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1) Qual é a distinção básica entre prova e elementos informativos?

A diferença entre elementos de informação e prova está principalmente no momento em que elas são apuradas e, conse-
quentemente, no valor probatório que possuem.
A prova é o ato que busca comprovar a veracidade dos fatos que concorreram para a prática de um delito, no qual influ-
enciará diretamente o julgador
Elementos de informação são aqueles colhidos na fase investigatória, sem a participação das partes, ou seja, sem a efeti-
vação do contraditório.

2) Qual é a diferença entre prova cautelar, não repetível e antecipada?


Provas cautelares são aquelas que sofrem risco de perecimento. Ex.: a oitiva de uma tes- temunha em estágio terminal.
Provas não repetíveis são aquelas que,uma
vez realizadas, não podem ser refeitas. Já a prova antecipada é aquela produzida antes do momento adequado.

3) Qual é a finalidade da prova?


convencer o julgador objetiva atingir uma determinada finalidade, orientada à constituição ou desconstituição do fato ju-
rídico em sentido estrito.

4) Quem são os sujeitos da prova?


A pessoa ou coisa de quem ou de onde dimana a prova; a pessoa ou coisa que afirma ou atesta a existência do fato pro-
bando.

5) Qual é a maneira pela qual a prova se apresenta em juízo?


A prova se apresenta como matéria probatória e servirá como meio de cognição do órgão jurisdicional do Estado (juiz),
para julgar (sentença ou decisão) da
melhor forma possível o pedido do autor. A matéria probatória forma-se por meio dos atos processuais e estrutura-se sob
a forma de fatos processuais.

6) A fonte de prova é utilizada para designar as pessoas ou coisas das quais se


consegue a prova, se classificando em fontes pessoais e fontes reais. Explique-as.
Nas fontes pessoais, as informações são fornecidas diretamente pelas pessoas, como a prova testemunhal, por exemplo.
Nas fontes reais, as informações são provenientes das provas, estas serão interpretadas por pessoas que vierem a exami-
ná-las, como a prova pericial, por exemplo.

7) Os meios de provas podem ser lícitos ou ilícitos. Qual deles pode ser admitido
pelo magistrado? Fundamente.
A prova lícita e a ilícita (SOMENTE EM ALGUMAS OCASIÕES)

SIM.A ILÍCITA PODE SER SIM ADMITIDA PELO MAGISTRADO (SOMENTE EM ALGUMAS OCASI-
ÕES)

A rigor, doutrina e jurisprudência têm admitido a possibilidade de utilização de prova ilícita no processo quando ela for
produzida em benefício do acusa
("prova ilícita pro reo").

8) Cite as principais diferenças entre meios de obtenção de prova e os meios de


prova.

A principal diferença entre esses dois conceitos está no fato de que o meio de prova corresponde à prova em si, servindo
como forma de convencer o magistrado para ser usada na decisão. Por outro lado, os meios de obtenção de provas são o
procedimento realizado para chegar até elas.
9) O que se entende por álibi?

Álibi é a alegação do réu, colimando provar sua inocência, de que estava em outro local que não o do crime. Assim, por
estar em local diferente daquele em que se supunha que ele estivesse, o mesmo não pode ter sido o autor do crime.

10) Qual é a diferença entre prova direta e prova indireta?

A prova direta dirá respeito ao próprio fato probando. São exemplos: a prova testemunhal, meio de prova sobre o fato;
exame do corpo de delito; a confissão do acusado. A prova indireta é a não se dirige ao próprio fato probando, mas,
por raciocínio que se desenvolve, se chega a ele.

11) O que significa indício?

Aquilo que indica o que provavelmente ocorreu ou existiu; sinal.

12) Qual é a diferença entre presunção iuris et de iure e iuris tantum?

A presunção iures tantum é relativa e, desta forma, admite prova em contrário, acolhe impugnação. De outro norte,
a presunção jure et de jure é absoluta, ou seja, não admite prova contrária, é incontestável pelo prejudicado da presun-
ção.

13) O que é uma contraprova?

Prova cujo teor contraria ou anula uma prova apresentada anteriormente

14) O que se entende por prova emprestada. É possível utilizá-la?

A prova emprestada está regulada pelo artigo 372 do Código de Processo Civil (CPC), o qual estabelece que 'o juiz po-
derá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado,
observado o contraditório.

15) O que representa o ônus da prova?

Quem tem a incumbência de provar determinado fato ou alegação num processo judicial.. Ou seja, quem faz a
acusação tem a responsabilidade de comprovar que a alegação é verdadeira.

16) O que se entende por inversão do ônus a prova?

