finalidade reunir
elementos necessários à apuração da prática de uma infração penal e sua
autoria, a fim de propiciar a propositura da denúncia ou queixa-crime.
Natureza Jurídica do IP
• Observação: O que é natureza Jurídica? (o que e isso para o direito).
• Inquérito Civil - MP
• Art. 4º - CPP - A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas respectivas circunscrições e terá
por fim a apuração das infrações penais e da sua autoria.
• § único: A competência definida neste artigo não excluirá a de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a
mesma função.
Investigação pelo MP - PIC
• STF: É constitucional (teoria dos poderes implícitos)
• Observações necessárias:
• Respeito aos DF
• Respeito as prerrogativas dos Advogados
• Respeito as cláusulas de Reserva de Jurisdição
• Controle no Arquivamento
• Investigação pelos Membros da carreira.
Destinatários
MP
(Ação Penal Pública)
Imediatos
Ofendido ou
Rep. Legal
(Ação Penal Privada)
Destinatários
• I - de ofício;
• II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
• b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou onomeação das testemunhass motivos de impossibilidade de
o fazer;
• § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
• § 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada
• § 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação (condicionada a representação), não poderá sem ela ser iniciado.
• § 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la.
Características Obrigatório
Discricionário
Dispensável
Informativo
Características Escrito (9)
Sigiloso (20)
Inquisitivo
Indisponível (17)
Temporário (10)
Características
• Obrigatório – havendo justa causa, o delegado não pode deixar de instaurar o procedimento investigatório, a autoridade
• § 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
Características
• Discricionário – os atos de investigação são da análise exclusiva da autoridade
policial, que estudará sua conveniência e oportunidade; a discricionariedade diz
respeito às diligencias;
• Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
• Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
• Exclusivamente com base no IP não cabe condenação, mas junto com outras provas cabe – art. 155 CPP – o IP não pode ser a única
fonte para a condenação;
Elementos Informativos x Provas
• Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
Sigiloso
• Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou
exigido pelo interesse da sociedade.
• Não é sigiloso para:
• (i) o juiz;
• Art. 7º, § 12 do EOAB. A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto
de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno
investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável
que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do
direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.
A nova legislação trouxe a necessidade de o
Advogado estar presente no IP
• Não.
• Não
• Art. 107 do CPP - Não se poderá opor suspeição às autoridades
policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se
suspeitas, quando ocorrer motivo legal.
Características
defesa.
Características
• Indisponível – art. 17 CPP.
• Segundo o art. 66, o preso deverá ser apresentado ao Juiz para a prorrogação.
• indiciado solto – 30 dias, prorrogáveis a critério do juiz – segue o CPP;
administrativo os vícios que existam nesta fase da persecução penal não acarretam,
• Previsão Legal:
• Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá
(discricionariedade) proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
• Não pode realizar o expediente se contrariar a moral (ex. reconstituição de estupro) e a ordem
pública (ex. reconstituição de um acidente de avião – quer que dois aviões se choquem no ar), é a
reconstituição que coloque em perigo a sociedade;
• Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá:
• § 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará
às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem
imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a
localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.
Indiciamento
• Art. 10. § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e
enviará autos ao juiz competente.
• O juiz deve verificar se á caso de Ação Penal de Iniciativa Pública ou Ação Penal de Iniciativa
Privada – art. 19, CPP – se for ação penal privada fica aguardando o requerente, se for ação
penal pública é remetido ao MP.
• Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão remetidos ao juízo competente, onde
aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir,
mediante traslado.
Procedimentos no Encerramento
• Ao receber os autos o Juiz (Poder Judiciário) deve:
• 1) no caso de ação penal pública encaminhar os autos ao MP;
• 2) Ação Penal Privada (art. 19 do CPP) deixar os autos em cartório
aguardando manifestação.
Procedimentos no Encerramento
• MP ao receber os autos do Inquérito Policial deve:
• 1) Requerer Diligências
• Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade
policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão
ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta)
dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a
• § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do
inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
•
STF
• O STF (Min. Luiz Fux) suspendeu o trecho que modificou o Artigo 28 do
Código de Processo Penal (CPP) e estabeleceu regras para o arquivamento de
inquéritos policiais. Com a norma, o Ministério Público (MP) deveria
comunicar a vítima, o investigado e a polícia no caso de arquivamento do
inquérito, além de encaminhar os "autos para a instância de revisão
ministerial para fins de homologação, na forma da lei". Para Fux, a medida
desconsiderou os impactos financeiros no âmbito do MP em todo o país.
