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AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Bem vindo(a)!
Prezado(a) aluno(a), que bom que você se interessou pelo assunto desta disciplina,
será o começo de uma jornada de conhecimento e experiências novas, que trarão
um novo jeito de ver o mundo e as coisas que acontecem e como acontecem.
Vamos falar de Logística Empresarial, esse novo conceito que tem mudado a forma
das empresas atuarem diante de um cenário tão competitivo. Proponho, junto com
você desvendar esses mistérios de como os produtos chegam e ficam as disposição
dos consumidores, para atender suas necessidades e seus desejos, sendo que este é
o maior interesse de todo o processo logístico.
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Introdução
Caro (a) aluno (a), estamos prestes a conhecer a Logística Empresarial, algo
extraordinário que será capaz de nos fazer entender o que realmente é responsável
pelo produto certo, no lugar certo e na hora certa. Além deste entendimento,
teremos a partir deste conhecimento uma nova visão sobre os fatos dentro da ótica
de movimentação, nos dando condições de analisar, entender e melhorar o
processo em termos de agilidade e custos.
Bons estudos!
Origem da logística
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Mesmo com o desenvolvimento da economia mundial com auxílio de atividades e
conhecimentos logísticos, a Logística ficou adormecida por muito tempo, e só foi
despertada após a Segunda Guerra Mundial, quando as atividades logísticas
militares começaram a ser utilizadas e influenciarem de forma significativa os
conceitos logísticos que são utilizados atualmente (PLATT, 2010).
O termo logística teve sua origem no meio militar, tendo relação à atividade de
abastecimento e movimentação de tropas, porém, a movimentação, transporte e
acomodação de mercadorias, estiveram sempre presentes no desenvolvimento da
humanidade. A análise histórica mostra que guerras foram ganhas ou perdidas em
decorrência da eficiência ou não do sistema logístico, como a derrota das tropas
napoleônicas na Rússia e a invasão da Normandia pelas forças aliadas.
Segundo Fleury et al. (2000), a logística é uma das atividades econômicas mais
antigas, e um dos conceitos gerenciais mais modernos. Ao abandonar o
extrativismo, o homem inicia a organização das atividades produtivas, produção
especializada com troca de produtos com outros produtores, surgindo assim três
funções logísticas que são essenciais: estoque, armazenagem e transporte.
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
A Logística, segundo Ballou (1993), esteve em estado de sono profundo até meados
do século XX, por isso suas principais atividades ficaram distribuídas sob a
responsabilidade de outras áreas da organização: o transporte ficava sob a
responsabilidade da área de produção; os estoques eram agregados aos
departamentos de marketing, finanças e produção e o processamento de pedidos
eram controlados pelos departamentos de finanças e vendas. Porém, essa divisão
resultava em sempre em conflito de objetivos e responsabilidades.
De acordo com Novaes, (2001), a primeira fase é marcada principalmente pelo período
pós-guerra, e a como não havia uma grande diversificação de produtos, a busca da
redução de custos era somente no processo produtivo, a fim de garantir um produto
que chegasse ao consumidor final como o preço mais atrativo.
Segundo Ballou (1993), a segunda fase é marcada principalmente por três fatores:
Alteração nos padrões de consumo: com a vinda do consumidor para as zonas
urbanas este tem acesso a mais variedade de produtos;
Conforme Azevedo (2002), a terceira fase é marcada pelo controle de custos, melhoria
da qualidade e aumento da produtividade, sempre focando o cliente. Para que as
empresas se tornassem competitiva precisaria integrar e gerenciar o fluxo de
materiais e das informações da organização, alinhadas com seus fornecedores e
distribuidores, para que todo o processo tivesse o mesmo direcionamento, atender o
cliente final.
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
O termo logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês Logistique e
tem como uma de suas definições "a parte da arte da guerra que trata do
planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção,
armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de
material para fins operativos ou administrativos“.
São várias definições que podem ser encontradas quanto ao conceito de logística,
mas todas elas sempre terão o planejamento, a implantação e controle de um fluxo
eficiente das matérias-primas e o foco em entregar o produto ao seu consumidor
final. A Logística é sempre apontada como a responsável pela administração de fluxo
e armazenagem de produtos, serviços e informação, não apenas entre fornecedores e
clientes, mas ao longo de toda a cadeia de abastecimento.
Após essas definições, pode-se ter noção da amplitude das atividades que englobam
a Logística, gerenciando e executando todo o fluxo de materiais, serviços e
informações que fazem com que os produtos se tornem disponíveis ao mercado
consumidor.
O objetivo da Logística é prover ao cliente os serviços que ele espera, com a entrega
do “produto certo, no lugar certo, no momento certo”. A satisfação do cliente faz parte
do objetivo da Logística. O processo é efetivado quando esse objetivo é alcançado.
Para equilíbrio das expectativas de níveis de serviço e os custos incorridos, a Logística
tem a necessidade de buscar estratégia, planejamentos e desenvolvimentos de
sistemas que assegurem que esses objetivos sejam atingidos (FARIA e COSTA, 2005).
Para Novaes (2001), todos os elementos do processo logístico devem ter foco na
satisfação das necessidades e preferências dos consumidores finais. Por isso, todos os
processos que integram a cadeia logística devem conhecer as necessidades dos
clientes internos (departamentos e setores) e clientes externos (integrantes da cadeia)
durante todo o processo, gerando fluxos que sejam ágeis, confiáveis e rápidos, e que
tenham custos reduzidos, trazendo competitividade para cadeia.
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Sabemos que todo processo de elaboração de um produto não existe isoladamente.
