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Conceito: a prova é todo elemento trazido ao

processo destinado a comprovar a realidade de um


fato, a existência de algo ou a veracidade de uma
afirmação.
Teoria Geral da Finalidade: formar a convicção do juiz (destinatário)
mediante reconstrução histórica dos fatos.
Prova
Pontos relevantes
(Artigos 155 a
• O juiz deve apreciar todas as provas
157 do CPP) • Não há hierarquia entre elas – todas as provas
tem valor relativo
• O juiz tem que motivar (fundamentar) sua
convicção

• Todos os fatos relevantes para a decisão da


causa, somente devendo ser excluídos àqueles
que não apresentem qualquer relação com o
que é discutido. Thema probandum se constitui
pela imputação constante da peça acusatória.
Objeto de
Fatos que independem de prova:
prova
• axiomáticos ou intuitivos: são os fatos
evidentes, nem sempre de conhecimento geral
(diferença básica entre os notórios).
• Notórios: amplamente conhecidos pela cultura
mediana.
• Presumidos: presumir é tornar verdadeiro um
fato, independente de prova. presunção
absoluta (juris et jure) - presunção relativa.
nominados: referidos em lei.
Espécies
Inominados: não previstos em lei,
mas admitidos no processo.

Meios de Prova
Todos os meios de provas, em tese, são
permitidos no Processo Penal. Somente
aquelas que violem regras de direitos
material ou do próprio processo são
inadmissíveis.

• Art.155 - “a prova da alegação incumbirá a


quem o fizer”. Paridade entre autor e réu.

• MP ou querelante - prova do fato, da autoria,


do dolo/culpa e circunstâncias que causam o
aumento da pena.
Ônus da prova
• Réu – não tem o ônus de provar a sua
inocência. Caso alegue, caberá prova das causas
excludentes de ilicitude, culpabilidade e da
punibilidade, bem de diminuição da pena. Cabe
ao réu, ainda, prova da inexistência do fato, se
quiser ser absolvido com fulcro no art. 386, I.
• Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura
acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de
investigação e a substituição da atuação probatória
do órgão de acusação.
Iniciativa
probatória do • Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a
Juiz fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício:
Arts.3º e 156 • I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal,
a produção antecipada de provas consideradas
do CPP urgentes e relevantes, observando a necessidade,
adequação e proporcionalidade da medida;
• II – determinar, no curso da instrução, ou antes de
proferir sentença, a realização de diligências para
dirimir dúvida sobre ponto relevante.

Art. 155: o juiz formará sua convicção pela livre


apreciação da prova produzida em contraditório
judicial, não podendo fundamentar sua decisão
exclusivamente nos elementos informativos
colhidos na investigação, ressalvadas as provas
cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Provas
Vedadas Parágrafo único: somente quanto ao estado das
pessoas serão observadas as restrições
estabelecidas na lei civil.”
Regra geral: ampla liberdade na
produção probatória.

Provas vedadas: são aquelas


Provas inadmissíveis no processo penal, seja
por proibição expressa, seja porque a
Vedadas sua produção viola regra de direito
material, seja porque viola regra de
direito processual.

Art. 207: quem tem o dever de guardar


segredo, não pode ser testemunha. Ex.:
advogado, padre confessional, etc.
Provas Vedadas
pelo CPP Art. 479: só se pode ler documento em
plenário, se juntado aos autos com no
mínimo três dias úteis de antecedência,
dando-se ciência a parte contrária.
• Art. 5º, LVI, da CF - são inadmissíveis, no
processo, as provas obtidas por meios ilícitos.

• Art. 157 do CPP. São inadmissíveis, devendo ser


desentranhadas do processo, as provas ilícitas,
assim entendidas as obtidas em violação a
Provas Vedadas normas constitucionais ou legais.

• Diferenças doutrinárias.

• Provas ilícitas: são as que violam regras de


direito material, sendo inadmissíveis no processo
e não podem ser refeitas ou convalidadas.

• Provas ilegítimas: são aquelas que violam regas


de direito processual. São nulas, porém, em
algumas situações, elas podem ser refeitas ou
convalidadas.

