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Direito Processual Penal II

Pegar a primeira aula do dia 06/02 com alguém.


Aury Lopes, Cleber Masson. RSC projetos, site pra concurso. Um juiz disse
que pra passar não tem formula, precisa ter disciplina e resiliência, esses
métodos de internet são estelionato.

13/02
 4 fases para a captação (produção) da prova:
A primeira é o requerimento, ou seja, a parte que quer produzir a prova
tem que requerer a produção de provas, porque tem que requerer?
Porque só podem ser produzidas as provas que são pertinentes,
necessárias para o esclarecimento do fato. Na pratica funciona assim: a
acusação quando oferece a denúncia ou a queixa e a defesa quando
apresenta a resposta a acusação sob pena de preclusão.
O segundo momento é da admissão da prova:
Uma vez apresentado o requerimento de produção de provas nós
passamos para a admissão e quem faz isso é o juiz que analisa se aquelas
provas que foram postuladas são de fato pertinentes. Sendo elas
necessárias, as provas são admitidas, mas caso fique claro que aquela
prova é protelatória o juiz indefere a produção da prova postulada.
A terceira fase é a efetiva produção da prova:
Quando a prova é deferida podemos ir para a efetiva produção da prova,
mas nem sempre a prova tem o efeito esperado, tal como a testemunha
que na hora do juízo fala coisa diversa do que tinha dito antes de ser
levada para testemunhar.
Por fim chegamos à avaliação da prova:
Esta etapa é após a produção da prova em que aquele que vai julgar
analisa as provas que foram produzidas, falando qual prova o convence e
qual não convence, quem faz isso é o juiz com base nas provas que
existem nos autos.

13/02
Direito a prova
Este direito vincula-se diretamente ao chamado direito de ação que está
no art. 5º inc. XXXV da CF e este é vinculado ao devido processo legal que
está no art. 5º inc. LIV e também a ampla defesa e ao contraditório que
está no art 5º inc. LV.
Todos princípios estão ligados a um elemento principal que é a prova
porque como pode o MP acusar alguém sem prova? Então o MP tem
direito a prova, se não ele não consegue demonstrar/convencer que
aquele fato aconteceu e quem se defende? Como pode demonstrar que o
crime não existiu ou o que aconteceu é outro crime? É por meio da prova.
O direito a prova é direito de qualquer parte que atua no processo.
Quando há uma violação do devido processo legal? Quando a parte é
impedida de produzir prova em sentido contrário, isso gera nulidade. E se
houve nulidade é como se aqueles fatos nunca tivessem existido. Vale
ressaltar que toda violação para acarretar nulidade tem que gerar
prejuízo.

 Conceito de prova:
Não há um conceito unanime, mas a origem etimológica da palavra prova
vem do latim “probo” ou “probatio” qual é a ideia dessas palavras? Traz a
ideia de inspeção, verificação, confirmação, demonstração por isso
devemos olhar a prova por mais de uma perspectiva.
O mais adequado talvez seja o do Ângelo Bonfim traz “prova é um
elemento racional para a demonstração de um fato”.
Em suma, a prova é todo e qualquer elemento licito que serve para
demonstrar a existência de um fato e como se deu esse fato. No processo
a prova é aquilo que é submetido ao contraditório judicial, se não tiver
contraditório não é prova.
- Três acepções (perspectiva) da prova:
Prova como atividade probatória: consiste no conjunto de atividade de
verificação e demonstração, mediante as quais se procura chegar à a
verdade dos fatos relevantes para o julgamento. Nesse sentido identifica-
se o conceito de prova como a produção dos meios e atos praticados no
procedimento visando o convencimento ou não do julgador acerca dos
fatos alegados. Então olhar por essa acepção é produzir as provas que eu
entenda que são necessárias/adequadas para influenciar a formação de
convicção do julgador.
Ampla defesa: é poder utilizar de todos os meios lícitos e legais com a
finalidade de convencer/influenciar o julgador, chamado de entidade
decidenda.
Prova como resultado: caracteriza-se pela formação da convicção no curso
do procedimento acerca da existência, ou não, de determinada situação
fática. Só é prova aquilo que serviu para convencer o juiz, todos os demais
elementos que o juiz não utilizou não é considerado prova, isso ser utilizar
o conceito de prova como resultado.
Prova como meio ou meio de prova: são os instrumentos ou atividades
pelas quais os elementos de prova são introduzidos aos autos do
processo. Ex: tira fotos do crime e juntar no processo. Ex: testemunho,
laudo pericial, documento. O local é onde está a prova. O maior cuidado
tem que ser com o meio de prova porque se for violado pode contaminar
a prova, assim correndo o risco de perder a prova.
Testemunho é diferente de prova testemunhal e testemunha. Prova
testemunhal é a prova como resultado e não como meio. Pericia é a prova
como atividade, o laudo pericial é a prova como meio. O que a
testemunha (fonte da prova) fala é o testemunho que é a prova como
meio.
Temos 2 elementos, um é chamado de prova o outro não é tratado como
prova, vale ressaltar que só é prova o que passar pelo contraditório
judicial, qualquer elemento de convicção (elementos que servem para
convencer aquele que vai julgar) qualquer elemento de convicção que não
for submetido ao contraditório judicial, é chamado de elemento
informativo ou elemento de informação.
- Elementos informativos: são aqueles colhidos sem a participação
dialética (dialética é a oportunidade de contrapor os fatos trazidos) das
partes (investigação/inquisitiva), sem a observância do contraditório e da
ampla defesa (IP, CPI, CPM), não havendo nesse momento acusado ou
réu. Só é réu ou acusado aquele que figura como parte do procedimento
penal e figura como parte a partir do momento que a denúncia é recebida
(processo criminal em desfavor), antes disso é suspeito, investigado ou
indiciado. Delegado, Polícia militar, MP, e afins não produzem prova,
produzem elemento de informação e serve para por exemplo, decretar
prisão preventiva ou temporária, expedição de mandado de busca,
expedição de mandado de apreensão, serve pra determinação de
afastamento de sigilo bancário, telefone e afins, mas não serve de forma
exclusiva condenar.
- Elemento de prova: são todos os dados que confirmam ou negam uma
asserção a respeito de um fato que interessa a decisão da causa e que
forma submetidos ao crivo do contraditório judicial.
Vide art. 155/CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da
prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
Em suma, o juiz deve decidir conforme a prova produzida em
contraditório judicial mas pode formar o seu convencimento nos
elementos informativos, exemplo de prova cautelar, interceptação
telefônica que além de ser cautelar pode ser não repetível. Ou no caso de
prova antecipada que é o tipo de prova produzida fora do prazo, vide 395,
396, 396 – a e 397, na pratica existe um momento adequado para produzir
a prova, entretanto não da pra esperar porque a testemunha está fazendo
tratamento contra o câncer e ele pode morrer a qualquer hora então
adianta a produção da prova, vide art. 225/CPP. Prova não repetível é
aquela que não da pra repetir, ou faz naquele momento ou não da, por
exemplo, exame de corpo de delito. Então essas provas descritas no 155
são provas porque passam pelo contraditório só não serão produzidas em
audiência, mas são provas e podem ser usadas para condenar. O juiz pode
usar os elementos de informação para condenar? Pode, mas não de forma
exclusiva, o que não pode é não ter provas e o juiz condenar somente com
base nos elementos de informação, mas pode condenar somente com
base em cautelar, não repetível e antecipada.
 Fontes de Prova
É a expressão utilizada para designar ou as coisas ou as pessoas das quais
se possa extrair a prova. quem é o destinatário da prova? é a quem vai
decidir juiz/julgador, são todos aqueles que devem formar a convicção
acerca do fato.
a) Fontes Pessoais: são as pessoas, significa que a prova está na
pessoa, por exemplo, estupro, testemunha, lesão corporal.
b) Fontes Reais: é quando a pessoa está com a pessoa, por exemplo, a
prova está no celular, documento.

