Você está na página 1de 10

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


DE CIÊNCIAS JURÍDICAS FACULDADE
DE DIREITO

QUESTIONÁRIO PROCESSO CIVIL DE CONHECIMENTO II


DOCENTE: SANDOVAL ALVES SILVA
TURMA: 40/2019
ALUNA: ANA LUIZA XAVIER PRAIA

1 - Defina doutrinariamente, abordando a teoria da argumentação, as


provas no processo civil.
As provas são o instrumento pelo qual se alcança uma determinação
verdadeira dos fatos, por meio da utilização de técnicas cognoscitivas e persuasivas,
as quais configuram a base de uma decisão racional sobre a veracidade dos fatos para
aplicação do direito.
Dessa forma, a utilização de técnicas cognoscitivas é o que se chama de teoria
da demonstração, teoria pela qual se fundamentam as provas, pois ao alegar a versão
de um fato, demonstra-se esta por meio de provas, e quando não há como demonstrar,
utiliza-se de técnicas de persuasão, ou a chamada teoria da argumentação, para
argumentar em favor do que se alega e não se pode provar, aproximando-se, ainda, da
presunção. Portanto, a teoria da argumentação tenta suprir as lacunas deixadas pela
teoria da demonstração.
Tem-se ainda, o sentido subjetivo e objetivo de prova, o sentido objetivo é o
elemento trazido ao processo para tentar demonstrar que determinada afirmação é
verdadeira; e o subjetivo, é a sua capacidade para contribuir no convencimento do
pedido. A prova, sob a perspectiva da teoria argumentativa, é esclarecer ao juiz, por
meio da argumentação, uma coisa dúbia.

2 - Explique qual/quais objetos da prova?


A prova tem como objeto demonstrar a veracidade das alegações sobre fatos
que sejam relevantes e controversos no processo. Como já é possível extrair da
afirmação anterior, não são todas as alegações sobre fatos que são objetos de prova,
assim, deverá ser relevante, ou seja, constatada sua veracidade ou inveracidade,
deverá exercer influência no resultado final do processo, e controvertida.
Dessa forma, mesmo que uma alegação sobre um fato seja relevante, não será
objeto de prova quando for incontroversa. É por essa razão que é importante permitir
uma fase postulatória em que as partes apresentam suas alegações e tem a
oportunidade de impugnar as alegações feitas pela parte contrária, pois é somente
quando se puder determinar quais alegações, entre as relevantes se terão tornado
controvertidas, para somente depois se definir quais provas deverão ser produzidas.

3 - Explique as correntes teóricas acerca da verdade processual.

Existem três correntes teóricas a respeito da verdade processual, são elas: os


céticos, irrelevantes e os racionais. A teoria cética parte da premissa que não existe
verdade, ou seja, tudo é relativo e o que interessa é que se deve considerar algo, se
observa a hipótese normativa e opera-se o direito. Por outro lado, tem-se a teoria da
irrelevância, a qual parte do pressuposto que até se pode ter uma verdade, porém ela
não importa, e o que importa é o jogo persuasivo, portanto, é meramente
interpretativa e o que de fato importa é o consenso.
Por fim, a teoria realista, a qual afirma que que a verdade existe sim, no
entanto se subdivide em duas correntes: há aqueles que acreditam ser possível um
inteiro correspondente da versão fática com a verdade, são esses os chamados
romances; e há aqueles na verdade possível ou provável, como Calamandrei e
Taruffo. Para Calamandrei, a verdade possível é aquela que se tem elementos de
probabilidade muito próximos, a exemplo disso temos a tutela de urgência e de
evidência, e por fim, a verdade provável, a qual se configura como a decisão
proferida pelo juiz. Já para Taruffo, tem-se a teoria da verdade possível, ou seja a
verdade é possível, apesar de não ser possível obtê-la integralmente, pode-se
encontrar tiras de correspondência e com base nisso, concluir-se que determinada
versão fática é verdadeira ou falsa.

4 - Disserte acerca do ônus probatório.


A palavra “ônus” no direito processual tem o sentido de designar uma conduta
imperativa, ou seja, imposta a alguém para realizar um interesse próprio. No
processo, as partes têm o ônus de alegar fatos favoráveis à si, sendo esse o ônus de
alegar, e ao alegar algo, cabe a outra parte impugnar tais alegações (ônus da
impugnação), e por fim, a alegação impugnada necessita ser provada, surgindo o
ônus probatório.
O ônus probatório deve ser considerado, quanto à sua natureza, como norma
de julgamento, pois ao se definir uma distribuição do ônus da prova entre as partes, a
lei processual prevê o modo como o caso será decidido se houver insuficiência de
provas. Desse modo, deverá se decidir desfavoravelmente Àquele sobre quem incide
o ónus da prova daquilo que não esteja provado de forma satisfatória. O texto do art.
373 mostra-se insuficiente para explicar todas as situações que envolvem o ônus
probatório, pois dá a impressão de que em um processo só poderão ser discutidos os
tipos de fatos nele dispostos, quando na realidade não são somente estes que podem
ser alegados.
Portanto, em regra, o ônus da prova incube à quem alega, no entanto, há
alguns casos excepcionais em que o ônus da prova não incide sobre quem alega, mas
sim a outra parte, como por exemplo em uma ação de investigação de paternidade
proposta pelo filho de mulher que era casada com o réu e tendo este casamento se
desfeito até 300 dias antes do nascimento, é do céu o ônus da prova, ou ainda, poderá
ocorrer a inversão do ônus probatório por decisão judicial evidentemente nte
fundamentada.