Arquivamento
• Quem pode arquivar? Atualmente, com a suspensão do atual artigo 28, o juiz.
• Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do
razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a
denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de
• Justiça Estadual:
• O PGJ poderá adotar três procedimentos:
• 1) Concorda com o Juiz e ele mesmo oferece a denúncia
• 2) Designa outro Representante do MP para oferecê-la (não pode ser o mesmo que pediu o arquivamento)
• 3) Discorda do Juiz (concordando ser caso de arquivamento) nesta situação o MM é obrigado a arquivar.
Desarquivamento de IP
3) Falta de justa causa para a ação penal (não há indícios de autoria ou SIM
prova da materialidade)
4) Atipicidade (fato narrado não é crime) NÃO
5) Existência manifesta de causa excludente de ilicitude STJ: NÃO (REsp 791471/RJ)
STF: SIM (HC 125101/SP)
6) Existência manifesta de causa excludente de culpabilidade NÃO – Posição Doutrinária
7) Existência manifesta de causa extintiva da punibilidade NÃO (STJ HC 307.562/RS) (STF Pet 3943)
Exceção: certidão de óbito falsa
Ação Penal
Conceito: É o direito subjetivo de pedir ao Estado-Juiz, titular
exclusivo do Ius puniendi – direito de punir, a aplicação do direito penal
objetivo a um caso concreto.
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Condições da Ação Penal
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Ação Penal Condições
Genéricas
1) possibilidade jurídica do pedido – pedido na ação de estar
previsto no ordenamento - tipicidade
2) legitimidade para agir – possibilidade de ocupar o polo passivo e ativo
da ação
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Ação Penal – Condições Específicas
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Ação Penal - Classificação
• No processo civil a classificação das ações leva em conta o provimento
jurisdicional invocado (ação de conhecimento, ação cautelar, ação de execução).
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Ação Penal - Classificação
▪ APPública
1. Incondicionada
2. Condicionada
2.1 Representação
2.2 Requisição
▪ APPrivada
1.Personalíssima
2. Exclusiva
3. Subsidiária da Pública
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Ação Penal - Princípios da Ação Penal
• Pública
• Obrigatoriedade
• Indisponibilidade
• Divisibilidade/indivisibilidade
• Privada
• Conveniência e Oportunidade
• Indivisibilidade
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Ação Penal Pública
• Ação penal pública – titular é o MP – art. 129, I, CF.
• Art. 129, CF/88. São funções institucionais do Ministério Público:
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Ação penal pública incondicionada
• Titular – MP
• Art. 100 do CP
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Condicionada a Representação do Ofendido - Observações
Representação
▪ Não há formalismo.
▪ Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito de queixa ou de
representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a saber quem é o autor do
crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
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Condicionada a Representação do Ofendido - Observações
• Retratação da Representação.
• Sim, até o oferecimento da denúncia.
• Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia.
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Ação Penal Pública Condicionada -Requisição do Ministro da Justiça
Prazo – não tem prazo decadencial, porém, o delito esta sujeito ao prazo
prescricional;
Hipóteses:
Crime cometido por estrangeiro contra Brasileiro, fora do país. (art. 7, § 3º, b, do CP)
Crimes contra a honra praticados contra o PR (art. 141, c/c art. 145 do § único).
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Ação Penal Privada - Classificação
Espécies:
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Espécies
A) Ação penal privada personalíssima – não há sucessão processual, ou seja,
morrendo o ofendido, estará extinta a punibilidade;
Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe
impedimento que não seja casamento anterior:
§ ú - A ação penal depende de queixa do contraente enganado (somente ele pode ingressar com a
queixa) e não pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de
erro ou impedimento, anule o casamento.
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Espécies
B) Ação penal privada exclusivamente privada – há sucessão processual,
se o autor morre, o direito de ingressar com a queixa é transmitida aos
sucessores. Art. 31 do CPP - CADI.