Por exemplo, quando você compra uma resma de sulfite, sabe que sem uma
sequência de atividades para produzir e disponibilizar aquele papel na loja em que
você o adquiriu isso não seria possível. O processo se inicia com o corte de uma
árvore, o processamento da madeira, e como produto final a celulose. A operação
segue com a fabricação do papel, a embalagem em resmas e o transporte até os
distribuidores, que venderão esse produto para os varejistas, que por fim venderá a
resma a você. Esse processo todo que envolve o produto desde o início até o
consumidor final é o que chamamos de Gestão da Cadeia de Suprimentos, ou
também conhecida como Suplly Chain Management (SCM) (PLATT, 2010).
Para que isso acontecesse, foi necessário que as empresas mudassem seus sistemas
e seus conceitos de produção, deixando de ser responsável por várias das atividades
necessárias para elaborar o produto. Surge a necessidade de abertura, exigindo um
melhor relacionamento da empresa com as demais empresas envolvidas no
processo, como fornecedores, transportadores e distribuidores. As informações
precisam ser rápidas para que todas as empresas envolvidas consigam planejar e
executar as operações de forma sincronizada e atendendo às necessidades de
qualidade e características do produto, volume e prazo (BOWERSOX, CLOSS E
COOPER, 2007).
Faria e Costa (2005) diz que a Cadeia de Suprimentos é constituída pelo conjunto de
organizações que mantêm relações mutuas do inicio ao final da cadeia logística,
criando valor aos produtos e serviços, começando no fornecedor e indo até o
consumidor final. Este conceito é ligado a um conjunto de fluxos físicos e de
informações entre uma empresa e seus parceiros (fornecedores e clientes) que é
gerenciado sob o princípio da busca e sustentação da vantagem competitiva pelas
organizações envolvidas.
Para Christopher (2007 apud PLATT, 2007), diz que a Cadeia de Suprimentos se
constituiu de uma rede de organizações e processos que criam valor na forma de
produtos e serviços que são entregues aos usuários finais. As organizações
dependem uma das outra, seja na venda ou compra de bens, serviços ou
informações.
Com os conceitos apresentados até agora, podemos perceber que o valor entregue
aos clientes é resultado da sinergia entre os participantes de todo processo, levando
em conta o fluxo de informações, produtos, serviços, recursos financeiros e
conhecimento. Além disso, esse processo conecta a empresas aos fornecedores,
distribuidores e clientes, sendo necessário que todo esse processo seja alinhado e
administrado desde o início ao ponto final (PLATT, 2010).
Quando as empresas optam por esse modelo de Cadeia de Suprimentos elas devem
levar em consideração (PLATT, 2010):
Quando as empresas optam por esse modelo de Cadeia de Suprimentos elas devem
levar em consideração (PLATT, 2010):
Desta forma podemos observar que gerir a cadeia de suprimentos é a forma mais
adequada de atingir os objetivos da Logística Empresarial, pois possibilita um
controle sobre todas as partes do processo de obtenção e fluxo de materiais,
processo de armazenagem e produção, estocagem do produto acabado e
distribuição até o consumidor final.
Ainda segundo Novaes (2001), a estrutura pode ser vertical em relação aos níveis no
processo de transformação e transporte ao longo da Cadeia, e horizontal, que
aponta a quantidade de fornecedores ou clientes em cada nível da Cadeia, podendo
ser curta (com poucas empresas em cada nível) ou larga (com muitas empresas em
cada nível).
Conclusão - Unidade 1
Caro (a) aluno (a), aqui encerramos a primeira unidade, onde estudamos juntos sobre
essa atividade espetacular que é a Logística, tivemos a oportunidade de conhecer sua
origem, remota da antiguidade como atividade, mas como conceito extremamente
recente, vinda da arte da guerra para se tornar uma ferramenta de gerenciamento
importantíssima para a sobrevivência das empresas no atual cenário mundial.
Como foi interessante conceituar a Logística, uma atividade completa, que planeja,
executa e controla o fluxo de todo o tipo de materiais e informações dentro da cadeia
de suprimentos, do ponto de origem até o ponto de destino, desta forma, ficou bem
claro a importância da Logística Empresarial no mundo moderno, uma atividade que
se tornou o diferencial competitivo num mercado extremamente concorrido, quem
conseguir a melhor integração dos seus processos terá um produto mais atrativo para
ser ofertado ao consumidor final.
Bem vindo agora ao mundo da Logística, tenho certeza que sua visão de todas as
coisas será diferente agora, pois ao comprar um produto irá pensar em tudo o que
esta atrás para que esse produto estivesse disponível no ponto de venda.
Livro
Filme
Filme
Unidade 2
Logística e canal de
distribuição
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Introdução
Caro (a) aluno (a), a cadeia de suprimentos aqui estudada nos permitirá entender
que esta corrente formada ao longo de todo o segmento, quando bem integrada,
oferece um diferencial competitivo às empresas, fazendo com que elas se
destaquem no mercado globalizado. Bom, esta integração se dá pelos acordos
comerciais e alinhamentos de interesses e estratégias, passando a ser objetivo de
toda a cadeia a satisfação plena do cliente final.
Uma vez alinhado esse processo, para que ele aconteça de forma a garantir o
objetivo de toda a cadeia, surge a Logística, como forma de garantir que tudo se
movimente dentro desta cadeia, do ponto de origem até o ponto de destino,
podendo ser materiais, insumos, produtos em processo, produtos acabados e
informações.
