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Sumário
INTRODUÇÃO 3
Evolução da logística 5
Conceitos de Logística 9
Cadeia de suprimentos 14
CONCLUSÃO 31
REFERENCIAS 33
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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assim, venha a complementar adequadamente a vivência prática de tais profissionais.
Para que se compreenda a importância das mudanças de paradigmas, é importante
entender que são as “quebras” de paradigmas que permitem às ciências evoluírem e,
consequentemente, gerarem novas possibilidades para o homem. Na ciência da
Administração, relativamente recente, é mais importante ainda que se entenda a
importância da mudança de paradigmas e, além disso, se procure realizar tais
mudanças espontaneamente. A partir dessa abordagem da mudança de paradigmas,
que implica em profundas transformações culturais, pode-se perceber que isto ocorre
de forma lenta e gradual nas organizações gerando transformações em estágios
evolutivos, conforme se demonstra através da evolução da logística, descrita nas
seções subsequentes.
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As técnicas quantitativas usavam algoritmos, como em gestão de
estoques, programação linear, teoria de filas de espera, programação de
projetos; heurísticas, como em programação da produção, roteirização de
frotas, alocação de recursos; ou simulação de modelos, para problemas
complexos demais para poderem ser resolvidos por algoritmos
Evolução da logística
Embora a logística sempre tenha existido, sua evolução aconteceu de forma
lenta até os anos 40, pois a necessidade da movimentação de produtos, pela própria
dispersão geográfica das populações, suas necessidades e pela variedade de
produtos, era pequena ou quase inexistente.
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logística de materiais, administração de materiais, logística, sistema de resposta
rápida, administração da cadeia de abastecimento, logística industrial. Embora
denominações diferentes, as mesmas referiam-se sempre à mesma coisa: a gestão
do fluxo de bens de um ponto de origem a um ponto de consumo.
a) Período até os anos 40 – teve seu início situado na virada para o século
XX, sendo a economia agrária sua principal influência teórica. A principal
preocupação era com as questões de transporte para o escoamento da produção
agrícola, uma vez que a demanda existente, na maioria dos casos, superava a
capacidade produtiva das empresas.
c) Período dos anos 60 até os anos 70 – começa uma visão integrada nas
questões logísticas, explorando-se aspectos como custo total e uma visão sistêmica
do processo produtivo. O foco deixa de recair na distribuição física para abranger um
leque mais amplo de funções, sob a influência da economia industrial.
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e) Período dos anos 80 até anos 90 – retoma-se, com maior ênfase, a visão
da logística integrada e inicia-se a visão da administração da cadeia de abastecimento
– SCM, cujo pano de fundo é a globalização e o avanço da tecnologia da informação
– TI.
Este período atual exige muito mais agilidade e flexibilidade por parte das
empresas para que possam suprir adequadamente seus mercados, pois no início do
século XXI, as empresas foram cada vez mais pressionadas pela necessidade da
redução de custos aliada às mudanças nos desejos, necessidades e/ou expectativas
dos clientes.
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Conceitos de Logística
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Outro aspecto importante a ressaltar é o fato de que a logística somente
satisfaz necessidades dos clientes e, como consequência, as necessidades da
empresa em termos de lucratividade e rentabilidade, se conseguir entregar seus
produtos:
- Ao custo adequado;
- Com o preço esperado pelo cliente (aquele que ele está disposto a pagar);
- No prazo certo.
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Como se percebe nos conceitos apresentados, a logística começa desde o
ponto de aquisição da matéria-prima e perpassa toda a organização até o ponto de
consumo final. Trata-se de uma visão integradora de todos os processos de gestão
envolvendo todos os elos de uma cadeia produtiva. Porém, como a Logística
Integrada ainda não era resposta suficiente a tais necessidades, surge o conceito de
Supply Chain Management – SCM, que vem a revolucionar a visão da logística pela
sua amplitude e visão estratégica. Esta visão de SCM pode ser percebida na figura.
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para demonstrar algumas das concepções usuais, buscamos algumas dessas visões
para, então, discorrermos sobre SCM.
Para Marcos Isaac, presidente da Modus Logística Aplicada, Supply Chain não
é um sinônimo de logística. “O Supply Chain pode ser definido como uma postura
organizacional, quando as empresas se organizam em cadeia. A logística, na
verdade, é a ferramenta que dá suporte ao Supply Chain”.
Wood & Zuffo (1998) dizem que SCM é uma metodologia baseada na visão
sistêmica da empresa e no conceito de cadeia de valores.