5 - Quais os limites ao dever probatório?

O dever probatório não é absoluto, e portanto, tem limites que devem ser
respeitados, são eles: direitos fundamentais; impossibilidade ou excessiva dificuldade
de produzir a prova; fato provado; imparcialidade do juiz; prova ilícita e a
autoincriminação.

6 - Explique as fases procedimentais do procedimento probatório.

Na operação lógica de aplicação do direito, existe a fase procedimental e o


processo lógico das provas, dessa forma, a produção e valoração de provas inicia-se
quando alguém requer, depois o juiz irá admitir ou não o requerimento, depois da
admissão ocorre a produção das provas pelas partes, e após, o juiz irá valorar as
provas produzidas.

7 - Do que se trata o processo lógico probatório do juiz na valoração da prova?

É na fase de valoração da prova que o juiz irá considerar verdadeiro ou não, é nesse
momento em que se transforma prova em fato, e o fato em fato provado ou versão fática
provada. No processo lógico de valoração, o juiz vai primeiramente compreender o contexto
do litígio, depois analisará a oportunidade e necessidade de provas, e após, ocorre a aferição
da idoneidade do documento, da capacidade do período e credibilidade da testemunha e a
partir do que se obtém nesses procedimentos só poderá ser verdadeiro ou falso, de forma que
o valor do juiz serão obrigatoriamente condicionado.

8 - Explique o fundamento do que se trata e em que hipóteses que se aplica a


Produção Antecipada de Provas.
A produção antecipada de provas significa que está se antecipando algo que
somente deveria acontecer depois, e esta ocorre nas hipóteses do art. 381 do CPC, ou
seja, quando existir receio de que pode se tornar impossível ou muito difícil a
verificação de determinado fato na pendência da ação, ou quando a prova a ser
produzida seja capaz de viabilizar a autocomposição processual, e ainda, quando o
prévio conhecimento dos fatos justifique ou evite o ajuizamento de ação.
A competência pode não prescindir no local em que se ajuíza a ação e é de
competência do juízo do foro onde a prova deverá ser produzida ou do domicílio do
réu, e nesse procedimento probatório antecipado não ocorre o processo lógico de
valoração da prova, isso ocorre em outro momento, e nesse caso ocorre apenas as
fases de requerimento, admissão e produção das provas.

9 - Defina, de forma fundamentada na lei e na doutrina, o que é a prova emprestada.


Prova emprestada é aquela que foi produzida em outro processo e é levada ao
processo para ser recebida como meio destinado na formação do convencimento do
juiz. Assim, observando o contraditório, as provas emprestadas são as que tenham
sido produzidas em outro processo e se demonstrem úteis para a resolução do mérito
do processo para o qual ela foi emprestada. Por outro lado, somente se admite prova
emprestada contra aquele que tenha sido efetivamente parte do processo no qual a
prova foi produzida originalmente.

10 - Defina, de forma fundamentada na lei e na doutrina, o que é a prova ilícita.

Prova ilícita pode ser classificada como toda aquela que viola alguma regra de
direito material. Ou ainda, podem ser consideradas como as provas obtidas a partir da
violação da intimidade, da vida privada, da honra, da imagem, das comunicações
telefônicas, da imagem, bem como as provas conseguidas infringindo normas e
princípios constitucionais e legais

11 - Explique e fundamente o que é o depoimento pessoal.

O depoimento pessoal é como se denomina o testemunho da parte em juízo, e


este possui duas finalidades, a primeira é esclarecer o juiz sobre os fatos da causa e
também provocar a confissão. O requerimento do depoimento pessoal pode ser feito
pelas partes contrárias ou de ofício pelo juiz, e ocorre na audiência de instrução e
julgamento. A parte que irá depor deve ser intimada pessoalmente para comparecer
na audiência, e sua ausência será considerada “pena de confesso”, tratando-se de uma
confissão ficta. Via de regra, colhe-se o depoimento do autor e depois o do réu e
devem responder de forma pessoal, não podem utilizar escritos feitos anteriormente,
somente é admitida a consulta de breves notas para fins de esclarecimento.