• Prova ilícita por derivação: são aquelas que,


embora lícitas na própria essência, decorrem
exclusivamente de uma outra prova,
considerada ilícita, ou de uma situação de
ilegalidade, restando, portanto,
contaminadas”.
Provas Vedadas
• Teoria sobre as provas ilícitas: “A árvore dos
frutos envenenados” (fruits of the poisonous
tree).

• Regra e exceção: Art.157, §§: São também


inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas,
salvo quando não evidenciado o nexo de
causalidade entre umas e outras, ou quando
as derivadas puderem ser obtidas por uma
fonte independente das primeiras.
Teoria da fonte independente: fonte de prova
independente = prova não relacionada com os fatos
que geraram a produção da prova contaminada.
§ 2º Considera-se fonte independente aquela que
por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe,
próprios da investigação ou instrução criminal, seria
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
Provas vedadas
Teoria da descoberta inevitável: admite-se que “a
segunda prova deriva da ilícita, porém se entende
que não há razão para reputá-la nula ou ineficaz. Isso
porque a descoberta por ela constatada ocorreria de
alguma forma, diante da particularidade dos casos
concretos.

Inutilização: preclusa a decisão de


desentranhamento da prova declarada
inadmissível, esta será inutilizada por decisão
judicial, facultado às partes acompanhar o
incidente. §3º
Provas vedadas
Impedimento do julgador: o juiz que
conhecer do conteúdo da prova declarada
inadmissível não poderá proferir a sentença
ou acórdão. § 5º
Regra Geral: Não

Exceções: Art. 157, § 2º, do CPP

Em favor da acusação: Regra não.


Prova Ilícita Serendipidade
pode ser
utilizada?
• Exceção da prova ilícita ‘pro reo’: admite-se
em favor do acusado, para provar sua
inocência e evitar a prisão. O réu estaria
acobertado por alguma causa excludente da
antijuridicidade – legítima defesa e/ou
estado de necessidade.

Proposição

Admissão
Procedimento
Probatório Produção

Valoração
• Da prova legal, da certeza moral do
legislador ou da prova tarifada. Ex.
Art. 155, par. único – estado de
pessoas)

Sistemas de • Da certeza moral do juiz ou da


apreciação/valoração íntima convicção (Uma hipótese –
Júri). Art. 5º, XXXVIII, b, da CF.
das provas
• Da livre convicção, do livre
convencimento ou da persuasão
racional (Regra Geral) Art.93, IX, da
CF

Princípios Gerais da Prova

• Busca da Verdade Real • Da audiência contraditória


• Da não incriminação • Da aquisição ou comunhão
• Da autoresponsabilidade da prova
das partes • Da concentração
• Da Inadmissibilidade das • Da publicidade
Provas Obtidas Por Meios • Do livre convencimento
Ilícitos motivado
Perícia é o exame procedido por pessoa
com conhecimentos técnicos, científicos ou
práticos acerca dos fatos e circunstâncias
objetivas ou pessoais inerentes a fatos
necessários para a elucidação da causa.

Perito: é o auxiliar da justiça, cuja função é


Das Perícias fornecer ao juiz dados instrutórios, de
ordem técnica, realizando a verificação e a
formação do exame do corpo de delito.

A perícia é feita por perito oficial e, na falta


destes, por duas pessoas tecnicamente
habilitadas para o cargo, designadas pela
autoridade. Os peritos são indicados pelo
juiz. (STF Súmula 361).

Oficial
Peritos Espécies
(art.159)
não oficiais §§ 1º e 2º

Das Perícias Divergência entre dois peritos, a autoridade policial


ou a judicial, poderá nomear um terceiro para
esclarecer a divergência (artigo 180).

Assistentes Técnicos – faculdade das partes. (art.159,


§3º)
• Corpo de delito conjunto de vestígios materiais
ou sensíveis deixados pela infração penal.
• Exame de corpo de delito é a perícia realizada
sobre tais vestígios, visando comprovar que a
ocorrência de um crime. Serve para comprovar
a materialidade.
Exame de • Exame de corpo de delito direto é o realizado
Corpo de Delito pelo perito em contato direto e imediato com
os vestígios do crime.
• Exame de corpo delito indireto é o realizado
através da análise de outros elementos que não
propriamente os vestígios deixados
pela prática criminosa.

