Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONFISSÃO
INSPEÇÃO JUDICIAL
PROVA PERICIAL
• Uso de equipamentos;
• Ser um grande estudioso da matéria, conhecendo profundamente os
dispositivos gráficos de segurança (talho-doce, microletras, fundos numismáticos,
rosáceas, imagens latentes, etc.);
• Tintas especiais, sem contar no notório conhecimento das fases de
produção gráfica e fotografia.
Como vimos anteriormente, a perícia é o exame realizado por pessoa que tem
determinados conhecimentos técnicos, científicos, artísticos ou práticos acerca dos
fatos, circunstâncias objetivas ou condições pessoais inerentes ao fato punível, a fim
de comprová-los. No caso de crime de lesão corporal, dispõe o art. 168 do CPP que:
Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto,
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do
acusado, ou de seu defensor.
Na ausência ou deficiência do exame complementar, ele é suprido pela prova
testemunhal, mas esta só é possível quando, comprovadamente, desapareceram os
vestígios, o que impossibilita o exame direto. Havendo divergências dos peritos nas
conclusões ou mesmo em aspectos circunstanciais do exame, o laudo deve registrar
a opinião e as respostas de cada um deles. Por escolha deles também podem
redigir laudos isolados.
Havendo tal divergência, o juiz deve nomear perito desempatador, conforme o
art. 180 do CPP. Divergindo este da conclusão dos primeiros, o juiz pode ordenar
novo exame por outros peritos. Pode, porém, optar por uma das opiniões emitidas.
No momento da realização da prova pericial em uma perícia contábil, por
exemplo, verifica-se a eficácia de uma contabilidade com registros atualizados e se
os mesmos encontram-se de acordo com os Princípios Fundamentais de
Contabilidade. Os livros comerciais e fiscais que preencham os requisitos exigidos
por lei são prova, contra ou a favor, do seu autor. Isto é, todos os meios legais e
moralmente legítimos podem ser apresentados ao perito para a apuração dos fatos.
Já as perícias, especialmente o exame de corpo de delito direto, devem ser
realizadas logo que o fato se torna conhecido da autoridade policial, pois mais
perfeita será a perícia quanto mais próxima do delito for realizada. Além disso,
sempre há o risco de desaparecerem os vestígios, obrigando a realização do corpo
de delito indireto. Por isso, o código permite que seja ele realizado em qualquer dia e
a qualquer hora, ou seja, inclusive aos domingos e feriados e à noite.
O exame de corpo de delito pode ser direto ou indireto e será feito em
pessoas ou em coisas, sempre em que a infração penal deixar vestígios. Deixando o
crime vestígios materiais é indispensável o exame de corpo de delito direto,
elaborado por peritos para se comprovar a materialidade do crime, sob pena de
nulidade.
O exame destina-se à comprovação, por perícia, dos elementos objetivos do
tipo, que diz respeito, principalmente, ao evento produzido pela conduta delituosa,
ou seja, do resultado de que depende a existência do crime. Por vezes, as infrações
não deixam vestígios materiais ou estes não são encontrados, impossibilitando o
exame direto.
Assim, dispensa-se a perícia, fazendo-se então a prova do crime por outros
meios, em regra por testemunhas, conforme o art. 167 do CPP. Forma-se, então, o
corpo de delito indireto, que também não pode ser suprido apenas pela confissão do
réu. Desse modo, não sendo possível o exame de corpo de delito direto – por terem
desaparecido os vestígios –, dispensa-se a perícia, fazendo-se a prova do crime
inclusive pelo depoimento de testemunhas. Deve haver, porém, uma prova
testemunhal cabal sobre a materialidade do delito.
O exame de corpo de delito é obrigatório, mas quanto às demais perícias há
uma faculdade da autoridade policial ou judiciária na sua realização. Requerida pela
parte, cabe à autoridade deferi-la ou não, conforme a considera ou não necessária
para a elucidação dos fatos ou de suas circunstâncias; evitando-se, assim, a
realização de perícias desnecessárias.
Permanece indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, nas
infrações que deixam vestígios, conforme o art. 158 do CPP. Contudo, pela nova
redação do art. 159 do CPP, a perícia pode ser feita por apenas um perito oficial.
Nesse aspecto, a prova pericial foi simplificada e tornou-se mais ágil. Nos locais em
que não houver perito oficial permanecem as regras do art.159, § 1º e § 2º do CPP.