06/03
Meios de obtenção da prova, meios de aquisição da prova e meios de
prova e suas consequências?(procurar na doutrina)
Porque há diferença entre meio de prova e meio de investigação da prova
e quais as consequências quando algum dos dois é violado é importante?
Vide art. 563 do CPP. Porque havendo violação quanto ao meio de prova a
consequência é a nulidade do ato, se for uma nulidade irrelevante nem se
reconhece, se for nulidade relativa para que ela seja reconhecida precisa
de duas coisas, primeiro a parte alegar a nulidade no primeiro momento
que falar no processo (sob pena de preclusão) e segundo comprovar o
prejuízo, se não alega no primeiro momento pode ter até o prejuízo mas
ela não será acolhida em momento posterior, se alegada no primeiro
momento então é possível que seja acolhida desde que demonstre o
prejuízo, se não demonstrou não será acolhida. Se a nulidade for absoluta
ela não fica sujeito a preclusão porque pode ser alegada a qualquer tempo
e em qualquer instancia, entretanto é preciso demonstrar o prejuízo.
Quando a nulidade é irrelevante? Quando o juiz não utiliza aquela prova
produzida para formar a convicção. O prejuízo é demonstrado por
exemplo, o juiz ouviu 3 testemunhas para formar a convicção mas duas
não sabiam o motivo do crime mas uma delas que foi porque recebi para
matar, ai configura homicídio qualificado, então se tirar o testemunho
dela altera a decisão judicial agora se deixar a qualificadora será acolhida
causando um prejuízo à parte, então para configurar prejuízo tem que
hipoteticamente tirar a prova e se o resultado for o mesmo não tem
prejuízo, se alterar significa que causou prejuízo. Quando acontece a
nulidade? Quando estamos produzindo a prova (meios de prova). A prova
que teve nulidade pode se refazer.
Agora se houver violação da lei quanto aos meios de investigação (está
buscando a prova) da prova haverá inadmissibilidade (ilicitude da prova) e
a prova alcançada será considerada ilícita e contamina todas as outras que
tenham nexo de causalidade com ela, não se refaz e não se aproveita. Esse
pode alegar a qualquer tempo e em qualquer tribunal.
Diferença de nulidade e anulação? A nulidade é como se o ato nunca
tivesse existido e a anulação é o ato existe, é valido enquanto a anulação
não for declarada.

 Objeto da prova (procurar na doutrina)


