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Engenharia de Tráfego
Oniwendel Felipe de Morais Pereira
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Oniwendel Felipe de Morais Pereira
P436l
Pereira, Oniwendel Felipe de Morais
Logística empresarial e engenharia de tráfego. / Oniwendel
Felipe de Morais Pereira. – Indaial: UNIASSELVI, 2018.
172 p.; il.
ISBN 978-85-515-0227-3
1.Logiística empresarial. – Brasil. II. Centro Universitário
Leonardo Da Vinci.
CDD 658.78
Impresso por:
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a)! Bem-vindo(a) ao livro basilar para os estudos
da disciplina de Logística Empresarial e Engenharia de Tráfego que tem
por objetivo construir conhecimentos gerais teóricos e práticos a respeito
da logística, bem como da engenharia de tráfego aplicada à indústria da
construção civil, no que tange ao planejamento, execução e operação das
estruturas afins.
É com grande satisfação que escrevo este livro com o intuito de que
você, caro(a) acadêmico(a), aproxime-se desta disciplina e perceba o quanto
o seu estudo é indispensável na aplicação focada ao desenvolvimento
da sociedade brasileira em uma direção que melhore o deficitário setor
de logística, bem como promova a modernização da infraestrutura de
transportes, tudo isso embasado no respeito à preservação ambiental.
III
veículos, equipamentos e os elementos de infraestrutura de transportes, bem
como do dimensionamento do sistema de transporte coletivo por ônibus,
que atualmente é o mais utilizado no Brasil.
Para tanto, este livro de estudos visa contribuir para sua formação
acadêmica enquanto parte essencial da construção de um perfil profissional
diferenciado a fim de torná-lo conhecedor de suas responsabilidades para
com a sociedade cada vez mais ávida por pessoas que façam a diferença.
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
UNI
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA ............................. 1
VII
UNIDADE 2 – ENGENHARIA DE TRÁFEGO................................................................................... 55
TÓPICO 2 – SINALIZAÇÃO.................................................................................................................. 79
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 79
2 TIPOS DE SINALIZAÇÃO.................................................................................................................. 79
2.1 SINALIZAÇÃO VERTICAL............................................................................................................ 80
2.2 SINALIZAÇÃO HORIZONTAL.................................................................................................... 86
2.3 SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA..................................................................................................... 89
3 DIMENSIONAMENTO DE SEMÁFOROS .................................................................................... 91
4 SEGURANÇA NO TRÂNSITO ......................................................................................................... 94
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 95
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 96
VIII
3.4 VLP (VEÍCULO LEVE SOBRE PNEUS) ....................................................................................... 126
3.5 METRÔ............................................................................................................................................... 127
3.6 MONOTRILHO................................................................................................................................. 128
3.7 TRANSPORTE AUTOMATIZADO DE PASSAGEIROS (APM)................................................ 130
4 FONTES DE ENERGIA........................................................................................................................ 131
4.1 DIESEL................................................................................................................................................ 132
4.2 ENERGIA ELÉTRICA...................................................................................................................... 134
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 135
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 136
IX
X
UNIDADE 1
LOGÍSTICA EMPRESARIAL
APLICADA NA INDÚSTRIA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade, você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
LOGÍSTICA EMPRESARIAL:
ASPECTOS GERAIS
1 INTRODUÇÃO
O mercado moderno é altamente competitivo e nesta competição, a
logística surge como um elemento diferenciador para auxiliar na subsistência de
empresas e sua relevância ocorre pelo fato de ser um processo de planejamento
do fluxo de materiais que foca em duas vertentes, a primeira são as necessidades
e a segunda é o tempo. Elas se relacionam no momento da entrega, já que se
deve garantir a demanda com a qualidade desejada no tempo certo, otimizando
recursos.
3
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
Com base nos conceitos observados, surge uma pergunta: Qual deles
adotaremos? Para responder a esse questionamento, abordaremos um último
conceito difundido também por Ronald Ballou. De acordo com Terzian (2007),
Ballou é professor emérito da Weatherhead School of Management da Case Western
Reserve University, EUA. Além disso, é reconhecidamente autoridade mundial em
logística, sendo considerado por muitos como pai da logística.
4
TÓPICO 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL: ASPECTOS GERAIS
5
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL: ASPECTOS GERAIS
NOTA
7
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL: ASPECTOS GERAIS
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UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL: ASPECTOS GERAIS
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UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
DICAS
12
TÓPICO 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL: ASPECTOS GERAIS
distribuição extremamente onerosa, haja vista que seria apenas uma unidade.
Agora fica mais fácil entender por que as fábricas utilizam uma distribuição
terceirizada, leigos podem imaginar que se fosse eliminado o varejista no meio
desse processo, o produto sairia com um custo menor, ledo engano, esse raciocínio
somente será realista para produtos distribuídos em grandes quantidades
(PAURA, 2012).
13
RESUMO DO TÓPICO 1
14
AUTOATIVIDADE
a) ( ) I, III e IV.
b) ( ) I, II e IV.
c) ( ) Somente I e IV.
d) ( ) Somente a IV.
e) ( ) Somente I e III.
15
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
PLANEJAMENTO E CONTROLE
LOGÍSTICO
1 INTRODUÇÃO
Com relação ao estudo da logística, é imprescindível compreender e
determinar corretamente a cadeia de suprimentos para que desse exercício possa
ocorrer o planejamento, bem como o controle dela. De uma forma geral, uma
cadeia de suprimentos típica é composta por fornecedores de matéria-prima que
entregam insumos de natureza variada para a indústria principal e também para
os fabricantes dos componentes que participam da fabricação de um determinado
produto. A indústria, no caso a construção civil, fabrica o produto em questão,
que é distribuído aos clientes.
17
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
água e o fogo. Na maioria dos casos, o caminho é mais longo. Uma central de ar,
por exemplo, utiliza componentes fabricados por outras indústrias, como é o caso
do compressor. A fábrica de compressores, por sua vez, demanda fios elétricos e
outros elementos para sua fabricação, componentes que são produzidos por outras
empresas. Esse longo caminho que abrange desde as fontes de matéria-prima
e vai até as fábricas dos componentes passando pela manufatura do produto,
pelos distribuidores e chegando finalmente ao consumidor através do varejista
constitui a cadeia de suprimento. A cadeia de suprimento típica é mostrada na
Figura 3. Os insumos de natureza diferenciada são entregues por diversos tipos
de fornecedores para a indústria principal, bem como para os fabricantes dos
componentes que participam do processo de desenvolvimento de determinado
produto. Por sua vez, a indústria fabrica o produto em questão, que é distribuído
aos varejistas e, em parte, aos atacadistas e distribuidores. Esses últimos fazem
o papel de intermediários, pois muitos varejistas não comercializam um volume
suficiente do produto que lhes possibilite a compra direta, a partir do fabricante.