É um instituto do direito que determina que a prova de uma situação alegada deve ser feita por quem está sendo proces-
sado.

17) Ao que tange o sistema de avaliação da prova, qual o ordenamento jurídico


brasileiro adotou? Discorra sobre ele.

O processo civil brasileiro adotou como sistema de valoração das provas o da persuasão racional, também chama-
do sistema do livre convencimento motivado, segundo o qual o magistrado é livre para formar seu convencimen-
to, exigindo-se apenas que apresente os fundamentos de fato e de direito.

18) A prova ilegal, entendida como aquela obtida por meio de violação de normas
legais ou de princípios gerais do ordenamento, de natureza material ou
processual, tem como espécies as provas obtidas por meios ilícitos e as provas
obtidas por meios ilegítimos. Assim, diferencie-as.

Provas Ilícitas

O direito à prova, como qualquer direito fundamental, não tem natureza absoluta. Está sujeito à limitação porque coexis-
te com outros direitos igualmente protegidos pelo direito brasileiro. Por isso, a Constituição Federal dispõe que:
Art. 5º.
LVI são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos.
A prova ilícita é aquela obtida por meio da violação de regra de direito material que ofenda, direta ou indiretamente, ga-
rantia ou princípio constitucional. Logo, sempre que houver a obtenção de prova em detrimento de direitos e princípios
reconhecidos pelo texto constitucional, independentemente do processo, a prova será ilícita.
A vedação a provas ilícitas também tem previsão no CPP:
Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em
violação a normas constitucionais ou legais.
Quando o artigo 157, caput, do CPP, refere-se a normas legais, deve-se enxergar única e exclusivamente as normas de di-
reito material que violem direta ou indiretamente a Constituição Federal.
Podem-se citar como exemplos de provas ilícitas: a interceptação telefônica não autorizada ou a violação de correspon-
dência, nos termos do artigo 5º, inciso XII, CF/88.
Art. 5º É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefôni-
cas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação
criminal ou instrução processual penal
Outros exemplos são: o interrogatório judicial do réu sem a presença do advogado (por violar, indiretamente, o princípio
constitucional da ampla defesa); o interrogatório judicial do réu sob coação; a busca e apreensão domiciliar sem ordem
judicial.

Procedimento
Segundo o já citado artigo 157, caput, do CPP, a prova ilícita é inadmissível, devendo ser desentranhada dos autos. Não
se trata, portanto, de nulidade da prova ilícita, mas, sim de inadmissibilidade, ou seja, de não aceitação nos autos do pro-
cesso. Assim,
Art. 157.
§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial,
facultado às partes acompanhar o incidente.
Existe exceção a essa regra da inadmissibilidade da prova ilícita?
Sim, apesar da previsão expressa da CF/88 acerca da inadmissibilidade da utilização no processo de provas ilícitas, a
doutrina majoritária entende que se esta for a única prova de inocência do acusado, poderá ser utilizada.

Provas Ilegítimas
Por sua vez, a prova ilegítima é aquela produzida mediante a ofensa de uma norma de natureza processual. É o caso, por
exemplo, da perícia realizada por apenas um perito não oficial (art. 159, parágrafo 1º, CPP). Como não há ilicitude, o
juiz deverá tomar as providências necessárias para a correção ou complementação da prova ilegítima.
Como ocorre a violação da norma processual, a prova ilegítima pode estar sujeita à nulidade, observados quatro princí-
pios básicos:
1º Nenhuma nulidade será declarada quando não houver prejuízo – pás de nullité sans (CPP, artigo 563);

2º Nenhuma das partes pode arguir nulidade a que haja dado causa – princípio da lealdade ou boa-fé (CPP, artigo 565);

3º Nenhuma das partes pode arguir nulidade que só interesse à parte contrária (CPP, artigo 565);

4º Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da verdade ou na decisão da
causa (CPP, artigo, 566).

No caso de nulidade absoluta, esta pode ser arguida a qualquer momento, enquanto não houver o trânsito em julgado da
decisão. No caso de sentença condenatória ou absolutória imprópria, as nulidades absolutas podem ser arguidas mesmo
após o transito em julgado.
No caso de nulidade relativa, porém, entende-se que sua arguição deve ser feita no momento oportuno, sob pena de pre-
clusão, além da necessária comprovação de prejuízo.
19) Admite-se a utilização das provas ilícitas e ilegítimas no ordenamento pátrio?

A partir da vigência da nova carta magna, pode-se afirmar que são totalmente inadmissíveis no processo civil e penal,
tanto as provas ilegítimas, proibidas pelas normas de direito processual, quanto às provas ilícitas, obtidas com vio-
lação das normas de direito material.