• Obrigatoriedade do exame de corpo de


delito, sob pena de desclassificação do crime
ou absolvição por insuficiência de provas.

• Exceção: quando o vestígio se perder não por


Indispensabilidade culpa do Estado-investigação (art. 167 CPP).
do exame de corpo
de delito • Sistema liberatório – CPP. Art. 182. O juiz
não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-
lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Conceito: o conjunto de todos os
procedimentos utilizados para manter e
documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas
de crimes, para rastrear sua posse e
manuseio a partir de seu reconhecimento
Da cadeia de até o descarte. (artigo 158-A)
custódia
A cadeia de custódia faz com que a
perícia possa ser conferida pelas partes e
pelo juiz, dando segurança e credibilidade
no resultado da perícia.

Preservação do local, a busca e o


Reconhecimento do vestígio
Isolamento
Da cadeia de
Fixação
custódia Coleta
Procedimento Acondicionamento
e Transporte
Etapas Recebimento
Art. 158-B Processamento
Armazenamento
Após é feita a perícia
• Conceito: local responsável pelo
procedimento, que deverá detalhar a
Central de forma do seu cumprimento. Todos os
Custódia institutos de criminalística deverão ter
uma, com gestão vinculada ao órgão
central de perícia oficial de natureza
criminal

Exame cadavérico ou necropsia (art.162)


Exumação (art.163)
Lesões corporais (art.168)
Documentoscópico
Espécies de
Grafotécnico (art.174)
exame de corpo
De local (art.169)
de delito e outras
Laboratoriais (art.170)
perícias Sobre coisa violada (art.172)
Complementar
Em casos de incêndio (art.173)
• As partes podem:

• formular quesitos e indicar assistente


técnico.
Atuação
processual das • Requerer a oitiva dos peritos para
partes esclarecerem a prova ou responderem
quesitos.
(Arts. 159, §§3º a
5º) • Pedir a disponibilização do material
probatório disponibilizado em ambiente
do órgão oficial.

• Interrogatório: é o ato judicial no qual o juiz


ouve o acusado sobre a imputação, abrindo-
se a oportunidade para que, se querendo, ele
se defenda.

• Natureza jurídica: 04 posições - a) Meio de


Interrogatório prova; b) Meio de defesa; c) Meio de prova e
de defesa, e d) Meio de defesa,
(Arts 185 a fundamentalmente e indiretamente meio de
prova.
196 do CPP)
• Finalidade: permitir a autodefesa e
compreender a personalidade do acusado
perante a transmissão de sua versão e suas
reações no momento do interrogatório.
Necessidade: Art. 185 que “O acusado que
comparecer perante a autoridade
judiciária, no curso do processo penal, será
qualificado e interrogado na presença de
seu defensor, constituído ou nomeado”

Interrogatório Oportunidade: pode ser realizado a


qualquer momento do processo, mesmo
quando se encontrar em 2ª Instância, caso
entenda o Magistrado haver interesse na
inquirição do acusado. Contudo, o
momento ordinário para a realização do
interrogatório é na audiência de instrução
e julgamento, após a oitiva das
testemunhas de acusação e defesa (Art.
400, caput, do CPP)

Público
Exceção fica por conta do art. 792, § 1º, do CPP.

Personalíssimo

Características Judicialidade/contraditório (art.188)


e formalidades
Oral (arts.192 e 193)

Individual (art.191)

Não preclusivo
1ª parte: dados pessoais do acusado -
qualificação completa, endereço
Fases do profissão, vida pregressa, dados
interrogatório familiares e sociais que entender
pertinente, antecedentes, etc. Nesta
fase, eventual mentira sobre sua
qualificação pode configurar o art. 307
(Art. 187, § §1º e 2º) do CP.

2ª Parte: mérito. Sobre o fato


imputado

Assegurar ao interrogando o direito de


entrevista com seu defensor (art.185, §
2.º).
Procedimento
Providenciar a identificação e qualificação
do acusado (art. 186, primeira parte).