São os fatos jurídicos, os fatos que interessam a pacificação social, ao
dissídio da causa.
OBS: em processo penal ate os fatos incontroversos precisam ser
provados sob pena de não ter o reconhecimento daquele fato. O que é um
fato incontroverso? É um fato alegado por uma parte e confirmado pela
outra. O que não precisa provar é o direito civil nacional (direito federal),
ou seja, é aquele que está no código civil que nos chamamos de lei federal
que vale para todos os entes da federação, então todas as leis federais
não precisam ser provadas porque dela emanam todo o direito e o juiz
conhece o direito “iura novit curia”. Agora se estiver discutindo um direito
estadual, municipal ou que está em uma instrução normativa e afins, essa
precisa provar o direito, não basta provar o direito precisa provar a lei, por
exemplo, temos feriados nacionais e estaduais, o juiz conhece os
nacionais, mas as horas de estadual tem que provar. Em suma, não basta
alegar o fato precisa comprovar a existência da lei, exceto o de ordem
federal. A regra do processo penal é que tudo precisa ser provado salvo
direito nacional, a exceção são os chamados fatos que independem
(dispensam a prova) de prova:
- Fatos axiomáticos ou intuitivos: são os fatos evidentes; a evidencia nada
mais é do que o grau de certeza que se tem do conhecimento sobre algo.
Por exemplo, se o fato é evidente a convicção já está formada, ocorre nos
casos em que a pessoa segue o marido ate o motel e o vê com outra
pessoa, nesses casos não precisa da imagem do ato sexual porque a
convicção já está formada, ou seja, é evidente o grau de certeza que a
situação traz que dispensa a prova, vide art. 162/CPP § único que da como
exemplo as mortes violentas, traumatismo craniano e afins, mortes que
não precisam fazer exame de corpo de delito interno (abrir o corpo para
ver o que levou a morte) nesses casos o legista só atesta a morte. Em
suma, fatos evidentes independem de prova.
- Fatos notórios: são aqueles de conhecimento geral em determinado
meio, cujo o conhecimento esta inserido na cultura normal e própria de
determinada esfera social no tempo em que ocorrer a decisão. Por
exemplo, fatos históricos ou políticos, datas e afins, como natal. Por
exemplo, eu não preciso extrair documento pra provar que Brasília é a
capital do Brasil pra provar que aquele é o juízo competente.
- Presunções legais: são verdades que a lei cria que tem o nome de
presunções e se dividem em absolutas e relativas mas ambas são verdades
criadas pelas leis, por exemplo, todos que tem a saúde mental perfeita e
são menores de 18 anos são penalmente inimputáveis (menor de idade),
essa é uma presunção absoluta porque não tem nem uma exceção. As
presunções absolutas são verdades criadas pela lei e que a mesma não
abre espaço para exceções, são as chamadas “juris et de jure”, ou seja,
não se admite prova em sentido contrário. Outro exemplo: o art. 217 – a,
caput, do CP que é sobre estupro de vulnerável, em que o menor de 14
anos é vulnerável, é uma presunção absoluta porque não posso tentar
provar que ela não é vulnerável, não tem como fazer prova de que ela é
vulnerável. Em suma, as presunções não precisam ser provadas, precisa
provar o fato. A relativa também é uma verdade só que é “Juris Tantum”,
porque admite prova em contrário, por exemplo, todos os que tem 18
anos são maiores de idade? Depende porque ele pode ter problema de
ordem mental aí será tratado como inimputável, aqui admite prova em
sentido contrario e por isso, é uma presunção relativa. Exemplo de
presunção relativa, art. 217 – a § 1º do CP.
 Ônus da prova
Conceito: é um encargo (fica responsável por algo). Encargo e dever são
diferentes, dever é uma obrigação que se for descumprido, pode gerar as
consequências de não cumprir o dever mais penalidades que o estado
pode aplicar, por exemplo, tenho que comparecer a uma audiência, mas
não compareço, o efeito dessa audiência é a confissão ou revelia e o juiz
ainda pode aplicar uma multa. No caso do encargo, só sofre as
consequências da omissão, ainda usando como exemplo a ausência na
audiência, vai gerar apenas a confissão ou revelia isso se a audiência fosse
um encargo, no encargo o agente sofre apenas os efeitos da inercia, não
cabendo multa e afins. Em suma, o ônus da prova é um encargo e o efeito
do não cumprimento é a perda da ação. Conceito: o ônus representa um
imperativo do próprio interesse, situado da liberdade. Assim, ainda que
aja o seu descumprimento não haverá qualquer ilicitude da parte,
sofrendo como consequência resultado desfavorável no processo. Em
suma, o ônus da prova nada mais é do que os encargos que a parte tem de
provas os fatos que ela alegou, vide art. 373 do CPC “princípio distributivo
do ônus da prova”. e art. 156 do CPP também é este princípio (o ônus da
prova cabe a quem alega). Não tem inversão do ônus da prova, no civil o
ônus da prova é flutuante (quando alega fato extintivo, constitutivo ou
modificativo do direito), no processo penal é estático (cada um tem que
provar o que alega) em razão do principio da presunção de inocência.
- Ônus da prova objetivo
Funciona como uma regra de julgamento, é dirigido ao juiz/julgador, ou
seja, o que se busca no processo penal é a condenação de alguém, então
quando alguém comete crime significa que supostamente alguém violou a
lei penal ai cabe ao estado verificar se realmente existiu essa violação,
qual violação foi e em que nível foi essa violação da lei penal para ai sim,
poder punir, por isso temos o chamado devido processo legal, em que o
estado instaura o procedimento e traz os fatos supostamente praticados,
a pessoa tem o direito de ampla defesa e ao final o julgador profere a
decisão, condena, absolve ou declara prescrição, decadência e afins.
Então, quando chegamos na fase final do procedimento, o juiz
necessariamente tem que proferir uma sentença.
A natureza jurídica das sentenças? A sentença penal que condena tem
natureza condenatória, a que absolve é absolutória e tem a que extingue
o processo com e sem resolução de mérito (isso é no civil), extingue sem
resolução quando por algum motivo (exemplo, prescrição, preclusão ou
decadência) não é possível analisar o mérito do processo. A extinção sem
resolução de mérito, aqui no penal é chamada de sentença penal
meramente declaratória, porque ela não condena e nem absolve, apenas
declara a prescrição, perempção ou outro motivo.
Conceito: o ônus da prova objetivo funciona como uma regra de
julgamento a ser aplicada pelo juiz, quando permanecer em dúvida no
momento do julgamento.
No processo a regra é “in dubio pro Societate”, ou seja, na dúvida em
favor da sociedade. Qual é o fundamento jurídico disso? Não tem na lei,
nem na CF, mas se olhar as decisões judiciais, jurisprudências e isso é
aplicado. Na pratica, tem hora que parece suspeito e hora que não, então
instaura o IP. Isso é aplicado até o final do procedimento, mas se a dúvida
permanecer até o momento decisório ai torna-se “in dubio pro reo”, na
dúvida é em favor do réu, então durante o procedimento é em favor da
sociedade, mas nos momentos de julgamento é em favor do réu. Em
suma, essa regra de julgamento direcionada ao juiz chamada de ônus da
prova objetivo é justamente que no momento decisório ele não pode ter
dúvidas e se o juiz permanece em dúvida, ele tem como dever decidir em
favor do réu (se houver duvidas a sentença é absolutória), só pode
proferir uma sentença quando tiver certeza processual.
Então quando o juiz tem certeza que não ocorreu ele absolve de uma
forma, quando ele está na dúvida ele absolve de outra forma, vide 386 do
CPP.
- Ônus da prova subjetivo
É o encargo que recai sobre cada uma das partes de buscar as fontes de
provas capazes de comprovarem as afirmações por elas feitas ao longo do
processo, introduzindo-as aos autos através dos meios de prova
legalmente admitidos (acusação e defesa, autor ou réu do processo
penal). É um encargo probatório.
 Distribuição do Ônus da prova
No processo penal, em razão da presunção de inocência existem duas
correntes doutrinarias, uma que fala que o ônus da prova no processo
penal também é dividido entre a acusação e a defesa (o encargo seria, se a
defesa alegar, tem que provar as excludentes de ilicitude, tipicidade,
nulidade). E uma outra corrente fala que em razão dessa presunção o réu
não tem que provar nada porque tudo presume a favor dele, cabe a quem
alega afastar essa presunção, é mais do que somente uma presunção é
uma clausula pétrea, então todo o encargo é da acusação, Aury Lopes
defende essa. Em suma, o estado teria que provar tudo, dolo, culpa,
qualificadoras, causa de aumento, agravante, entretanto, se o réu alegar
uma atenuante, causa de diminuição, desclassificação e afins, o réu não
tem o ônus de provar basta alegar, quem tem que afastar o que foi
alegado é a acusação. Se o réu alegar algo e a acusação não conseguir
afastar e o réu não conseguir demonstrar de fato o que está alegando, o
juiz deve decidir em favor dele.
- ônus da prova da acusação
a) fato típico
b) autoria/participação
c) relação de causalidade
d) elemento subjetivo do agente

- ônus da prova da defesa (se alegar)


a) excludentes
b) atenuantes
c) desclassificação
d) causas de diminuição

caso não consiga provar o que alega a única consequência é processual,


não consegue provar o direito do qual se tratava aquela prova (mesmo
que seja extintivo, modificativo ou impeditivo). não pode ter outro tipo de
punição por parte do Estado.
- O ônus da prova é todo da acusação e não existe inversão do ônus da
prova.

13/03
Na maior parte do tempo ele repetiu a aula acima
 Sistema de avaliação da prova
a) Convicção intima do juiz ou da certeza moral
b) Prova legal ou tarifada – certeza moral do legislador
c) Livre convencimento motivada ou persuasão racional do juiz.
20/03
 Prova
Pegar conceito com os colegas
A prova já esta nos autos do processo, por exemplo, uma pessoa é juiz e
atua na instrução do processo então toda a prova foi produzida para
aquele julgador, ai encerra e isso gera a prova produzida mas a juíza é
exonerada por baixa produtividade e então é nomeado outro juiz para
conduzir o processo mas ele não presidiu a produção da prova então
como ele vai dar uma sentença? Fica difícil. Temos princípios relativos à
prova e um deles está no art. 399 § 2º do CPP, fala que a regra é que o
julgador que preside a instrução tem que julgar e porque essa regra?
Porque foi ele que teve contato com todos os envolvidos no processo, aí
pode ver a fala, expressão corporal e assim além das provas formar a sua
convicção para proferir uma melhor sentença.
 Sistema de avaliação da prova
a) Convicção intima do juiz ou da certeza moral do julgador.
De acordo com o sistema da intima convicção o juiz é livre para valorar as
provas, inclusive aquelas que não se encontram nos autos do processo,
tem ele ampla liberdade de avaliação e não obrigado a fundamentar o seu
convencimento. Na pratica, o julgador é livre para valorar aquilo que ele
acha que é prova, qualquer elemento que ele entenda como prova ele
pode usar para formar a convicção sem a necessidade de fundamentação
ou crivo do contraditório. Pode ser porque ouviu algo nas redes sociais, no
bar, em uma conversa e afins. Segundo esse sistema não precisa
fundamentar e nem dizer qual é a fonte de prova, nem precisa estar nos
autos do processo. Essa modalidade existe no Brasil? A modalidade dele
poder julgar alguém sem analisar as provas que estão nos autos, sem
precisar fundamentar, existe sim no Brasil, no tribunal do júri.
A regra é outra, é do artigo citado abaixo, mas foi adotada essa exceção
no tribunal do júri, então quem vai no tribunal do júri não precisa
fundamentar, até o voto é secreto, vide art. 472/CPP. Então o jurado, no
tribunal do júri, quando julga os crimes dolosos contra a vida não esta
amarrado a letra da lei porque usa o sistema do 472 e não tem obrigação
de fundamentar e a decisão (voto) é secreta. Então no tribunal do júri o
julgador forma a convicção de acordo com o critério moral dele.
Vide art. 93 da CF, inciso IX, em que fala que todas as decisões do
judiciário devem ser fundamentadas sob pena de nulidade. Ato judicial é
público salvo as hipóteses em que o juiz pode restringir a publicidade
(segredo de justiça).

b) Prova legal ou tarifada ou certeza moral do legislador.