Convido você agora a se aprofundar nesse mundo da Logística e dar mais um passo
na busca de sua compreensão e no entendimento de sua abrangência.
Bons estudos!
Cadeia logística
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Falamos até aqui da cadeia de suprimentos ou Suplly Chain Management, nosso
estudo nos permite agora entendermos que o alinhamento de fornecedores,
empresa e cliente, trará total satisfação e sucesso ao empreendimento. Alinhar
através de estratégias comerciais todos os elos da cadeia, ajustando qualidade,
confiabilidade, velocidade e redução de custos, garantirá que a parceria seja efetiva.
A função da Logística dentro desta cadeia, de acordo com seu conceito, é o
planejamento, implementação e o controle, do fluxo e armazenagem de materiais e
informações, de forma econômica, eficiente e efetiva, satisfazendo as necessidades e
preferências dos clientes, do ponto de origem até o ponto de destino (NOVAES,
2001).
Podemos dizer então que a Logística é a grande responsável por fazer algo chegar
ao lugar certo na hora certa, podendo ser informações, materiais ou até mesmo a
movimentação financeira, caracterizando assim o fluxo logístico dentro da cadeia de
suprimentos, conforme figura 1.
Segundo Farias e Costa, (2005), com uma melhor forma de gerir dentro da Cadeia
Logística esses fluxos de materiais e informações, a Logística Integrada que é um
macroprocesso, se divide em três processos básicos, sendo eles: Logística de
Suprimentos, Logística Interna e Logística de Distribuição.
Logística de suprimentos
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
A Logística de suprimentos é um conjunto de atividades operacionais que englobam
atividades como o transporte, a movimentação, a estocagem e o fluxo de
informações, e que se repetem várias vezes ao longo do canal pelo qual as matérias
primas vão sendo transformadas em produto acabado, aos quais se agrega valor ao
consumidor. Uma vez que as fontes de matérias primas, fábricas, locais de venda em
geral não possuem a mesma localização e o canal representa uma sequência de
etapas de produção, as atividades logísticas podem ser repetidas várias vezes até o
produto chegar ao mercado (BALLOU, 2006).
Por isso, as atividades logísticas se repetem à medida que os produtos usados são
transformados. Uma única empresa não tem condições de controlar integralmente
seu fluxo de produtos da fonte de matéria prima até os pontos de consumo. Desta
forma a logística empresarial tem em cada empresa, um controle esperando o
máximo de gerenciamento sobre os canais físicos imediato de suprimentos e
distribuição, como se mostra na figura 3.
Segundo Bowersox e Closs, (2001), a logística de suprimentos é a área que trata dos
fluxos de matéria-prima e de produtos para a organização, sendo seu objetivo
satisfazer às necessidades de materiais da operação. Uma boa administração da
logística de suprimentos significa coordenar os movimentos dos suprimentos com as
exigências da operação.
Fornecedores
Fabricantes
Distribuidores
Lojistas
Clientes
Os suprimentos de matéria prima e insumo são aplicados na maioria das cadeias, seja
indústria de alimentos, automobilística e outras. A aquisição dos materiais funciona
basicamente no planejamento de diferentes cenários antes mesmo do pedido da
matéria prima ser feito. Avaliar os fornecedores na interação de serviços de compra,
planejamento na previsão do tempo até a chegada do pedido e também da
demanda dos materiais, ou seja, fazer uma análise sistêmica no pedido dos materiais
que serão necessários (BERTAGLIA, 2016).
Processo: Ocorre o início da produção e pelo processo produtivo com uso do insumo e
da matéria prima se obtém o produto acabado.
A Importância da Logística de
Suprimentos
A logística trata da criação de valor – valor este para os clientes e fornecedores da
empresa, e valor para aqueles que têm interesses direto nela. Esse valor é
manifestado primariamente em termos de tempo e lugar. Produtos e serviços não
tem valor, a menos que estejam em poder dos seus clientes quando e onde eles
pretendem consumi-los. Podemos citar como exemplo, os bares que servem bebidas
e lanches em estádios de esportes. Eles não terão valor algum aos consumidores se
não forem de fácil acesso para este público, em eventos esportivos e artísticos, e
possuam estoques correspondentes às demandas característica nestas ocasiões
(BALLOU. 2006).
Qualquer produto ou serviço perde quase todo seu valor quando não está no alcance
dos clientes no momento e lugar adequado ao seu consumo. Quando a empresa
submete-se aos custos para levar ao cliente um produto antes indisponível ou de
tornar-se um estoque disponível no tempo certo, cria para o cliente valor que antes
não existia (BERTAGLIA, 2003).
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Logística interna envolve todas as atividades realizadas no suporte logístico à
produção, envolvendo todo o fluxo de materiais e componentes na manufatura dos
produtos em processo, até a entrega dos produtos acabados para a Logística de
Distribuição. A logística interna também é definida como atividades associadas ao
recebimento, ao armazenamento, controle de estoque, programação de frota,
veículos e devolução para os fornecedores (FARIA e COSTA, 2005).
Podemos entender que uma vez recebido os materiais e insumos pelo setor de
recebimento da empresa, fruto de uma ação da Logística de Suprimentos, é dever
da Logística Interna, conferir, inspecionar a qualidade, armazenar e garantir o fluxo
destes materiais e insumos, além de todas as atividades de suporte logístico, com a
finalidade de que o planejamento de produção elaborado pela empresa seja
executado, finalizando suas atividades na entrega do produto pronto para a
Logística de Distribuição (BOWERSOX e CLOSS, 2001).