Informar ao interrogando o direito de


permanecer calado e não responder as
perguntas que lhe forem formuladas (art.
186, in fine).
Efetuar as perguntas dispostas no artigo 187;

Caso ele negue, no todo ou em parte, poderá o


interrogando prestar esclarecimentos acerca da
infração;

Procedimento Caso ele confesse, o juiz pergunta sobre os


motivos e circunstâncias da infração (art. 190);

Por fim, o juiz indaga as partes se restou algum


fato a ser esclarecido, formulando as perguntas
correspondentes se o entender pertinente e
relevante.

• Interrogatório de corréus - separados


• Local do interrogatório - Regra geral o
interrogatório se dá perante o juiz, na sala de
audiência do fórum, na qual a ação foi
Interrogatório proposta.
• Exceções- No caso de estar o interrogando
impossibilitado de se locomover
• No caso de estar o interrogando em outra
comarca - precatória - meio virtual.
• No caso de estar o interrogando preso e
existindo condições de segurança no presídio.
• No caso de estar o interrogando preso e
inexistindo condições de segurança no presídio
Conceito e valor probante: confissão é a admissão,
pelo acusado, da veracidade dos fatos a ele
imputados na denúncia ou queixa-crime.

Confissão Simples
(Arts. 197
Quanto aos efeitos Qualificada
a 200 do
CPP) Complexa
Extrajudicial
Quanto ao local
Judicial

• Divisibilidade: salvo quando se trata


de prova única, sem prejuízo do livre
convencimento.

Características • Retratabilidade: quando apoiada na


verdade e nos elementos dos autos
(art. 200). É o ato de desdizer-se.
Intrínseco - verossimilhança, certeza,
clareza e persistência.

Requisitos da Formal - ser pessoal, expressa, livre e


confissão válida espontânea. Ter saúde mental.

Não se esqueça – Valor relativo, sendo


sopesada com as demais provas.

Ofendido: é o sujeito passivo da infração penal


imputada ao réu na denúncia ou queixa, ou seja, é o
titular do bem jurídico lesado ou posto em perigo
pelo crime. Várias posições no Processo Penal

Declarações do ofendido: é o ato pelo qual o


Ofendido ofendido, durante a instrução processual é ouvido
(Art. 201 do pelo juiz, após sua qualificação, onde é questionado
sobre circunstâncias da infração, quem seja ou
CPP) presuma ser o seu autor, e quais provas pode indicar.

Não prestam compromisso, não cometem falso


testemunho e não é computado no número de
testemunhas. Pode ser conduzido coercitivamente.
• Testemunha é toda pessoa diversa dos sujeitos
processuais que, perante o juiz, declara o que
sabe acerca dos fatos sobre os quais se litiga no
processo penal.

Testemunhas Número de testemunhas (cada fato):


(Arts. 202 a 225 • Crime punido com 4 anos ou mais de prisão: 8
do CPP) testemunhas (art.401);
• Crime punido com menos de 4 anos de
prisão/Plenário do Júri: 5 testemunhas (art.422
e 532);
• Procedimento sumaríssimo: 3 testemunhas (Lei
9.099/95).

• Regra Geral: toda pessoa pode ser testemunha


(art.202). “a testemunha não poderá eximir-se da
obrigação de depor” (art. 206, 1ª parte).
• Exceções:

Quem pode • a) Pessoas dispensadas de depor (art. 206, 2 ª


parte) aquelas que, em razão de parentesco com o
ser réu, podem recusar a prestar depoimento. O Juiz
poderá não aceitar a recusa “quando não for
testemunha?? possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a
prova do fato e de suas circunstâncias”. Neste caso,
a testemunha será inquirida, contudo sem o
compromisso de dizer a verdade (art.208).
• b) Pessoas proibidas de depor (art.207): são
proibidas de depor as pessoas que em razão da
função, ministério, ofício ou profissão, devem
guardar sigilo. Depõe se forem dispensadas do
sigilo e se quiserem.
Os deputados e senadores isenção sobre
informações recebidas em razão do exercício do
mandado, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações (art.
53, § 5º, da CF).
Informantes os menores (de 14 anos) e os
portadores de deficiência mental, pois não
Observações prestam compromisso (art.208).
O acusado e o corréu também não podem ser
testemunhas.
Juiz de Direito e o Promotor que atuarem no
processo não podem ser testemunhas.
Policiais civis e militares podem ser arrolados
como testemunhas.