As lojas de varejo, abastecidas diretamente pelo fabricante ou indiretamente
por atacadistas ou distribuidores, vendem o produto ao consumidor final. Há
ainda outros aspectos não considerados na Figura 3, como a logística reversa
e as operações de pós-venda. Quando se fala na cadeia de suprimento, pensa-
se imediatamente no fluxo de materiais, formado por insumos, componentes e
produtos acabados. Por isso, as setas na Figura 3 são orientadas de cima para
baixo. Mas esse não é o único tipo de fluxo na cadeia de suprimento (NOVAES,
2007).
18
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E CONTROLE LOGÍSTICO
19
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
num esquema de integração justa de atividades são bem mais expressivos que
aqueles praticados por membros individuais na cadeia de produção. Como citado
por Novaes (2007), deve-se empregar o jargão logístico, a união dos participantes
da cadeia de suprimento, buscando ganhos globais, deve se transformar em um
processo ganha-ganha, em que todos ganham e não somente uns em detrimento
dos demais. Contudo, esse sonho tangível necessita da extirpação de algumas
barreiras e uma delas é a alta cúpula organizacional da empresa que precisa
passar por uma atualização, além disso a empresa necessita buscar a implantação
meios tecnológicos no controle da cadeia, e por fim uma outra grande barreira é
fomentar a continua realização Benchmarking.
NOTA
20
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E CONTROLE LOGÍSTICO
21
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
22
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E CONTROLE LOGÍSTICO
• A média móvel, método quantitativo que nada mais é do que a soma dos
valores históricos divididos pelo mesmo número de dias, ou outro intervalo,
do período analisado, gerando um novo ponto que ligado ao gráfico gera uma
linha chamada de média móvel.
23
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
TIPO DE
DEFINIÇÃO
ESTOQUE
Não muito aplicável na construção civil, mas se refere ao que
Estoque de
está disponível para oferta/entrega no mercado, seja ele um
trabalho
apartamento, casa ou até mesmo serviço.
Refere-se ao estoque necessário de suprimentos para atender à
demanda de produção no canteiro de obras ou um serviço fim
Estoque
de uma empresa de construção civil. Por exemplo, fios elétricos
de ciclo de
para execução da instalação de um sistema de baixa tensão ou
produção
equipamentos de sondagem de solo, para atender execução de
testes do tipo SPT (Stand Penetration Test).
25
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
Quanto aos custos, destacam-se sete itens que compõem o custo total do
estoque:
26
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E CONTROLE LOGÍSTICO
27
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
• Classe A: são elencados itens muito importantes, 10 a 20% dos itens representam
algo em torno de 80% dos valores monetários.
• Classe B: são itens de importância intermediária, 20 a 50% dos itens representam
aproximadamente 20% dos valores monetários.
• Classe C: são os componentes de menor importância, representam cerca
50% dos itens que estão relacionados acerca de 5% da utilização em valores
monetários. Contudo, reforçamos que os valores indicados não são absolutos.
Tais quantitativos podem variar em função da complexidade da obra.
28
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E CONTROLE LOGÍSTICO
4.1 DISTRIBUIÇÃO
No tópico anterior se realizou uma sucinta explanação acerca do processo
da distribuição, e nesse trecho destacamos que esse importante elemento da
logística é destinado ao planejamento e controle dos elementos que compõem
o processo produtivo, garantindo que os produtos consigam ser alocados em
seu destino final através de etapas organizadas, que englobam as atividades de
gestão de estoque, transporte e armazenagem. O primeiro elemento que deve
ser considerado é a distribuição física, que se dá através do deslocamento dos
produtos/serviços de um lugar para outro. Esse deslocamento geralmente ocorre
da origem da produção até o lugar de uso e consumo, com ou sem a presença
de intermediários. Outra modalidade aplicada no mercado para a distribuição é
aquela que ocorre através da venda direta, na qual não se utilizam atravessadores
no processo, contudo a outra modalidade denominada de venda indireta é o
processo mais comum no mercado e também da indústria da construção civil,
ocorre quando o produto/serviço passa por vários intermediários até chegar ao
consumidor final (FERNANDES; CORREIA, 2012).
4.2 ARMAZENAGEM
A armazenagem é a gestão do ambiente físico adequado para manter
os estoques de produtos. Ela agrupa os problemas como o dimensionamento
de área; a ordenação física; a reposição de estoque; o projeto de docas, ou de
baias de atracação; e o layout do armazém. Além disso, se ocupa também da
organização dos processos que envolvam a transferência dos produtos bem como
dos veículos de transporte para dentro dos armazéns e vice-versa. Na atualidade,
esses depósitos devem ser considerados em duas vertentes. A primeira, refere-
se ao caráter ocupacional do espaço, onde os armazéns devem ser planejados
como locais de armazenagem e guarda dos produtos e/ou matérias-primas. A
segunda, deve considerar esses depósitos como componentes de ligação dentro
de uma cadeia produtiva, oferecendo a oportunidade de transferência conforme
o surgimento da necessidade. Tais depósitos apresentam um alto custo para
empresa, que perpassam desde a sua construção até no processo de operação, o
que gera uma despesa considerável no orçamento de qualquer companhia. Por
isso, devem ser planejados com criteriosa analise e estudo para evitar investimento
desnecessários. (ROSA, 2011).
29
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
30
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E CONTROLE LOGÍSTICO
31
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
32
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E CONTROLE LOGÍSTICO
33
RESUMO DO TÓPICO 2
34
AUTOATIVIDADE
35
36
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil possui características exclusivamente
particulares, de tal forma que os processos de produção necessitam ser adaptados às
características desse ambiente dinâmico. Diversos fatores afetam a produtividade
dessa indústria, dentre os quais apresentamos a alta condicionalidade ao padrão
climático do lugar da obra, além da característica essencialmente de manufatura
que torna cada produto único, mesmo de projetos arquitetônicos iguais.