Logística de distribuição
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
A Distribuição é um processo que costuma estar associado ao movimento do
produto de um ponto de produção ou armazenagem até o cliente. Estas atividades
abrangem as funções de gestão de controle de estoque, manuseio de materiais ou
produtos acabados, transporte, armazenagem, administração de pedidos, analises
de locais e redes de distribuição e outros. O retorno de produtos em bom ou mau
estado também faz parte desse processo (BERTAGLIA, 2016).
O processo de distribuição tem sido foco permanente das organizações, visto que
seus custos são elevados e as oportunidades são muitas. São discutidos modelos de
distribuição para se obter vantagem competitiva e colocar os produtos,
principalmente bens de consumo, ao alcance dos clientes. As características de
distribuição apresentadas por setores como de bebidas e sorvetes, possuem custo
alto devido a quantidade e dispersão dos pontos de vendas, somando-se ainda o
fato de que características de temperaturas precisam ser relevadas, principalmente
para sorvetes ou outros produtos congelados (BERTAGLIA, 2016).
Falando em nível de Brasil, tem-se observado grande evolução no aspecto de
distribuição com empresas muito profissionais, tanto na armazenagem como no
transporte. Porém, nossa infraestrutura para transporte e distribuição continua
ainda centralizada em rodovias, e por isso aumenta os custos de transporte pela
necessidade de se procurar meios alternativos e combinados para efetuar a
distribuição dos produtos por via marítima, rodoviária, ferroviária e aérea
(BERTAGLIA, 2016).
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Para falarmos em canal de distribuição vamos entender primeiro que distribuição
física é o ramo da logística empresarial que trata da movimentação, estocagem e
processamento de pedidos dos produtos finais da empresa. É de grande relevância,
pois seus custos representam 2/3 dos custos totais logísticos. Isto decorre das
atividades exercidas na distribuição, que, em linhas gerais, tem a sua principal
função de garantir a disponibilidade dos produtos finais aos clientes (BALLOU, 1993).
Convém destacar que o que traz ao cliente satisfação, não são os custos envolvidos,
que precisam ser gerenciados para oferecer um preço aceitável pelo mercado, mas
sim os níveis de serviços ofertados, esses são percebidos pelo cliente. Níveis de
serviços em relação à disponibilidade do produto, qualidade preservada,
apresentação do produto, assistência técnica e serviços de atendimentos ao
consumidor. O nível de serviço ofertado ao cliente é o resultado do sistema logístico
desenvolvido pela empresa (LAMBERT e STOCK, 1993).
Sendo o transporte uma das funções mais importantes do nível de serviço logístico,
pois este tem a finalidade de garantir o fluxo de bens entre a origem o destino da
Cadeia Logística, a eficiência do transporte dependerá da escolha certa do modal de
transporte. Modal de transporte é a modalidade escolhida para que o produto
chegue do ponto de origem ao ponto de destino, e muitas vezes, se fará necessário à
integração de modais para que essa finalidade seja atendida (BOWERSOX, CLOSS e
COOPER, 2007).
Os modais de transportes segundo Platt (2010) são destacados da seguinte forma:
A realidade da logística empresarial mostra que não existe o modelo certo, nada é
definitivo, porém somente um estudo mais aprofundado pode levar a otimização de
como chegar de forma mais eficiente ao cliente final.
Destacam-se também os vários tipos de canais de distribuição definidos por
Semenenik e Bamossy (2009, apud Oliveira, 2012):
Ainda segundo Semenenik e Bamossy (2009, apud Oliveira, 2012), temos ainda
quatro modalidades de distribuição:
Caro (a) aluno (a), aqui encerramos a segunda unidade, como já avançamos no
entendimento da Cadeia Logística, partindo que esse termo surge de uma total
integração conhecida como Logística Integrada, que tem como finalidade garantir o
fluxo contínuo dentro da cadeia de suprimentos, na busca de uma melhor eficiência
a Logística Integrada se divide em três áreas de atuação: Logística de Suprimentos,
Logística Interna e Logística de Distribuição. Com a formação da Cadeia Logística
surgem alianças e parcerias, permitindo trocas e compartilhamento de informações,
que possibilitam planejamento e execução de processos com maior rapidez e
segurança, trazendo benefícios como redução de custos, maior velocidade de
atendimento dos pedidos, e oferta de níveis de serviços mais adequados às
necessidades do cliente.
Dentro da administração da distribuição física, que gere todo o fluxo de pedido dos
clientes, encontramos a maior parte de custos logísticos, e apreendemos que o
transporte é o grande vilão em termos de custo. E que a escolha da modalidade de
transportes pode significar um diferencial de custos, porém, no Brasil temos várias
limitações quanto à escolha de modal pela indisponibilidade de modais, como o
hidroviário e o ferroviário. Por fim, conhecemos o canal de distribuição, que dentro da
distribuição física, tem a finalidade de fazer o produto chegar ao cliente final.