Oralidade (art.204)

Objetividade (art.213)

Características
Incomunicabilidade (art.201)
da prova
testemunhal
Judicialidade

Retrospectividade
• Numerárias

• Extranumerárias

• Informantes

Espécies • Referidas

• Próprias

• Impróprias

• Instrumentárias

1.º) Comparecer em juízo (art.218)

2.º) Comunicação de mudança de


Deveres endereço (art.224)

3.º) Dever de depor e dizer a verdade


(art.206)
• Arroladas na inicial acusatória (art.41) e
resposta a acusação (art.396-A) e ouvidas
em audiência.
• Qualificação e compromisso.
• Contradita: é a própria impugnação ou
contestação da testemunha. É a forma
processual de arguir a suspeição ou
Procedimento inidoneidade da testemunha (art. 207,
208 e 214, 1ªparte).
de Inquirição • Sistema da cross examination
• Ordem das perguntas
• Sistema presidencialista X Sistema
acusatório -

Reconhecimento: é o meio de prova que


tem por objetivo verificar e confirmar a
Reconhecimento identidade de pessoa ou coisa
eventualmente utilizada para o
de Pessoas e cometimento da infração ou objeto desta.
Coisas Poderá ser feito tanto na fase inquisitiva
(art. 6º, VI), como na fase judicial (arts.
(Arts. 226 a 228) 226 a 228).

Reconhecimento fotográfico e
fonográfico: parte da doutrina e a
jurisprudência têm reputado como válidos
os reconhecimentos por foto e por voz,
considerando-os tipo de prova inominada.
1) a pessoa que for fazer o reconhecimento deve ser
convidada a fazer a descrição prévia da pessoa a ser
reconhecida;
2) a pessoa cujo reconhecimento se pretende deve
ser colocada, se possível, ao lado de outras pessoas
semelhantes;
Reconhecimento
3) se houver razão para recear que a pessoa
de pessoas chamada para o reconhecimento, por efeito de
intimidação ou outra influência, não diga a verdade
em face da pessoa que deve ser reconhecida, a
Procedimento autoridade providenciará para que esta não veja
aquela;
4) do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto
pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela
pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e
por duas testemunhas presenciais.

Reconhecimento a) fazer a descrição prévia do objeto pelo


de coisas identificador;
b) o objeto se encontra entre outros
semelhantes;
c) a separação dos identificadores;
d) o reconhecimento isolado de cada um deles;
e) a lavratura do competente auto de
reconhecimento.
Conceito: consiste na confrontação das
declarações de dois ou mais acusados,
testemunhas ou ofendidos, já ouvidos, e
destinado a obter o convencimento do juiz
sobre a verdade de algum fato, que nas
Acareação declarações dessas pessoas tenham sido
divergentes. Pode ocorrer no IP e no
(Arts. 229 processo.

e 230) Requisitos
a) Os acareados prestaram suas declarações,
no mesmo juízo e sobre os mesmos fatos e
circunstâncias
b) Divergência sobre ponto relevante para a
solução da causa penal

• O juiz exporá aos acareados os pontos de


divergência e serão reperguntados, para
que expliquem estes.

• Redução a termo, consignação às


perguntas feitas e as respectivas
respostas, bem como eventual retificação
Procedimento das declarações anteriormente feitas.