37
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 3 | LOGÍSTICA APLICADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
39
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 3 | LOGÍSTICA APLICADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
41
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
42
TÓPICO 3 | LOGÍSTICA APLICADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
a) Previsão de demanda
b) Planejamento das necessidades de materiais
c) Estocagem dos materiais
d) Armazenagem logística
e) Movimentação de materiais
f) Estocagem dos produtos acabados
g) Planejamento e distribuição física
h) Processamento de pedidos
i) Transporte de pedidos
j) Transporte
k) Atendimento ao cliente ou usuário
43
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 3 | LOGÍSTICA APLICADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Além disso, destaca-se que Paura (2012) reforça que a integração entre
todos os setores e processos que fazem parte da cadeia logística é de extrema
importância. Sem as informações fiéis um setor não consegue se planejar e
consequentemente não consegue enviar as informações para outro. Tem-se, então,
um grande problema, pois o planejamento não poderá ser feito em processo algum
e em nível algum. Assim, a TI assume mais uma vez um papel importante para o
adequado desenvolvimento da logística, sobretudo, nesse contexto relacionado à
construção civil.
45
UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
7 TECNOLOGIAS OPERACIONAIS
Nesse trecho apresentaremos algumas tecnologias que são utilizadas na
logística.
46
TÓPICO 3 | LOGÍSTICA APLICADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
DICAS
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UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
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TÓPICO 3 | LOGÍSTICA APLICADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
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UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
LEITURA COMPLEMENTAR
PLANEJAMENTO – ALMOXARIFADO
Bruno Loturco
Como não existem regras muito bem-definidas para projetar cada parte
do canteiro, geralmente o layout (desenho) é definido com base na experiência do
gerente da obra e adaptando o que já foi feito em outros locais.
50
TÓPICO 3 | LOGÍSTICA APLICADA NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
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UNIDADE 1 | LOGÍSTICA EMPRESARIAL APLICADA NA INDÚSTRIA
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RESUMO DO TÓPICO 3
53
AUTOATIVIDADE
1 Cite três características que tornam a construção civil uma indústria peculiar.
a) ( ) I, III e IV
b) ( ) I, II e IV
c) ( ) Somente III e IV
d) ( ) Somente a IV
e) ( ) Somente I e III
54
UNIDADE 2
ENGENHARIA DE TRÁFEGO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 2 – SINALIZAÇÃO
55
56
UNIDADE 2
TÓPICO 1
FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE
TRÁFEGO
1 INTRODUÇÃO
A engenharia de tráfego é indispensável atualmente, haja vista que
o processo de globalização e o capitalismo em nossa sociedade intensificaram
o crescente uso dos modais de transporte para diversos fins, em especial o
deslocamento de pessoas e mercadorias. Por conseguinte, no Brasil o modal de
transporte rodoviário se destaca em diversas regiões, independentemente da
geografia desta. Na região Norte do país, a realidade não é diferente, os rios
de grandes extensões e variedades, vias construídas pela natureza, são pouco
utilizados e prevalece o modal rodoviário.
2 SISTEMAS DE TRANSPORTE
Atualmente, as cidades brasileiras contam com diversos modais
de transporte, sejam eles pelos meios terrestres, aquáticos e/ou aéreos.
Frequentemente se emprega também o sistema multimodal de transporte, que
é caracterizado por apresentar a conectividade de um sistema com outro. Essa
diversidade nos sistemas de transportes existentes no Brasil está particularmente
relacionada às peculiares características geográficas do país. Podemos observar
alguns dados relacionados a grandiosidade do território brasileiro no trabalho de
Simone de Oliveira (2004, p. 9), expresso logo a seguir.
57
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
58
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO
59
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Agora falaremos sobre outro modal. Para o aluno não familiarizado com
a temática acerca da engenharia de tráfego, o entendimento do modal dutoviário
pode ser facilitado pela etimologia, ou seja, pela constituição dessa palavra.
Por duto entendemos como uma canalização, um tubo. A palavra viária(o) faz
com que compreendamos que ocorre transporte, deslocamento. Dessa forma,
podemos entender que esse modal trata do deslocamento que é realizado com
auxílio de dutos. Um conceito mais técnico é colocado por Oliveira (2004), no
qual expressa que o transporte dutoviário consiste no transporte de produtos
a granel, por gravidade ou pressão mecânica, através de dutos adequadamente
projetados para esta finalidade. Como mencionado, esse modal geralmente
é utilizado no transporte de segmento específicos da produção, entre eles
destacam-se a mineração, petróleo, gás etc. Dutos utilizados para os fins citados
são denominados de minerodutos, oleodutos e gasodutos, respectivamente.
60
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO
DICAS
Acesse <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9432.htm>.
Fica a dica!
61
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
62
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO
E
IMPORTANT
3.1 VIA
O critério mais aceito atualmente para a classificação de vias é o que prevê
o seu aspecto funcional. Dessa forma, segundo Oliveira (2017, p. 40), podem ser
classificadas em:
63
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
3.2 VEÍCULO
Os veículos são o segundo elemento que constituem a engenharia de
tráfego, eles podem ser conceituados como todo objeto fabricado para funcionar
com propulsão humana e/ou mecânica que tenha como objetivo prover o
deslocamento de pessoas e/ou cargas. Caro acadêmico, pense em pelo menos
cinco tipos de veículos. Se você realizou esse exercício, provavelmente um dos
primeiros foi o automóvel, contudo, temos vários tipos, como a bicicleta, a
motocicleta, caminhão.
64
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO
DICAS
3.3 PEDESTRE
Com relação a esse terceiro elemento, a engenharia de tráfego objetiva
basicamente a análise do seu fluxo. Considera-se para efeito de projeto que ele
tem velocidade de caminhada normalmente entre 1,0 a 1,5 m/s e tem um tempo de
reação que varia entre 4 e 5 segundos. A velocidade do pedestre depende também
das condições de circulação (livre, condicionada ou congestionada). Além disso,
as análises mais comuns para pedestres estão relacionadas à ocorrência de
acidentes e cálculos de tempos de sinalização (OLIVEIRA, 2017).