Filme
Unidade 3
Logística reversa e
sistemas de informação
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Introdução
Caro (a) aluno (a) a sustentabilidade nos move, hoje devido à escassez de recursos da
natureza, pois cada vez precisamos retirar mais da natureza e devolver o que sobra
em forma de resíduos, faz-se necessário, uma regulamentação de como e quem é
responsável pela retirada e pela devolução destes recursos. Para isso o Governo
Federal criou a Lei 12.305/2010 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos,
obrigado as empresas a criarem seus Programas de Gerenciamentos de Resíduos
Sólidos, mencionando que através da Logística Reversa, os fabricantes ficam
responsáveis em destinar corretamente os resíduos e os produtos que não mais
tiverem utilização, pelo consumidor final, como o caso de lâmpadas, óleos
lubrificantes e baterias em geral. Temos até um selo chamado de Logística Verde,
para as empresas que seguem regras e normas de sustentabilidade. Afinal a função
da Logística Reversa é muito maior que simplesmente atender as leis e normas, ela
é um elo com o consumidor final dentro da cadeia logística, digo que é o canal de
comunicação direto como o consumidor final, que muitas vezes só a utiliza como
forma de devolver um produto com defeito. Com o advento do gerenciamento da
informação aliado a Logística Reversa, temos um grande potencial a ser explorado
pela empresa, usar esse canal de proximidade com o cliente final, é ter nas mãos
dados deste cliente como preferencias de produtos, hábitos e relacionamentos que
podem gerar novos clientes em potencial.
Bons estudos!
Logística reversa
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Quando pensamos em Logística, temos a ideia do gerenciamento de fluxo de
produtos do seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo. Porém, existe
também o que chamamos de fluxo logístico reverso, que vem desde o ponto de
consumo até o ponto de origem, e também precisa ser gerenciado. Por exemplo,
fábricas de bebidas precisam gerenciar o retorno das embalagens, no caso garrafas,
dos pontos de venda até seus centros de distribuição e destes até a fábrica. Empresas
siderúrgicas usam insumo de produção, e em grande parte, a sucata gerada por seus
clientes e para isso utilizam centros coletores de carga. As indústrias de latas de
alumínio utilizam muita matéria prima reciclada, sendo necessário o
desenvolvimento de meios inovadores na coleta das latas descartas (FIGUEIREDO,
FLEURY e WANKE, 2006).
Foi a partir da década de 1980 que o tema, logística reversa, passou a ser mais
explorado em ambientes acadêmicos, meios empresariais e públicos. Em alguns
relatos históricos, é perceptível que no passado a sociedade já tinha preocupação
com a preservação ambiental, mas somente no século XIX o biólogo e zoólogo
alemão Ernest Haeckel utilizou o termo ecologia para se referir à ciência das relações
entre as espécies vivas e o ambientem em que vivem (PEREIRA et al., 2011).
Para o autor Stock (1998 apud Pereira et al., 2011) a logística reversa se refere ao papel
da logística em gerenciar o retorno dos produtos, redução na fonte, reciclagem,
substituir materiais, reforma, reparação e manufatura.
Muller (2007, apud Pereira et al., 2011), ainda diz que a Logística reversa pode ser
classificada apenas como uma versão contrária da Logística que conhecemos. Ela
utiliza os mesmos processos que o planejamento da logística convencional. Ambas
tratam de nível de serviço e estoque, armazenagem, transporte, fluxo de materiais e
sistema de informação.
A Logística reversa pode ser entendida como a área da logística empresarial que é
responsável pelo planejamento, operação e controle do fluxo e das informações
logísticas correspondentes, e pelo retorno dos bens de pós-vendas e de pós-consumo
ao ciclo de negócios ou produtivo, através dos canais de distribuição reversos,
agregando valores de diversas naturezas: econômico, prestação de serviços,
ecológico, de imagem corporativa etc. (IZIDORO, 2016).
O objetivo a logística reversa é tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais
que constituem o ciclo produtivo ou de negócios. A atividade agrega valor
econômico, de serviço, ecológico, legal e da localização praticamente de duas formas
(IZIDORO, 2016).
No planejamento das redes reversas e suas respectivas informações;
A prática logística reversa não é uma novidade, exemplos como uso de sucata na
produção e reciclagem do vidro vêm sendo praticados há bastante tempo. Porém, é
perceptível que o escopo e a escala das atividades de reciclagem e a
reaproveitamento de produtos e embalagens têm aumento de forma considerável
nos últimos anos. Podem ser apontadas como causa desse aumentos: questões
ambientais, concorrência e redução de custo (FIGUEIREDO, FLEURY e WANKE, 2006).
Pode-se dizer que a logística reversa de pós-venda tem quatro objetivos, sendo
objetivo econômico, de competitividade, legal e logísticos (PEREIRA et al., 2011).
Produtos duráveis: produtos ou bens que tem duração de vida útil média de
alguns anos a algumas décadas. São bens produtos para satisfação de
necessidades de vida social e estão inclusos aqui bens de capital em geral. São
exemplos: automóveis, eletrodomésticos, maquina, aeronaves, construções civis,
embarcações, entre outros;
Produtos semiduráveis: produtos ou bens que tem duração de vida útil de
alguns meses raramente superior a dois anos. É uma categoria intermediária
entre bens duráveis e descartáveis, por exemplo, baterias de automotores, óleos
lubrificantes, baterias de celular, computadores, entre outros;
Produtos descartáveis: bens que apresentam duração de vida útil de algumas
semanas, raramente superior a seis meses. Por exemplo, embalagens de
brinquedos, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, pilhas e
baterias, fraldas, jornais, entre outros.
Para que a logística reversa de pós-consumo exista é necessário que existam algumas
condições, como remuneração em todas as etapas reversas, qualidade e integridade
dos materiais reciclados processados, escala econômica da atividade e existência de
mercado consumidor competitivo para produtos-matérias-primas com conteúdo de
reciclados. É preciso também que existam alguns fatores que são necessários para a
organização da logística reversa, como fatores econômicos, que permitam a
realização necessária para reintegração das matérias-primas secundárias ao processo
produtivo; fatores tecnológicos, tecnologia que permita o tratamento econômico de
resíduos a partir do seu descarte; fatores logísticos, existência de sistemas de
transporte, localização e organização da cadeia de distribuição reversa; fatores
ecológicos, são geradas pelo comportamento de consumidores e exigências de
ordem legal e fatores legais, visam a educação, regulamentação, promoção e
incentivos à melhoria de condições de retornos dos produtos ao ciclo produtivo
(PEREIRA et al., 2011).