• Deverá, ainda, ser consignado às


impressões subjetivas auferidas pelo
presidente do ato (autoridade policial ou
juiz) para embasar sua convicção.
O resultado da acareação nunca é
absoluto, dependendo sempre das demais
provas colhidas.
Acareação
(Arts. 229 e O ato pode ser realizado também por carta
230) precatória (art.230), no caso de houver
divergências entre testemunhas ouvidas
em juízos diferentes. Será somente
adotada, quando a demora não for
prejudicial ao processo e o juiz a reputar
conveniente

Conceito: artigo 232 do CPP “consideram-se


documentos quaisquer escritos,
instrumentos ou papéis, públicos ou
particulares”.
Documentos são os escritos cujo conteúdo
revelam a expressão gráfica do pensamento
Documentos de alguém. Instrumento é o escrito
(Artigos 231 a destinado a provar fatos ou criar atos (ex:
238 do CPP) escritura pública). Já papéis são os escritos
sem finalidade premente de provar alguma
coisa. São eventuais, mas podem ser
utilizados como prova. Não foram concebidos
para isso, mas podem servir como elemento
de prova.
• Públicos e particulares

• Originais e cópia
Espécies

• Eletrônicos ou digitais

Regra Geral: Art. 231: os documentos podem ser


apresentado em qualquer fase do processo, salvo os
casos expressos em lei.

Exceções: Art. 479. Durante o julgamento não será


permitida a leitura de documento ou a exibição de
objeto que não tiver sido juntado aos autos com a
antecedência mínima de 3 (três) dias úteis, dando-se
Produção ciência à outra parte.

Produção: a) espontânea e b) provocada (quando o


juiz sabedor da existência do documento determina
sua juntada aos autos, independente de solicitação
das partes (art.234)).

Tradução: pode ocorrer que os documentos sejam


escritos em idioma estrangeiro
Indício: é a circunstância conhecida e
provada, que, tendo relação com o fato,
autorize, por indução, concluir-se a
Indícios existência de outra ou outras
circunstâncias (art.239).
(Artigo 239 do
CPP) São considerados meios de prova

Importância no processo penal.

• Conceito: trata-se de uma medida cautelar cuja


finalidade é evitar que desapareçam as provas do
crime, o que tornaria impossível ou problemático o
seu aproveitamento.

Busca e • Finalidade: é apreender objetos e pessoas


Apreensão necessárias a prova da infração ou que tenham
interesse criminal.
(Artigos 240 a
• Espécies: a) a pessoal e b) a domiciliar
250 do CPP)
• Apreensão: a constrição física do bem almejado,
que deverá ser corporificada ou formalizada por
auto circunstanciado
• Criminosos (neste caso, haverá também um
mandado de prisão);
• Coisas achadas ou obtidas por meio criminosos;
• Instrumentos de falsificação ou de contrafação
e objetos falsificados e contrafeitos;
Objetos/Sujeitos • Armas e munições, instrumentos utilizados na
Art.240, §1º, do prática do crime ou destinados a fim delituoso;
CPP • Para se descobrir objetos necessários à prova da
infração ou a defesa do réu;
• Pessoas vítimas de crime;
• Quaisquer elementos probatórios que possam
interessar ao processo (desde que não sejam
proibidas pela Constituição).

1) Os executores apresentam e leem o mandado ao


morador para que ele abra a porta (art. 245);
2) Não aberta, será arrombada a porta (§ 2º),
podendo o não atendimento à intimação pelo
morador configurar crime;
3) Se necessário, há a utilização de força (§ 3º);
4) Ausentes os moradores ou estiverem presentes
Procedimento apenas incapazes de consentir, qualquer vizinho será
intimado a acompanhar a diligência (§ 4º);
5) se a busca for por coisa ou pessoa, o morador será
intimado a mostrá-la (§ 5º);
6) localizada a coisa ou pessoa, apreensão (§ 6º);
7) ao final da diligência será lavrado auto do ocorrido,
assinado por duas testemunhas presenciais (§ 7º).
Admissível quando suspeita de que a pessoa traga :
armas, objetos criminosos, objetos que interessem a
prova processual e qualquer outro elemento de
convicção.
Busca Pessoal
Não depende de mandado judicial nas hipóteses do
art. 240, § 2º do art. 244 do CPP; quando houver fundada suspeita de
CPP que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de
objetos ou papéis que constituam corpo de delito,
ou quando a medida for determinada no curso de
busca domiciliar.

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