Esse sistema próprio do poder inquisitivo trabalha com a ideia de que
determinados meios de prova têm valor probatório fixado em abstrato
pelo legislador, cabendo tão somente ao magistrado apreciar conjunto
probatório e lhe atribuir o valor conforme estabelecido pela lei. Então
quando se adota esse sistema cada prova tem o valor pré-definido pela lei
e deixa o magistrado dosimetricamente vinculado aquelas provas e ao
final por uma regra matemática aplica o resultado. O nosso código a
adota? Vide art. 158/CPP, quando a infração penal deixar vestígios é
indispensável o exame de corpo de delito direto ou indireto, então
quando crime deixa vestígio como fazer a prova? somente com exame de
corpo de delito, então quando o crime deixa vestígios a prova é o exame
de corpo de delito direto ou indireto mas se não der pra fazer o exame
direito ou indireto? Que é nos casos em que os vestígios desapareceram
como fazer a prova? o exame de corpo de delito direto é o feito pelo
legista de forma presencial há o contato direto com o corpo da vítima, o
exame indireto é quando a vitima faz fotos e vídeos, ai será feita uma
pericia das imagens, do dia em que foi feita, vai no local pra ver os ângulos
e afins. Se os vestígios (exemplo, marcas da agressão física)
desapareceram a prova testemunhal pode suprir, vide art. 167/CPP. Então
a prova máxima é o exame de corpo de delito e a confissão do acusado
não vale nada, se não conseguir fazer o exame, existe uma prova
intermediaria que é a prova testemunhal. O legislador deu valor as provas.
Nos crimes que deixam vestígios a confissão não vale nada, mas pode ser
usada pra reforçar outra prova caso tenha o exame ou prova testemunhal.
O art. 197/CPP trata sobre a confissão, esta é valorada de acordo com os
demais meios de prova mas para a validação dela é necessário confrontar
ela com outros meios de prova e verificar se entre a confissão e as outras
provas há concordância e compatibilidade, por exemplo, o exame de
corpo de delito confirma a confissão? Então pode usar, agora se o corpo
de delito afasta a confissão, descarta a confissão. Em suma, só a confissão
não supre outros meios de prova e a confissão para ter validade precisa
ser confirmada por outros meios de prova.
Resumindo: em alguns crimes, os que deixam vestígio o nosso legislador
acabou adotando também como exceção, pelo menos em parte (porque
se tem uma única testemunha ela pode ser usada para suprir) a chamada
teoria da prova legal ou tarifada. E para crimes que não deixam vestígios
como o do estado civil adota também o da prova legal por causa do valor
das provas. O Brasil não o adotou em sua integralidade tendo em vista
que afastou a parte da “confissão ser a rainha das provas” e também se
tiver uma testemunha aceitamos, usamos apenas uma parte dele. Essa
modalidade é aplicada para provar o estado da pessoa e nos crimes que
deixam vestígios. ESTUDAR BEM ISSO Aqui.
Outro exemplo: é no art. 155 § único do CPP, quando tem que provar o
estado da pessoa, como que prova que é solteira? Podem ter várias
testemunhas, mas só consegue provar com certidão de nascimento, da
mesma forma o casamento e a morte, não consigo provar com o que eu
bem entender, somente com aquilo que a lei estabelece como prova. aqui
a lei criou uma prova que tem valoração.
Esse sistema cria duas coisas, a primeira é de que a confissão é a rainha
das provas, ou seja, segundo esse sistema havendo confissão do réu
nenhuma outra prova é capaz de desconstituir ela, mas como ela é própria
do sistema inquisitivo, sistema em que vale a tortura não é tão confiável. E
cria aquela ideia de uma única testemunha equivale a ausência de prova
que é “testis unus, testis nullus”, ou seja, prova única, prova nula (ou uma
testemunha é igual nenhuma testemunha), se só tem uma testemunha
não tem prova suficiente, mas se levasse duas testemunhas e elas
contassem mentira, a mentira passaria a ter validade e a verdade contada
por uma não, a confissão valeria não importando como foi conseguida.
Nesse sistema o legislador fala que só é considerado como prova aquilo
que passa pelo crivo do contraditório judicial, mas não basta só isso, prova
tem valor e quem define esse valor é o legislador, fala qual prova vale
mais, qual prova vale menos, qual não vale nada e o juiz age como um
matemático e vai somando as provas para chegar em um determinado
resultado.
c) Livre convencimento motivada ou persuasão racional do juiz.
Essa é a regra, vide art. 93, inciso IX da CF ou art. 155/CPP “caput”. Como
o juiz julga? Avaliando a prova, de que forma ele avalia? De forma livre,
mas é uma liberdade que tem que ser justificada, fundamentada, pode ser
a testemunha que eu ouvi lá no boteco? Não, porque esta nem
testemunha é, tem que formar a convicção pela livre apreciação da prova,
sendo que só é prova aquela que é produzida em contraditório judicial,
então só vale se foi ouvida em contraditório judicial. Então o juiz, ele pode
escolher a prova que ele quiser nos autos do processo, mas tem que dizer
porque ele a escolheu, porque ela o convence, qual o detalhe que ela tem
e as outras não e afins, caso não faça isso a decisão não é justificada e
nem fundamentada, isso vale para qualquer decisão do juiz. Só pode
escolher as provas do auto do processo, tem que ser decisão racional e
não que faça sentido só para o juiz. Esse é o sistema que o nosso
legislador adotou, o sistema do livre convencimento motivado ou da
persuasão racional do juiz.
Art. 315/CPP e parágrafos e incisos ensina como fundamentar.

Conteúdo da prova é ate o sistema de avaliação da prova, teoria geral da


prova, fases de captação da prova, direito a prova, prova como atividade
probatória, prova como meio, prova como resultado, a distinção entre
prova e elemento informativo, o que é meio de prova, finalidade da prova,
destinatário da prova, fatos que não precisam ser provados, prova direta,
prova indireta, ônus da prova.
06/02 faltei na aula
13/02 ok
20/02 carnaval
27/02 fui assistir aula dos calouros
06/03 ok
13/03 ok
20/03 ok
27/03 FALTEI
10/04 atualizar no fds proprio