Como se pode perceber, apesar das várias concepções de SCM, elas apontam
alguns caminhos. Essas concepções permitem visualizar que Supply Chain
Management:
- Envolve a logística
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integrando as duas pontas da cadeia (fornecedores e clientes). É um novo modelo
administrativo adotado pelas empresas para evitar o desperdício, reduzir custos e
oferecer um melhor serviço ao consumidor. Trata-se de uma abordagem que implica
na conjugação de todos os esforços inter e intra-organizacionais no sentido de
atender às necessidades e/ou desejos do cliente final.
Para Ching (1999), “Supply Chain é todo esforço envolvido nos diferentes
processos empresariais que criam valor na forma de produtos e serviços para o
consumidor final”. Assim, ainda segundo Ching, a administração dos canais de
abastecimento uma forma de gestão integrada do planejamento e controle do fluxo
de mercadorias, informações e recursos, iniciando-se nos fornecedores e
encerrando-se com o cliente final. Tal visão exige uma administração dos
relacionamentos ao longo da cadeia logística de forma cooperativa e tipicamente de
parcerias tipo “ganha-ganha” para que todos os envolvidos sejam igualmente
beneficiados.
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A partir dessas considerações, o autor deste artigo conceitua SCM como sendo
a administração sinérgica dos canais de abastecimento de todos os participantes da
cadeia de valor, através da integração de seus processos de negócios, visando
sempre agregar valor ao produto final, em cada elo da cadeia, gerando vantagens
competitivas sustentáveis ao longo do tempo.
Cadeia de suprimentos
Assim como a logística empresarial ampliou o conceito de transporte,
adicionando-lhe as dimensões de compras, gestão de estoques,
armazenamento, comunicação, informação e administração, assim
também uma nova concepção, chamada cadeia de suprimentos (supply
chain), surgiu na comunidade empresarial e veio enriquecer o ponto de
vista logístico.
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informações relativas à demanda e aos estoques e adotando uma atitude
amigável em vez de uma postura de confronto.
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conseguir reduzir custos através da eliminação de atividades desnecessárias,
evitando-se desperdícios ou, ainda, através de trade-offs de custos;
2º) Agregar Valor – embora o cliente final possa não perceber a integração
existente na cadeia produtiva, cada elo da mesma está sempre buscando níveis de
qualidade e eficiência que possibilitem ofertar um produto em que o cliente perceba
um valor agregado maior, seja em função da maior qualidade resultante, seja através
da disponibilização mais rápida do produto aos mesmos (atendendo aos requisitos de
espacialidade e temporalidade); e,
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capacidade produtiva da empresa, além de permitir maior agilidade na resolução de
problemas;
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podemos citar a Volvo e a Bosch: a Bosch, em Curitiba, fornece as bombas injetoras
para todas as plantas da Volvo do mundo todo, cabendo à Gerência de Suprimentos
da planta da Volvo em Curitiba, gerenciar todo o processo de abastecimento das
demais plantas da Volvo ao redor do mundo; e,
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Logística em uma economia global
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A forma como o tema é tratado eventualmente conduz à falsa impressão de
uma abertura total de barreiras à circulação de capitais, bens, serviços e pessoas. Na
realidade, embora haja uma tendência neste sentido, barreiras continuam e
continuarão existindo. Por isso, consideramos mais preciso falar em conectividade
global em lugar de globalização. De qualquer forma, imprecisões, exageros e
simplificações à parte, o fato é que o tema é obrigatório.
O grande desafio para uma atuação global é realizar uma operação eficiente e
eficaz em mercados heterogêneos. Quanto mais os mercados se expandem, maior a
complexidade do sistema logístico.
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Os desafios da logística global
Dado este novo contexto, os desafios para gerenciar uma rede global de
informações e materiais são maiores que aqueles presentes em um sistema de
logística nacional29. Estes desafios envolvem os seguintes aspectos:
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As oportunidades oferecidas pelo SCM
A Miliken, maior produtora de tecidos dos EUA e uma das primeiras empresas
a adotar o conceito de SCM ainda nos anos 80, conseguiu extraordinários resultados
no seu projeto com a Seminal, fabricante de confecções, e a Wal-Mart, maior rede
varejista americana. Em pouco mais de 6 meses do início do processo de
colaboração, baseado na troca de informações de vendas e estoque entre os
membros do canal, a Miliken conseguiu aumentar suas vendas em 31%, ao mesmo
tempo em que aumentava em 30% o giro de estoques dos produtos comercializados
naquele canal. A troca de informações permitiu eliminar as previsões de longo prazo,
os excessos de estoque e o cancelamento de pedidos.