20) O que se entende por provas ilícitas por derivação (teoria dos frutos da árvore
envenenada)?

A Teoria dos frutos da árvore envenenada surgiu no direito norte-americano. Ali estabelecido que toda prova produzi-
da em consequência de uma descoberta obtida por meio ilícito, como uma busca ilegal, estará contaminada pela
ilicitude, considerada ilícita por derivação.

21) Há previsão expressa da teoria dos frutos da árvore envenenada no CPP?

157, § 1º, do CPP. A Teoria dos frutos da árvore envenenada surgiu no direito norte-americano. Ali estabelecido
que toda prova produzida em consequência de uma descoberta obtida por meio ilícito, como uma busca ilegal, es-
tará contaminada pela ilicitude, considerada ilícita por derivação.

22) O que se entende por teoria da fonte independente?

Baseia-se na não contaminação da prova derivada, se existirem provas que não estão vinculadas à prova ilícita

23) O que se entende por teoria da descoberta inevitável?

É possível a utilização de uma prova ilícita por derivação, caso fique demonstrado que ela seria, de qualquer mo-
do, descoberta por meios lícitos no curso normal da investigação.

24) O que entende por teoria do encontro fortuito de provas?

Ademais, destaca-se a teoria do encontro fortuito de provas, ou a também chamada teoria da serendipidade, que consiste
na descoberta inusitada, inesperada da prova no decorrer de uma investigação legalmente autorizada, em que a
princípio não tinha o objetivo de investigar tais fatos.

25) É possível a admissão quanto a possibilidade de utilização de prova ilícita no


processo quando ela for produzida em benefício do acusado?

SIM. A rigor, doutrina e jurisprudência têm admitido a possibilidade de utilização de prova ilícita no processo
quando ela for produzida em benefício do acusa ("prova ilícita pro reo").

26) É possível a admissão quanto a possibilidade de utilização de prova ilícita no


processo quando ela for produzida em benefício do sociedade?

Entende-se que a maioria da doutrina não acerta a atuação do princípio da proporcionalidade para evitar a proibição das
provas ilícitas para auxiliar a sociedade, porém, alguns defendem essa possibilidade, principalmente, em virtude de ca-
sos de alta complexidade na defesa da segurança coletiva, visando a efetivação da Justiça (CÂMARA, 2009).

27) O que significa o princípio da comunhão da prova?

Uma vez produzida, a prova é comum, pertence ao processo e não à parte que a introduziu no processo

28) O que se entende por princípio da identidade física do juiz?

“Vinha acolhido expressamente no art. 132 do CPC de 1973, que assim estabelecia: 'O juiz, titular ou substituto, que
concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou
aposentado, caso em que passará os autos ao seu sucessor
29) O que é corpo de delito? Ele tem natureza jurídica de meio de prova?

Corpo de delito é a materialidade do crime. Exame de corpo de delito é a perícia que se faz para apontar a referi-
da materialidade.

30) O que é laudo pericial e qual é o seu prazo de elaboração?

O laudo pericial é um documento oficial com embasamento técnico-científico pelo qual o perito
oficial/judicial informa por relato escrito o método utilizado, os resultados obtidos e as conclusões
alcançadas no exame pericial, ou seja, é a expressão dos conhecimentos especiais inerentes ao cien-
tista forense após a realização de diligência e exames periciais.

A justiça é feita de prazos, que todas as partes devem obedecer, inclusive os peritos judiciais. E esses prazos estão
no código de processo civil. No artigo 465 diz que o juiz nomeará o perito e fixará o prazo de entrega do laudo pericial.
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.
A lei não fala qual é esse prazo de apresentação do laudo pericial, ela deixa que o juiz decida qual será a ata limite. Co-
mo o nosso país é gigante, cada local fixa um prazo para entregar o laudo pericial.
Em Santa Catarina esse prazo é de 30 dias. E esse é o mesmo prazo do TJPR, TJSP e TJRS. Existem tribunais que fixam
esse prazo para além de 30 dias. São raros, mas existem.

31) Dentre os sistemas de apreciação dos laudos periciais, qual o nosso


ordenamento pátrio adotou?

Conclui-se que, expressamente, o Brasil adota o sistema do livre convencimento motivado (155 do CPP), bem como
o sistema da íntima convicção (apenas para o júri).

32) Qual é a diferença entre infrações penais transeuntes e não transeuntes?