27/03
Finalidade da Prova
Ela serve para formação da convicção de quem vai julgar (órgão julgador)
 Meios de investigação ou meios de obtenção da prova
Procedimento que tem por objetivo conseguir provas materiais, regulados
por lei, em regra extra processual, e que podem ser realizados por outros
funcionários públicos que não é o juiz.
Prova licita ou ilícita (meio de obtenção de prova), a ilícita é considerada
inadmissível.
 Meios de Investigação da Prova
Elemento idôneos para a aquisição da prova material.
 Meios de prova
São elementos idôneos a formação da convicção do julgador.
 Efeitos
- Meios de obtenção da prova:
Em regra, são executados na fase preliminar de investigação, o que não
afasta a possibilidade de execução no curso do processo, de modo a
permitir a descoberta de fontes de prova que serviram para a formação da
“opinio delicti”.
São atividades extra processuais.
São executados, em regra, por policiais aos quais seja outorgada a
atribuição de investigação de infração penal, geralmente com previa
autorização e constante fiscalização judicial.
São praticados com fundamento na surpresa, com desconhecimento do
investigado.
Se praticados em desconformidade com o modelo típico, ocorrerá a
ilicitude, com consequente desentranhamento dos autos. OBS: se houver
violação, não há como refazer a prova – inadmissibilidade da prova
gerando a prova ilícita.
- Meios de prova:
Em regra, são realizados na fase processual penal, opcionalmente na fase
investigatória, devendo ser observado o contraditório, ainda que deferido
(prova antecipada).
São atividades endo processuais.
São atividades desenvolvidas perante ao juiz competente, em regra, o juiz
que preside a instrução, deverá julgar o caso (art.399 CPP).
São produzidos sob o crivo do contraditório com prévio conhecimento e
participação das partes.
Se praticados em desconformidade com o modelo típico, são sancionados,
em regra, com a nulidade absoluta ou relativa. OBS: só se declara nulo se
houver prejuízo (art. 563 CPP).
 Prova direta
A prova direta destina-se a comprovar a alegação de um fato, ou seja, com
única operação (atividade/raciocínio) inferencial o juiz tem conhecimento.
 Prova indireta
Destina-se a demonstrar fatos secundários ou circunstancias (indícios), por
meio dos quais o juiz, em raciocínio dedutivo (para chegar a uma
convicção).
 Objeto de prova
Consiste no fato que se pretende provar, representado pela alegação da
parte. O conteúdo nada mais é que o fato provado, entendido como
enunciado veiculado, independentemente da apreciação do julgador. É o
fato jurídico em sentido amplo.
 Fatos incontroversos
No CPC, com o principio da veracidade, se não houver uma impugnação
presume-se a verdade. No CPP não, todo e qualquer fato precisa ser
provado, pela presunção de inocência tudo o que for alegado pela parte
tem ser provado.

10/04
A regra que vigora no direito processual penal é o principio da liberdade
da prova em que permite que pode produzir qualquer meio de prova
estando ele previsto em lei ou não a limitação é que não pode se valer de
prova proibida.
 Prova proibida
- Prova ilegítima é aquela que é produzida com violação a norma de
direito processual (CPP), quando viola uma norma de direito processual
(ferramenta para o exercício do direito), essa violação ocorre no momento
da produção da prova, como regra viola uma norma de direito processual,
acarreta a ilegitimidade. Ex: vamos fazer a defesa do júri e a lei determina
que qualquer prova deve ser juntada com 3 dias de antecedência, mas não
juntou e na hora da audiência quis exibir ai não cabe, é violação
processual.
- Prova ilícita é aquela obtida com violação as normas constitucionais ou
de direito material, vide art. 5º inciso LVI da CF/88. Então todas as vezes
que a violação ocorrer no momento da obtenção do meio de prova,
acarreta a ilicitude da prova. ex: caso do policial que entra na casa sem
mandado, viola norma constitucional, porque é asilo inviolável.
- Prova inominada é aquela que não está prevista/regulamentada em lei,
mas pode ser utilizada, exemplo provas digitais.
 Tratamento da inadmissibilidade da prova ilícita e ilegítima
- Sistema da Inadmissibilidade (norte-americana)
Em 1988, o Brasil com a nova Constituição deixou claro que esse foi o
sistema adotado vide o art. 5º inciso LVI. Então tratando-se da prova ilícita
o sistema de tratamento é o da inadmissibilidade, significa que é
inadmissível no processo não podendo ser juntada nos autos do processo
e se for juntada tem que ser retirada. Vide art. 157 § 3º do CPP.
- Sistema das nulidades (europeu)
Art. 563 (regra) e 564 do CPP. Quando a prova for ilegítima adota o
sistema da nulidade (nula). Ex: art. 207 do CPP, em que o padre, medico,
advogado não pode testemunhar.
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se dá nulidade não resultar
prejuízo para a acusação ou para a defesa.
Para declarar nulidade tem que acarretar em um prejuízo.
Ex: se o réu foi condenado com base em uma prova ilícita e o MP recorreu
para pegar mais pega o TJ pode verificar essa questão e declarar a
inadmissibilidade da prova e julga a partir da outras, se as outras não
forem suficientes tem que soltar. Agora se o réu for absolvido no 1º grau e
interpõe recurso pra mudar o fundamento aí chegou no TJ e o tribunal
verifica que ele foi absolvido com base na prova ilícita ai mantem a
absolvição porque não pode ter “reformatio in pejus”, agravar a situação
do réu com base no recurso dele mesmo não pode, nesse caso o MP ou
autor deve interpor o recurso.
- A nulidade pode ser:
1. Absoluta, esta pode ser alegada a qualquer tempo e em qualquer juízo
ou tribunal pode alegar até depois do trânsito em julgado (réu). É absoluta
quando causa um dano irreparável. Caso a nulidade absoluta prejudique a
acusação, esta tem que ser declarada até antes do trânsito em julgado da
ação judicial, se passou não pode mais alegar, nesse caso a única pessoa
que teria o instrumento processual para requerer a nulidade é o réu que é
condenado através da revisão criminal. Tem que demonstrar o prejuízo. A
nulidade absoluta não permite que a prova seja refeita.
Ex: tem profissões que tem o dever/obrigação de guardar segredo no
exercício da função, tal como, psiquiatra, padre, advogado, psicólogo e
etc... então o padre foi ouvido no processo criminal e o padre levou
informações que recebeu no confessionário, então ele ao saber do crime
necessariamente torna-se testemunha, mas é testemunha nula/proibida
por causa o dever de guardar segredo. No mesmo sentido, o cliente que
comete crime e procura um advogado então menciona o crime, mas não
fecham acordo, então o cliente vai buscar um advogado até fechar o
contrato, cada um desses não pode testemunhar, vide 207/CPP.
2. Relativa, esta tem que ser alegada/arguida na primeira oportunidade
que a parte tem para falar nos autos sob pena de preclusão (perde o
direito de manifestar), ou seja, aquela prova que é nula relativamente
passa a poder ser utilizada. A nulidade relativa permite que a prova seja
refeita.
Ex: todos as pessoas que vão prestar depoimento na condição de
testemunha antes de serem inquiridas o juiz tem que compromissar a
testemunha, porém o juiz acaba esquecendo e aí ela começa a ser ouvida
sem o compromisso de falar a verdade e o MP não alega a nulidade então
esta prova passa a ser válida. Agora se durante o ato de inquirição o juiz
percebe que esqueceu, nesse caso o juiz tem que começar tudo de novo e
aí se a pessoa mentir comete o crime de falso testemunho. a
3. Irrelevante, não causa nenhum prejuízo e nunca será declarada porque
não gera prejuízo.
A declaração de nulidade está subordinada:
1. Nenhuma será declarada se não gerar prejuízo para a parte que a
requer, vide 563. Ou seja, a defesa só pode pedir nulidade se gerar
prejuízo para a defesa tendo que provar que a nulidade causou o prejuízo
(se não provar não declara) e vice-versa. “pas de nullité sans grief” é a
máxima do direito francês que fala que nenhuma nulidade será declarada
se não houver prejuízo.
2. Nenhuma das partes pode arguir nulidade a que deu causa, ou seja, a
defesa deu causa a nulidade, esta não pode arguir para se favorecida por
isso, vale ressaltar a máxima de que ninguém pode se valer da própria
torpeza. Vide 565/CPP.
3. Nenhuma das partes pode arguir nulidade que só interessa a parte
contraria, vide 565/CPP é o chamado principio da lealdade e boa-fé.
4. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver
influído na apuração da verdade ou da decisão da causa, ou seja, se teve
influência na decisão do juiz, se sim declara, vide 566/CPP.
Caso prove esses elementos aí sim a nulidade pode ser declarada.