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Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
• É possível quando houver inércia do MP
• Direito Fundamental
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Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
Poderes do MP – a ação penal privada subsidiária da pública continua
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Perdão, Renúncia e Perempção
• São institutos que geram a extinção da punibilidade.
• Previsão Legal:
• Art. 107 do Código Penal - Extingue-se a punibilidade:
• I - pela morte do agente;
• II - pela anistia, graça ou indulto;
• III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
• V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
• VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
• IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
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Renúncia
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Renúncia
Pode ser:
Renúncia tácita – ocorre diante da prática de ato incompatível com a vontade de processar;
O fato de o ofendido receber indenização pelo dano causado pelo crime não implica em renuncia expressa ou tácita
do direito de queixa;
◦ Art. 104 do CP - O direito de queixa não pode ser exercido quando renunciado expressa ou tacitamente.
◦ § ú - Importa renúncia tácita ao direito de queixa a prática de ato incompatível com a vontade de exercê-lo;
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Perdão - Ação Penal Privada
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Perdão - Ação Penal Privada
• Coautores
• Perdão concedido a um dos coautores, estende-se aos demais, mas uns
poderão aceitar e outros não.
• Art. 51. O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, sem que
produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar.
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Perdão - Ação Penal Privada
• O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.
• Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes especiais.
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Perempção – Somente na APPrivada
(não cabe na Subsidiária da Pública)
• Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa, considerar-se-á perempta a ação penal:
• I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
• II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir
no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36;
• III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva
estar presente, ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
• IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir sem deixar sucessor.
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Jurisdição e Competência
@prof.maurosturmer
Jurisdição - Competência
• Não se pode confundir a Jurisdição com a competência, sendo que
esta é um limitação daquela.
• Inércia: Não há, como regra, prestação jurisdicional de ofício. O Poder Judiciário
deve ser provocado.
• Exceção: Concessão de HC de ofício.
• A jurisdição é una, é única, é uma só, no entanto, não pode se imaginar um único
juiz exercendo a jurisdição, então, divide-se em competências para cada juiz.
Competência - Espécies
• Ratione materiae: Em razão da matéria.
restritivamente, aplicando-se apenas aos crimes que tenham sido praticados durante o exercício do cargo e em razão dele. Assim,
por exemplo, se o crime foi praticado antes de o indivíduo ser diplomado como Deputado Federal, não se justifica a competência
do STF, devendo ele ser julgado pela 1ª instância mesmo ocupando o cargo de parlamentar federal. Além disso, mesmo que o
crime tenha sido cometido após a investidura no mandato, se o delito não apresentar relação direta com as funções exercidas,
também não haverá foro privilegiado. Foi fixada, portanto, a seguinte tese: O foro por prerrogativa de função aplica-se
apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas. STF. Plenário.
AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 03/05/2018 (Info 900)
• Art. 69. Determinará a competência jurisdicional:
• I - o lugar da infração:
• II - o domicílio ou residência do réu;
• III - a natureza da infração;
• IV - a distribuição;
• V - a conexão ou continência;
• VI - a prevenção;
• VII - a prerrogativa de função.
Cuidado
• Crimes Contra Vida
• Lei 9.099/95
• Em regra, o CPP acolhe a teoria do resultado, considerando como lugar do
crime o local onde o delito se consumou (crime consumado) ou onde foi
praticado o último ato de execução (no caso de crime tentado), nos termos do
art. 70 do CPP. Excepcionalmente, no caso de crimes contra a vida (dolosos ou
culposos), se os atos de execução ocorreram em um lugar e a consumação se
deu em outro, a competência para julgar o fato será do local onde foi
praticada a conduta (local da execução). Adota-se a teoria da atividade. STF.
1ª Turma. RHC 116200/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 13/8/2013
DA COMPETÊNCIA PELO LUGAR DA INFRAÇÃO
• Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
• § 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a
competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato
de execução.
• § 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia
produzir seu resultado.
• § 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a
jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
• Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas
ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
DA COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO
• Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que,
concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição
cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática de algum ato
do processo ou de medida a este relativa, ainda que anterior ao
oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3o, 71, 72, § 2o, e 78,
II, c).