3.4 MOTORISTA
Esse quarto elemento afeta as características de movimento dos
veículos, que disputam a infraestrutura com os pedestres. O motorista, quando
desempenha a tarefa de condução, em cada momento realiza de forma contínua
uma série de processos, tais como: a percepção, que é a sensação recebida pelos
sentidos, transmitida ao cérebro e reconhecida; a identificação, que envolve
o reconhecimento e compreensão; a decisão, que envolve o processo de julgar
especificamente nos comandos de parar, ir ao lado etc. E a ação que é a execução
da decisão (OLIVEIRA, 2017).
Além disso, Costa e Macedo (2008) apud Oliveira (2017, p. 38) concluem
que
65
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
ATENCAO
Caro acadêmico, vale frisar que as características básicas do tráfego são três:
fluxo, velocidade e densidade.
66
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO
67
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
68
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Fmt
D= (III)
Vmt
Onde:
Dt = densidade (veic/km)
Fmt = fluxo médio no trecho em (veic/h)
Vmt = velocidade média no trecho (km/h)
69
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Tradicionalmente o volume da 30ª hora tem sido usado nos Estados Unidos
para base de projeto de muitas vias rurais. Estudos feitos no Brasil, citados no
Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais – DNER, 1999, mostram que o
volume da 50ª hora, da ordem de 8,5% do VMD, vem sendo utilizado para projeto
de vias. Considera-se que não se justifica economicamente investir em melhorias
para atender a umas poucas horas do ano em que se tem volumes mais elevados.
O volume adotado para dimensionamento dos detalhes geométricos das vias e
interseções, determinação de níveis de serviço, planejamento da operação da via,
sinalização, e regulamentação do trânsito é designado como Volume Horário de
Projeto (VHP).
70
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO
71
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Se os tempos de viagem t1, t2, t3,...,tn (em horas) são observados para n
veículos que percorrem um segmento L, a velocidade média de viagem pode ser
obtida pela expressão:
L
VMV = (IV)
1 n
n( ∑ i =1 ti)
n
Onde:
Vmv = velocidade média de viagem (km/h)
L = comprimento do trecho (km)
ti = tempo de viagem do veículo i (h)
n = número de veículos observados
L
VMP = (IV)
1 n
n( ∑ i =1 ti)
n
Onde:
Vmp = velocidade média de percurso (km/h)
L = comprimento do trecho (km)
tj = tempo de percurso do veículo j (h)
n = número de veículos observados
72
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO
7 PESQUISA ORIGEM-DESTINO
Como vimos, a engenharia de tráfego necessita da realização de pesquisas
para obtenção de dados aos seus mais variados fins. Entre os diversos tipos de
pesquisas que auxiliam a engenharia de tráfego, destacaremos a seguir a pesquisa
origem-destino. Agora, caro acadêmico, por qual motivo iremos estudar esse tipo
de pesquisa? A resposta é simples, essas informações são de grande importância
haja vista que são utilizadas no estudo do comportamento atual e futuro do
tráfego, e permitem:
73
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
74
TÓPICO 1 | FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO
75
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Caro acadêmico, agora que você conhece esses três métodos de pesquisa
vamos falar sobre o dimensionamento da equipe que é necessária para realizar
a pesquisa. Esse dimensionamento das pesquisas de origem e destino deve
considerar que um pesquisador bem treinado pode realizar de 10 a 20 entrevistas
por hora, levantando três a seis informações em cada uma delas. Para cada posto de
pesquisa de origem e destino deve-se dispor de pelo menos dois entrevistadores,
um para veículos de carga e um para carros de passeio. As informações relativas
a ônibus são normalmente coletadas junto às empresas e órgãos encarregados de
sua fiscalização.
76
RESUMO DO TÓPICO 1
77
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Rodoviário.
b) ( ) Dutoviário.
c) ( ) Ferroviário.
d) ( ) Fluvial.
e) ( ) Marítimo.
a) ( ) 85 km/h.
b) ( ) 120 km/h.
c) ( ) 102 km/h.
d) ( ) 118 km/h.
e) ( ) 112 km/h.
a) ( ) V, V e V.
b) ( ) F, V e V.
c) ( ) V, V e F.
d) ( ) F, F e V.
e) ( ) F, V e F.
78
UNIDADE 2 TÓPICO 2
SINALIZAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Os sistemas existentes de sinalização são ferramentas essenciais para o
bom funcionamento do trânsito e devem ser planejados, bem como implantados,
tendo como referência o princípio básico de que as condições de percepção dos
usuários da via sejam garantidas através da clara visualização da sinalização.
2 TIPOS DE SINALIZAÇÃO
Segundo Oliveira (2017), a sinalização é o conjunto de processos de
comunicação visual e/ou sonora, pelo qual a autoridade de trânsito regulamenta,
adverte ou indica o uso da via, tornando as operações de trânsito mais seguras,
ordenando os fluxos dos veículos e/ou pedestres e permitindo o aumento
da capacidade de vazão das vias públicas. Na concepção e na implantação
79
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Agora que você já conhece esses princípios, vamos estudar os três tipos de
sinalização que são pertinentes ao estudo da engenharia de tráfego, a sinalização
vertical, sinalização horizontal e a semafórica. No entanto, abordaremos a
sinalização semafórica com mais atenção no subtópico a seguir.
80
TÓPICO 2 | SINALIZAÇÃO
NOTA
Acesse <http://www.denatran.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_
VOL_I_2.pdf>. Caro acadêmico, nesse site você encontrará os parâmetros normativos
e técnicos para elaboração de sinalização vertical de regulamentação. É um documento
muito importante, com 222 páginas, que auxilia na elaboração dos projetos de sinalização.
81
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
82
TÓPICO 2 | SINALIZAÇÃO
NOTA
Acesse <http://www.denatran.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_
VOL_II_(2).pdf>. Caro acadêmico, nesse site você encontrará os parâmetros normativos e
técnicos para elaboração de sinalização vertical de advertência. É um documento muito
importante, com 220 páginas, que auxilia na elaboração dos projetos de sinalização.
83
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
84
TÓPICO 2 | SINALIZAÇÃO
Parâmetro Variação
Relação entre dimensões de
de 1:6 a 1:10
largura e comprimento dos braços
Ângulos menores formados entre
entre 45o e 55o
os dois braços
FONTE: CONTRAN (2007b, p. 18)
• Placas de identificação.
• Placas de orientação de destino.
• Placas educativas.
• Placas de serviços auxiliares.
• Placas de atrativos turísticos.
• Placas de postos de fiscalização.
85
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
NOTA
Acesse <http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/ManualSinalizacao
Indicativa2(alterado%20pela%203).pdf>.