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tecnologia de informação pela revista Business Week em 1998. A Dell é certamente
uma das empresas que mais avançou no conceito de SCM, ao estabelecer um
esquema de distribuiçào direta, oferecendo customização em massa e um grau tão
avançado de parceria nas terceirizações que pode ser chamado de integração virtual.
Uma série de estudos realizados nos EUA nos últimos anos tem confirmado as
oportunidades de ganho com a adoção do SCM. Um estudo da Mercer Consulting
mostrou que as empresas que conseguem implementar as melhores práticas de SCM
tendem a se destacar em relação à redução dos custos operacionais, melhoria da
produtividade dos ativos e redução dos tempos de ciclo. Um outro estudo recente
realizado pelo MIT identificou como principais benefícios do SCM a redução de custos
de estoque, transporte e armazenagem, melhoria dos serviços em termos de entregas
mais rápidas e produção personalizada, e crescimento da receita devido à maior
disponibilidade e personalização. As empresas analisadas no estudo indicaram
ganhos impressionantes: redução de 50% nos estoques; aumento de 40% nas
entregas no prazo; redução de 27% nos prazos de entrega; redução de 80% na falta
de estoques; aumento de 17% na receita.
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resultado das partes. Quebrar esta cultura arraigada e convencer os gerentes de que
deverão estar preparados para sacrificar seus objetivos funcionais individuais em
benefício do conjunto, tem se mostrado uma tarefa desafiante. Alcançá-la implica em
abandonar o gerenciamento de funções individuais e buscar a integração das
atividades através da estruturação de processos-chave na cadeia de suprimentos.
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3. Captar, compilar e continuamente atualizar dados de demanda, com o
objetivo de equilibrar a oferta com a demanda;
4. Atender aos pedidos dos clientes sem erros e dentro do prazo de entrega
combinado;
Uma das primeiras perguntas para quem pretende fazer a mudança para
equipes é saber quem deve participar da equipe de Supply Chain. A idéia é que haja
um grupo permanente de membros-chave e um grupo de participantes esporádicos,
que seriam convocados quando necessário. O fato é que as organizações têm tantas
peculiaridades e diferem em tantos aspectos umas das outras que não faz sentido
pensar em uma solução única para todas as situações. O conjunto de funções-chave
que em geral estão representadas nas equipes são em geral: logística,
suprimento/compras, fabricação, administração de estoque, serviço ao cliente e
sistemas de informação. Outras funções que participam ocasionalmente são
marketing, vendas, promoções e pesquisa e desenvolvimento.
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À frente deste processo de gerenciamento por equipes estão geralmente
profissionais de logística ou comprar/suprimento. No entanto, para liderar um
processo como este, qualquer executivo deve funcionar como um facilitador e
integrador das diversas exigências e interesses, muitas vezes conflitantes. Para ser
capaz de assumir este papel, qualquer profissional deveria ampliar seu entendimento
das demais funções do negócio.
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participantes a gerenciar a verdadeira demanda de mercado de forma mais precisa,
o que permite reduzir o estoque na cadeia de suprimento de forma substancial.
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da operação. Todos os manuais de administração da produção da época
(Maynard, Ireson e Grant) dedicavam vários capítulos ao prédio industrial,
ao arranjo físico e ao transporte interno dos materiais (material handling).
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Atendendo à demanda do mercado, a Editora Abril lançou, em 1963,
a primeira revista técnica dedicada ao setor, Transporte Moderno.
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independentemente da obtenção de padrões aceitáveis de frequência,
pontualidade e regularidade.
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CONCLUSÃO
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- Pressupõe delegação da capacidade de decisão (empowerment) para os
recursos humanos envolvidos no processo; e, - O objetivo das organizações que
adotam programas de SCM consiste, basicamente, em satisfazer (encantar) o cliente,
através da produção, venda e entrega dos produtos por ele desejados, atendendo
aos requisitos de espacialidade e temporalidade e, dessa forma, atingindo os
objetivos organizacionais obtendo lucros.
Por fim, uma vez que se trata de assunto de extrema atualidade, objeto de
inúmeras pesquisas, discussões e ainda pouco implementado nas organizações
(sobretudo no Brasil), não se tem outra pretensão que a de trazer algumas questões
a serem discutidas e aprofundadas através do debate acadêmico e que possam
representar um estímulo aos interessados em pesquisar este campo de estudo.
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REFERENCIAS
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RODRÍGUEZ, C. M. T. (2000). ANOTAÇÕES DE AULA NO PROGRAMA DE PÓS-
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO – PPGEP. FLORIANÓPOLIS : UFSC.
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