DA COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA DO RÉU
• Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-
se-á pelo domicílio ou residência do réu.
• I - se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas
reunidas (simultaneidade), ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por
• II - se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para conseguir
• III - quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de
• II - no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1o,
53, segunda parte, e 54 do Código Penal.
• Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras:
• I - no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a competência do
júri;
• b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas forem de
igual gravidade;
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de
assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil
seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente
de deslocamento de competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o sistema
• Petrobras
• Súmula 42 STJ – Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é
parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.
Competências dos Juízes Federais
Crimes contra os Correios:
▪ Exploração direta pela ECT: JF
▪ Franquia: Justiça Estadual
Bens Tombados
▪ Depende de quem tombou.
Competências dos Juízes Federais
• Desvio de Verba Federal por prefeitos.
descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.
• SÚMULA N. 147 Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra
funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função.
Crime de moeda falsa
• Em regra, é de competência da Justiça Federal, pois é de competência da União emitir
moeda (Art. 21, VII da CF). E mesmo se a falsificação for de moeda estrangeira, a
competência continua da Justiça Federal, porque compete ao Banco Central fiscalizar a
circulação de moeda estrangeira em território nacional. Entretanto, quando a
falsificação de moeda é grosseira, não se trata de crime de moeda falsa, pois se a
falsificação é capaz de enganar alguém e se obteve a vantagem ilícita trata-se de crime
de estelionato, logo, é de competência da justiça estadual, no teor da Súmula 73 do
STJ.
Comunicação dos Atos
Processuais
Das citações e Intimações
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Citação
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Citação e Relação Processual
• De acordo com o art. 363 do CPP – com a redação determinada pela Lei
11.719/08 - é com citação que se tem completada a formação do
processo.
• Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação
do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
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Destinatário da Citação
• Será sempre o Réu. Não pode ser citada qualquer outra pessoa em seu lugar, nem
mesmo o Advogado, ainda que possua procuração com poderes para tanto.
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Finalidade da Citação
• Como regra o réu é citado para apresentar resposta a acusação.
Incorporado ao Art. 396 do CPP pela Lei 11.719/08.
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Espécies de Citação
Real ou Ficta (presumida)
• Real: é aquela realizada na pessoa do réu, sendo efetivada por: mandado (cumprido
por Oficial de Justiça no âmbito da Jurisdição do Juiz da causa - carta precatória, carta
rogatória, carta de ordem, oficio requisitório)
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Citação – Real
Por mandado
• Art. 352. O mandado de citação indicará:
• I - o nome do juiz;
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Requisitos extrínsecos do Mandado
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Hora e Dia para o Cumprimento:
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Réu fora da área de jurisdição do Juiz processante.
• No caso de estar o réu fora da área de jurisdição do juiz da causa – mas em território
nacional – deverá ele valer-se da citação por precatória (art. 353 CPP)
• Temos:
• Juiz Deprecante: quem expede a precatória (art. 354)
111
Art. 354. A precatória indicará:
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Caráter Itinerante da Carta Precatória
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Carta de Ordem
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Citação – Questões Pontuais
• Réu Militar: não é citado por mandado, mas sim por intermédio de seu Comandante. (art.
358 do CPP)
• Funcionário Público: deve-se, além de citar o funcionário público, oficiar a sua chefia para
que não seja interrompido a prestação do serviço (continuidade do serviço público). (art.
359 do CPP)
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Réu não encontrado
• Citação por edital (ficta) com prazo de 15 dias.
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Réu que se oculta para não ser citado
• Neste caso deverá o Oficial de Justiça o mandado por hora certa.
• Tal modalidade de citação passou a ser prevista no Processo Penal apenas em 2008
com o advento da Lei 11.719 do mesmo ano.
• Em agosto de 2016, ao julgar o Recurso Extraordinário (RE) 635145, com repercussão
geral reconhecida, os ministros entenderam que essa modalidade de citação não
compromete o direito de ampla defesa, constitucionalmente assegurado a todos os
acusados em processo criminal.
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Citação por Hora Certa
• Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de
justiça certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na
forma estabelecida nos arts. 227 a 229 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de
1973 - Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
2008).