Caro acadêmico, nesse site você encontrará os parâmetros normativos e técnicos para
elaboração de sinalização vertical de indicação. É um documento muito importante, com
343 páginas, que auxilia na elaboração dos projetos de sinalização.
86
TÓPICO 2 | SINALIZAÇÃO
87
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
NOTA
Acesse <http://www.denatran.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_
VOL_IV_2.pdf>.
Caro acadêmico, nesse site, você encontrará os parâmetros normativos e técnicos para
elaboração da sinalização horizontal. É um documento muito importante, com 130 páginas,
que auxilia na elaboração dos projetos de sinalização.
89
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
90
TÓPICO 2 | SINALIZAÇÃO
NOTA
Acesse
<http://www.denatran.gov.br/images/Educacao/Publicacoes/Manual_VOL_V_2.pdf>. Caro
acadêmico, neste site, você encontrará os parâmetros normativos e técnicos para elaboração
da sinalização semafórica. É um documento muito importante, com 314 páginas, que auxilia
na elaboração dos projetos de sinalização.
3 DIMENSIONAMENTO DE SEMÁFOROS
O atual método para dimensionamento de semáforos que foi publicado
em 2014 no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito – Volume 5, do
CONTRAN (CONTRAN, 2014b), se baseia na definição de um tempo de ciclo
ótimo calculado pelo método de Webster, ou seja, esse método trabalha com
o melhor desempenho para a trecho controlado. De acordo com Costa e Silva
(2017), o dimensionamento de semáforos pode ser resumido de acordo com
fluxograma da Figura 8.
91
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
92
TÓPICO 2 | SINALIZAÇÃO
O tempo perdido total, representado por Tp, será calculado, então, com o
uso da seguinte equação:
n
tep + ∑ (tpini + tpfni)
Tp =
i =1
em que
Tp - tempo perdido total, em segundos;
tep – tempo de estágio exclusivo para pedestres, caso existente, em
segundos;
n – número de estágios veiculares existentes;
tpini – tempo perdido no início do estágio i, em segundos;
tpfni – tempo perdido no final do estágio i, em segundos.
1, 5xTp + 5
Tco =
1 − ∑ i =1 y i
n
em que,
tco – tempo de ciclo ótimo, em segundos;
Tp – tempo perdido total, em segundos;
yi – taxa de ocupação do grupo de movimentos crítico do estágio i;
n – número de estágios.
em que,
tv,ef,i – tempo de verde efetivo do estágio i, em segundos;
tc – tempo de ciclo, em segundos;
Tp – tempo perdido total, em segundos;
yi – taxa de ocupação do grupo de movimentos crítico do estágio i;
n – número de estágios.
em que
tv,real – tempo de verde real, em segundos;
tv,efet– tempo de verde efetivo, em segundos;
93
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
4 SEGURANÇA NO TRÂNSITO
De acordo com Lima, Santos e Alves (2015), a violência no trânsito é uma
das dez maiores ‘causas mortis’ no mundo, com cerca de 1,2 milhão de óbitos por
ano. Segundo a estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde) apud Lima;
Santos e Alves (2015, p. 2),
94
RESUMO DO TÓPICO 2
95
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Legalidade.
b) ( ) Padronização.
c) ( ) Clareza.
d) ( ) Suficiência.
e) ( ) Manutenção e conservação.
96
a) ( ) V, V e V.
b) ( ) F, F e F.
c) ( ) V, V e F.
d) ( ) F, F e V.
e) ( ) F, V e F.
97
98
UNIDADE 2 TÓPICO 3
99
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
Essa situação produz muitos efeitos indesejáveis, tais como alguns citados
pelo Manual do DENATRAN (2001, p. 6-7):
100
TÓPICO 3 | ESTUDO DE POLOS GERADORES E CAPACIDADE DE VIAS
3 CAPACIDADE DE VIAS
O método atualmente adotado para o dimensionamento da capacidade
de uma via é definido de acordo com os parâmetros do Highway Capacity Manual
(HCM). Segundo Setti (2009), o HCM surgiu em 1950, através do Escritório
de Estradas Públicas (BPR), o precursor da atual Administração Federal de
Autoestradas (FHWA) dos Estados Unidos. Baseado em estudos realizados
durante as décadas de 1930 e 1940, a versão inicial tinha a intenção de servir como
diretriz para projetos de rodovias e não tratava especificamente da avaliação da
qualidade de serviço da corrente de tráfego.
102
TÓPICO 3 | ESTUDO DE POLOS GERADORES E CAPACIDADE DE VIAS
E
IMPORTANT
O HCM usa seis níveis de serviço, que são representados pelas letras A a
F, sendo A o melhor nível de serviço e F, o pior. O nível de serviço F representa
fluxos congestionados, em trechos em que a demanda excede a capacidade da
rodovia. A capacidade da rodovia corresponde ao nível de serviço E. Os limites
entre os níveis de serviço A–B, B–C, C–D e D–E são definidos de uma forma um
tanto quanto arbitrária, pelos membros do Comitê de Capacidade e Qualidade de
Serviço do TRB; o limite entre os níveis de serviço E e F, entretanto, corresponde à
capacidade da via e é determinado empiricamente, a partir de dados coletados em
trechos onde existem condições ideais de geometria da via e do tráfego (SETTI,
2009).
em que,
Vp - fluxo equivalente nos 15 minutos mais congestionados da hora [cp/
(h.faixa)];
Q – Volume observado durante a hora [veic/h];
PHF – fator de pico horário, que reflete a existência de variações no fluxo
dentro da hora;
N – Número de faixas de tráfego;
FHV – fator de ajuste para o efeito dos veículos pesados na qualidade do
serviço;
fp – Fator de ajuste para o efeito das características dos motoristas na
qualidade do serviço.
103
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
104
TÓPICO 3 | ESTUDO DE POLOS GERADORES E CAPACIDADE DE VIAS
NOTA
106
TÓPICO 3 | ESTUDO DE POLOS GERADORES E CAPACIDADE DE VIAS
4.2 ENTRELAÇAMENTO
De acordo com DNIT (2010), o entrelaçamento (também denominado de
entrecruzamento) é o conjunto de cruzamentos de duas ou mais correntes de
tráfego de mesmo sentido ao longo de um trecho da rodovia. A figura que segue
exibe os exemplos mais comuns de trechos com entrecruzamentos.