As empresas têm apostado na fidelização dos clientes através da logística reversa. Isso
é feito através dos serviços de pós-vendas e assistência técnica, onde o atendimento
ao cliente e a troca de componentes se tornam cruciais para manter clientes fiéis à
marca. Fatores como flexibilidade operacional de redistribuição, a recepção e o
destino das mercadorias podem ser utilizados para agradar e fidelizar clientes.
Empresas com diferenciais utilizam métodos de consignação de mercadorias,
aumentos ou reduções sazonais ou promocionais, liquidação, limpeza de estoque,
receber devoluções por motivos de qualidade, garantia de pós-venda ou validade do
produto, entre outros (IZIDORO, 2016).
Em geral, a logística reversa ainda é uma área que não é considerada de alta
prioridade. Porém, com a pressão externa, maior rigor na legislação ambiental, a
necessidade da redução de custos e a necessidade de ofertar mais serviços, através
de políticas de devolução mais proativas, tem feito com que mais empresas
aderissem à logística reversa. Com essa tendência, o aumento de fluxo reverso é
esperado, juntamente com a elevação do seu custo, e por isso serão necessários
aumento nos esforços para que se aumente a eficiência, com iniciativas de melhoras
na estruturação de projetos de logística reversa. Deve-se aplicar os mesmos conceitos
de planejamento que existe no fluxo logístico direto, como estudos de localização de
instalações e aplicações de sistemas de apoio à decisão (FIGUEIREDO, FLEURY e
WANKE, 2006).
SAIBA MAIS
É um instrumento estruturado com foco fundamental na minimização
da geração de resíduos, com ações voltadas a sua reutilização,
reaproveitamento e reciclagem, assim como nas tecnologias de
tratamento e de sua disposição final que assegurem a não
contaminação do ambiente. Diretamente ligado a Política Nacional de
Resíduos Sólidos – PNRS, aprovada pela Lei no 12.305, de 02 de agosto de
2010.
ACES S AR
Logística e sistemas de
informação
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
A informação é algo fundamental para o desempenho da cadeia logística, é a partir
da informação que os gerentes e responsáveis tomam suas decisões. A tecnologia
da informação é a área que oferece a análise dos dados da melhor forma possível
para que essas decisões sejam tomadas.
Organizações que são mais tradicionais estão enfrentando um grande desafio nos
últimos anos, pois estão sofrendo uma transformação importante ao usar a
tecnologia como base para alterar seus padrões de comportamento. Empresas mais
antigas que eram totalmente departamentalizadas, com várias funções, onde cada
unidade funcional tinha seu próprio indicador de desempenho, algumas vezes esse
indicador não tinha nenhum significado ou não trazia benefícios para o processo.
Porém, na era da informação, as empresas precisam se atualizar cada vez mais e
serem mais flexíveis. Nessa nova fase, as informações passam a serem
compartilhadas internamente e externamente (BERTAGLIA, 2016).
Esse avanço na tecnologia começou a exercer uma papel importante nas empresas,
trazendo suporte para processos importantes como avaliação de oportunidade de
mercado, gestão de produção e distribuição, serviços aos clientes, entre outros. Além
disso, a tecnologia da informação tem a capacidade de ajudar a fazer mudanças
radicais nas organizações (BERTAGLIA, 2016).
REFLITA
Você já pensou como o SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente pode
ser uma ferramenta de retroalimentação de todo o processo logístico
da empresa, como a informação passada pelo cliente, quando bem
gerenciada, pode melhorar o produto, o processo e a logística, e isso
pode criar um valor agregado ao produto proporcionando uma grande
satisfação á outros clientes. Será que o SAC faz parte da Logística
Reversa?
Para Bertaglia (2016), a tecnologia da informação pode ser inserida nos tópicos
abaixo:
Para que seja estabelecida uma estratégia para a área de tecnologia é preciso que
seja definido de forma clara o papel desta área no contexto organizacional. O foco
dessa área é buscar tendências tecnológicas que irão ajudar no processo
organizacional. Os resultados da estratégia da tecnologia da informação elaborados
consistem em elementos como: definição do posicionamento e das oportunidade,
através de determinação de papéis, objetivos e medidas de desempenho; análise
das competências principais em termos de operações dos sistemas existentes,
desenvolvimento de novos sistemas e adicionais que são necessários para oferecer
suporte às estratégias da empresa; gestão da tecnologia da informação e estrutura
organizacional com foco em responsabilidade de planejamento, execução e controle
(BERTAGLIA, 2016).
Com o novo conceito e as novas funções, o MRP II ganhou uma grande importância
como ferramenta, com alguns fatores adicionais, como planejamento de longo
prazo, planejamento de recursos em nível superior, plano mestre de produção,
planejamento da capacidade e controle do chão de fábrica. A característica
marcante desse sistema é a sinergia entre os processos, que permite retroalimentar
a cadeia de negócios, fazendo com que a organização melhore seus processos de
forma continua buscando uma maior eficiência (BERTAGLIA, 2016).