118
• Obedecerá o regramento do Código de Processo Civil –
• Procura o acusado por 2 vezes
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Citação por Edital
• Art. 365. O edital de citação indicará:
• II - o nome do réu, ou, se não for conhecido(?), os seus sinais característicos, bem como sua residência e
profissão, se constarem do processo;
• V - o prazo, que será contado do dia da publicação do edital na imprensa, se houver, ou da sua afixação.
• Parágrafo único. O edital será afixado à porta do edifício onde funcionar o juízo e será publicado pela
imprensa, onde houver, devendo a afixação ser certificada pelo oficial que a tiver feito e a publicação
provada por exemplar do jornal ou certidão do escrivão, da qual conste a página do jornal com a data da
publicação.
120
Citação por edital
• Medida excepcional, que só pode ser adotada depois de esgotados todos
os meios de localização.
• Prazo
• Art. 361. Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo
de 15 (quinze) dias.
•
121
• Súmula 351 STF - É nula a citação por edital de réu preso na mesma
unidade da federação em que o juiz exerce a sua jurisdição.
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Réu citado por edital - consequência
• Art. 366. Se o acusado, citado por edital, (1) não comparecer, (2) nem constituir
decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312. (Redação dada pela Lei
123
Suspensão - prazo
• Tema controvertido:
124
Revelia.
Ainda existe?
• Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado
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• Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório,
reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser
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Cuidado
• O STF declarou inconstitucional a expressão “para o interrogatório”
prevista no art. 260 do CPP. O uso da condução coercitiva de investigados
ou réus para fins de interrogatório representa restrição da liberdade de
locomoção e violação da presunção de não culpabilidade, da ampla defesa,
do contraditório e da garantia de não autoincriminação. Saliente-se que os
interrogatórios realizados mediante condução coercitiva até o julgamento
da ADPF 399 e 444 não serão desconstituídos, ainda que o acusado tenha
sido conduzido coercitivamente para o ato.
127
Intimações
Regras Gerais
• Aplica-se a elas o que foi estudado para citação (art. 370 – caput)
• STF – ainda que o defensor público esteja presente ao ato, terá direito a
intimação pessoal.
• Não havendo imprensa oficial: escrivão, mandado, via postal (AR) ou através de outro
meio hábil.
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Questões relevantes de
Intimação x Prazos
• Sempre que a intimação (seja pessoal, seja por publicação) se der em uma sexta-feira o início do prazo
será na segunda-feira ou no primeiro dia seguinte, no caso de feriado.
• É o teor da Súmula 310 do STF -
• No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado
ou da carta precatória ou de ordem.
• É o teor da Súmula 710 do STF
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Súmulas importantes
• Súmula 310 do STF - Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com
efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira
imediata, salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que
se seguir.
• Súmula 710 do STF - No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não
da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem.
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Questões relevantes de
Intimação x Prazos
• Questão que gerou muita controvérsia era o exato momento em que o prazo
iniciava a correr para o MP e Defensorias. Se do ingresso dos autos no Órgão
ou do “ciente” do Membro.
131
Art. 798 do CPP
132
Prisões
@prof.maurosturmer
Prisão
• Conceito:
134
Espécies de Prisão
Sentença Transitada
• Preventiva em Julgado
• Temporária • É aquela contra a qual
(Lei 7.906/90) não cabe mais recurso. Prisão Pena
Prisão processual
Sem pena
Cautelar
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•Prisão em Flagrante
136
Prisão em Flagrante
• Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que
seja encontrado em flagrante delito.
•
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
• III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça
presumir ser autor da infração; (impróprio)
• IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor
da infração. (presumido)
137
Infrações Permanentes
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Procedimento
• § 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão
em flagrante; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo
menos duas pessoas que hajam testemunhado a apresentação do preso
à autoridade.
139
Procedimento – novidade
• § 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a
compromisso.
140
Procedimento
• Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por
ele indicada.
• § 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz
competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu
advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
• § 2o No mesmo prazo (24h), será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa,
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das testemunhas.
141
Decisões possíveis do Juiz
• Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o
juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública
e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente: (Redação dada pela Lei nº 13.964, de
2019)
•
I - relaxar a prisão ilegal; ou
• II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem
inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
• § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III
do caput do art. 23 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao
acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
142
• § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização criminosa armada
ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória,
com ou sem medidas cautelares. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de
custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e
penalmente pela omissão. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo estabelecido no caput deste artigo, a não realização
de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade
competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva.