107
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
5 DIMENSIONAMENTO DE ESTACIONAMENTOS
O estacionamento restringe o tráfego, tanto pela diminuição da largura
de pista disponível como pelos movimentos de espera e entrada/saída da vaga.
Essas restrições não são desejáveis no sistema arterial principal, sobretudo em
vias com velocidades elevadas. Em consequência, quando se trata em vias de
menor velocidade e fluxo, é conveniente proporcionar faixas de estacionamento
em arteriais secundárias.
108
TÓPICO 3 | ESTUDO DE POLOS GERADORES E CAPACIDADE DE VIAS
Essa largura pode ser reduzida para 2,70 m se a velocidade na via arterial
é igual ou inferior a 60 km/h. Assim, o manual do DNIT (2010) recomenda que
a largura das faixas de estacionamento seja de 2,50 m (mínimo absoluto de 2,20
m), no caso de uso predominante por veículos leves e tráfego moderado, e 3,00
m em locais com algum uso por veículos comerciais ou onde o tráfego for muito
intenso.
109
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
110
TÓPICO 3 | ESTUDO DE POLOS GERADORES E CAPACIDADE DE VIAS
LEITURA COMPLEMENTAR
111
UNIDADE 2 | ENGENHARIA DE TRÁFEGO
112
RESUMO DO TÓPICO 3
113
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Nível de serviço B.
b) ( ) Nível de serviço A.
c) ( ) Nível de serviço C.
d) ( ) Nível de serviço E.
e) ( ) Nível de serviço F.
a) ( ) V, V e F.
b) ( ) F, F e F.
c) ( ) V, V e V.
d) ( ) F, F e V.
e) ( ) F, V e F.
114
UNIDADE 3
SISTEMAS DE TRANSPORTE
COLETIVO URBANO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
115
116
UNIDADE 3
TÓPICO 1
ESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL DO
TRANSPORTE COLETIVO
1 INTRODUÇÃO
Os sistemas de transporte possuem uma história que não data de tempos
recentes. No Brasil foram estruturados ainda no período colonial, mediante a
exploração econômica do território e outros fatores menos preponderantes.
Dos idos de 1500 até meados dos idos de 1600, o Brasil era majoritariamente
ocupado em sua região litorânea e as atividades de transporte se resumiam
de forma predominante na extração e exportação de recursos naturais para
Portugal. E, ao longo do tempo de colônia, Portugal sempre investiu muito
pouco no desenvolvimento do transporte no Brasil. Foi somente após o século
XIX que o Brasil passou a ter políticas e investimentos significativos nos sistemas
de transportes, com destaque para as ferrovias, muito embora, posteriormente,
tenham sido deixadas em segundo plano para que o modal rodoviário se
fortalecesse e dominasse em vários aspectos a rede transporte brasileira.
117
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
118
TÓPICO 1 | ESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL DO TRANSPORTE COLETIVO
FONTE: <http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2016/04/mostra-lembra-160-anos-da-
estrada-uniao-e-industria-em-petropolis-no-rj.html>. Acesso em: 10 ago. 2018.
119
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
120
TÓPICO 1 | ESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL DO TRANSPORTE COLETIVO
E
IMPORTANT
121
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
122
TÓPICO 1 | ESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL DO TRANSPORTE COLETIVO
3 TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS
Existem diversas tecnologias empregadas para o transporte público
nas cidades brasileiras. Não há uma única tecnologia certa ou errada, já que
tudo depende das circunstâncias locais. Há vários fatores que afetam a escolha
tecnológica e devem ser ponderados cuidadosamente pelo poder público, tais
como os investimentos (infraestrutura e custo de terrenos), custos operacionais,
considerações de projeto e implementação, desempenho e impactos econômicos,
sociais e ambientais. Nós iremos destacar as principais tecnologias nesse sentido.
Mas o que vem ser esse BRT? O governo federal publicou, no ano de 2008,
um documento norteador para auxiliar as cidades que objetivassem a implantação
desse sistema. O documento intitulado Manual de BRT – Guia de Planejamento foi
e ainda é muito importante para a temática, haja vista que prescreve informações
e representa o ápice de cinco anos de esforços para documentar e aperfeiçoar o
estado da arte das soluções de transportes de custo eficiente para cidades. Nesse
manual destacamos a seguir o conceito dessa tecnologia:
123
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
FONTE: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimasnoticias/2018/05/26/brt-do-rio-suspende-
operacao-de-onibus-por-tempo-indeterminado.htm>. Acesso em: 12 ago. 2018.
124
TÓPICO 1 | ESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL DO TRANSPORTE COLETIVO
125
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
FONTE: <https://g1.globo.com/especial-publicitario/em-movimento/ccr/noticia/vlt-e-barcas-
resgatam-historia-e-identidade-do-rio.ghtml>. Acesso em: 12 ago. 2018.
126
TÓPICO 1 | ESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL DO TRANSPORTE COLETIVO
FONTE: <http://viatrolebus.com.br/2015/10/medellin-na-colombia-inaugura-linha-de-vlt>.
Acesso em: 16 ago. 2018.
3.5 METRÔ
Os metrôs são sistemas relativamente antigos e que até hoje são aplicados
em diversas partes do mundo. Essa espécie de trem urbano funciona tipicamente
abaixo da superfície sendo dedicado ao transporte de passageiros. O primeiro
metrô entrou em funcionamento no século XIX, mais precisamente em 1863, em
Londres, no Reino Unido. Apesar desse sistema de transporte ser muito antigo em
relação aos demais, ele continua a ser eficiente bem como atual, por exemplo, em
Londres continua em expansão e melhoria. Caro acadêmico, observe e leia com
muita atenção acerca do conceito de metrô que consideramos o mais completo e
que é expresso a seguir.
127
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
FONTE: <https://noticias.r7.com/sao-paulo/apreensoes-de-mercadorias-no-metro-de-sp-
triplicam-desde-2014-24082018>. Acesso em: 13 ago. 2018.
3.6 MONOTRILHO
O monotrilho se constitui de um VLT ou VLP, no qual o seu diferencial
está na forma de deslocamento haja vista que ocorre sobre a movimentação em
um único trilho, em oposição às vias férreas tradicionais, que possuem dois carris
paralelos.