Nos crimes não transeuntes, a falta de exame de corpo de delito leva à nulidade da ação penal, enquanto nos deli-
tos transeuntes não se realiza a perícia

33) Quando será indispensável o exame de corpo de delito?


158 do Código de Processo Penal: “Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado”.

34) Quem é o assistente técnico no CPP?

O CPP acrescenta a possibilidade de as partes contratarem e indicarem um profissional especialista no assunto da lide
para apresentar um parecer que questiona o laudo do perito judicial ou que exponha outros pontos de vista na
construção da prova. A esse profissional dá se o nome de perito assistente técnico.

35) O que é autópsia e exumação?


Autópsia

Como dito acima, é comum que autópsia seja confundida com necropsia. Não é raro escutar alguém falando de um, mas
se referindo ao significado do outro termo. Explicando, autópsia se refere ao exame em um corpo. Mas, de acordo com a
etimologia, consiste na autoanálise. Dessa forma, o correto é utilizar essa palavra para mencionar uma investiga-
ção feita em um corpo vivo, geralmente realizado pela própria pessoa.

Exumação
Consiste no procedimento de retirar um corpo que já foi sepultado do túmulo. Em sua maioria, isso ocorre em casos
de morte violenta ou envolvidas em crimes. Porém, também pode acontecer para a realização de testes de DNA, por
exemplo. Assim, com autorização judicial, o corpo é desenterrado e removido do local. Esse processo é a chamada exu-
mação.
36) Qual a importância do laudo pericial complementar no crime de lesões
corporais?

Se, para apurar as características da lesão corporal, o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, faz-se um exame
complementar. É o que costuma ocorrer em lesões de maior gravidade que, no momento da realização do primeiro exa-
me, ainda estão sendo tratadas. Nem sempre é possível que já no primeiro exame o perito estabeleça, por exemplo, a in-
capacidade para as ocupações habituais por mais de trinta dias, circunstância que qualifica a lesão e que deve ser atesta-
da.

38) É possível a condução coercitiva do acusado para o interrogatório?

Sim, é possível.Em primeiro lugar é importante observar que o que não foi recepcionado pela constituição Federal de
1988, não foi todo o artigo 260 do Código de Processo Penal, mas a expressão; “para interrogatório”.

39) Cite as características do interrogatório?

O interrogatório é ato personalíssimo, de modo que é impossível que outra pessoa seja interrogado pelo réu.

40) Em regra, se o acusado estiver solto, seu interrogatório deverá ser realizado na
sala de audiências no fórum. E se estiver preso?

O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no estabelecimento em que estiver recolhido, desde que es-
tejam garantidas a segurança do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do defen-
sor e a publicidade do ato. Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes,
poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmis-
são de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades:
prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de
que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento.

41) Como a confissão pode ser classificada?

A confissão deve observar esses três requisitos: Verossimilhança: Probabilidade de que seja verdade; Persistência: Re-
petição dos relatos dos aspectos e circunstância do fato delituoso, ou seja, consistência na versão contada pelo acusado;
Coincidência: A confissão deve ser reforçada pelos outros meios de prova.

42) Cite as características da confissão?

A confissão deve observar esses três requisitos: Verossimilhança: Probabilidade de que seja verdade; Persistência: Repe-
tição dos relatos dos aspectos e circunstância do fato delituoso, ou seja, consistência na versão contada pelo acusado;
Coincidência: A confissão deve ser reforçada pelos outros meios de prova.
43) Qual é o valor probatório da confissão no CPP?

A confissão é a admissão da culpa pelo acusado da imputação que lhe é dirigida, sendo considerada no processo
penal como meio de prova. É um ato retratável, uma vez que o acusado pode alterar o conteúdo das declarações presta-
das perante a autoridade competente.

44) Quem é o ofendido no processo penal? Ele tb presta compromisso de dizer a


verdade?

O ofendido é a pessoa (física ou jurídica) atingida de forma direta pelo ato crimino-
so.
O ofendido não tem a obrigação de dizer a verdade. Pode, inclusive, ficar calado. É que só podem praticar o deli-
to de falso testemunho, segundo o artigo 342 do CP, a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete.

45) Quem pode ser testemunha no âmbito do processo penal?

202 do Código de Processo Penal, qualquer pessoa pode ser testemunha, inclusive a autoridade policial, não haven-
do que se falar em impedimento ou suspeição do delegado somente pelo fato de, em razão da natureza de seu cargo, ter
presidido a fase inquisitorial.

46) Quais são os deveres das testemunhas?

A testemunha deve dizer a verdade sobre o que souber e o que lhe for perguntado. Se a testemunha omitir ou falsear
a verdade, de propósito, comete o crime de “falso testemunho” (art. 342 do Código Penal – pena: reclusão, de dois a qua-
tro anos, e multa).