17/04
CASO: todos sabemos que existe o princípio da inviolabilidade do
domicilio (art. 5º inc. XI/CF) mas a lei põe a salvo exceções, então
imaginemos que a autoridade policial representou pela busca e apreensão
na casa de uma determinada pessoa e esta pessoa esta sendo acusada
pelo crime de roubo de um notebook, então a autoridade policial esta
autorizada a somente os locais onde é possível guardar o notebook, se
acessar um local onde não é possível guardar o notebook, o policial já
violou os limites do mandado de busca e apreensão e já extrapolou o
limite da inviolabilidade do domicilio, então ao acessar um local onde não
cabia o domicilio, o policial encontrou um elemento de prova e aí se
apossou essa prova será anulada ou qualquer outra eventual prova,
mesmo que ele não toque nela, ou então ele viu a prova mais ela está em
outro local e representa por um novo mandado mesmo assim a prova é
nula porque ele só teve ciência/conhecimento dessa prova por meio da
inviolabilidade do domicilio, então acarretou a ilicitude da prova. o policial
ao receber a ordem judicial só pode fazer o que foi autorizado, se for ir
além pode acarretar na ilicitude ou nulidade da prova.
Qual é o efeito da ilicitude de uma prova? vide art. 157§1º/CPP.
- Provas ilícitas por derivação ou teoria dos frutos da arvore envenenada
O Art. 157§1º/CPP, traz a denominada prova ilícita por derivação é uma
teoria criada pelos norte-americanos chamada de teoria dos frutos da
arvore envenenada, ou seja, se a arvore é envenenada os frutos que ela
produz também são, então imaginemos que há uma prova declarada ilícita
porque houve uma violação no momento da obtenção da prova, todas as
de mais provas que tiverem nexo de causalidade direto ou indireto com
ela também são declaradas ilícitas por derivação.
Ex: uma pessoa comete um assassinato e enterra o corpo, passado alguns
dias resolve ir se confessar, confessa a autoria e fala onde esta o corpo e
depois que o criminoso vai embora o padre passa para o policial todas
essas informações, então a policial acha a materialidade do crime que é o
corpo, essa prova é válida? Não. Ou melhor, o padre passa as informações
para o policial e o mesmo vai ate o delegado falando que era pra expedir
um mandado de busca e ir ate o local, o juiz autoriza o mandado e o corpo
é encontrado, a prova tem validade? Não, porque nos dois casos o
nascedouro/fonte é uma prova ilícita, a violação por parte do padre.
Em suma, a prova ilícita por derivação é aquela prova que analisada
individualmente não apresenta qualquer ilicitude, entretanto, ela ou se
origina ou guarda nexo de causalidade com outro prova sendo está a
ilícita, por causa do nexo de causalidade direto ou indireto não podendo
ser refeita e nem reaproveitada, acarretando na inadmissibilidade.
Para explicar as próximas teorias temos o seguinte caso: há a pratica do
crime de trafico e a droga foi encontrada em um veiculo abandonado na
rodovia, não há nenhuma ilicitude por parte da polícia, a autoridade
policial encontrou uma fonte de prova mas não se sabe quem estava
transportando a droga, porém ao fazer mais uma perícia no veículo são
encontradas impressões digitais no veículo fazendo com que a polícia
chegue ao autor do crime, esta prova é totalmente licita, no entanto,
acharam somente o transportador da droga, tinha que achar também
quem ia receber a droga, desta forma os policiais torturam o motorista
que acaba entregando o dono fazendo com que a autoridade policial
chegue ao dono, mas é uma prova ilícita por causa da tortura, então o
motorista vai ser condenado por trafico e o dono da droga ou vai ser
absolvido ou condenado mas essa ligação entre os dois não pode ser
usada como prova porque o meio pelo qual os policiais tiveram acesso era
ilícito.
- Prova da fonte independente
No art. 157 § 1º na segunda parte que começa no “ou” o legislador falar
sobre fonte independente e no §2º ao tentar explicar o que é fonte
independente acabou trazendo a fonte inevitável, dando a entender que
essa seria a teoria adotada pelo nosso ordenamento quando na verdade
acabou adotando a teoria da descoberta inevitável.
Para que exista a fonte independente (ex: prova documental, pericial e
testemunhal) tem que existir mais de uma fonte de prova, só não é
utilizada uma das fontes se uma delas for ilícita e tudo o que tiver nexo de
causalidade também deve ser excluído.
- Teoria da descoberta inevitável (essa é a teoria adota pelo nosso
legislador)
Segundo essa teoria existe apenas uma única fonte e dessa fonte veio a
prova, sendo que esta foi obtida com violação a constituição então é
ilícita, no entanto, se seguindo os tramites de praxe da investigação
chegaria nela da mesma forma, então essa prova passa a ser validada.
Ex: uma pessoa tem guardada em casa uma arma que foi usada em um
homicídio, o autor vai ser investigado, então o delegado representou pelo
mandado e o juiz autorizou, os policiais foram cumprir a ordem judicial,
porém existe um terceiro policial que nem sabia dessa investigação e
muito menos do mandado, este entra na casa do criminoso, encontra o
autor e a arma do crime e leva os dois para a delegacia e uns minutos
depois os outros policiais chegam e procuram na casa porém não acham
nada e voltam para a delegacia, o policial que foi sem mandado produziu
uma prova ilícita mas ao seguir os tramites eles inevitavelmente
chegariam a fonte de prova que é a arma, sendo esta prova licita e valida,
o que não pode é existir um grande lapso de tempo (um dia ou mais)
entre a ação dos policias e a descoberta, se existir um lapso grande não
cabe essa teoria, essa prova pra ser válida tem que ser quase que
simultânea com o local de produzir a prova.
Em suma, esta prova forma descoberta de forma ilícita, mas já existiam
atos de investigação em tramite fazendo com que fosse chegar nela de
maneira inevitável, então será inevitável.