A tecnologia da informação hoje já faz parte das estratégias das organizações. Ela se
tornou uma aliada para dar suporte às necessidades do negócio. Seja suporte às
funções que buscam maior visibilidade ou até mesmo que melhorem o
desempenho dos funcionários e processos, os sistemas devem ser utilizados para
apoiar as necessidades das organizações. Com a evolução, tecnologias moveis e as
redes sociais passaram a tornar a vida das pessoas e empresas mais fácil, permitindo
compras e pagamento através do celular. E por isso, os profissionais da cadeia de
abastecimento precisam estar conectados para utilizarem a tecnologia de forma
proveitosa e atender às necessidades em tempo real (IZIDORO, 2015).
Conclusão - Unidade 3
Caro (a) aluno (a), encerramos aqui a terceira unidade, falamos da Logística Reversa e
da importância da informação como ferramenta de melhorias de produtos, serviços e
processos. Num cenário onde tudo respira tecnologia, onde ouvimos 4.0 em tudo, ou
seja, essa revolução causada pelo avanço do gerenciamento da informação, onde se
dará bem quem conseguir assimilar de melhor forma os conjuntos de dados e
transforma-los em informações úteis para as tomadas de decisões, Num mundo onde
a proximidade se faz necessária, mas não de maneira física, e sim de maneira
tecnológica, onde a internet é rede que conecta tudo e todos, está ao alcance da mão
se tornou necessário para sobreviver no mercado competitivo.
Filme
Unidade 4
Cadeia logística e
avaliação de desempenho
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Introdução
Caro (a) aluno (a) o processo de mensurar o desempenho abrange duas tarefas, a de
avaliar e controlar, ou seja, avaliar a aplicação do recurso e controlar os resultados
desta aplicação. Quando falamos de cadeia logística, e da sua evolução como o
desenvolvimento da administração moderna das empresas, vimos que essa
atividade passou a ser fundamental para o desempenho do negócio, permitindo um
diferencial na criação e manutenção de vantagem competitiva no mercado. Os
objetivos fundamentais do controle da cadeia logística é monitorar o desempenho
em relação a planos operacionais, e assim identificar oportunidades que possam
aumentar a eficiência e a eficácia, mesmo que historicamente o desempenho da
atividade logística esteve sempre voltado para o desempenho funcional. É notório
que a mensuração destas atividades funcionais da logística sejam usadas para a
melhoria do processo, permitindo assim que as empresas de destaquem no
ambiente competitivo atual.
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Quando se fala em desempenho costuma-se relacioná-lo à apuração de resultados,
ou seja, a obtenção de informações econômico-financeiras. Drucker (1999, apud Faria
e Costa, 2005), diz que gerenciar o interior de uma empresa é um grande desafio e
que os gestores devem preocupar-se com os esforços despendidos e não apenas
com custos gerados. Isso mostra que a gestão deve se preocupar na utilização dos
recursos da maneira mais eficiente possível, para que possam apurar resultados
econômicos positivos.
Drucker (1999, apud Faria e Costa, 2005) ainda diz que a primeira coisa é saber o que
significa desempenho para uma empresa: relaciona-se a atender às necessidades de
rentabilidade dos acionistas ou atender às necessidades dos clientes? A ênfase ao
desemprenho voltada para o valor do acionista, que é bem atual, tem como objetivo
equilibrar resultados no curto prazo, mas o grande objetivo é a continuidade no
longo prazo e isso se consegue com o compromisso dos colaboradores da empresa
que estejam comprometidos com as metas.
REFLITA
O profissional de logística deve agir para a criação de valor, seja na visão
dos clientes, seja na visão daquele que oferece o bem, o que significa
que é preciso trabalhar com uma visão de valor para toda a cadeia
logística. A agregação de valor deve ser uma constante tanto para quem
produz ou quem consume o produto, o consumidor final precisa
identificar que todos os esforços da cadeia logística teve um único
sentido, a sua satisfação, e para isso é importante que ele consiga
perceber esse valor agregado no produto adquirido e identificar quais
os níveis de serviço que foram oferecidos a ele.
Fazer uma avaliação e controle do desempenho são tarefas necessárias para destinar
e monitorar os recursos. À medida que a competência logística se torna um fator
mais crítico na criação e manutenção de vantagem competitiva, a precisão nessas
tarefas se torna mais importante, pois a diferença entre operações rentáveis e não
rentáveis se torna cada vez menor (BOWERSOX e CLOSS, 2001).
Os objetivos fundamentais do controle logístico são monitorar o desempenho em
relação a planos operacionais e identificar oportunidades para aumentar a eficiência
e eficácia. Ao longo do tempo a avaliação logística adotou a perspectiva funcional,
porém, a orientação para o processo é mais apropriada para o ambiente atual. Essa
orientação considera o custo total associado ao nível de atendimento dos pedidos
dos clientes, permitindo identificar e avaliar de modo mais eficaz essa substituição.
Na sequência, são examinadas as principais medidas internas geralmente apuradas
e analisadas pela empresa. Mesmo várias dela sejam baseadas em funções, as
medidas de qualidade, como o pedido perfeito, avaliam a satisfação do cliente.
Posteriormente, é feita abordagem da avaliação externa do desempenho ilustrada
por meio de medidas da percepção do cliente e benchmarking das melhores
práticas. As medidas de percepção focam no serviço do ponto de vista do cliente e o
benchmarking compara as práticas, processos e o desempenho com as empresas de
porte equivalente. Desta forma, a atenção é dirigida para questões e desafios
relacionados à avaliação abrangente de desempenho da cadeia logística
(BOWERSOX e CLOSS, 2001).