• (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) – Suspensa por decisão do Min FUX
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•Prisão Preventiva
144
Cabimento e competência
• Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal,
caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério
Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade
policial. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
• Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
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Fundamentos e requisitos
• Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução
criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de
perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
• quando houver:
• 1) prova da existência do crime e
146
Outros fundamentos
• § 1º A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento
de qualquer das obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art.
282, § 4o). (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de 2019)
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Casos de Admissão da Preventiva
• Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva:
• I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos;
• II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art.
• III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência,
• § 1º. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou quando esta não fornecer
elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se
148
• § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a
finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como
decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou
recebimento de denúncia. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
149
• Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada. (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou
contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• I - limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
• II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
• IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
• V - limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
• VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a
150
• Art. 316. O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a prisão
preventiva se, no correr da investigação ou do processo, verificar a falta de
motivo para que ela subsista, bem como novamente decretá-la, se
sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei nº 13.964,
de 2019)
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Conceito legal
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Cabimento
• Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
• III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência;
• IV - gestante;
• V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
• VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade
incompletos. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)
• Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.
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Prisão Domiciliar Mulher ou Gestante
• Art. 318-A. A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por
crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde
que: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
• Art. 318-B. A substituição de que tratam os arts. 318 e 318-A poderá ser efetuada sem prejuízo da
aplicação concomitante das medidas alternativas previstas no art. 319 deste
Código. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018).
155
Prisão Temporária – Lei 7.960/89
• Art. 1° Caberá prisão temporária:
• § 6° Efetuada a prisão, a autoridade policial informará o preso dos direitos previstos no art. 5°
da Constituição Federal.
• § 7º Decorrido o prazo contido no mandado de prisão, a autoridade responsável pela
custódia deverá, independentemente de nova ordem da autoridade judicial, pôr
imediatamente o preso em liberdade, salvo se já tiver sido comunicada da prorrogação da
prisão temporária ou da decretação da prisão preventiva. (Incluído pela Lei nº 13.869.
de 2019)
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Cuidado - LMP
• Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta
Lei: (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
• Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. (Incluído pela Lei nº 13.641, de 2018)
163
Obrigações do Afiançado
• Art. 327. A fiança tomada por termo obrigará o afiançado a comparecer perante a autoridade,
todas as vezes que for intimado para atos do inquérito e da instrução criminal e para o julgamento.
Quando o réu não comparecer, a fiança será havida como quebrada.
• Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento da fiança, mudar de residência,
sem prévia permissão da autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias de
sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar onde será encontrado.
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Questões pontuais - fiança
• Para sua concessão não precisa de prévia oitiva do MP (art. 333)
• Em caso de APF o delegado será competente para concessão, em caso de prisão por mandado a
competência é do Juiz (art. 332)
• A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado o processo (art. 334)
• Em caso de recusa da autoridade policial em fornecer a fiança, poderá ser esta requerida ao juiz em 48 h
(art. 335)
• O bem dado em fiança será usado para pagamento das custas, indenizações, multas e prestação pecuniária,
em caso de condenação (art. 336)
• Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da prescrição depois da sentença condenatória (art. 110 do Código Penal)
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Questões pontuais - fiança
• A fiança será cassada quando não cabível (por delito inafiançável, por
exemplo)
166
Quebra da fiança
• Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:
• I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo;
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Perda da Fiança
• Não se apresenta para cumprir pena (art. 344)
• Não havendo perda da fiança o valor restante será entregue a quem a tiver
prestado (art. 347)
• Em caso de fiança garantida por hipoteca essa será executada no juízo cível pelo
MP (art. 348), se for por objetos preciosos será leiloada (art. 349)
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Atenção
• Art. 350. Nos casos em que couber fiança, o juiz, verificando a situação
econômica do preso, poderá conceder-lhe liberdade provisória,
sujeitando-o às obrigações constantes dos arts. 327 e 328 deste Código
e a outras medidas cautelares, se for o caso.