24/04
- Teoria do encontro fortuito de provas (serendipidade)
É quando encontra a prova por acaso sem violar qualquer espécie de
norma, por exemplo: os policiais estavam em busca de uma prova e no
exercício licito de busca pela prova eles acabam encontrando por acaso
com outra prova.
Ex: o juiz autoriza a busca e apreensão na casa de um suspeito de roubo
para encontrar o objeto que foi roubado e o policial ao procurar o objeto
do roubo encontra uma arma de fogo de uso proibido, sendo esta prova
de outro crime que é válida.
- Prova ilícita em favor do réu.
Essa é a única exceção para a utilização da prova ilícita, é quando é o único
meio/prova que o estado tem para provar, demonstrar a inocência do
acusado, ou seja, não é uma prova que causa dúvida (in dubio pro reo) no
juiz, esta prova é uma prova material que demonstra a inocência do réu,
traz certeza para o juiz sobre a inocência do acusado. Pode ser utilizada a
depender de como a prova ilícita foi produzida, precisa analisar o grau de
ilicitude da prova, ou seja, se é grave onde ocorreu morte, grave ameaça
ou violência contra a pessoa ai a prova ilícita não pode ser utilizada
mesmo sendo o único meio de inocentar o acusado, agora se não causar
morte, violência ou grave ameaça ai pode ser utilizada.
As provas licitas são uma forma de limitar o poder punitivo do estado que
quando não tem limitação causa danos irreparáveis para a humanidade,
ex: Alemanha ou escola da argentina.
 Interrogatório
Interrogatório do acusado: é o ato processual por meio do qual o juiz ouve
o acusado sobre a sua pessoa e sobre a imputação que lhe é feita, vide art.
187/CPP. Em suma, o interrogatório no processo penal é dividido em duas
fases, a primeira é sobre a pessoa do acusado, nome, prenome, CPG, RG,
nome do pai e da mãe, endereço e afins, nessa parte o acusado é obrigado
a responder e aí passa para a segunda parte que é sobre a imputação dos
fatos, vale lembrar que o acusado tem o direito de ficar calado. A única
pessoa que é interrogada é o acusado/suspeito/indiciado, vítima e perito
são ouvidos, testemunhas são inquiridos. Inclusive é permitido o silencio
seletivo onde o réu escolhe as perguntas de quem ele vai responde, isso
conforme o STF estabeleceu.

08/05
- Natureza Jurídica
1. meio de prova, tendo em vista o viés inquisitorial do código de processo
penal bem como a posição topográfica (está no art. 158 que começa a
tratar sobre todos os meios de prova) que o interrogatório ocupa no
código, sua natureza jurídica é de meio de prova.
2. meio de defesa, porque a constituição garante a este ato o direito ao
silencio e também que tudo o que o réu eventualmente falar o juiz só
deve falar em favor do réu, contra o réu não é possível.
3. mista, fala que é ao mesmo tempo meio de prova e meio de defesa.
Meio de prova porque quem tem que produzir as provas é o MP e este
não conseguiu, o réu pode dispensar todas as testemunhas que ele tem
porque uma testemunha que ele arrola pode produzir uma prova contra
ele, além disso é meio defesa porque o réu pode ficar calado para não
produzir provas contra si mesmo para poder recorrer. Essa é mais aceita
pela doutrina. No caso do meio de defesa o que muda aqui é que o que
ele falar pode servir para beneficiar ou prejudicar.
4. Meio de defesa e eventualmente fonte de prova, é meio de defesa
porque só pode ser utilizado em favor do réu contrário ao réu não pode. É
fonte de prova porque se o réu no ato do interrogatório apontar qualquer
outra fonte de prova o juiz tem que mandar investigar.
Tem muitas naturezas porque há muita divergência doutrinaria.
- Momento para o interrogatório
Existe um momento adequado para ser realizado que está no art.
400/CPP. Na pratica, é quando o juiz analisa a resposta acusação e não
houve caso de absolvição sumaria, então o juiz marca a audiência de
instrução e julgamento, se for no rito ordinário tem que ser no prazo
máximo de 60 dias, quem é ouvido primeiro? É a vítima/ofendido e depois
a testemunha arrolada pela acusação e pela defesa, nesta ordem, tem
possibilidade de inverter? Sim, salvo cartas precatórias. Após isso, vem os
esclarecimentos dos peritos, aí vem as acareações, reconhecimento de
pessoas e coisas e por ultimo o interrogatório do acusado.
Em suma, qual é o momento para a realização do interrogatório? Ao final
da audiência de instrução e julgamento.
- Ato não preclusivo
Não preclui, não se perde esse direito, vide 196/CPP. A preclusão é a
perda de se realizar o ato pela inercia ou porque o já realizou. O réu pode
ser interrogado a qualquer momento desde que o réu sempre fale por
último, tudo tem que ser feito antes.
O réu pode ser interrogado após a sentença, com recurso? Sim, vide art.
616/CPP, inclusive o relator pode refazer toda a instrução antes de julgar
o recurso, isso enquanto estivermos dentro do duplo grau de jurisdição.
Em suma, o réu pode ser interrogado quantas veze forem necessárias
inclusive durante um recurso no tribunal.
- Defensor
Para que o interrogatório tenha validade sempre tem que ter o defensor,
contratado pelo réu, nomeado pelo juiz ou DP, se não tiver não tem
validade. É preciso mais do que a presença física do defensor, este tem
que participar de fato da defesa.
- Foro competente para o interrogatório
A regra é que o foro é o do juízo natural, ou seja, onde tramita o processo.
Tem que tentar fazer com que sempre o réu seja interrogado
pessoalmente na presença do juiz para que ele possa ver e ouvir o réu da
melhor forma. A exceção é quando o individuo mora fora da comarca e
não consegue comparecer. Vide 399/CPP.
Ex: a pessoa viajou de férias cometeu crime e voltou para a cidade onde
mora, a ação tramita na cidade das férias, mas o indivíduo não tem
condições de ir pra lá, então o juiz de lá manda carta precatória pra cidade
do criminoso e o juiz dessa cidade, agindo como uma extensão do juízo da
cidade das férias (chamado de longa manus do juiz, ou seja, braço
cumprido do juiz) e assim interrogando o réu na cidade dele.
- Condução coercitiva
Em regra o art. 260/CPP refere-se ao ato de inquirição e o réu não é
inquirido, é interrogado, a vítima é ouvida, perito presta esclarecimento.
Então a testemunha devidamente intimada que não comparece e não
justifica ela pode ser conduzida coercitivamente, podendo responder
processo criminal por desobediência, vai arcar com os custos da condução
coercitiva. E o réu? Não pode ser conduzido coercitivamente porque a
constituição garante que no ato de interrogatório o réu pode ficar calado,
portanto, não é obrigado a comparecer em juízo.
- Ausência de interrogatório
O réu por meio do defensor avisou de forma antecipada que não vai
comparecer ao interrogatório, o juiz deve marcar o interrogatório? Pode
suprimir esta fase? Não pode suprimir, tem que marcar a audiência
porque faz parte do devido processo legal.
- Irrenunciabilidade da defesa técnica (não falou)
- Revelia no processo penal
Aqui no processo penal nos temos a presunção de inocência (não
culpabilidade) que é clausula pétrea, então a revelia no processo penal é
desobrigação, o réu precisa ser intimado pessoalmente para todos os atos
processuais, se o advogado for intimado não vale. E se o réu for revel?
Ocorre a desobrigação do estado deixa de ser obrigado a intimar o réu
pessoalmente para a pratica de qualquer ato processual (efeito).
 Características (princípios) do interrogatório
- Ato personalíssimo
Somente o réu pode ser interrogado, isso só vale para penal, nas outras
áreas é diferente. Não tem como colocar outra pessoa no lugar
dele/preposto.
- Ato contraditório
O interrogatório é obrigatoriamente submetido ao princípio do
contraditório se houver o interrogatório é possível a interferência de
acusação e defesa, vale ressaltar que o STF e STJ permitem o silencio
seletivo em que o réu escolhe quem ele vai responder, porém tem juízes
que não aceitam porque o contraditório é a possibilidade de ambas as
partes participarem e mais ainda só é prova se passa pelo crivo do
contraditório judicial, aí se o réu escolher responder somente a defesa?
Fica difícil em falar de contraditório sendo que é clausula pétrea.
- Ato assistido tecnicamente
Ou seja, não basta a presença física do defensor, o réu tem que ser
orientado/assistido tecnicamente sob pena do juiz declarar o réu
indefeso. Sem assistência técnica o ato não tem validade e esta é uma
nulidade absoluta.
- Ato oral
Vigora o princípio da oralidade não pode ser por escrito, o máximo que
pode escrever são as testemunhas quando vão escrever um nome/local
difícil. Em regra, pergunta oral, resposta oral.
* no caso de mudo (não falou)
* no caso de surdo (não falou)
* no caso de surdo e mudo
Se houver possibilidade de comunicação pode ser interrogado.
- Ato individual (não falou)
- Ato Bifásico (não falou)
- Meios de prova específicos (ele não falou)