128
TÓPICO 1 | ESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL DO TRANSPORTE COLETIVO
129
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
4 FONTES DE ENERGIA
Em 2009, o setor de transporte brasileiro respondeu por 28% do consumo
final de energia, o modal rodoviário representou 92% desta fração, sendo
76,34% para os derivados de petróleo (diesel e gasolina), porém utilizou frações
significativas de biocombustíveis (etanol e biodiesel) (20,45%) e gás natural
(3,21%). Neste contexto, o ônibus foi o principal meio de transporte público
de passageiros nos 501 municípios brasileiros com mais de 60.000 habitantes,
representando de 26% a 27% das viagens urbanas entre 2003 e 2009. O diesel de
petróleo ainda é a principal fonte de energia dos ônibus urbanos no Brasil. No
entanto, desde 2008, o governo brasileiro tornou obrigatória a adição de biodiesel
a este combustível, atingindo em janeiro de 2010 o patamar de 5%. Além disso,
já existem alternativas tecnológicas que permitem o uso de gás natural, de forma
dedicada ou em conjunto com o diesel de petróleo e de etanol hidratado aditivado
nos ônibus brasileiros (D'AGOSTO; OLIVEIRA; ASSUMPÇÃO, 2014).
131
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
4.1 DIESEL
Como vimos, esse combustível de origem fóssil é o mais utilizado no Brasil
para alimentação dos transportes públicos. O óleo diesel é o produto oleoso mais
abundante obtido a partir do refino do petróleo bruto. Sua composição apresenta,
basicamente, hidrocarbonetos (compostos orgânicos que contêm átomos de
carbono e hidrogênio) e, em baixas concentrações, enxofre, nitrogênio e oxigênio.
É um produto inflamável, com nível médio de toxicidade, pouco volátil, sem
material em suspensão, límpido, com cheiro forte e característico. Ele é utilizado
em motores de combustão interna e ignição por compressão (motores do ciclo
diesel) empregados nas mais diversas aplicações, tais como: automóveis, furgões,
ônibus, caminhões, pequenas embarcações marítimas, máquinas de grande porte,
locomotivas, navios e aplicações estacionárias (geradores elétricos, por exemplo).
132
TÓPICO 1 | ESTRUTURAÇÃO INSTITUCIONAL DO TRANSPORTE COLETIVO
134
RESUMO DO TÓPICO 1
135
AUTOATIVIDADE
a) ( ) VLP
b) ( ) BRT
c) ( ) VLT
d) ( ) Metrô
e) ( ) AMP
136
UNIDADE 3
TÓPICO 2
137
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
138
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
139
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
140
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
Com relação à altura do piso dos ônibus, deve-se ter ciência de que
interfere no conforto e no tempo de embarque e desembarque dos usuários e,
consequentemente, na velocidade comercial. O melhor desempenho operacional
ocorre com o embarque em nível, ou seja, quando é eliminado o desnível entre
os pisos do ponto de parada e do veículo. A adoção de ônibus de piso baixo
exige uma infraestrutura viária de qualidade. Os ônibus mais utilizados nas
cidades brasileiras têm piso interno elevado, com altura de 95 cm em relação ao
pavimento da via, com degraus – uma parte da frota tem plataforma elevatória
para cadeira de rodas.
A maior parte dos BRTs brasileiros emprega plataformas elevadas (95 cm)
nas estações em razão do uso de ônibus com piso interno elevado. Os ônibus de
piso baixo total (low floor) têm o “salão do veículo” inteiramente em piso baixo,
proporcionando acesso praticamente sem degraus (28cm de altura). Os de piso
baixo dianteiro (low entry) têm a parte dianteira de piso baixo (com sistema de
suspensão que permite o rebaixamento do veículo nas paradas, “ajoelhamento”
ou “knelling”) e a parte traseira do veículo em nível mais elevado com degraus
141
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
142
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
143
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
144
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
Onde:
Qi = Quantidade de ônibus que param no ponto durante uma hora;
Ti = Tempo médio (em segundos) que cada veículo consome para
manobrar, parar, abrir e fechar as portas;
Qf = Quantidade de passageiros que embarcam e desembarcam no
ponto durante uma hora;
Tf = Tempo médio da movimentação de cada passageiro (em segundos).
145
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
com índices de saturação de valor maior que 0,4 (no máximo 0,6), porém isto é
admissível em breves momentos e em poucos locais, não devendo ser considerado
como regra para o dimensionamento do sistema.
E
IMPORTANT
146
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
NT
IPK = (II)
QT
Onde:
NT = Quantidade total de passageiros por dia;
QT = Quantidade de quilômetros percorridos por dia.
NQt
IPV = (III)
∑ Nd
147
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
Onde:
NQt = Somatório da quantidade total de quilômetros percorridos em um
dia, geralmente no mínimo três dias alternados.
Σ Nd = Quantidade dias, geralmente no mínimo três dias alternados.
148
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
pode ser feita no mapeamento geral das linhas que, anexado às informações da
tabela operacional (frequências), permite determinar os trechos mais carregados
da rede de transportes.
149
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
150
TÓPICO 2 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO DE PASSAGEIROS
151
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
152
RESUMO DO TÓPICO 2
• O sistema de transporte coletivo por ônibus apresenta termos técnicos que são
aplicados no setor, tais como a frota, linha, ponto terminal, entre outros.
153
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Linha.
b) ( ) Trilha.
c) ( ) Ponto terminal.
d) ( ) Seccionamento.
e) ( ) Frota.
2 Com relação à altura do piso dos ônibus, deve-se ter ciência de que
interfere no conforto e no tempo de embarque e desembarque dos usuários
e, consequentemente, na velocidade comercial. A adoção de ônibus de
piso baixo exige uma infraestrutura viária de qualidade. Os ônibus mais
utilizados nas cidades brasileiras têm piso interno elevado, com altura de
quantos centímetros em relação ao pavimento da via?
a) ( ) 95 cm
b) ( ) 90 cm
c) ( ) 85 cm
d) ( ) 80 cm
e) ( ) 50 cm
a) ( ) 2,12
b) ( ) 2,14
c) ( ) 2,01
d) ( ) 1,75
e) ( ) 1,20
154
UNIDADE 3
TÓPICO 3
INTRODUÇÃO AO DIMENSIONAMENTO
DE SISTEMAS DE TRANSPORTE
COLETIVO POR ÔNIBUS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, os sistemas de transportes públicos por ônibus têm
como grande vantagem a versatilidade operacional para adequação dos
itinerários às novas realidades urbanas, contudo historicamente tem se mostrado
contraproducente. Tais sistemas de linhas de ônibus foram se implantando
irracionalmente, nem sempre de acordo com interesses de toda comunidade
envolvida e, face à realidade energética atual, têm onerado de forma significativa
o transporte público. Para vencer as deficiências no sistema de transporte público
por ônibus é indispensável o planejamento operacional que tem sempre que
encaminhar as soluções para os problemas que surgem.
