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Teoria Geral Da Prova

1.1. Valoração Das Provas

 No direito brasileiro prevalece o sistema da livre convicção do Juiz motivada

 O juiz deve avaliar todas as provas apresentadas e formar seu convencimento motivando-o.

 Não existem provas mais importantes que outras

Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos
na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.

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1.2. Ônus Da Prova

 O ônus da prova recai sobre a parte que a alegar

 A simples alegação de determinado fato não é suficiente é preciso que seja comprovado

 Lembrando que o réu não precisa provar a sua inocência (in dubio pro reu)

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer

1.3. Provas Antecipadas

 O juiz pode ordenar a antecipação de determinada prova ainda na fase de inquérito;

Ex: oitiva de testemunha muito doente que corre risco de morte;

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas
urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida

1.4. Requisição De Provas Pelo Juiz

 O juiz pode ordenar a produção de prova que não foram requeridas pelas parte, se julgar
necessário para formar seu convencimento;

 Não fere a imparcialidade do juízo pois está de acordo com o Princípio da Verdade Real;

Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para
dirimir dúvida sobre ponto relevante.

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1.5. Meios De Provas No Processo Penal

 Os principais são: Testemunhal, Documental e Pericial

 Porém são admitidos quaisquer meio de prova lícitos

Ex: fotografias, filmagens, interceptação telefônica; objetos; email

1.6. Prova Emprestada

 É aquela produzida em um processo e levada a produzir efeitos em outro

 De acordo com a doutrina majoritária, a utilização da prova emprestada só é possível se


aquele contra quem ela for utilizada tiver participado do processo onde essa prova foi
produzida, observando-se, assim, os princípios do contraditório e da ampla defesa.

 Reforça o Principio da Economia Processual

 Segundo o STF, a utilização de prova emprestada desde que respeitado o contraditório e a


ampla defesa não ofende os princípios constitucionais do processo.

1.7. Encontro Fortuito De Provas

 Ocorre quando surgem provas de outros crimes que não constam no objeto inicial de
determinada investigação

 Se os crimes forem conexos amplia-se o objeto da investigação inicial

 Se forem crimes não conexos instaura-se nova investigação

 Se as pessoas arroladas nos novos fatos tiverem foro especial remete-se a investigação à
autoridade competente

 Tanto o STF como o STJ entendem válidas esses provas obtidas fortuitamente

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