Comentários:
Revelia no processo civil é a presunção de veracidade dos fatos alegados
pela outra parte.
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório,
reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser
realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença.
No brasil só existe ate segunda instancia depois é tribunal superior.
Art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou
turma proceder a novo interrogatório do acusado, reinquirir testemunhas
ou determinar outras diligências.
Art. 196. A todo tempo o juiz poderá proceder a novo interrogatório de
ofício ou a pedido fundamentado de qualquer das partes
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo
máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do
ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela
defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem
como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o
acusado.
Art. 187. O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa
do acusado e sobre os fatos.
Ação penal privada subsidiaria da pública é quando a parte legitima para
entrar com o processo é o MP mas ele se mantem inerte então passado o
prazo do MP o advogado apresenta a queixa crime.
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as
provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais. § 1o São também inadmissíveis as provas
derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade
entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por
uma fonte independente das primeiras. § 2o Considera-se fonte
independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de
praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de
conduzir ao fato objeto da prova.
Preclusão: aquilo que era invalido passa a ser valido.
Decadência: é o perecimento do direito.
Prescrição: perda do direito de ação.
Art. 566. Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver
influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
Art. 565. Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado
causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja
observância só à parte contrária interesse.
Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função,
ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se,
desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Quando o juiz profere o mandado de busca e apreensão, a autoridade so
pode procurar nos lugares pertinentes ao tamanho da coisa que se busca
o restante da casa continua inviolável.
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se dá nulidade não resultar
prejuízo para a acusação ou para a defesa.
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:

I - por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;


II - por ilegitimidade de parte;
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de
contravenções penais, a portaria ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado
o disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao
ausente, e de curador ao menor de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele
intentada e nos da intentada pela parte ofendida, quando se tratar de
crime de ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando
presente, e os prazos concedidos à acusação e à defesa;
f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o
rol de testemunhas, nos processos perante o Tribunal do Júri;
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri,
quando a lei não permitir o julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade,
nos termos estabelecidos pela lei;
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua
incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de oficio, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de
sentenças e despachos de que caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum
legal para o julgamento;
IV - por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
V - em decorrência de decisão carente de fundamentação. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos


ou das suas respostas, e contradição entre estas.
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as
provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas
constitucionais ou legais.
§ 3o Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes
acompanhar o incidente.
Norma de direito material? É o que expressa o direito, CC, CP e afins.
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva
será sempre motivada e fundamentada.
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer
outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos
novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida
adotada.
§ 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que
I - Limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo,
sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo
concreto de sua incidência no caso
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes
de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - Limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso
sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em
julgamento ou a superação do entendimento.
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e
antecipadas.
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os
outros elementos de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá
confrontá-la com as demais provas do processo, verificando se entre ela e
está existe compatibilidade ou concordância.
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem
desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame
de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de
delito quando se tratar de crime que envolva:
I - Violência doméstica e familiar contra mulher;
II - Violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o presidente, levantando-se,
e, com ele, todos os presentes, fará aos jurados a seguinte exortação:
Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a
proferir a vossa decisão de acordo com a vossa consciência e os ditames
da justiça.
Os jurados, nominalmente chamados pelo presidente, responderão:
Assim o prometo.
Parágrafo único. O jurado, em seguida, receberá cópias da pronúncia ou,
se for o caso, das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação
e do relatório do processo.
Art. 93 da CF IX. todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário
serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade,
podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias
partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a
preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não
prejudique o interesse público à informação;
Não há crime, vide art. 23/CP.
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte
dispositiva, desde que reconheça:
I - Estar provada a inexistência do fato;
II - Não haver prova da existência do fato;
III - não constituir o fato infração penal;
IV – Estar provado que o réu não concorreu para a infração penal;
V – Não existir prova de ter o réu concorrido para a infração penal;
VI – Existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de
pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou
mesmo se houver fundada dúvida sobre sua existência;
VII – não existir prova suficiente para a condenação. (só tem confissão)
Parágrafo único. Na sentença absolutória, o juiz:
I - Mandará, se for o caso, pôr o réu em liberdade;
II – ordenará a cessação das medidas cautelares e provisoriamente
aplicadas;
III - aplicará medida de segurança, se cabível.
O investigado se começar a atrapalhar a investigação (ameaça a
testemunha, destrua prova ou esconda uma prova) poderá ter a prisão
preventiva decretada por conveniência da instrução processual, para que
ele deixe de atrapalhar e a verdade seja revelada, então não se prende só
porque cometeu crime. Preventiva não tem prazo, somente temporária.
Ausência art. 6º do CC, é quando a pessoa some sem deixar endereço
certo e não deixa procurador pra administrar os bens.
Presunção de inocência é diferente de presunção de não culpabilidade, na
presunção de inocência não tem fato típico, ilícito e não é culpável. Não
culpabilidade significa que não tem fato típico.
Excludente de ilicitude que não está na lei, é a autorização da vitima
“excludente inominada”, ou corrigir o filho, tatuagem, furar orelha do
filho.
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém,
facultado ao juiz de ofício:
I – Ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada
de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade,
adequação e proporcionalidade da medida
II – Determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a
realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
Sobre ônus da prova vide art. 818 da CLT.
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
II - Ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito do autor.
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o
encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova
do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso,
desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à
parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em
que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou
excessivamente difícil.
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por
convenção das partes, salvo quando:
I - Recair sobre direito indisponível da parte;
II - Tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante
o processo.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito,
salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa
ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame
externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou
quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não
houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.
No processo civil os fatos incontroversos dispensam a prova vide, 374 CC e
incisos.
Quais são os dois regimes de casamento com separação de bens? É da
separação convencional (acordo) de bens e da separação obrigatória (a lei
impõe) de bens, em ambos a separação dos bens é total.
Art. 563. Nenhum ato será declarado nulo, se dá nulidade não resultar
prejuízo para a acusação ou para a defesa.
1º grau e 2º grau aí depois é tribunais superiores.
o nosso direito é o direito do fato, então só existe crime se houver um
fato. Vide teoria tripartida do crime.
O certo é falar procedimento.
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão
ou ameaça a direito; (direito de ação).
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
devido processo legal; (devido processo legal).
LV - Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
com os meios e recursos a ela inerentes; (ampla defesa e
contraditório).
Em um crime grave é melhor ficar calado. Agora não deve nada
pode falar. Se pedir para provar pode estar devendo.
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