12 - Explique e fundamente o que é a confissão.

A confissão é quando a parte admite a veracidade de fato contrário ao seu


interesse e favorável à parte contrária, e apenas pode tratar de fatos que se referem a
direitos disponíveis. |Assim, a confissão pode ocorrer de forma judicial, espontânea
ou provocada, sendo a primeiro feita pessoalmente pela parte ou representante com
poderes específicos, e a segunda é aquela que ocorre a partir do depoimento pessoal
da parte; ou ainda, pode ocorrer de forma extrajudicial, escrita ou oral, no entanto,
somente é eficaz a confissão extrajudicial oral nos casos em que a lei não exigir de
forma diversa.
Posto isto, confissão faz prova contra o confidente, e não se pode considerar
que esta seja uma prova plena, e o juiz deve observá-la junto do resto do acervo
probatório, pois ao se admiti-la como a prova mais valiosa, poderá se incorrer no
risco de se admitir uma confissão falsa. São características da confissão: irrevogável,
ou seja, aquele que confessa não poderá se arrepender de confessar, somente sendo
admitido sua anulação por vício de coação, ainda, é indivisível, o'que significa que a
parte ue a invocar em seu favor não poderá somente concordar com o ponto que a
beneficia e impugnar o que é desfavorável, no entanto, a lei estabelece que a
confissão será cindida quando o confidente alegar novos fatos capazes de produzir
reconvenção.

13 - Disserte sobre a força probante da prova documental.

Qualquer declaração escrita ou gravada de qualquer outra maneira acerca de


um fato é considerada como documento. Como por exemplo, documentos escritos,
fotos, vídeos e outras formas capazes de atestar sobre um determinado fato. Esse tipo
de prova poderá ser pública, isto é, quando produzida por um agente público, ou
privadas. Importante salientar que um documento público que é feito por um agente
público considerado incopetente tem os mesmos efeitos de um documento particular,
que tenha sido subscrito pelas partes para fins de efeito probante.
Por outro lado, em um documento particular em que tiver no seu conteúdo
determinadas alegações serão presumidamente consideradas verdadeiras, desde que
esteja assinado. Assim, o documento particular irá ser considerado autêntico a partir
do reconhecimento da assinatura no cartório, e ainda que não ocorra o
reconhecimento de firma, é possível que se considera autêntico tal documenta, desde
que sua autoria seja certificada por qualquer outro meio legal, e sendo demonstrada
tal autenticidade, o documento faz prova de que seu autor fez a declaração que lhe é
correlacionada.
Logo, a força probante da prova documental, sendo público ou particular, se
for declarada sua falsidade judicialmente, podendo ser: produzir algum documento
que não seja verdadeiro ou alterar documento idôneo, bem como quando sua
autenticidade for impugnada e isso perdurará até que seja provado a sua veracidade,
ou ainda, quando se assina em branco e o sua matéria é impugnado em razão de
alegação de que houve preenchimento abusivo.

14 - Explique teoricamente definição de sentença como norma jurídica


A definição legal de sentença é encontrada no artigo 203, parágrafo 1º do
Código de Processo Civil, que institui que a sentença é o pronunciamento pelo qual o
juiz vai pôr fim à fase cognitiva do processo comum, e também a extinção da
execução, fundamentando-se nos artigos 485 e 487 do mesmo diploma legal.
A sentença se constitui como norma jurídica que é produzida a partir dos
dispositivos e se fundamenta no Poder Judiciário, isto é o que institui Didier, assim,
na fundamentação do juiz, poderá se obter a norma geral, a qual não é a mesma da lei
já que a norma geral se caracteriza pelo interior de regulação do atual ordenamento
jurídico de aplicabilidade da previsão legal, e quando não houver, aplicar se-á os
princípios do direito para solucionar o conflito, de tal forma que esta norma poderá
influenciar em futuras decisões, sendo chamada de precedente.
Dessa forma, o direito processual civil brasileiro encara a sentença como um
ato de encerramento, ou seja, a sentença é definida pelo espaço que o
pronunciamento judicial ocupa no procedimento, o qual é necessariamente, uma
posição de encerramento do processo, ou de alguma de suas fases, Assim, é possível
afirmar mais diretamente, que a sentença é o ato processual que o juiz finda o
processo ou alguma das fases do processo. Tem-se ainda duas classificações de
sentença: a sentença terminativa e a sentença definitiva. A primeira é a sentença que
não há a resolução do mérito da causa e a segunda é a que contém a resolução do
mérito.