O crescimento econômico mais lento e a concorrência mais acirrada fez com que as
empresas se concentrassem na apropriação eficaz e eficiente de recursos logístico,
por isso surgiu o que é chamado de controller, que tem seu interesse na avaliação
continua do desempenho da empresa. Na execução do processo de mensuração, o
controller tem sua concentração na avaliação da vinculação de recursos e no alcance
das metas (BOWERSOX e CLOSS, 2001).
CONCEITUANDO
Benchmarking é um processo de comparação de produtos, serviços e
práticas empresariais, e é um importante instrumento de gestão das
empresas. É realizado através de pesquisas para comparar as ações de
cada empresa. Tem o objetivo de melhorar as funções e processos de
uma determinada empresa, além de ser um importante aliado para
vencer a concorrência, uma vez que o benchmarking analisa as
estratégias e possibilita a outra empresa criar e ter ideias novas em cima
do que já é realizado.
Fonte: o autor.
Em sua concepção Maskell (1991, apud Costa e Faria, 2005), é essencial mensurar o
uso de recursos por meio de valores. E muitas metas estratégicas das empresas
reconhecem não apenas a importância de aperfeiçoar recursos, mas também a
importância global da produção do sistema. O autor também identificou como
fatores vitais para garantir o sucesso da cadeia de suprimento: o uso de recursos, que
tem como meta o alto nível de eficiência e por objetivo ser crítico para a
rentabilidade; produção desejada, onde o alto nível de atendimento ao cliente é sua
meta, e sem produção aceitável, os clientes vão para outras cadeias de logísticas e
por fim, a flexibilidade, que tem habilidade de resposta rápida em um ambiente de
mudanças e seu objetivo é, em um ambiente incerto, a cadeia logística deve estar
apta para responder às mudanças.
Segundo Hijjar, Gervásio e Figueiredo, (2005) a busca da forma mais barata para
cada atividade não deve ser o único objetivo do gerenciamento de ativos e da infra-
estrutura logística, mas sim buscar um sistema que esteja orientado para a
performance total do negócio. O Grupo de pesquisadores da State University
Michigan, que desde 1986 estudam o desempenho de empresas bem sucedidas em
suas atividades logísticas, sugere que o gerenciamento dos ativos logísticos seja
realizado através do monitoramento das seguintes medidas:
Lambert e Stock (1992) recomendam ainda o uso do retorno sobre os ativos (ROA),
informando que esta seria a melhor medida individual para a performance
corporativa, pois mostra a lucratividade em relação ao valor dos ativos empregados.
CONECTE-SE
O benchmarking consiste em aprender com outras empresas, sendo
um trabalho de grande intensidade, que requer bastante tempo e
disciplina. Pode ser aplicado a qualquer processo e é relevante para
qualquer organização, tendo em conta que se trata de um instrumento
que vai contribuir para melhor o desempenho da empresa ou
organização.
AC E S S A R
Mensuração Abrangente da Cadeia
Logística
Para se ter uma maior eficácia e desempenho de toda a cadeia logística, é preciso
possuir medidas que sejam de uma perspectiva integrada. Esta perspectiva precisa
ser compatível com as funções da empresa e as empresas do canal. Se essas
medidas não forem integradas, a definição que o fabricante dá ao serviço prestado
corre o risco de ser bem diferente das definições do atacadista. Por exemplo, o
fabricante pode avaliar a disponibilidade de serviço como a capacidade de expedir
no momento do pedido, já o atacadista pode avaliar o serviço como a capacidade de
expedir no momento prometido. Ou seja, o fabricante se classifica por sua
capacidade de expedição de acordo com as demanda do cliente, e o atacadista pode
estender a data prometida, casa não haja estoque disponível (BOWERSOX e CLOSS,
2001).
AUTORIA
Antonio Carlos Lázaro Sanches
Para se ter um sistema de controle logístico eficaz, é preciso que se tenha
informações precisas, relevantes e atualizadas. As fontes dessas informações são
auditorias e relatórios de atividades logísticas (BALLOU, 2006).
Auditorias
A auditoria logística é um exame periódico do status das atividades logísticas. Como
existe a possibilidade de haver falhas nos relatórios ou até mesmo sua ausência
existe a necessidade de completa avaliação da situação. Ela é utilizada para
estabelecer novos pontos de referência com relação à quais relatórios devem ser
gerados e para correção de erros resultantes de desempenho de algumas atividades
logísticas que surgem de informações erradas (BALLOU, 2006).
Existe também a auditoria completa da função, onde deve ser inclusa avaliação de
todo pessoal, estrutura organizacional e projeto geral da rede. Alguns itens podem
mostrar que existe a necessidade de uma revisão de estratégias, como mudanças
substanciais de demanda, serviço ao cliente, características dos produtos, custos
logísticos e políticas de precificação (BALLOU, 2006).
Relatório Regulares
Existem vários relatórios que são gerados ao longo do processo normal das
operações de negócio, e vários deles estão disponíveis para o operador logístico,
viabilizando o controle pleno da função logística. Para estrutura de relatórios temos:
relatórios de status, relatórios de tendências e relatório Ad Hoc. Relatórios de status
são mais utilizados na área de estoques, pois controla vários itens em mais de um
local de armazenagem. Esse tipo de relatório pode ser desenvolvido para todos os
centros de atividades logísticas, sendo de unidades individuais ou de controle de
transações ou ainda de natureza financeira. Os relatórios de tendências tem um
conteúdo mais seletivo que os relatórios de status e são utilizados por gerentes de
departamento para avaliar a situação de todo o estoque. Já os relatórios Ad Hoc, são
desenvolvidos para fornecer dados sobre áreas de desempenho específicas
(BOWERSOX e CLOSS, 2001).
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