47) Quem poderá eximir-se da obrigação de depor?

Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que
desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, ob-
ter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.

48) Quem são as pessoas proibidas de depor?

207. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar se-
gredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.

49) O que poderá acontecer com a testemunha que regularmente intimada não
comparecer justificadamente em juízo para prestar seu depoimento no local, dia
e hora designados?

Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisi-
tar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá soli-
citar o auxílio da força pública.

50) Como serão inquiridas as testemunhas que estão impossibilitadas por

Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz poderá requisi-
tar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça, que poderá soli-
citar o auxílio da força pública.

51) Quais são as pessoas que serão inquiridas em local, dia e hora previamente
ajustados entre eles e o juiz?
O artigo determina que o presidente e o vice-presidente da República, os senadores e deputados federais, os minis-
tros de Estado, entre outras autoridades, "serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o
juiz".
52) A testemunha poderá se reservar ao direito ao silêncio?
Assim, se você for contratado por uma testemunha que tenha algum receio em seu depoimento, oriente-a a permanecer
em silêncio em caso de possibilidade de autoincriminação.

53) Qual é a diferença entre depoentes e declarantes ou informantes?

Depoentes são as testemunhas que prestam compromisso legal, ou seja, responderão pelo crime de falso testemunho se
mentirem. Enquanto que informantes, também chamado de declarantes, são as pessoas que não prestam o compromis-
so de dizer a verdade.

54) Qual é a diferença entre testemunha direta e indireta?

Testemunha direta ou de viso: é aquela que irá depor sobre fatos que presenciou. 2ª. Testemunha indireta ou de
auditu: é aquela testemunha que irá depor sobre fatos que ouviu dizer.

55) O que é uma testemunha imprópria, instrumentária ou fedatária?

É a que "depõe sobre a regularidade de um ato, ou seja, são as testemunhas que confirmam a autenticidade de
um ato processual realizado.

56) Quem é o informante?


É a pessoa que informa ou fornece um parecer sobre algo, sem qualquer vínculo com a imparcialidade ou com a
obrigação de dizer a verdade. Assim, o informante não presta compromisso e não é considerado uma testemunha.

57) O que se entende por depoimento ad perpetuam rei memoriam?

58) O que se entende pelo depoimento sem dano?

É a forma de colheita de declarações de crianças e de adolescentes, que ocorrerá perante a autoridade policial ou
judicial. Ele busca, assim como a escuta especializada, a proteção psicológica das vítimas e testemunhas infantojuvenis

59) Quando é possível a retirada do acusado da sala de audiência?


É possível a retirada do réu da sala de audiência, desde que devidamente fundamentado pelo juiz que sua presença
pode causar humilhação, temor ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido.

60) Qual é o momento em que a acusação e defesa têm para apresentarem o rol de
testemunhas?

O momento adequado para o arrolamento de testemunhas pela defesa é o da resposta à acusação, sob pena de preclu-
são, nos termos do artigo 396-A do Código de Processo Penal

61) As testemunhas poderão ser ouvidas em conjunto?

Testemunhas podem ser ouvidas por videoconferência durante sessão do Tribunal do Júri desde que ao vivo e in-
dividualmente.

62) O que é contraditar uma testemunha?

É o ato pelo qual uma das partes da ação tenta impedir a inquirição com o valor probatório de testemunha apre-
sentada pela parte contrária, por entender que ela é impedida, suspeita ou incapaz.
63) O que é o reconhecimento de pessoas ou coisas?

É meio de prova utilizado com a finalidade de obter a identificação de pessoa ou coisa por meio de um processo
psicológico de comparação com elementos do passado.

64) O que é acareação?


Forma de apurar a verdade de declarações ou depoimentos, confrontando duas pessoas frente a frente.

65) O que se entende por busca e apreensão?

É a diligência policial ou judicial que tem por fim procurar coisa ou pessoa que se deseja encontrar, para trazê-la
à presença da autoridade que a determinou. A busca e apreensão se faz para procurar e trazer a coisa litigiosa, a pedi-
do de uma das partes, para procurar e apreender a coisa roubada ou sonegada.

66) Quem poderá determinar a busca e apreensão domiciliar?

Além de poder ser determinada de ofício pelo juiz, o mandado de busca e apreensão domiciliar poderá ser requerido
pelas partes, conforme reza o artigo 242 do Código de Processo Penal, in verbis: “Art. 242. A busca poderá ser determi-
nada de ofício ou a requerimento de qualquer das partes”.

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