Dentro do cenário, vamos focar neste capítulo uma etapa muito importante
do planejamento operacional do sistema de transporte coletivo por ônibus, a
tarifação. Os custos bem como consequentemente o preço pago pelos usuários
dos sistemas de transporte público por ônibus (tarifa pública) são um assunto
de grande importância para o segmento e essa história remete ao início dos anos
1980. E ao longo desses quase quarente anos, concluiu-se que a quantificação dos
custos deve ser realizada considerando os principais insumos necessários para a
manutenção e operação dos serviços. Basicamente se dividem em:
2 PLANEJAMENTO OPERACIONAL
O nosso enfoque é o segmento dos transportes públicos urbanos por
ônibus e esse sistema deve se adequar às características da região, ser passível de
adaptações constantes à própria dinâmica urbana, tanto em termos quantitativos
quanto à tecnologia do veículo. Com isso é possível obter uma constante
racionalização operacional e redução dos custos de transporte. Na realidade
econômica atual, as soluções baseadas em altos investimentos (metrô, trem de
subúrbio, bondes) têm sido restritas às grandes metrópoles, buscando as demais
cidades resolver seus problemas de transporte com soluções de capital não
intensivo, como é o caso do tradicional sistema por ônibus.
155
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
• empresa operadora;
• código numérico e nome da linha;
• terminais, inicial e final;
• dias e horários de funcionamento;
• períodos típicos e respectivas frequências/intervalos;
• extensões de ida e volta, de acordo com o tipo de pavimento;
• número e características da frota operacional;
• tempos de viagem, nos terminais e do ciclo total, por períodos típicos;
• número de viagens realizadas por sentido e em dia útil;
• volumes de passageiros transportados por dia útil e total anual;
• IPK médio;
• tarifação.
Por fim, como aspecto mais pertinente para a temática será a determinação
da tarifação do sistema, assunto que vamos abordar no próximo subtópico.
3 TARIFAÇÃO
Os custos e consequentemente o preço pago pelos usuários dos sistemas
de transporte público por ônibus (tarifa pública) são um assunto de grande
importância para o segmento e essa história remete ao início dos anos 1980,
quando o Geipot – Empresa Brasileira de Planejamento de Transportes/EBTU –
Empresa Brasileira dos Transportes Urbanos definiu uma forma de cálculo da
tarifa de ônibus, ao desenvolver uma metodologia que culminou no lançamento
das “Instruções Práticas para Cálculo de Tarifas de Ônibus Urbanos". O atual
modelo de cálculo tarifário do ônibus urbano, adotado pela maioria das cidades
brasileiras, está baseado nessa metodologia.
157
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
C V + CF + RPS
CT = (IV)
1 − TRD
Onde:
CT = É o custo total mensal do sistema;
CV = é o custo variável mensal do sistema;
CF = é o custo fixo mensal do sistema;
RPS é a remuneração pela prestação dos serviços; e
TRD é a soma dos tributos diretos.
158
TÓPICO 3 | INTRODUÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS
Caro acadêmico, talvez o elemento de que você não faça ideia do que seja
nessa formulação é o custo com o ARLA 32 (CAR). O ARLA 32 é um reagente
usado com a tecnologia de pós-tratamento dos gases de escapamento dos veículos
chamada SCR (Selective Catalytic Reduction, ou Redução Catalítica Seletiva), para
reduzir quimicamente a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx), família de
gases responsáveis pela poluição atmosférica e a formação do ozônio na baixa
atmosfera, além de contribuir para a formação do “smog” em centros urbanos e
causar vários problemas adversos ao sistema respiratório. O ARLA 32 converte
os óxidos de nitrogênio, nocivos, da exaustão do veículo a diesel em nitrogênio
e vapor de água, inofensivos. Ele não é um combustível nem um aditivo para
combustíveis, e sim uma solução de ureia com elevada pureza que é colocada em
um tanque exclusivo no veículo.
159
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
Onde:
RPS = Remuneração pela Prestação dos Serviços;
Y = é o coeficiente da remuneração pela prestação de serviço, que é igual
ao risco total da prestação dos serviços. De acordo com ANTP (2017), pode ser
resumido em três níveis:
160
TÓPICO 3 | INTRODUÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS
ATR
TRD
= x(CV + CF + RPS)(VII)
1 - ATR
Onde:
TRD = É a soma dos tributos diretos;
ATR = É a soma das alíquotas dos tributos diretos;
CV = é o custo variável mensal do sistema;
CF = é o custo fixo mensal do sistema;
RPS = Remuneração pela Prestação dos Serviços.
CT - SUB
TPU = (VIII)
PE
Onde:
SUB = é o subsídio do sistema; e;
PE = é a média mensal de passageiros pagantes equivalentes
(passageiros/mês).
161
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANO
LEITURA COMPLEMENTAR
POLÍTICA TARIFÁRIA
162
TÓPICO 3 | INTRODUÇÃO AO DIMENSIONAMENTO DE SISTEMAS DE TRANSPORTE COLETIVO POR ÔNIBUS
FONTE: ANTP. Custos dos serviços de transporte público por ônibus. São Paulo: ANTP, 2017, p.
69-70. Disponível em:
<http://files.antp.org.br/2017/8/21/1.-metodo-de-calculo--final-impresso.pdf>. Acesso em: 3 ago.
2018.
163
RESUMO DO TÓPICO 3
• Por meio da tarifação é possível obter o custo final do produto e, a partir disso,
poderá ser estabelecido o preço de venda assegurando uma margem de lucro
satisfatória. No caso dos serviços públicos prestados por terceiros, ela torna-se
ainda mais importante, já que é o instrumento de demonstração dos reajustes
de tarifas.
164
AUTOATIVIDADE
a) ( ) R$ 2.143.589,74
b) ( ) R$ 2.103.500,04
c) ( ) R$ 2.350.500,14
d) ( ) R$ 2.987.100,27
e) ( ) R$ 2.443.589,04
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