15 - Cite os elementos da decisão judicial

A sentença, quando a sua formalidade, tem três elementos obrigatórios: o


relatório, a fundamentação e o dispositivo. Dessa forma, no relatório, é feita a síntese,
o resumo do processo, no qual o juiz irá elencar, de forma humorística, os
acontecimentos relevantes que ocorreram durante o trâmite processual; a
fundamentação faz parte do modelo constitucional de processo e deve ser
obrigatoriamente observado, sob pena de nulidade e é a explicação dos motivos que
justificam, juridicamente, a conclusão que o juiz chegou; e por fim, tem-se o
dispositivo, é nesse elemento que se encontra a decisão de fato, é a parte que conclui
a sentença e o juiz aprecia e soluciona as questões principais que lhe foram levadas à
conhecimento.
16 - Explique os efeitos da sentença

Os efeitos da sentença são a modificação do mundo dos fatos por aquele


dispositivo legal(a sentença), via de regra, esses efeitos não dependem de coisa
julgada e são considerados instantâneos, dessa forma, os efeitos da sentença são:
condenatório, que vem da própria classificação da sentença e é a imposição de
positiva ou negativa prestação obrigacional; se é constitutiva, a qual se caracteriza
por um ato judicial que vai postular a criação, a modificação ou a extinção de uma
relação jurídica; declaratória,sendo esta uma mera certificação de existência,
inexistência ou forma de uma relação jurídica ou de determinado documento;
mandamental e executiva.

17 - Disserte sobre a coisa julgada material e a coisa julgada formal.

A coisa julgada caracteriza-se como uma estabilidade que determinadas


sentenças atingem, e em razão dessa estabilidade tem-se uma consequência
importante: a reposição de uma demanda já atingida pela coisa julgada é impeditiva,
e neste caso ocorre o arquivamento do processo sem resolução do mérito. São duas as
espécies desse instituto, a coisa julgada formal e a coisa julgada material, e cada uma
destas possui um diferente nível de estabilidade.
A coisa julgada formal é a estabilidade conquistada por terem se tornado
irrecorríveis, as sentenças terminativas (as quais não contêm a resolução do mérito)
da causa de pedir, pois determinados casos, expressos em lei, não é possível a
propositura da mesma demanda havendo sentença terminativa como por exemplo o
indeferimento da petição inicial, falta de pressuposto processual, existência de
convenção de arbitragem ou decisão do tribunal arbitral que reconheça sua
competência ou ainda a falta de condição de ação.
Por outro lado, a coisa julgada material diz respeito à decisões de mérito que
são irrecorríveis, o que as torna imutáveis e indiscutíveis, e uma vez que a coisa
julgada material é formada, a matéria, o conteúdo da decisão de mérito não pode
mais ser objeto de alteração ou discussão, independentemente do processo. É neste
caso que se fala especificamente em coisa julgada, pois trata-se da imutabilidade do
conteúdo da decisão de mérito irrecorrível.
18 - Explique quais são os limites objetivos e subjetivos da coisa julgada

A imutabilidade da coisa julgada deve ser compreendida a partir de alguns limites, são
eles: os limites objetivos e limites subjetivos. Os limites objetivos discutem sobre oque se
torna imutável e indiscutível com a coisa julgada, isso significa dizer que a coisa julgada
acontece dentro dos limites da questão principal do que foi decidido, portanto, a coisa julgada
é objetivamente limitada ao dispositivo da sentença.

Por outro lado, os limites subjetivos da coisa julgada é a determinação das pessoas que
deverão se sujeitar a decisão que incorre em coisa julgada, e não podem voltar a debater o que
estava sendo debatido, foi decidido e passou a ser coisa julgada. É então, alcançada pelas
partes da demanda, o autor e o réu, sendo eles, por tanto alcançados pela res iudicata, e
logicamente, terceiros alheios à demanda não são alcançados.

19 - Quais os efeitos da coisa julgada

A coisa julgada tem como seu efeito principal a impossibilidade de


propositura de nova ação com mesmo objeto, partes e mesma causa de pedir, de tal
forma que o poder judiciário não poderá discorrer sobre a demanda em ações
acessórias. Dessarte, a coisa julgada possui efeitos negativos, efeitos positivos, possui
ainda efeitos preclusivos e efeitos da coisa julgada penal na esfera civil.

20 - Disserte sobre as possibilidades de relativização da coisa julgada.

A relativização da coisa julgada é objeto de discussão doutrinária, e versa


basicamente sobre a coisa julgada inconstitucional e a coisa julgada inexistente.
Desse modo, ainda que transitado em julgado, a coisa julgada inconstitucional não
deve permanecer, e isto ocorre quando a coisa julgada vai contra normas e princípio
constitucional, tal posição parte do pressuposto que o bem jurídico objeto da tutela
jurisdicional é mais relevante que a estabilidade.Já a coisa julgada inexistente está
interligada a querela nullitatis, pois não permite-se que lei prevaleça sobre a
constituição, ainda que seja uma lei individualizada e concreta.

Você também pode gostar